quarta-feira, março 19, 2008

O respeitinho é muito bonito

 Domonatrix

Ontem foi apresentado o novo mapa judicial. O Engenheiro apareceu a dar a cara por ele, mas sem deixar de resguardar a retaguarda (há por ali alguns problemas ou medos do poder judicial). Explicou-nos que a reforma tinha sido debatida entre todas as entidades que deveriam ter uma palavra sobre o assunto, (embora já tenham começado as criticas vindo um pouco de toda a parte), e que mesmo assim nada era definitivo, que iríamos entrar num período de experiência e que se revelasse que algo não estava bem, humildemente, seria de imediato corrigido. Gostei, mostrou espírito democrático, da humildade perante a opinião dos outros, mas depois não pude deixar de me lembrar da saúde e da educação. Porque não teria o Engenheiro tido o mesmo espírito de consertação, porque não terá feito uma experiência, tanto no fecho das urgências como nas reformas da educação? Porque não terá ouvido os destinatários destas reformas? A resposta que encontro é que o Engenheiro trata e respeita de uma forma diferente o Senhor Doutor Juiz do que aqueles que a Sinistra Ministra chama de "professorzecos". De uns tem medo, os outros despreza e pisa, afinal o respeitinho é muito bonito.

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

7 comentários:

  1. Há que saber a que "telhados" se atiram as pedras (e que pedras, já agora)... só que às vezes enganam-se... e depois há 100 mil na rua! Não serem mais, já é uma sorte (a deles)!

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  2. Orora, quer dizer que o fulano é um falho de carácter, subserviente e falso, além do mais.

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  3. E pode também ser revelador duma mudança de atitude face ao "quero posso e mando". Não lhe ficará nada mal se a partir de agora passe a adoptar para todas as áreas de governação a aplicação das medidas a título experimental apenas passando-as a definitivas quando conseguir um consenso ao nível de todos os interessados e participantes nas reformas que são necessárias, e muitos o reconhecem, implementar.

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  4. Parece é que a "matula ignara" está a ser experimentada e sacada até ao tutano, enquanto os tais vinte por cento beneficiados vão enterrando as cabeças na areia, satisfeitos e fartos. Grande farra tem acontecido ultimamente, que o digam os vendedores de esquemas de luxo e a dgci.

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  5. Embora os médicos, os magistrados e os professores sejam peças estruturantes e fundamentais para a coesão social, contribuindo para o bem-estar e desenvolvimento de qualquer sociedade, Pinto de Sousa, que já deu suficientes provas de esperteza [minguando-lhe, embora, a inteligência], não afrontou directamente os médicos [embora o tenha feito com os enfermeiros], escolheu afrontar os utentes|pacientes indefesos, sabendo que, sem organização, (n)os podiam espoliar das urgências, centros de saúde, maternidades e outras valências de suporte sanitário indispensável.
    Com os magistrados, a inabilidade ainda andou, de sinapse em sinapse, naquelas cabeças, subvertendo a independência do poder judicial, através da funcionalização do órgão. Mas, o senhor "escusa", sem que se perceba como, devolveu o diploma que, depois de depurado de algumas maleitas, seguiu em frente. Mais uma vez o governo ataca em diferido com o novo mapa geográfico dos sítios onde se espera (tanto!) pela justiça e, tal como as taxas moderadores “não se destinam a enriquecer o Estado”, mas tão só a regular (limitando) o acesso à saúde, estes filhos de Sócrates, sem escrúpulos, vão fazer o mesmo com a justiça, colocando os tribunais cada vez mais longe das pessoas – para seu bem –, diga-se.
    Com os professores também aconteceu algo idêntico, mas a montante. Fecharam-se umas tantas escolas, embora tal decisão não tivesse originado os dividendos esperados. Como os professores são [eram!?] o grupo profissional mais dividido e o seu apetitoso número [mais de 140.000] podia originar uma fabulosa transferência de riqueza, entenderam que seria aí, depois de ardilosas campanhas de “marketing” político, fomentando a inveja e o ódio face a direitos consignados, que incansavelmente transformaram em privilégios e mordomias, encheram os jornais e abriram os telejornais com mentiras programadas sobre a inexistência de avaliação e acusações insidiosas sobre o insucesso / abandono escolar. Com estes e outros estratagemas denegriram todos os profissionais da educação. Para que o efeito fosse completo desencadearam uma violenta campanha contra os sindicatos, a quem apelidaram de forças de bloqueio anti reformistas. Estavam criadas as condições para o isolamento de um dos mais importantes grupos profissionais. Doravante, todos, fundamentalmente os que pouco ou nada sabem de ensino, professores ou educação, mas escrevem, sentiram-se impelidos em mostrar serviço, debitando mais umas achas contra o sector em chamas, não compreendendo que estão a contribuir para o fim da escola pública democrática e a caucionar o empobrecimento de milhares de professores, posicionados no princípio ou no meio da carreira e que nunca mais de lá sairão.
    O que aí vem, para ficar, depende de nós. Não queremos que recuem, mas que se vão embora por deficiente e mau serviço prestado ao país.
    Eles não querem reformar, desiludam-se; querem reformar-se!

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  6. Como bem escreve o jcosta. Admiro a lucidez do comentário que aqui deixou e que subscrevo completamente. Os meus cumprimentos!
    JFrade

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  7. Não sei onde esta "coisa" quer envelhecer. Com tantos ódios que está a criar?

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