Destruíram-nos a produção, abriram-nos as fronteiras e inundaram-nos com mercadorias, créditos, sonhos e promessas de um paraíso na terra, para depois chegar uma crise que os seus lacaios locais transformam em mais pobreza e menos direitos para desbaratarem o bem público para as mãos dos grandes grupos privados, e dos seus bancos. Os camiões com aquilo que nos querem impingir continuam a chegar pelas estradas que nos obrigaram a construir, as fabricas a fechar e os campos a ficar bravios. Estamos mais pobres até à próxima crise em que ficaremos ainda mais pobres, sem mais direitos, mais dependentes do poder económico. Mais PEC’s, mais miséria. Basta ver que em 2009, ano da grande crise, não houve banco ou grande empresa que não tenha aumentado os seus lucros. Faliram as poucas empresas que ainda produziam sapatos, têxteis ou qualquer outra coisa que pudéssemos exportar. Continuam a encher-nos as lojas com desejos e ilusões sabendo que se não produzimos, se não temos nada para vender só lhes poderemos pagar em mais subserviência, carne para canhão e para toda a obra. Estamos a vender este país, pior o povo deste país e nada se faz para o impedir. Não os que se vão alternando na ilusória democracia em que vivemos, esses trabalham para o “inimigo”, nós, todos nós que individualmente nos sentimos impotentes perante a poderosa máquina do poder, da propaganda e da sua falsa justiça.
Se não temos dinheiro para pagar o que nos entra pelas fronteiras dentro, porque não lhes dizemos que não estamos interessados. Que não queremos que nos mandem mais coisas que não podemos comprar. Porque não incentivamos que se produza cá aquilo que necessitamos para viver? Porque continuamos num caminho que sabemos só pode acabar mal? Quando acordaremos desta letargia em que nos embalam?
Muito bem apreciado, gostei.
ResponderEliminarÉ isso caro camarada. Hoje, mais uma fábrica de cerâmica em Coimbra fecha portas, mais 153 "números" (não passamos de números) vão para a rua, entretanto e como muito bem afirmas os camiões (carregados) chegam em catadupas pelas auto-estradas, para nos inundarem de mercadorias que poderiam e deveriam ser produzidas cá. Que fazer? Continuarmos impávidos e serenos? Anunciam-se mais greves e manifestações, será que é esse o caminho? Que ganha o Povo com isso? Não amigo, penso que não, só uma revolução popular nos poderá libertar do jugo capitalista.
ResponderEliminarMuito bem dito meu caro
ResponderEliminarAcordaremos desta letargia que nos embala, quando cada um de nós fizer o que está ao seu alcance e no seu raio de acção. Começemos pelas pequenas coisas do dia a dia.Tenhamos uma conducta baseada em valores, em verdade e em honra. Procuremos as forças internas do nosso ser que nos mobilizarão e motivarão para dar bons exmplos quaotidianos aos nosso filhos aos nossos netos e demais pessoas que nos rodeiam. É preciso mostrar o que é a cidadania e exercê-la. Sem medos e sem preguiça.
ResponderEliminarO caminho está cheio de escolhos, mas uma coisa é certa, ninguém virá para os remover. E quando se começar, que ninguém espere mudanças num dia, num mês ou num ano. A mudança pratica-se todos os dias, mas os resultados só aparecem passado tempo. Por vezes muito tempo. Essa noção deverá estar presente na mente e no espírito de cada um, sem a qual nada de conscistente será possível alcançar.
consistente, peço desculpa
ResponderEliminarA Berlenga auto-sustentável deve ter falido.
ResponderEliminarJSerra
Qual destruíram-nos a produção! Que mania esta mania de culpar os outros pela merda que nós fazemos! Fomos nós que destruímos a nossa própria industria, a agricultura as pescas, o ensino, a saude, e por aí fora... não foram os americanos, nem o Bin laden, nem os chineses, nem os marcianos! SOMOS OS UNICOS culpados pelo buraco em que estamos!!!! Quem vota em Portugal somos nós, e só nós, por isso não vás em cantigas de embalar meninos.
ResponderEliminarAnonimo das 13:43
ResponderEliminarTens razão fomos nós que destruímos a nossa produção, mas quem a ordenou foram os outros a quem decidimos confiar o nosso futuro. Nada daquilo que se está a passar hoje não foi previsto por quem nos tramou, (muitos avisámos que este era o destino que teríamos se seguíssemos no caminho que nos indicavam). Podemos auto-recriminar-nos mas a verdade é que são forças muito poderosas aquelas que nos empurravam ( e ainda empurram). Ruptura com a UE é algo que há muito defendo e fui chamado de maluco. Agora pagamos o preço da nossa parvoice
Mas desde o 25 de Abril que é assim!
ResponderEliminarEu preferia uma unhas arrancadas pela PIDE do que esta merda sem saída.
Pelo menos o deemprego estava a 2% e o crescimento económico a 7% ao ano.
kaos,
ResponderEliminarconcordo com o anónimo e não concordo contigo pá! Alguém te apontou uma pistola às costas, ou a qualquer um de nós para ir por aqui? Não! Mas fomos! Os culpados somos nós, nós e só nós! Ao menos tenhamos a honestidade de chamarmos as coisas pelo nome: como povo não valemos nada. Somos burros, vigaristas, calões, invejosos, más línguas, sempre atrasados para tudo, irresponsáveis, e mais todas as piores qualidades que encontrares. Enquanto não nos mentalizarmos que somos esta merda toda, não é possível concluirmos colectivamente, que não gostamos do que somos, temos asco do que somos, e que temos de mudar.
Repara bem: quem é que votou no sócrates? Nós, não foram os alemães!!