«A maior cerâmica caldense – as Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro, Lda – pediu aos trabalhadores para suspenderem o seu contrato de trabalho por já não ter “uma única encomenda para o mês de Janeiro”.
A empresa vai cessar a produção da fábrica que possui na zona industrial das Caldas da Rainha e que dá emprego a 150 trabalhadores, mantendo por enquanto a funcionar o espaço fabril secular que já vem do tempo do artista Rafael Bordalo Pinheiro, na zona histórica da cidade. Aqui, porém, só trabalham 17 pessoas e o seu administrador diz que os encargos são tantos que também esta parte da empresa não deverá sobreviver ao mês de Janeiro.
As Faianças Bordalo Pinheiro são a última indústria deste sector, que ainda sobrevivia, e, curiosamente, foi também a primeira, dado que a empresa é herdeira da fábrica criada em 1884 pelo artista que lhe dá o nome.»
in “Publico”
São mais 150 trabalhadores atirados para a tragédia do desemprego, mas neste caso é ainda o ruir de mais um pedaço da cultura, não só deste país, mas do imaginário do seu povo. O Zé-povinho do Bordalo, o “toma”, uma das formas negativas mais afirmativas da nossa língua. Um bom “Querias, toma”, acompanhado seu inseparável companheiro manguito evita muita discussão. Tivesse o Mário Nogueira dito um “Toma” na altura do Memorando de entendimento e talvez esta Ministra já não o fosse.
As caricaturas de Rafael Bordalo Pinheiro são a forma mais simples e perceptiva de hoje conhecermos o ambiente e a realidade desses tempos. Deixar morrer esta cerâmica é deixar morrer um pouco de nós todos. Não seria possível, ao estado ou à autarquia, pelo menos considerar o espaço fabril original, e onde trabalham 17 pessoas, como um Museu vivo? (que até poderia ser lucrativo com a venda das obras produzidas). Salvem esta memória do Zé-povinho que fomos e ainda continuamos a ser.
A empresa vai cessar a produção da fábrica que possui na zona industrial das Caldas da Rainha e que dá emprego a 150 trabalhadores, mantendo por enquanto a funcionar o espaço fabril secular que já vem do tempo do artista Rafael Bordalo Pinheiro, na zona histórica da cidade. Aqui, porém, só trabalham 17 pessoas e o seu administrador diz que os encargos são tantos que também esta parte da empresa não deverá sobreviver ao mês de Janeiro.
As Faianças Bordalo Pinheiro são a última indústria deste sector, que ainda sobrevivia, e, curiosamente, foi também a primeira, dado que a empresa é herdeira da fábrica criada em 1884 pelo artista que lhe dá o nome.»
in “Publico”
São mais 150 trabalhadores atirados para a tragédia do desemprego, mas neste caso é ainda o ruir de mais um pedaço da cultura, não só deste país, mas do imaginário do seu povo. O Zé-povinho do Bordalo, o “toma”, uma das formas negativas mais afirmativas da nossa língua. Um bom “Querias, toma”, acompanhado seu inseparável companheiro manguito evita muita discussão. Tivesse o Mário Nogueira dito um “Toma” na altura do Memorando de entendimento e talvez esta Ministra já não o fosse.
As caricaturas de Rafael Bordalo Pinheiro são a forma mais simples e perceptiva de hoje conhecermos o ambiente e a realidade desses tempos. Deixar morrer esta cerâmica é deixar morrer um pouco de nós todos. Não seria possível, ao estado ou à autarquia, pelo menos considerar o espaço fabril original, e onde trabalham 17 pessoas, como um Museu vivo? (que até poderia ser lucrativo com a venda das obras produzidas). Salvem esta memória do Zé-povinho que fomos e ainda continuamos a ser.
PS: Antes de escrever o texto tinha feito este outro "Zé-povinho". Para não ir para o lixo aqui fica ele também.
Não acredito em nada do que se diz sobre desemprego.
ResponderEliminarEu acredito no engº.
Ele criou 150.000 postos de trabalho e não aumentou os impostos nesta legislatura.
O malandro do Santana Lopes é que afirmou que não conseguiria resolver o défice sem aumentar os impostos!Ainda por cima não conseguiu colocar Portugal a par da Alemanha nos três meses de governo,antes de ser demitido pelo grande democrata Sampaio,a quem o país deve favores impagáveis.Por isso perdeu as eleições seguintes e ganhou o nosso engº.
Porque diabo vocês estão a enganar o povo com mentiras?
Bem, é outra maneira de ver a coisa...
ResponderEliminarAcaba-se tudo, um dia não há memória de Portugal
ResponderEliminarMeu caro, memória vai haver enquanto houver portugueses. Não é Portugal que está em vias de extinção, são os portugueses. Infelizmente.
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