"É evidente que gostaria que o PSD estivesse à frente nas sondagens mas isso não seria compatível com aquilo que merecemos. Nós ainda não merecemos estar claramente à frente do PS nas sondagens.”
Luís Filipe Menezes
A amiga Kaótica do Blog “O Pafuncio” deu-me a ideia e eu aproveitei-a logo. Deturpei o desenho do Mário de Sá Carneiro feito pelo Almada Negreiros, rabiscando lá a carantonha do Luís Filipe Menezes e deturpando o poema “Quase…” do dito Mário de Sá Carneiro.
QUASE...
Um pouco mais de jeito - eu era dono da casa,
Um pouco mais de laranja - eu era alguém.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos me apoiassem em Belém...
Assombro ou paz?Em vão... Tudo perdido
Num partido que a todos queima e arruma;
E o grande sonho perdido na bruma,
O grande sonho - ó dor! - quase vivido...
Quase o poder, quase o triunfo e a chama,
Quase o princípio e o fim - quase a governação...
Mas no partido tudo reclama...
Entanto tudo foi só ilusão!
Houve um sonho no começo... mas tudo falhou...
- Ai a dor de ser - quase governo, enfim...
Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim,
líder que sou e aqui acabou...
Grande oportunidade que desbaratei...
Governos onde nunca poderei mandar...
Poder que perdi sem nunca governar...
Ânsias que foram mas não aproveitei...
Se me pergunto, encontro só indícios...
Portas do poder - vejo-as cerradas;
E mãos de herói, sem fé, desbaratadas,
Queda certa em profundos precipícios...
Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí...
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Do poder que desejei mas não vivi...
Um pouco mais de jeito - eu era dono da casa,
Um pouco mais de laranja - eu era alguém.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos me apoiassem em Belém...
Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17
Luís Filipe Menezes
A amiga Kaótica do Blog “O Pafuncio” deu-me a ideia e eu aproveitei-a logo. Deturpei o desenho do Mário de Sá Carneiro feito pelo Almada Negreiros, rabiscando lá a carantonha do Luís Filipe Menezes e deturpando o poema “Quase…” do dito Mário de Sá Carneiro.
QUASE...
Um pouco mais de jeito - eu era dono da casa,
Um pouco mais de laranja - eu era alguém.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos me apoiassem em Belém...
Assombro ou paz?
Num partido que a todos queima e arruma;
E o grande sonho perdido na bruma,
O grande sonho - ó dor! - quase vivido...
Quase o poder, quase o triunfo e a chama,
Quase o princípio e o fim - quase a governação...
Mas no partido tudo reclama...
Entanto tudo foi só ilusão!
Houve um sonho no começo... mas tudo falhou...
- Ai a dor de ser - quase governo, enfim...
Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim,
líder que sou e aqui acabou...
Grande oportunidade que desbaratei...
Governos onde nunca poderei mandar...
Poder que perdi sem nunca governar...
Ânsias que foram mas não aproveitei...
Se me pergunto, encontro só indícios...
Portas do poder - vejo-as cerradas;
E mãos de herói, sem fé, desbaratadas,
Queda certa em profundos precipícios...
Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí...
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Do poder que desejei mas não vivi...
Um pouco mais de jeito - eu era dono da casa,
Um pouco mais de laranja - eu era alguém.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos me apoiassem em Belém...
Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17
Fun tástico!
ResponderEliminarAlém da genialidade dos bonecos e da oportunidade e sensatez dos textos é aqui revelada uma nova faceta do insubstituivel Kaos: a maneira superior como adapta um bonito poema de Sá Carneiro de forma a encaixar numa triste figura da nossa triste cena política. Parabens!
ResponderEliminarJFrade
Excelente!!!
ResponderEliminar;)
neste post a arte é do Almada Negreiros e do Sá carneiro eu só me apropriei dela em proveito próprio
ResponderEliminarbjs e abraços