Vivemos no País das Maravilhas, em que temos todas as culpas da merda que os outros fizeram, que temos de pagar o que os outros roubaram, em que um dia estamos a ser transportados por bons ventos e no outro já naufragamos no temporal dos Mercados. Certo é que mesmo que tudo corra mal, que os números se oponham aos discursos percorremos a rota da inevitabilidade imposta pelos outros, entre luzes ao fim do túnel e a miragem que elas representam. Somos todos os dias vitimas das mentiras e dos enganos, da ganancia de alguns e da voracidade de outros. Ontem eram tantas as noticias que nem consegui escolher uma para fazer o boneco. Da salivação dos banqueiros perante a possibilidade da privatização da CGD, à condenação à morte proposta pela Comissão de Ética e da Vida para quem custe demasiado caro ao Estado em relação à sua esperança de vida, ao aumento do IRS, cortes em subsídios, excepções à austeridade para alguns e o desespero para outros, passando pelo aumento da segurança particular dos Ministros ou à violência policial em Espanha. Estas foram algumas que me lembrei assim de repente de uma lista que não tem fim de malfeitorias e de enganos. Fica tudo melhor dito quando no fim ainda ouvimos o incapaz do Passos Coelho atirar as culpas de um futuro sem esperança para as costas de quem tudo tem suportado. «O primeiro-ministro dramatizou hoje a importância da disponibilidade dos portugueses para prosseguirem o "esforço de ajustamento" da economia portuguesa, afirmando que "se isto vai tudo correr bem ou tudo correr mal" depende muito da vontade colectiva.» Mais dia menos dia ainda vamos ser acusados de que toda a falência a que vamos chegar, bem pior que aquela em que já estamos mergulhados, é nossa e não deles. Puta que os pariu a todos que a culpa só será nossa se não tivermos a coragem de correr com esta escumalha toda de vez e assumirmos o nosso futuro nas nossas mãos.
Se há quem chore de alegria porque não haveremos de rir de tristeza. Todas as imagens deste blog são montagens fotográficas e os textos não procuram retratar a verdade, mas sim a visão do autor sobre o que se passa neste jardim à beira mar plantado neste mundo, por todos, tão mal tratado. A pastar desde 01 Jan 2006 ao abrigo da Liberdade de Expressão.
sábado, setembro 29, 2012
Um País das Maravilhas e de culpados
Vivemos no País das Maravilhas, em que temos todas as culpas da merda que os outros fizeram, que temos de pagar o que os outros roubaram, em que um dia estamos a ser transportados por bons ventos e no outro já naufragamos no temporal dos Mercados. Certo é que mesmo que tudo corra mal, que os números se oponham aos discursos percorremos a rota da inevitabilidade imposta pelos outros, entre luzes ao fim do túnel e a miragem que elas representam. Somos todos os dias vitimas das mentiras e dos enganos, da ganancia de alguns e da voracidade de outros. Ontem eram tantas as noticias que nem consegui escolher uma para fazer o boneco. Da salivação dos banqueiros perante a possibilidade da privatização da CGD, à condenação à morte proposta pela Comissão de Ética e da Vida para quem custe demasiado caro ao Estado em relação à sua esperança de vida, ao aumento do IRS, cortes em subsídios, excepções à austeridade para alguns e o desespero para outros, passando pelo aumento da segurança particular dos Ministros ou à violência policial em Espanha. Estas foram algumas que me lembrei assim de repente de uma lista que não tem fim de malfeitorias e de enganos. Fica tudo melhor dito quando no fim ainda ouvimos o incapaz do Passos Coelho atirar as culpas de um futuro sem esperança para as costas de quem tudo tem suportado. «O primeiro-ministro dramatizou hoje a importância da disponibilidade dos portugueses para prosseguirem o "esforço de ajustamento" da economia portuguesa, afirmando que "se isto vai tudo correr bem ou tudo correr mal" depende muito da vontade colectiva.» Mais dia menos dia ainda vamos ser acusados de que toda a falência a que vamos chegar, bem pior que aquela em que já estamos mergulhados, é nossa e não deles. Puta que os pariu a todos que a culpa só será nossa se não tivermos a coragem de correr com esta escumalha toda de vez e assumirmos o nosso futuro nas nossas mãos.
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Enquanto o incompetente estiver a governar o buraco onde Portugal está ainda vai aumentar mais, este passos nem para taberneiro tem competência quanto mais para governar,um tipo que anuncia ao povo que o quer meter a passar fome e depois vai cantar e ver um concerto ou é atrasado mental ou insensivel
ResponderEliminarEstá mto bom este post Kaos! Parabens! Depois de todo o comportamento do traidor à pátria de Massama,só pode mesmo ser o chapeleiro louco,deste país das maravilhas!
