Cavaco Silva entende que há «um conjunto de pessoas, a que chamamos agora os novos pobres», a quem «é impossível impor mais austeridade». O Presidente da República considera ainda que essas pessoas «são aquelas que são mais atingidas por medidas, não tendo, às vezes, em conta a especificidade de cada grupo». Cavaco conclui: «é preciso olhar às pessoas».
Custa a entender quem um dia diz que as pessoas não podem suportar mais austeridade e no dia seguinte aprova orçamentos anti-constitucionais para garantir que essa austeridade é aplicada e Portugal cumpre e supera as medidas impostas pela Troika e pelos mercados financeiros especuladores. Quem aceita que um Primeiro-ministro diga que trabalha para empobrecer um povo, sabe que o desemprego vai disparar e a economia definhar provocando mais miséria não pode vir depois mostrar-se preocupado com os novos pobres. Ou, talvez esteja a falar de si próprio, afinal o pobre homem já nos disse as suas pensões não dão para as suas despesas no fim do mês. Será que é a ele próprio e à sua Maria que chama de "novos pobres"?
Custa a entender quem um dia diz que as pessoas não podem suportar mais austeridade e no dia seguinte aprova orçamentos anti-constitucionais para garantir que essa austeridade é aplicada e Portugal cumpre e supera as medidas impostas pela Troika e pelos mercados financeiros especuladores. Quem aceita que um Primeiro-ministro diga que trabalha para empobrecer um povo, sabe que o desemprego vai disparar e a economia definhar provocando mais miséria não pode vir depois mostrar-se preocupado com os novos pobres. Ou, talvez esteja a falar de si próprio, afinal o pobre homem já nos disse as suas pensões não dão para as suas despesas no fim do mês. Será que é a ele próprio e à sua Maria que chama de "novos pobres"?
Está visto que Cavaco Silva anda agora a engolir sapos, pois a realidade a isso obriga e, quando vier aí a confusão, será preciso à partidocracia PS-PSD-CDS encostar-se a alguém que não deixe o regime afundar como está a acontecer na Grécia, e em breve acontecerá na Itália, Espanha e Portugal.
ResponderEliminarSe o Prof. Cavaco Silva quer ser levado a sério terá que exigir do governo a redução (unilateral) provisória dos valores das contrapartidas dos contratos das parcerias público-privadas; o precedente legal já existe, quando decretaram a suspensão dos subsídios para a Função Pública sem ouvir os lesados.
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