Para quem devia ter visões radicalmente opostas sobre as politicas, as soluções económicas e as visões da sociedade, foi um debate morno demais. De um lado um discurso bolorento e soluções para crise que nada mais são que o aprofundamento das causas dessa mesma crise, do outro um comunismo tão preocupado em pescar num eleitorado “menos revolucionário” que cheguei a imaginar se estaria a assistir ao nascimento do comunismo social democrático. Combater o capitalismo liberal dentro do próprio sistema e utilizando os mecanismos desse mesmo capitalismo e não fazendo a ruptura com a União Europeia e as suas directivas pode até ser “politicamente realista”, mas é claramente insuficiente. Também o Louça faz um discurso demasiado bem arrumado na teoria do capitalismo. A nossa esquerda necessitava de radicalizar mais a ideologia e apresentar soluções que pudessem ser a base de uma outra economia e de uma nova perspectiva de viver em sociedade. Mas, esteve bem o Jerónimo na defesa das suas ideias enquanto a Manelinha parece estar a sofrer não de “asfixia democrática”, mas mais de “asfixia debacrática”. Ela bem pode tentar mudar a imagem e decorar o discurso que a natureza da velha Ferreira Leite, transbordam, sai-lhe pelos poros.
Um debate algo "murcho"...
ResponderEliminarEsse foi o debate que ficará para a história. O debate onde claramente se defrontaram os dois modelos que existem para Portugal. E onde Jerónimo de Sousa demonstrou a superioridade do modelo que defende face ao modelos dos privilégios de alguns, que é o de MFL.
ResponderEliminarOs outros debates são meramente conjunturais, a sua relevância resume-se às presentes eleições.
Aliás,a preocupação dos cães de guarda do sistema pela relevância desse debate foi bem evidente nos comentários que se leram nos dias seguintes.
ResponderEliminarEssa dos cães de guarda do sistema foi bem "metida".
ResponderEliminarEstas televisões,todas elas, dão-me nojo
Todas ao serviço dos Belmiros de Azevedos deste País.
Eu gostei do debate. Como disseram acima, Jerónimo demarcou-se claramente, e sem histerias, como defendendendo o programa mais honesto, sustentável e sem vergonhas de lhe chamar socialista. Dois pontos para Jerónimo.
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