sábado, maio 22, 2010

Patriotismo

patriotismo

Muito se tem falado da crise, da bancarrota, da austeridade e até o patriotismo já foi chamado ao discurso político. Como portugueses e sendo nós parte interessada, todos desejamos salvar o país e o nosso “coiro”. Para isso são-nos pedidos sacrifícios para atravessar estes tempos difíceis e esta crise. Todos o faríamos sem pestanejar se não soubéssemos que não estamos a resolver os problemas, que o nosso esforço vai ser utilizado para engordar ainda mais os que, pela ganância, nos conduziram a este buraco e que daqui a três ou quatro anos nos vão voltar a conduzir a nova crise e a novos sacrifícios. O que nos pedem é que continuemos a financiar um sistema, uma politica e uma economia que já provou que consome tudo e todos, acabando sempre a pedir mais. Se não se mudam as causas os resultados acabam sempre por ser os mesmos, mais crise e mais sacrifícios. É a própria forma de vivermos em sociedade, os próprios valores que nos foram sendo incutidos como sagrados que temos de colocar em causa. Produtividade a todo o custo, competitividade, consumismo são valores que têm de ser alterados, o que é incompatível com o mundo do capitalismo global tal como ele existe. Para continuar tudo na mesma não há apelo ao Patriotismo que me convença, sobretudo quando vejo que são os mesmos que têm vendido a nossa soberania e os nossos direitos a uma Europa cada vez menos social e solidária, uma Europa onde cada vez mais os interesses nacionais dos mais poderosos se sobrepõem ao valor da própria criação Europeia.

3 comentários:

  1. O "comem tudo e não deixam nada" de há trinta e tal anos é que não percebo o que é que tem a ver com isto. É que na altura que apareceu a música viu-se um certo tipo de comunas a comerem sofregamente tudo e mais alguma coisa depois de quase meio século de dieta compulsiva. Agora não. Estes neoliberais e outro tipo de gentalha que os acompanha já não se contentam só com o comer e beber do melhor: eles querem sempre mais e mais. Já não é só a pança cheia que os sacia!

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  2. O homenzinho de Boliqueime anda a dizer há muito tempo que a política das obras megalómanas não é sustentável e levará o país à bancarrota; que faz:

    • Assina a portaria que autoriza o seu lançamento

    O coelhinho-tanguista no seu livrinho “MUDAR” publicado há cerca de 7 meses, opondo-se a uma Senhora apelidada de Velha, defendia os TGVs, aeroportos, auto-estradas paralelas e quejandos; agora, vira o bico ao prego, e diz, muito bem, que tais obras neste momento não são suportáveis; que faz:

    • Quando autorizou o suposto engenheiro a proceder a um saque fiscal não o obrigou a aceitar o adiamento das mesmas ficando-se por um compromisso vago de corte nas despesas

    O homenzinho de Boliqueime e o coelhinho-tanguista estão de acordo que este governo não governa, não tem rumo, avia medidas avulsas sem olhar às consequências, conduzirá o país à falência; que fazem:

    • Nada!... Dizem não ser oportuno para não criar uma crise política

    O país está teso, o governo anda pelo mundo fora de mão estendida a pedir dinheiro emprestado aos imundos especuladores (*) para pagar salários e pensões mas propõe-se gastar milhões de milhões que não tem em investimentos não reprodutíveis e de viabilidade duvidosa sem que o homenzinho de Boliqueime ou o coelhinho-tanguista façam algo para travar este desvario.

    Há aqui qualquer coisa que não bate certo... ou, por outro lado, se calhar até bate mais do que certo!

    Nestas obras faraónicas de milhões de milhões, de tanto milhão, há sempre alguns que se vão.

    (*) Especulador imundo – entidade que nos emprestou muito dinheiro e, receando que não tenhamos capacidade de pagar, se recusa a emprestar mais

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  3. Os sacrifícios e o patriotismo são sempre para os mesmos

    Saudações Chaladas

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