Agora que os Senhores da Guerra se foram embora Lisboa pode regressar à sua normalidade. Lisboa foi uma cidade sitiada com ruas e bairros bloqueados. Gastaram-se muitos milhões para se poder tirar fotografias de líderes mundiais a assinar acordos há muito discutidos e decididos. (Ninguém pode acreditar que uma Cimeira EUA-Russia dure 20 minutos e daí tenham saído todas as resoluções anunciadas). Retirou-se a liberdade aos cidadãos que foram tratados como criminosos, fecharam-se fronteiras e impediu-se a entrada a gente por razões ridículas como o trazerem uma fotocópia de um manifestos contra a NATO, ou T-shirts ou até um manifesto em defesa da escola pública. Fechou-se o espaço aéreo, até partes do Rio Tejo. Ridículo e triste. Vendeu-se o medo na forma de black-bloques, mostrando imagens de violência e notícias alarmistas como a da presença, já no interior de Portugal, de milhares desses elementos.
De todas estas fantasias o que resultou? Nada para além de uma despesa "milhãonária".
Black-bloques não se viram, violência não houve, na manifestação trataram-se como animais jovens e idosos (ia lá uma fantástica senhora irlandesa de 83 anos com uma bandeira da paz), gente a quem apelidaram de anarquistas como se isso fosse crime ou pecado. Gente que desceu a Avenida, cercada por 3 polícias, fortemente armados, para cada manifestante (como afirmou o chefe da Unidade Especial). Ao som dos tambores dos Ritmos de Resistência, uns jovens simpáticos e bem dispostos, os poucos problemas que podiam ter acontecido deveram-se exactamente à megalómana ostentação de força e à forma como trataram como animais enjaulados gente que se manifestava civicamente e que em momento nenhum praticou ou mostrou querer praticar actos violentos. Foi para mim um prazer, uma satisfação e uma honra estar nesse grupo junto com essa gente.
De todas estas fantasias o que resultou? Nada para além de uma despesa "milhãonária".
Black-bloques não se viram, violência não houve, na manifestação trataram-se como animais jovens e idosos (ia lá uma fantástica senhora irlandesa de 83 anos com uma bandeira da paz), gente a quem apelidaram de anarquistas como se isso fosse crime ou pecado. Gente que desceu a Avenida, cercada por 3 polícias, fortemente armados, para cada manifestante (como afirmou o chefe da Unidade Especial). Ao som dos tambores dos Ritmos de Resistência, uns jovens simpáticos e bem dispostos, os poucos problemas que podiam ter acontecido deveram-se exactamente à megalómana ostentação de força e à forma como trataram como animais enjaulados gente que se manifestava civicamente e que em momento nenhum praticou ou mostrou querer praticar actos violentos. Foi para mim um prazer, uma satisfação e uma honra estar nesse grupo junto com essa gente.
Estava na véspera um polícia, dos de intervenção, a dizer, a propósito do uso da violência pelas forças policiais, que "a polícia não faz violência, isso fazem os manifestantes desordeiros; a polícia faz uso da «força de estado»".
ResponderEliminarSegundo o dicionário da língua portuguesa:
violência
s. f.
1. Estado daquilo que é violento.
2. Acto violento.
3. Acto violentar.
4. Veemência.
5. Irascibilidade.
6. Abuso da força.
7. Tirania; opressão.
8. Jur. Constrangimento exercido sobre alguma pessoa para obrigá-la a fazer um acto qualquer; coacção.
De acordo com o dicionário (particularmente o nº 8) e os relatos que todos ouvimos, a polícia exerceu violência sobre as pessoas que se manifestaram no Sábado.
É interessante, assim, ver como se fazem as lavagens ao cérebro aos elementos das forças militares e militarizadas que defendem o regime.
Pois. Só não gostei de ver a frente da manifestação demarcar-se tão rapidamente da cauda da dita, arrumar o estojo e escapulir-se o mais depressa possível dali para fora, deixando os lá detrás entregues à bicharada...
ResponderEliminarNão gostei mesmo nada.
Não sabia que estávamos 3 polícias por cada manifestante. Ainda assim, julgo que dado o valor de uns e de outros a polícia se encontrava em clara desvantagem. E ainda em maior desvantagem se encontravam os verdadeiros aprisionados, os da frente da manifestação, que da liberdade não sentiram nem o cheiro, e nós pudemos respira-la abundantemente quando os azuis se retiraram.
ResponderEliminarA Polícia só está "em força" onde
ResponderEliminarnão deve!
As Forças Armadas, especialmente o
Exército, actualmente, só está onde não devia!
É minha opinião que o governo, os ministros e as chefias justificam,
assim, o poder que pensam ter perante outros poderes superiores
como os que decorreram nos últimos dias!
Internamente, para o "populacho" a PSP é muitas vezes, demais,
inoperante e as Forças Armadas
não são precisas para nada!...
Zé de Aveiro
já estava ficar preocupado: http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1717318 pois os blindados nunca mais chegavam! Vá lá vamos mas é pagar e não bufar
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