«Os produtos alimentares da mesa portuguesa aumentaram 5,1% entre Agosto do ano passado e o mesmo mês deste ano, enquanto o conjunto dos gastos gerais com a casa, em água, electricidade e gás, subiram 3,6%, bem acima do referencial de inflação média (2,1%), usado pelo Executivo para actualizações salariais durante o corrente ano.
Em geral, os preços subiram 3% desde Agosto do ano passado, com a inflação média - a partir do qual se compara o aumento dos salários - a atingir os 2,8%.
"Portugal está, no domínio da inflação, a conseguir aguentar o impacte dos desenvolvimentos internacionais, nomeadamente a alta do preço dos combustíveis e outras matérias-primas", declarou o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos.»
Nunca entendi muito bem como esta gente mede a inflação. É um “pacote”, um cabaz de produtos e, é dai que tiram o resultado. Sei que em minha casa aquilo que me faz mais falta, aquilo onde gasto a maioria do meu dinheiro é em comida e aí já vamos nos 5,1%, dizem eles. (Em apenas um ano, os óleos de cozinha aumentaram 16,4%, o pão "fermentou" 12%, a fileira do leite, queijo e ovos, 10,5%, os produtos hortícolas aumentaram 5,7% e a fruta está 6,8% mais cara).
Já veio o Teixeira dos Bancos dizer que não esperem os trabalhadores portugueses um aumento superior à inflação para 2009. Se cumprir o que disse há um ano, que o aumento será baseado na inflação do ano anterior e não na inflação esperada para o novo ano, pelo que teremos de nos contentar, até agora, com 2,8%. (Ainda vai acontecer um milagre e, enquanto na Europa a inflação sobe, por cá vai descer).
Ou me engano muito, ou mesmo em ano de eleições, vou sentir o bolso muito mais leve e o mês muito mais comprido.
Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI
Se há quem chore de alegria porque não haveremos de rir de tristeza. Todas as imagens deste blog são montagens fotográficas e os textos não procuram retratar a verdade, mas sim a visão do autor sobre o que se passa neste jardim à beira mar plantado neste mundo, por todos, tão mal tratado. A pastar desde 01 Jan 2006 ao abrigo da Liberdade de Expressão.
domingo, setembro 14, 2008
A inflação do Pacote do Ministro
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O que esta CORJA merecia como castigo, era viver 1 ano com o ordenado mínimo!
ResponderEliminarSobra sempre mês no Fim do ordenado....sempre.
ResponderEliminarAinda ontem a berlaitada de supermercado foram 178Euros, juro que não comprei marisco, queijo da serra, vinhos xpto, foi mesmo carne, peixe, fruta, papel higiénico essas coisas...
Para a semana lá vou outra vez!
Chega á ultima semana começa a ser complicado.
bjks
Devo dizer que também não compreendo como estes moços medem a inflação.
ResponderEliminarAquilo que mais pesa nos orçamentos familiares, além da comida, são as prestações com a casa e o combustível. Ora, estão ver a evolução da coisa... O Banco Cinzento Europeu sobe a taxa para controlar a inflação - que eu saiba, isso faz subir as despesas da família com as prestações, logo, o preço das habitações, por muitas voltas que os economistas dêem à questão, sobem em flecha.
A menos que os carros de luxo e viagens milionárias, vestidos Caneças para festas e demais artigos de luxo também constem do cabaz, não vejo modo de dizer que a inflação é de apenas 2,8%. Mas enfim, comemos por lorpas e adiante - talvez haja um trabalhito extra este mês ou uma caixa multibanco que se engane...
É natural que a nossa inflação não seja a inflação deles porque o nosso país não é o país deles. Ou melhor o nosso país é deles e por isso não é nosso.
ResponderEliminarA nossa inflação não se mede em números nem em pacotes virtuais, a nossa inflação sente-se em dificuldades. Como alguém disse aí acima: que vivessem um mês, só um mês, com a nossa dispensa - é este o pequeníssimo mal que lhes desejo!
Um abraço a pensar nos que ainda estão pior que eu
Kaos este cartoon está fabuloso!
ResponderEliminarDo melhor...
Ontem fartei-me de rir ao ler uma sondagem no Correio da Manhã que atribuía a maioria ao PS, o segundo lugar ao PSD, 10,4% à CDU, 9,3% ao BE, e creio que 3% ao CDS.
Ainda há quem se acredite nas sondagens, mas pode ser que o Sr. Silva e o Senhor Presidente do Conselho tenham um dissabor nas próximas eleições ao ver a CDU e o BE crescerem desmesuradamente.
Não acredito que os funcionários públicos e a classe média vão sufragar o PS ou o PSD.
