quarta-feira, outubro 18, 2006

A Gula de Teixeira dos Santos

Ficámos ontem a conhecer o “menu” que este governo preparou para o ano de 2007. À primeira vista, o prato não parece muito saboroso para o preço que nos querem levar por ele, sobretudo se olharmos para a relação preço/qualidade, em nada semelhante ao almoço, recentemente servido na Assembleia da Republica, e onde o custo por cada uma das 50 pessoas ficou por uns módicos 147,33 Euros mais IVA [Link], e que talvez justifique os 86 milhões de Euros a que têm direito este ano.
Uma das mais controversas partes deste orçamento vem na rubrica dedicada ao IRS, que sobe para reformados e deficientes. O argumento é o de uma maior justiça fiscal, mas chamar justiça a aumentos de imposto em rendimentos acima de 500 euros mensais, não me parece muito certo. Até parece que quem tem 500 euros para viver por mês é um privilegiado e deve ser incluído na lista dos grandes magnatas.
Por este andar, nem é escusado apertar o cinto, porque isso só vale a pena para quem tem calças para segurar e nós já nadamos todos de tanga. Como dizia o poeta, “eles comem tudo, eles comem tudo, eles comem tudo e não deixam nada”.
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Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO

4 comentários:

  1. Kaos,

    Este e os dois posts anteriores são das coisas mais acertadas que já li. Encandaloso mais um aumento de impostos para que o Estado viva à custa dos cidadãos que os pagam (que não são todos), escandaloso (e com um ligeiro aroma a Estado Novo) a atitude da C.M. Porto e infelizmente muito previsível o que acontecerá com a electricidade quando não há, nem haverá (nunca, parece-me a mim) concorrência. Ai... ai... suspiro...

    Um abraço

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  2. Sócrates já veio dizer que iria compensar com mais ajudas o aumento das contribuições, mas será que existem mecanismos para garantir automaticamente esta paridade? Ninguém falou deles, e na sua falta, ainda que possa haver uma paridade média, haverá sempre casos de pessoas prejudicadas, certamente!

    mas o pior do OGE2007 é o corte de 20% no Investimento! Como poderão sustentar uma retoma ainda tão tímida com um corte desta grandeza?!

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  3. willowe tree:
    Na electicidade o mal não é falta de concorrencia. Já está visto que há produtros em que a luta de preços não funciona. O que era importante é que estes sectores importantissimos para o país pertencessem ao estado que os utilizasse, não como forma de ter lucros mas para servir as populações e as empresas.
    abraço

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  4. Rui:
    Eu de economia e economistas só entendo que tem sido os culpados por muitas das experiencias que têm arrebentado com este país.Não sei por isso qual a gravidade da redução no investimento, mas que as pessoas, e conheço algumas, já não aguentam com mais "pancada" fiscal isso entendo. Por uma vez vão tirar aos de cima, aos que têm muito, aos que ganham milhões.
    abraço

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