"Os portugueses não aceitariam que cortássemos nas pensões e nas despesas de saúde. Numa população crescentemente envelhecida, estas despesas aumentam inevitavelmente. Mas conseguimos moderar o seu crescimento. Em 2006, agarrou-se o monstro. Está a ficar manietado, já não anda à solta".
Teixeira dos Santos fez esta afirmação para se defender de notícias que afirmavam que a despesa pública tinha disparado no ano de 2006.
Vem agora ao Tribunal de Contas acusar os últimos quatro governos de esbanjarem muitos milhões anualmente em gastos nos gabinetes ministeriais, sendo o de Sócrates o mais gastador. Li algures por ai que essa despesa tinha aumentado 65% entre 2003 e 2006 para ver agora o governo dizer que foi reduzida em 14%.
A pergunta que aqui faço é a de saber em quem acreditar. No governo que já nos mostrou mentir quando lhe dá jeito, ou numa comunicação social, presa aos interesses das grandes grupos económicos que a detêm e controla? Provavelmente ambos mentem ou pelo menos fazem leituras transviadas e habilidosas da realidade.
É grave o estado de uma democracia e está em perigo a liberdade quando os cidadãos de um país não podem confiar em quem existe para os informar do que acontece no país e no mundo, nem naquilo que diz quem nos governa.
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