O Papa Bento XVI indicou hoje que salvar a humanidade de comportamentos homossexuais ou transexuais é tão importante como salvar as florestas tropicais da destruição. “[A Igreja] deverá proteger o homem de se destruir a ele mesmo. É preciso uma espécie de ecologia do Homem”, disse o Sumo Pontífice num discurso perante a Cúria Romana, a administração central do Vaticano.
Para a Igreja Católica, a homossexualidade em si não é pecado, mas os actos homossexuais são-no. O Vaticano opõe-se aos casamentos gay e, em Outubro, um alto responsável da Igreja indicou que a homossexualidade é “um desvio, uma irregularidade, uma ferida”.
In [Publico]
Inicio aqui a atribuição de alguns prémios do Kaos para o ano de 2008. Sem dúvida, mesmo sem considerarmos um passado de hipocrisia e preconceito, só por esta merece o Prémio “Ecogaylogia”, para a instituição mais hipócrita do ano. Um discurso sempre a falar da bondade, da paz e da tolerância, mas tão mal interpretado na prática. Nada de novo, desde a sua criação a religião nada mais foi que uma enorme mentira e uma forma de controlar povos e mentalidades.
É preciso ter lata!
ResponderEliminarEstes cristãos sao lixados...
É preciso ter cuidado com esta malta.
Afinal sao uma das organizações mais antigas do planeta, e toda a gente sabe que em momentos de crise toda a gente se lembra do senhor das barbas brancas... e nao falo do Pai Natal!
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ResponderEliminarRatoZinguer ao seu melhor estilo.
ResponderEliminarHipocrisia QB
«Olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço»
O prémio “Ecogaylogia” está bem atribuído.
abraço
Muito bem atribuído! A hipocrisia é o ponto forte da Igreja, sempre o foi e, pelos vistos, continuará a ser. A religião é uma invenção bem mundana, e não passa de mais um lobby a juntar a tantos outros.
ResponderEliminarConfesso que não vejo aqui qualquer hipocrisia,que a existir estaria do lado dos comentadores.
ResponderEliminarO Papa assume a doutrina da Igreja.
Onde está a hipocrisia?
Não estará nos muitos que públicamente manifestam tolerância com os homosexuais e que em privado os abominam?
Falo em tolerância,porque poucos o aceitam e só os próprios o promovem.
É de facto necessária uma ecologia do Homem.
Isto é uma evidência em muito planos da nossa vida própria e social.
Pese os inúmeros "atributos" com que presenteia a religião,será que está em condições de fazer um balanço da acção da Igreja nos seus dois milénios de existência? Tem conhecimento para tal?
E será que pode resumi-los a meia dúzia de linhas em que nem a superfície arranha?
sem duvida alguma um dos melhores blogs que conheço
ResponderEliminarPor motivos de alteração provisória de humor e de Fé este ano não dou votos a ninguém.
ResponderEliminarPassa uns bons próximos dias e, já agora, bons próximos anos também.
A religião é uma instituição ideológica que tem uma actividade discursiva que consegue impor como legítimos os actos da prática social, levando, desta forma, as pessoas a aceitar e interiorizar, de forma passiva, o lugar que a sociedade lhes reserva.
ResponderEliminarDesta forma, a religião instituída tem conseguido que os pobres e explorados sofram a sua miséria de forma cordata, baseada na resignação que lhes advém dos discursos dos sacerdotes que os convencem ser essa a vontade de Deus e que, em troca de alguns anos da mais pungente míngua, ganharão um lugar no paraíso para toda a eternidade. Desta feita, a religião passa a ser o único consolo dos pobres e oprimidos que têm uma grande probabilidade de ir para o céu quando abandonarem esta vida, enquanto os ricos e exploradores irão para o inferno. A justiça, esse valor primordial tão almejado por quem se sente espoliado, será feita e esta “certeza” é quanto basta para apaziguar a mente das gentes sofredoras e humilhadas.
Seria bom expor algumas bulas papais, entre elas, a de Leão XIII.
Caro Pedro:
ResponderEliminarEspero que não seja o apóstolo, ou ainda acaba na cruz de cabeça para baixo!
Estou a brincar, meu caro, não se enfureça já.
Falei na religião, não na fé. Mas já que falou de doutrina da Igreja, será que a Igreja abomina assim tanto Jesus Cristo?
Não foi Ele que disse, ao ser interpelado acerca da observação dos Dez Mandamentos, que os homens os deviam substituir por um só Mandamento, aquele que Ele disse ser: "Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei". A menos que, para si, os homossexuais não sejam nem uns nem outros, não percebo a doutrina que aclama.
Por outro lado, pela doutrina da Igreja, temos algumas deficiências históricas, que não preciso relembrar, que já a deviam ter mudado há muito tempo.
Ouça, não sou um defensor dos homossexuais, nem sou daqueles que os enxovalha apenas porque sim. Não tenho questões para resolver no campo da sexualidade. Até já expressei a minha opinião sobre aquilo que chamo o lobby gay na nossa sociedade. Mas tudo isso, comparado com uma altíssima figura mundial considerar os homossexuais como LIXO HUMANO, pois é isso que Ratzinger quer dizer com Ecologia humana, vai uma grande diferença. Ainda por cima, com todos os casos de pedofilia homossexual no seio da Igreja... não há hipocrisia?! O que é preciso ele dizer? Que não houve Holocausto, como o Amina??
