segunda-feira, novembro 17, 2008

A Banda "alheira do G20"

Escroques

«Os dirigentes do G20 querem que os ministros das Finanças façam recomendações “concretas” e “precisas” sobre a vigilância, a regulação e a transparência dos mercados até 31 de Março de 2009, segundo uma fonte próxima das negociações.
De acordo com a mesma fonte, os ministros deverão centrar-se em seis áreas: limitar os aspectos de regulação dos mercados que exacerbam a crise, avaliar e trabalhar as normas contabilísticas no plano mundial, melhorar a transparência dos mercados, melhorar as práticas de compensação e avaliar as necessidades de recurso a instituições financeiras internacionais.
Os ministros das Finanças dos diferentes países ficam ainda com a missão de elaborar uma lista com as instituições financeiras que podem por em perigo todo o sistema financeiro internacional em caso de falência ou crise»

Esta escumalha normalmente junta-se em orgias de poder mais privadas. G7, G8, agora G29, G o raio que os parta. São 20 agora porque há crise, menos em tempos de vagas gordas e só os problemas são para distribuir, não os lucros. Gente que só porque é mais rica se reúne, à revelia das instituições internacionais, para comandar e controlar o futuro de todos os outros. Lá ficaram os Ministros das Finanças de encontrar a forma de segurar este bolorento e decrépito sistema capitalista com mais uns arames e uns remendos. Certamente que no dia marcado terão lindos documentos para apresentar e para nos dizerem que podemos dormir descansados que eles tomam conta de tudo…até à próxima crise. Ficaremos certamente mais pobres, menos livres e mais servos do sistema e daqueles que ficarão ainda mais ricos, mas podemos embalar-nos no sono da confiança daqueles “Senhores”.
Mas, têm mais para fazer os Ministros, também têm de dizer quais são as instituições que podem lixar isto tudo outra vez. Aqueles que se falirem atiram com o barco ao fundo. Isto é, aqueles que têm o poder de nos controlar, de mandar neste mundo impondo as suas regras. A única pergunta que faço é se essas instituições, tão importantes para a vida deste mundo, pois podem destruir toda a economia mundial, não deveriam estar nas mãos dos estados? Como podemos confiar que possam cair nas mãos de um bandido qualquer? O Liberalismo é muito lindo, muito lindo, mas como estamos a falar de seres humanos, onde há gente boa e gente má, gente honesta e aldrabões, humildes e gananciosos, sendo que são sempre os piores, os mais aldrabões e mais gananciosos quem atinge as posições mais altas. É nesta gente a quem vamos confiar o nosso futuro? Pode um banco ou uma empresa ser dono da minha vida e do meu futuro? Não deveriam ser imediatamente nacionalizados?

10 comentários:

  1. Excepcional. Este blogue é fora-de-série. Parabéns.

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  2. medo...essa gente começa a sentir,medo...as massas não têm memória,mas têm consciencia!

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  3. O que é a Confederação de Pais e quem é aquele senhor que costuma aparecer nos telejornais a debitar prosa sobre a Avaliação dos Professores e do Estatuto dos Alunos em nome dessa Confederação.

    Agradeço que me possa informar visto que tenho perguntado a vários pais e ninguém sabe do que se trata.

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  4. João Severino:
    Obrigado pelas tuas palavras e bem vindo ao meu jardim

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  5. duarte:
    As massas são a soma de muitas vontades que quando se movem no mesmo sentido não podem ser paradas.

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  6. aurora:
    Deves estar a referir-te ao Albino. Supostamente deveria ser o representante nacional das associações de pais, mas não passa de alguém que se utiliza desse estatuto para servir quem o serve a ele. Como pai e associado de uma associação de pais não me sinto minimamente representado ou concordante com tal personagem

