sábado, junho 30, 2007

O Tanque

O amigo "Sarcástico", que tantos e excelentes comentários tem feito neste blog, ai publicou este poema de Bertold Brecht.


O vosso tanque general
é um carro forte
derruba uma floresta esmaga cem
homens,
mas tem um defeito
precisa de um motorista.
O vosso bombardeiro, general
é poderoso:
voa mais depressa que a tempestade
e transporta mais carga que um elefante
mas tem um defeito
precisa de um piloto.
O homem, meu general, é muito útil:
sabe voar, e sabe matar
mas tem um defeito
sabe pensar.

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

6 comentários:

  1. E eu vou responder ao sarcástico com um outro belo e breve poema de Amadeu Pinheiro, Jr

    O CARRO PRESIDENCIAL

    O carro presidencial parou.

    Ele, olhou, tornou a olhar e olhou
    de novo. Furioso voltou-se para o seu adjunto

    -O povo! aonde está o povo?

    -Nas fábricas, sr. Presidente! Nas
    fábricas a trabalhar, que a vida
    está má!

    Amadeu Pinheiro Jr.

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  2. Não nos conseguimos livrar
    deste tipo de gente
    vamos ter que os aturar
    no exercício vigente

    Mas não são eles os culpados
    pela exibição da incompetência
    porque afinal são votados
    por gente sem inteligência

    Que nunca mais abrem os olhos
    a toda esta realidade
    continuam a levar nos entrefolhos
    por causa da sua ingenuidade

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  3. Henry:
    O Presidente devia estar a perguntar onde estavam os desempregados que cada vez são mais.
    abraço

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  4. Contradições:
    As sondagens já foram mais crueis para os Sócretinos, mas o que assusta é que depois do rosa vem sempre o laranja.
    abraço

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  5. kaos
    Gstei do «boneco» ilustrativo para o texto de Brecht.
    O poema enviado por Henry Pote, mostra-nos quem anda em operações de charme no país: há dias uma simples «chefe» (isto sobe à cabeça de alguns) de um qualquer gabinete de ministério, explicou a colegas meus um atraso no início da reunião por incompetência do seu «motorista». A necessidade de falar no motorista!
    Só espero é que ainda haja muitos a trabalhar em fábricas e que as mesmas não sejam «deslocalizadas» (palavra modernaça) para países de mão de obra «escrava».
    Abraço

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  6. Sarcástico:
    Essa Sr. tão importante que falou do motorista mostrou a sua cagança ao mesmo tempo que atirou as culpas para quem os de baixo.
    Quanto às deslocalizações não temos de estar preocupados, já que brevemente com as novas leis propostas pelo livro branco passaremos a fazer parte do grupo de países onde a escravatura laboral será possivel.
    abraço

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