A demonstração da falsa democracia europeia continua. Mesmo depois do receio que mostraram da vontade popular relativamente ao Tratado de Lisboa, recusando fazer referendos em todos os países, no único onde isso não era possível constitucionalmente ele foi recusado. Pelas regras que eles próprios tinham criado, o Tratado deveria estar morto e enterrado, mas não, numa pirueta anti-democrática resolveram que a solução seria fazer a repetição desse referendo. Mas, isso não bastava e tinham de garantir que desta vez o sim irá ganhar. Cedendo às exigências do Primeiro-ministro da Irlanda, Brian Cowen, foi aceite anexar um protocolo ao tratado que garante que não será colocado em causa a neutralidade da ilha, seu vantajoso regime fiscal, a proibição do aborto ou a protecção dos direitos trabalhistas. O problema estava em que a anexação deste protocolo ao tratado exigiria que todos os países tivessem de o rectificar de novo, coisa que iria fazer lembrar aos cidadãos que tudo estava a ser feito nas suas costas e muito possivelmente contra a sua vontade. A solução encontrada faz com que este protocolo só seja anexado ao tratado quando da adesão de um novo país prevista já para o ano (Croácia ou Islândia), o que não obrigará a nova ratificação.
Pelos vistos teria valido a pena aos países fazer referendos pois conseguiriam com isso ganhar garantias e ficar livres de algumas obrigações.
Democracia? Respeito pela vontade Popular? Certamente não nesta União Europeia e certamente não com esta gente. Não vale a pena continuarmos com tretas e meias palavras e chamar os bois pelos nomes. Quem entrega a soberania de um país a outros países sem consultar a vontade popular é traidor a esse país. Em Portugal alguns já foram defenestrados e se calhar estava na hora de defenestrar alguns outros.
Pelos vistos teria valido a pena aos países fazer referendos pois conseguiriam com isso ganhar garantias e ficar livres de algumas obrigações.
Democracia? Respeito pela vontade Popular? Certamente não nesta União Europeia e certamente não com esta gente. Não vale a pena continuarmos com tretas e meias palavras e chamar os bois pelos nomes. Quem entrega a soberania de um país a outros países sem consultar a vontade popular é traidor a esse país. Em Portugal alguns já foram defenestrados e se calhar estava na hora de defenestrar alguns outros.
Situação já descrita, e bem, por Vítor Dias.
ResponderEliminarhttp://tempodascerejas.blogspot.com/2009/06/uniao-europeia-e-irlanda.html
(...) para conseguir um sim num novo novo referendo na Irlanda, a burocracia bruxelense e os governos nacionais que a apaparicam não se importam de serem todos figurantes de uma inesquecível farsa, a saber: os 26, em documento juridicamente vinculativo, vão garantir solenemente à Irlanda que, no Tratado, não está lá o que, em rigor, nunca lá esteve (porque, se tivesse estado, então seria necessário mudar a letra do tratado, não é?). Explicação: the show must go. (...)
Abr
Despacha-te a espremer essa Irlanda, agora que se encontra à rasca, como a mais gente. Que para serviçal estou eu, capaz de vender a mãe e o pai, com os filhos e a Uva, juntamente.
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