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  7. Não há perfeições neste mundo, já todos o sabemos. E o sistema capitalista com certeza não é perfeito, longe disso. Será a alternativa perfeita? Pelo menos tão longe estará como o capitalismo.
    Historicamente, já tivemos tantos sistemas económicos que é dificil enumerá-los. Desde o feudalismo até ao comunismo, passando pelo corporativismo fascista e capitalismo, bem, vamos escolher! Alegremente podemos eleger o mais fracassado de todos! Tipo Salazar como a figura histórica mais relevante de Portugal... Aí, pelo menos, tínhamos alternativas credíveis, como D.João II ou Camões.
    Falou o nosso amigo Kaos em ser injusto que um banco seja dono do nosso futuro e, em última instância, da nossa vida. Concordo inteiramente, até porque se algo esta crise provou é que este modelo económico fracassou. A alternativa cheira-me, no entanto, a esturro: um punhado de políticos corruptos serem donos da minha vida. E poderemos alegar que o Estado é pessoa de bem e vai gerir bem o nosso futuro. Pessoa de bem??? Quem, o Estado??? Está bem, está. O sitema bancário português, por exemplo, é nacionalizado. Admirados? O maior banco é do Estado e dita as regras. Os combustíveis são nacionalizados. Admirados? A maior petrolífera do mercado é gerida pelo Estado e dita as regras. Os transportes ferroviários são nacionalizados. A CP é do Estado... Os transportes aéreos são nacionalizados, a TAP é controlada pelo Estado... Mas, afinal, quais as regras que não são ditados pelo Estado em Portugal? Poucas, e são aquelas que são ditadas pelas multinacionais maioritárias, como a AutoEuropa ou as da ASAE, que ninguém compreende.
    Mas a ideia de sermos possuídos por um Estado também não me agrada. Minimamente. E sou patriota, pois adoro Portugal, com todos os seus defeitos. Até os ingleses hoje devem estar a pensar que se calhar o escândalo que hoje rebentou é culpa da PJ portuguesa...
    Isso sim, é um escândalo! Acontecer aquela catástrofe num país supostamente tão evoluído é um sinal de pouca civilização. E prova de que o Estado com serviços centralizados não funciona.
    Ou então, aquele exemplo da Islândia, tão usado para axincalhar as obras portuguesas, pois eles nem precisavam de grandes aeroportos, nem de portos de mar modernos, nem de autoestradas. Agora, até podem precisar de pão...
    Mas isto são outras estórias... Onde ia?
    Ah! Pois! Regulação versus posse. Voto na regulação, forte, do Estado. Regras estritas e que possam ser observadas por todos. Começar por demitir o mais incompetente dos portugueses, o Governador do BdP.

    Num plano internacional, ainda seria mais perigoso. Já imaginaram todos os bancos norte-americanos caírem sob o controlo estrito do aparelho? Deus nos livre, então, sim, teríamos mesmo problemas sérios!!

    Emito a minha modesta opinião, e não sentenças, entenda-se...

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  8. cirrus:
    Como dizes não há sistemas perfeitos, mas há uma coisa que é importante. É não abdicarmos do direito a sermos dono do nosso futuri. Privados ou estado? Que escolher? Parece-me obvio que deve ser o estado, porque nos privados nunca terei controlo nem escolha enquanto o estado pode ser aquilo que eu desejar se para isso criar as condições. São corruptos os que lá estão? Culpa nossa que já os deviamos ter tirado do cavalo. O estado somos todos nós e é em todos nós que tem de estar a solução. Há muita ignorancia, muito controlo via comunicação social, muita falta de democracia. São certamente verdades, mas que temos nós feito para mudar isso? Se realmente desejarmos, se realmente nos empenharmos no nosso futuro, se realmente formos o "estado" é nele que devemos colocar os instrumentos da nossa liberdade

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  9. Compreendo o que diz, palavra. E gostaria de acreditar, gostaria de ter a certeza de que os outros e eu próprio somos todos confiáveis. Alguém certa vez afirmou que o poder absoluto corrompe absolutamente. E creio que isso ficou mais que demonstrado nos estados que optaram pelas nacionalizações dos seus sectores produtivos e financeiros e seguiram uma economia programada, como aconteceu nos países comunistas.
    Não me iludo, sei que quem quer que chegue lá acima deixará, de repente, de ser o defensor do povo para se tornar o agressor do povo.
    Quanto a ser dono do meu futuro num sistema económico nacionalizado e programado, isso é tanto mais válido quanto a democracia possa ser implantada num sistema desses, o que, por razões óbvias e documentadas historicamente, não pode. Viver na liberdade da antiga RDA ou da URSS não só é uma mentira, é um anacronismo histórico.
    Mas, como disse, são opiniões, não sentenças. Admiro-o, Kaos, pela esperança que incute nos outros. Só é pena eu já não acreditar nos outros. Mas enquanto acreditar em mim próprio, terei algo. Espero não subir demasiado na vida. Bem haja pelo seu optimismo!

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  10. "Não deveriam ser imediatamente nacionalizados?" - Kaos

    Infelizmente não.
    Infelizmente verificamos que sempre que algo é nacionalizado passa a dar prejuízo e o dinheiro sai mais escorreito dos nossos bolsos.
    Infelizmente constatamos que, privado ou nacionalizado, a corja que nessas empresas se aloja a mamar é quase a mesma (veja-se a CGD e o BCP e o BPN).
    Infelizmente constatamos que, se em tempo de vacas gordas, as privatizações de empresas "manhosas" são por tostões e para os amigos... se em tempo de vacas magras, as privatizações das mesmas empresas, agora "boas", é por bom dinheiro desde que os "ossos" sobrem sempre para o Estado (veja-se a CP e a REFER).

    E poderíamos continuar por aí afora...

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