Preparem-se Sócrates, Manuela e Sr. Silva, a revolução está em marcha!
Sinceramente, meus caros, creio que isso não vai acontecer. A caneta dos funcionários públicos, como a dos outros, pende para os "p" - qualquer coisa que não comece por P não é notada. Naõ sei porquê, mas é assim. As pessoas dizem sempre que não vão votar no PS ou no PSD, mas depois, no dia das eleições, lá vão em filinha votar nas organizações que nunca conheceram (PS - Partido Smaçónico ou PSD - Partido Sopus Dei). E assim o mundo pula e avança!!
ResponderEliminarMeu caro está profundamente enganado!
ResponderEliminarPessoalmente o meu voto sempre pendeu para a esquerda do PS.
Agora posso lhe assegurar que desta vez pode ser que as suas contas lhe saiam todas furadas.
As indicações que tenho, as conversas que tenho tido com sindicalistas e outras fontes que não vou aqui revelar apontam para um resultado surpresa como nos tempos do PRD.
Para mim, PS=PSD=M.E.R.D.A.!
Pena os revolucionários de Abril não terem encostado meia dúzia deles à parede!
Não me importo de estar enganado desta vez - oxalá que sim. Mas sinceramente, duvido.
ResponderEliminarO Sócas vai ganhar outra vez, o único sinal de que as coisas não estão bem só pode ser dado pela afluência ás urnas. Na minha opinião se abstenção subir para 40% ou mais, então sim, os PS's têm com que se preocupar. Porque enquanto o "povo" continuar a votar neles, é com isso que temos de viver. E se vamos viver com isso é melhor não ficar á espera de que umas miraculosas eleições retirem os PS's dos governos.
ResponderEliminarKaos, enquanto pessoas como tu se aguentarem, e pessoas semelhantes ... já viste a corda que andamos a esticar?
ResponderEliminarbjos amigo,
M.
É assim:
ResponderEliminarMetes um Porsche, um pão, um kilo de laranjas, um par de sapatos italianos, um litro de leite aguado magro do continente, e mais um saco de bolos secos.
O Porsche sobe mil euros num ano, o que dá uma inflação de 0,0002%, os bolos secos baixaram de preço porque estão quase no fim do prazo, as laranjas são das secas e por isso mais baratas que as importadas que nós compramos, o leite rançoso já vai na sétima pasteurização e por está em saldo, os sapatos italianos estão ao mesmo preço do ano passado.
Somas tudo, depois divides e pronto, tens a inflação no cabaz escolhido. A gasolina, transportes e tal não entra, as prestações da casa, livros e cadernos também não.
Portanto, aprende a fazer as contas que foi para isso andaste na escola.
Gostaria que algum iluminado economista, gestor ou especilaista em finanças como é que calcula efectivamente esses diabólicos números da inflação e que implicações isso tem na economia portuguesa - ou outra qualquer dentro do espaço europeu. Ou será mesmo que eu sou europeu? Sou só europeu para pagar mais...
ResponderEliminarEstes malabaristas, que nos governam, nem sabem talvez governar a sua própria casa, quanto fará um pais com uma macroeconomia já de si complicada desde a formação da nacionaldade!
Acho isto um beco sem saída, se querem que vos diga.
Se por aqui não se confia na taxa de inflação dos ministérios, recomendo que realize um cabaz de compras, ou seja, o que consome em casa numa semana. (e não só em casa, mas sim todas as despesas) durante uma semana anote o essencial: 20 l de gasolina, 2 kg de arroz, 250 g de massa, 1 resma de papel, 20 pães) Daqui a um ano (mesmo antes das eleições) compre tudo o que comprou e anotou (nãao esquecer de anotar os preços). Nessa altura realize uma regra de três simples... Simples, não (o que a matemática e economia faz por nós...)
ResponderEliminaratenção, eu não sei como se calcula a inflação oficial, mas a inflação real e que todos nós sofremos pode ser controlada. Mas que dá um trabalhão do caraças, isso dá...
ResponderEliminarA classe média portuguesa está a falir com o encolhimento dos salários reais, agravado mais ainda pelos empréstimos indexados à euribor. Enquanto o teixeirinha distribui rendas pelos amigos, ao mesmo tempo que aceita acriticamente a incompetência e ignorância do BCE na gestão da crise económica portuguesa, o país resvala para o abismo. Aproxima-se o colapso total da economia portuguesa, que arrastará para a insolvência o débil e subsidiário capitalismo financeiro português. Depois, talvez apareça aí um novo Vasco Gonçalves...
ResponderEliminarDe resto, o Engº e a Manuala estão a fazer tudo para que isso aconteça, não se venham depois queixar...