sábado, outubro 22, 2011

Abruxadas da velha senhora


Manuela Ferreira Leite não acredita que quando se fala em medidas temporárias «seja por dois ou três anos; devem ser muitos mais anos». Ferreira Leite deixa uma sugestão: «Por que não, durante dois ou três anos, a saúde e a educação serem pagas por todos aqueles que podem pagar?

Lembrando-me da famosa "graçola" da suspensão da democracia lembrei-me de fazer um ditadorzinho mas não resisti a imagem que me vinha à cabeça, a de bruxa. Foi mais forte que eu e e a ideia dela a cozinhar uma poção agradou-me. É que com os critérios de riqueza desta gente muitos nunca poderiam consultar um médico e muitas crianças seriam obrigadas a abandonar os estudos (nem entendo como seria conciliável com o ensino obrigatório). E será que os dois ou três anos dela são iguais aos que não acredita e diz deverem ser muito mais do Ministro?
Com a oposição que temos não vejo forma de travar esta gente, esta loucura liberal dum capitalismo desenfreado. Só as pessoas, condenadas à pobreza e à miséria por esta gente podem mudar este destino. Só juntando-se e ocupando as ruas, exigindo a mudança será possível. Há um movimento por todo o mundo, ocupando ruas e praças exigindo novas democracias cidadãs e o fim do poder financeiro dos especuladores e banqueiros. Já nem a ocultação e a manipulação dos médias o consegue esconder e o movimento alastra tornando-se maior a cada dia. Talvez a luz ao fundo deste túnel repleto de bruxas, múmias e outras personagens do assombro.

8 comentários:

  1. Em relação à "loucura liberal" tem razão. Mas não se esqueça que foi precisamente esse liberalismo que permitiu elevar o nível de vida das pessoas de forma drástica sem sustentação económica, que permitiu alimentar o "Estado Social" que TODOS os partidos com assento parlamentar na AR, e Governos, desde o 25/4 sempre defenderam! E a dívida pública sempre a subir: de 10% em 1975 para 93,3% em 2010 (só divida directa sem as PPP nem a divida das EP). E "contra factos não há argumentos".

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  2. Anónimo
    Podia discutir contigo as razões pelas quais foi criado o Estado Social na Europa e porque razão esse custo já não faz falta ao capitalismo. Podia também ir pelo outro lado e discutir o conceito de mais-valia, bla, bla bla. A verdade é que quando nos colocamos nas mãos dos mercados estamos a cavar a nossa sepultura pois aquela gente vive para o lucro desenfreado e nada os detém. Podia tudo isso mas essa é uma discussão demorada e honestamente estou com muita coisa para fazer e pouco tempo para isso. Talvez um dia o possamos fazer numa qualquer amana cavaqueira.

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  3. Okay, deixe-me apenas reforçar o ponto de que praticamente toda a elevação do nível de vida que foi conseguido nas últimas décadas foi obtida à conta do endividamento, possível por via desse liberalismo que tanto ataca (e que eu tb ataco!!). Abraço

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  4. O que o tal liberalismo fez,meticulosamente,foi destruir toda a capacidade produtiva do país,criando assim a necessidade da dívida,e a depedência dela,que tão bem o serve para a destruição de todas as conquistas e direitos, com o acumular de riqueza na mão de meia dúzia,ou duas dúzias,bem conhecidos e aparentados.

    Um abraço,
    mário

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  5. @Trepadeira: a dívida serviu, sobretudo, para distribuir pelos 500 mil funcionários publicos e pelos subsídios mais diversos, para elevar o nível de vida, para fazer autoestradas e estadios de futebol, e pontes, sobretudo. Os que se "encheram" com o guito foram poucos em relação ao grande sorvedouro da despesa. Não é um mal do "capitalismo", como é óbvio, mas das politicas socialistas irresponáveis. O socialismo é um apanágio dos Estados ricos. Portugal é um Estado pobre com vícios de rico.

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  6. Quando é que houve políticas socialistas?Não dei por isso.
    Não ,não é um mal do capitalismo,é um mal da sociedade que deixou uns quantos roubarem o que era de todos sem pestanejar.O capitalismo já implodiu,só falta o funeral.
    Implodiu-se a si próprio.
    Tudo o que por aí andou e anda,na dívida e fora dela,é papel pintado,sem qualquer valor,com o qual estão a comprar o património do país.
    Todas as medidas tomadas são,tão só e apenas,para salvar a ganância da banca à custa de todos.
    mário

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  7. Então mais vale não pagar a dívida, deixar ir à bancarrota, sair do Euro, criar moeda nacional (mesmo sem credibilidade externa alguma e com uma desvalorização monumental), e regressar ao padrão-ouro e talvez até, quem sabe, ao proteccionismo... Será?

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  8. Pedindo desculpa ao Kaos pelo abuso:
    Pode ser que qualquer dia,na tal amena cavaquice,haja tempo para explanar as ideias,tenho de tratar da horta senão não como.

    Estou preocupado com a credibilidade interna,a externa não sei bem o que é,nem perante quem que mereça o esforço.

    Quero viver à custa da produção nacional e não explorando e enganando os outros.

    mário

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