“Portugal é um país onde há a arreigada convicção de que a liberdade é não cumprir as regras”
José Miguel Júdice
Quais regras? As regras deles, suponho eu. Alguém me perguntou se concordo com elas, se me queria comprometer em cumpri-las?
Como há sempre quem diga melhor as coisas do que nós, escolhi Fernando Pessoa.
Liberdade
Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa…
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças…
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca…
Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping
Elle até alguma razão, o problema reside, efectivamente, nos amigos dele que se recusam liminarmente a cumprir as regras, leia-se, as leis.
ResponderEliminarQuem, ainda, vai cumprindo alei é ozé povinho porque não tem alternativa. Fora o zé povo, todos, excepto o vale e azevedo, se podem dar ao luxo de fazerem o que querem.
Gostei da imagem!
ResponderEliminarConseguiste "retratar" o Júdice de uma maneira sublime, pois em minha opinião, não passa de um "jagunço" espertalhão, daqueles que utilizam e moldam as leis e a verdade de acordo com a sua conveniência, vulgo "advogado".
Parabéns
Para responder à sua pergunta, Kaos, os deputados dir-lhe-iam o seguinte: temos a legitimidade do voto popular.
ResponderEliminarGenial!
ResponderEliminarExtraordinário!
ResponderEliminarOutro jimbras.E o 'Eleven'?ele que vá para a real.Mais outro xico-esperto.
ResponderEliminarOutro jimbras.E o 'Eleven'?ele que vá para a real.Mais outro xico-esperto.
ResponderEliminarQuando alguém julga aqueles que não conhece, julga-os sempre projectando neles as suas próprias qualidades ou defeitos.
ResponderEliminarNão foi por acaso, pois, que o Kaos escolheu esta poema para descrever aquelas que acha serem as verdadeiras convicções dos portugueses.
Seria de esperar que um tipo destes soubesse que aquilo que diz revela muito de si mesmo aos outros. Digo eu, claro. ;)
Esta imagem... esta imagem...
ResponderEliminarFaz-me lembrar o western...
"Por Um Punhado de Dólares"!!!