ResponderEliminarExcelente boneco! Parabens Kaos.
ResponderEliminarE o António Borges, que se percebe agora ter sido o cérebro da medida da TSU, merecia ele o chumbo um chumbo retroactivo, no primeiro ano da faculdade que frequentou, por extrema falta de bom senso na aplicação dos dogmas que lá lhe martelaram na cabeça.
E agora que a pesada guilhotina das austeridade se apresta para efectuar um movimento de revolução, virando-se contra aqueles que a usaram contra o povo, o senhor Borges irá ter que explicar como pôde assim marcar "um golo na própria baliza", como já veio dizer o American Enterprise Institute, um "think tank" influente da direita americana, onde prontificam algumas figuras destacadas da administração Bush, como sendo Paul Wolfowitz ou John Bolton. "O aspecto mais importante desta proposta", disse o investigador do AEI, "é que faz muito pouco sentido do ponto de vista económico". Pois... António Borges foi CHUMBADO por Wall Street! Mas só depois de ter sido chumbado na rua, em Portugal...
A mim me cheira que Coelho & Companhia vão acabar na sarjeta; e que os seus próprios mandantes de Wall Street, ao ver o movediço pântano em que se atolaram, vão assobiar para o alto e passar ao lado.
Wall Street journal também chumba Abtónio Borges. "As ruas tinham razão", escreve. E acrescenta que não adianta "chorar o falhanço da reforma da Segurança Social" porque Portugal precisa é de crescimento e "aumentar impostos não é o caminho para lá chegar".
ResponderEliminarPois... agora é que descobriram (porque o guilhotina da austeridade -- impostos em França -- lhes começa a causar azia). Mas...
HÁ QUANTO TEMPO É QUE ANDAMOS A DIZER QUE A AUSTERIDADE DESTRÓI A ECONOMIA E A OUVIR DA TROIKA, DO PROF. BORGES E DO PROF. GASPAR, COMO RESPOSTA, QUE ASSIM CHUMBÁVAMOS NAS CADEIRAS DELES?!
Só já há uma saída:
ResponderEliminarREVOLUÇÃO!!
Costuma dizer-se RATOS DE ESGOTO, neste caso é "COELHO DE ESGOTO"!
ResponderEliminarQue vá para áfrica gozar com os conterrâneos! Ele e outros!
E já que estamos a falar do Coelho e seus jagunços do SIS... para além da agressão a um jornalista que (infelizmente para ele) filmou toda a cena...
ResponderEliminarO estudante que foi arrastado para fora do seu Campus por um agente da segurança do primeiro-ministro foi VÍTIMA DE UM ACTO ILEGAL. Dentro de um campus a polícia não tem jurisdição, a não ser com a devida autorização do reitor. Além disso, como o estudante tentou explicar ao dito "agente da autoridade", dentro do Campus ele está AO ABRIGO DA LIBERDADE ACADÉMICA; apenas os orgãos da Universidade poderão pronunciar-se sobre alegados comportamentos incorrectos do aluno DENTRO DO CAMPUS, através de processo de averiguação interno.
Isto faz lembrar o antes do 25 de Abril. So site da Associação de Estudantes do IST:
"[Nos anos 60] a tensão política aumentava em Portugal, principalmente no meio estudantil. Em Lisboa, os alunos do IST tiveram contacto directo com a pobreza existente na cidade já que a cantina da AEIST serviu de alojamento temporário para as vitimas das cheias de 67. Enquanto o governo nada fazia relativamente às cheias, preocupando-se apenas em esconder a real dimensão da tragédia, os alunos trabalhavam para ajudar a população afectada."
"Em Janeiro de 1971, à saída de um plenário, os estudantes sofrem uma carga, com cães e metrelhadoras, barricando-se na Cantina da Cidade Universitária. O Técnico é encerrado por ordem do director, na altura o Dr. Fraústo da Silva. Deste acontecimento resulta a detenção e tortura de muitos alunos, entre eles alguns estudantes do IST. Em Março desse mesmo ano a polícia entre pela primeira vez no Técnico devido a um boicote ao exame de Matemática III.
Em Maio de 1972, a AEIST foi encerrada e em Reunião Geral de Alunos é decidida uma greve aos exames, levando ao encerramento do IST após alguns meses. No entanto, realizou-se pouco tempo depois um plenário entre os estudantes, a direcção do IST e o governo, em que se decidiu a reabertura da Associação e o fim da greve.
Em Março de 1973 são presos 21 estudantes, sendo 10 alunos do Técnico, entre os quais o presidente da Associação dos Estudantes. A AEIST volta a ser encerrada, desta vez pela direcção do IST, que suspende os seus Dirigentes. Os exames foram feitos com o IST cercado, carro de água e vigilantes dentro do campus."
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