José Sócrates assinou numerosos projectos de edifícios na Guarda, ao longo da década de 80, cuja autoria os donos das obras garantem não ser dele. Nalguns casos, esses documentos eram manuscritos com a letra de Fernando Caldeira, um colega de curso do actual primeiro-ministro que era funcionário do município e que, por isso, não podia assumir a autoria de projectos na área do concelho.
O primeiro-ministro diz que assume “a autoria e a responsabilidade de todos os projectos” que assinou e que a sua actividade profissional privada se desenvolveu “sempre nos termos da lei”. Embora se trate de uma prática sem relevância criminal, as chamadas “assinaturas de favor” em projectos de engenharia e arquitectura constituem uma “fraude à lei”.
Um antigo presidente da Câmara da Guarda, o também socialista Abílio Curto, a ela se referiu numa entrevista. “Uma vez disse-lhe [a José Sócrates] que ele mandava muitos projectos para a Câmara da Guarda, obras públicas, particulares. (...) O que sei é que nem todos os projectos seriam da autoria dele. Mas isso levar-nos-ia muito longe e também não vale a pena”
in “Publico”
Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO
Se há quem chore de alegria porque não haveremos de rir de tristeza. Todas as imagens deste blog são montagens fotográficas e os textos não procuram retratar a verdade, mas sim a visão do autor sobre o que se passa neste jardim à beira mar plantado neste mundo, por todos, tão mal tratado. A pastar desde 01 Jan 2006 ao abrigo da Liberdade de Expressão.
sexta-feira, fevereiro 01, 2008
Assinaturas de Conveniência
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"Mas isso levar-nos-ia muito longe e também não vale a pena"
ResponderEliminarNão vale a pena. NÃO VALE A PENA!!!! DASSE!
Já agora deixo aqui um link para outras coisas infelizes que se passam neste país.
E o Carnaval ainda nem sequer começou...
ResponderEliminarFoi há 20 anos, de qualquer maneira é mais um pauzinho.
ResponderEliminarHoje em dia estes fenómenos estão maximizados, as quantias envolvidas são exorbitantes, as sanguessugas transformaram-se em polvos gigantes com o estado à cabeça, diga-se o Ministério das Finanças. Hoje em dia ninguém está sózinho, a qualquer hora do dia ou da noite temos sempre alguém que cuida de nós. Não é propriamente "calor humano", será talvez "calor da caixa do correio", contas, taxas, impostos, coimas, avisos, circulares, decretos, ofícios,
E não é que o então aprendiz de engenheireiro civil estava em regime de exclusividade na CM da Covilhã?
ResponderEliminarO rapaz deve ter já nascido vígaro!
Com a devida vénia, transcrevo este comentário (a um comentário) por o achar pertinente:
ResponderEliminar"Para que não subsistam duvidas, acerca da integridade moral do Primeiro-ministro em exercício, poderá este, facilmente demonstrar, que os projectos de engenharia adjudicados pelos seus clientes, tiveram uma contrapartida de ordem financeira, ou seja, houve lugar a pagamentos, recebimentos, emissão de facturas/recibos e a correspondente liquidação ao fisco dos impostos referentes aos montantes recebidos.
Se assim for, não restará qualquer dúvida.
(Telmo Martins)
In Comentários Abrupto"
JFrade