No discurso de abertura do Ano Académico 2007/2008 da Universidade de Lisboa (UL), António Sampaio da Nóvoa, lembrou que nos últimos dois anos Portugal foi o único país da Europa que reduziu o investimento no ensino superior, «remetendo as instituições para uma lógica de pura sobrevivência», apesar de estas terem cumprido as suas obrigações, nomeadamente no que respeita ao aumento do número de estudantes e à melhoria da qualidade da formação. «Mas, ao mesmo tempo, o Governo transfere anualmente para universidades norte-americanas, ao abrigo de acordos interessantes mas com contrapartidas reduzidas, verbas superiores às que transfere para algumas universidades portuguesas».
in “TSD”
Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17
Se há quem chore de alegria porque não haveremos de rir de tristeza. Todas as imagens deste blog são montagens fotográficas e os textos não procuram retratar a verdade, mas sim a visão do autor sobre o que se passa neste jardim à beira mar plantado neste mundo, por todos, tão mal tratado. A pastar desde 01 Jan 2006 ao abrigo da Liberdade de Expressão.
sexta-feira, novembro 09, 2007
O Sonho Americano
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Quando ontem de regresso a casa após um preenchido dia de trabalho na escola, ouvi esta declaração de António Nóvoa no noticiário radiofónico e não pude deixar de sorrir (algo amargamente), sentindo-me solidário com a sua intervenção descomprometida (o que cada vez menos se verifica).
ResponderEliminarCada vez mais se trabalha unicamente para as estatísticas, o que tem resultado com o apoio de alguma (muita) comunicação social. Espero que não comecemos a desistir do exercício da reflexão bem como da utilização do sentido crítico. Ao longo das últimas décadas temos assistido a algumas surpresas mais agradáveis quando os nossos concidadãos provam que ainda o conseguem fazer.Esperemos que a chama não se extinga.
Um óptimo fim-de-semana
Ó Kaos, o Senhor Silva era muito mais adequado que o Gágá para estar ali...
ResponderEliminarCom Bolonha, o ensino superior só piorou. Os mestrados a sério vão acabar agora. Doravante, um aluno que pretenda uma especialização em qualquer área científica ou de engenharia (por exemplo) terá que fazer um doutoramento. É ridículo.
ResponderEliminarNas licenciaturas, agora milagrosamente promovidas a mestrados, reduziu-se consideravelmente o número de aulas práticas, o que é bom para poupar dinheiro mas prejudica muito a formação científica. Por exemplo, há cadeiras de Química Geral do 1º ano que não têm aulas laboratoriais. Assim vamos para a Idade da Pedra, vamos...
Com Bolonha, mestrados (a sério) kaput. Agora, quem quiser aprender para além dos mestrados enlatados de Bolonha precisa de fazer um doutoramento! E, se a penúria de quadros que existe em Angola acontecer aqui, os privados vão pagar muitos milhões pelos serviços dessa nova casta selecta.
ResponderEliminarEm Angola, há um mercado florescente de contratação de engenheiros, onde as empresas disputam avidamente o pequeno número de profissionais qualificados que existe, comprando os seus serviços como aqui se faz no mercado dos jogadores de futebol.
Será um castigo merecido para a língua comprida de Kavacos e Belmiros. O colapso das funçoes educativas do estado vai-lhes custar muito caro, tão caro que eles nem sonham o quanto vão ser chulados por todos os parasitas e máfias que aparecerão a sugar da teta do novo mercado.
Investimento em educação e formação? É só fumaça!
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