Anda por todo o lado a celebração da classificação do Fado como património imaterial da humanidade pela Unesco. Sem ser um admirador ferrenho há fados de que gosto e outros de que gosto menos, mas mais que a classificação que lhe deram o que mais me interessa é que haja quem o cante e cante bem. O que gosto menos é da recordação dos tempos do "Fado, Fátima e Futebol" que infelizmente estão cada dia mais parecidos com os tempos actuais. Fátima é o que é e já não há Papa que não tenha de a visitar pelo menos uma vez e o Futebol todos sabemos o que representa e como é utilizado pelo poder quando surge uma oportunidade para camuflar a realidade. Temos agora o Fado para que nos esqueçamos do fado que este governo, este sistema e este capitalismo de mercados nos carregam em cima. Pois que viva o Fado mas aquele que alguns tão bem cantam e não aquele que é sinónimo de um destino inevitável. É que inevitável só a morte, nunca a forma como vivemos a nossa vida se não a encararmos como o nosso fado.
Millôr Fernandes lançou um desafio através de uma pergunta:
ResponderEliminarQual a diferença entre Político e Ladrão ?
Chamou a atenção a resposta de um leitor:
Caro Millôr , após longa pesquisa cheguei a esta conclusão:
a diferença entre o ladrão e o político é que um eu escolho, o outro me escolhe. Estou certo?
Fábio Viltrakis, Santos-SP.
Eis a réplica do Millôr:
Puxa, Viltrakis, você é um gênio..
Foi o único que conseguiu achar uma diferença!
Parabéns!!
KAOS, E QUANTO CUSTOU A TODOS NÓS ESTE PASSEIO?
ResponderEliminarFOI UMA COMITIVA DO MELHOR, COMANDADO
PELO CANECO
A ESSES NÃO CHEGA A CRISE. FOI A CAMARA MUNICIPAL DE LISBOA, FOI A RTP MAIS A RDP, TUDO A VIAJAR À CONTA DO ZÉ
GRANDE FADO QUE TEMOS, PARA SUSTENTAR ESTES TURISTAS
Isso mesmo Anónimo
ResponderEliminarQuanto dinheiro foi gasto?
A propósito do post:
ResponderEliminar"Volta Salazar, estás perdoado!"
Anónimo das 19:33
ResponderEliminarA esse nunca perdoarei mas felizmente esse nunca voltará pois já está bem morto e enterrado
Pois kaos, enterrado, mas parece-me que ultimamente tem reencarnado amiúde. Eu nos últimos 7 anos conto pelo menos duas reencarnações.
ResponderEliminare as criancinhas ???? nos supermercados (algumas com 5/6 anos) ao jeito da mocidade portuguesa todos fardadinhos a preceito de saquinho na mão a apelar á caridadezinha pois de pequenino, é no nosso regime nacionalcapitalista que é necessário educar a criançada que numa sociedade democrática existem ricos e pobres e aos pobres faz-se caridade (e porque não encher as dispensas de algumas tias pelo meio) aos ricos fica bem dar a cara por um acto solidário e voluntarioso e se aparecer a TV melhor ainda se metem uns trocos ao bolso que a publicidade paga e a gente paga-a depois no preço do produto.
ResponderEliminarAcabem os feriados, fim de semana de 15 em 15 dias, emprego para as crianças
O CR7 para ganhar o que ganha, sua mais em 45 minutos que tu hás-de suar em toda a tua vida. Não sejas invejoso e vai trabalhar - e suar - que isto passa-te.
ResponderEliminarAgora vamos "contaminar" o mundo neoliberal com isto:
ResponderEliminar"Ó gente da minha terra
Agora é que eu percebi
Esta tristeza que trago
Foi de vós que a recebi"
O fado faz parte dos fundamentos ideológicos do corporativismo, que crê numa ordem divina, cósmica, imutável, e na submissão do indivíduo, incluso do rei absoluto, a essa ordem. Isto é profundamente hostil ao liberalismo, o antigo em em versão neo, que crê no humanismo e individualismo, no primado do indivíduo sobre o Universo e cuja mística é hedonista
E, não tarda nada, por todo o mundo vão estar a cantar a Wall Street (também há muito fado nesta letra):
Addio, adieu, aufwiedersehen, Goodbye,
Amore , amour, meine liebe, love of my life.
Se o nosso amor findar,
Só me ouvirás cantar,
Addio, adieu, aufwiedersehen, Goodbye,
Amore , amour, meine liebe, love of my life.
Este amor não tem grades, fronteiras, barreiras, muro em Berlim,
É um mar, é um rio,
É uma fonte que nasce dentro de mim.
É o grito do meu universo,
Das estrelas p'ra onde eu regresso,
Onde sempre esta música paira no ar.
[refrão]
Este amor é um pássaro livre,
Voando no céu azul,
Que compôs a mais bela canção deste mundo de Norte a Sul.
E as palavras que eu uso em refrão,
Fazem parte da mesma canção,
Que ecoa nas galáxias da minha ilusão
[refrão]
[refrão]