segunda-feira, março 30, 2009

Atirar a toalha ao chão

Derrotado

Enquanto o Engenheiro diz que o governo não vai atirar a toalha ao chão no caso da Quimonda, o Manuel Pinho afirmava que Portugal vai exigir que lhe devolvam os mais de 100 milhões de euros que lá enterraram.
«Apoiámos esse projecto desde o primeiro dia», recorda o ministro, porque «punha Portugal na vanguarda da indústria de semicondutores». Quanto às verbas do Estado que foram injectadas na empresa, Manuel Pinho garante: «Não haja a mínima dúvida: o apoio que nós demos, vamos tentar recuperá-lo até ao último tostão».

Tudo muito bonito, mas quem mais vai sofrer são os mil e trezentos trabalhadores agora o desemprego e as suas famílias. Será que ao tais “tostões” que o Manuel Pinho diz ir recuperar não podem ser utilizados na criação de uma nova empresa que utilize a força de trabalho daquela gente. Infelizmente, mesmo numa crise em que ninguém investe o estado continua a demitir-se da sua responsabilidade de criar riqueza e empregos. Tudo o que fazem é propor mais obras públicas para assim apoiar empresas privadas. Já basta desta ideia de que só os privados podem investir na produção e o estado está proibido de o fazer. Vamos é nacionalizar aquilo que for bom para os cidadãos e criar novas empresas para dar trabalho, produzir os bens essenciais que todos necessitamos e assim criar riqueza. Basta desta dependência dos privados que não fazem nem saem de cima.


2 comentários:

  1. Tostões ou cents acredito que recupere, os milhares ou milhões é que era.

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  2. Zé Leitão31/3/09 00:12

    Mas o que é isso de os privados não fazerem nada nem sairem de cima?
    Cada um deve depender de si em tudo o que lhe for possível. E em relação á dependência de si próprio há muito a dizer e sobretudo a fazer.É que quando o indivíduo tiver mais possibilidades de depender de si próprio, imaginem o que não poderão fazer alguns milhares desses indivíduos.
    Essa coisa da dependência de outros ou de organizações tem muito que se lhe diga.A dependência exigida ou praticada É UMA das razões que concorre para a inseguríssima situação em que se encontram muitas pessoas e, no limite, será uma razões para que muita gente faça um grande fogo de vista quando barafusta contra tudo e contra todos. Porque é que o pessoal não se organiza? porque é que quando toca a doer, só aparecem meia dúzia? porque é que há tantos papagaios na política e arredores? porque é que isto está uma merda para tanta gente e o pessoal se deixa enterrar nessa merda cada vez mais?
    Porque é que se dispara a torto e a direito sem olhar a quem? porque é que não se põe em evidência o que está a ser bem feito? porque é que não se valoriza um pouco as boas ideias ou os bons projectos?
    Porquê o carpir de mágoas quotidiano como se fosse uma condenação? porque é que as pessoas não se juntam com propósitos de construção para si e para o bem comum?

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