Não me macem que estou com sono.
ResponderEliminarA religião e o vaticano têm mto q s lhe diga.... tem, tem...
ResponderEliminarLendo aqui algumas confusões nesta caixa de comentários, vou tentar dar a minha explicação, que vale o que vale em outras tantas milhões de opiniões.
ResponderEliminarNão existe paraíso nem inferno na concepção da religião católica. Apenas transporta para a imaginação aquilo que já é realidade no Planeta Terra. Um inferno com alguns paraísos.
Todas as religiões são formas de manipulação de terceiros. Verdade relativa de ponta.
E já agora, se todos seguissem a vocação do Papa Ratzinger, o Homem também se destruiria a si próprio, pois não deixaria descendência, a crer no celibato verdadeiro.
Abraço,
Zorze
Caro Zorze,
ResponderEliminarSempre pensei que os padres diziam que os santos e mártires iam para o céu e os maus para o inferno - um lugar cheio de fogo, onde as almas sofrem muito -, mas, pelo que diz, andava a pensar de forma errada.
Quanto ao seu último parágrafo, também pensava que todos nós, se quisessemos ir para o céu, teríamos de seguir o celibato mas o Homem jamais se destruiria, pois os meninos nasceriam de virgens.
Pedro e outros:
ResponderEliminarNo dia 25 oferecerei aqui uma prenda a todos (retirada da net) que talvez esclareça muitas duvidas embora vá criar muitas mais. Talvez então este post e muitos outros que tenho publicado passem a fazer mais sentido.
Vendo bem as coisas,ao nível a que as tratam aqui nestes comentários,acho mesmo que nem vale a pena começar a discussão.
ResponderEliminarSem pretender ofender os amigos comentadores,concordo com a afirmação do Pedro (não sei se Simão),não se vê por aqui ninguém com condições para abordar o tema com a necessária profundidade e conhecimento filosófico,histórico e sociológico de um assunto tão vasto.
Algumas críticas que fazem não são injustas,mas a Igreja é muito mais que isso e a sua acção ao longo dos séculos não se pode resumir às vossas críticas simplistas.
O Papa quando refere Ecologia do Homem não o faz com o sentido que aqui se atribui,isso são leviandades ou ignorância primária.
Cumprimentos.
Pretender discutir religião ou teosofia num espaço tão pequeno como aquele que aqui temos é impossível.
ResponderEliminarMas para lá da religião, não acha que, do ponto de vista humanista, o sr. Ratzinger está um pouco deslocado do seu tempo? Não falemos do Papa, mas da pessoa. Imagine agora o Barack Obama desatar a dizer que é preciso acabar com os gays na América. Como acha que isso seria aceite? Não na América profunda, xenófoba e racista, mas no resto do Mundo civilizado?
Quanto à Igreja, não nego muitas das suas virtudezinhas, e digo virtudezinhas porque face às hecatombes humanitárias pelas quais é responsável, não passam disso mesmo. A Igreja pode resumir-se a isso. Nunca foi uma organização lá muito bem intencionada, se pensarmos bem. Historicamente falando. Ao mesmo tempo, acho engraçado que alguns comentadores pensem que os outros não têm capacidade intelectual capaz de apreender um conceito tão vasto como a religião. É difícil, de facto, encontrar alguém fora da Igreja que consiga ler um livro do princípio ao fim, ou que tenha outros interesses que não a bola e a pornografia! Oh heresia das heresias, pormos leigos a questionar o sacrossanto sacerdote da cidade eterna! Francamente, já não estamos no século XII e já ninguém acredita nos incubus.
Se falarmos de fé, pura e simples, não há muito a discutir - ou se acredita ou não. Claro que desde os tempos do Concílio de Trento, a fé passou a lei e aí acreditamos todos. Mas são tempos que já lá vão, graças a Deus!
Como representante de Cristo na terra, o Papa devia ter um pouco mais de secularismo no discurso, pois até Cristo separava as águas: "A César o que é de César". Não se deu conta do século em que estamos, o que, dado o peso da sua posição, não é incomum. Também Hitler pensou estar no século V a.c. e acreditou ser uma reencarnação de Alexandre. Como, claramente, as posições de Ratzinger contradizem tudo o que Jesus Cristo disse enquanto caminhou na terra, então provavelmente julgar-se-à Abraão, ou, na melhor das hipóteses, o hicso Moisés. Quem sabe? Com tanta vontade de limpeza, pode até ser conotado com Caifás...
A palavra “religião” é originária da cultura latina, mas o respectivo conceito tem acompanhado a mudança cultural. Derivada do verbo ligare, pretendia significar o vínculo do homem à divindade. Cícero, no entanto, atribuiu-lhe um significado ligeiramente diferente, considerou que a origem da palavra se prendia ao verbo legere e que pretendia exprimir uma releitura da realidade metafísica, ou seja, uma espécie de meditação. De qualquer modo, traduzia capacidades individuais que permitiam ter uma percepção da real dimensão do homem e da sua ligação ao Universo.
ResponderEliminarMais tarde, o termo “religião” foi adoptado e capturado pela cultura judaico-cristã. A partir de então, começou a deturpar-se o seu sentido mais profundo, justamente porque a religião cristã pretendeu identificar-se com este vocábulo: quem não professasse a nova religião, ou seja, quem não fosse cristão era considerado ímpio ou desprovido de religião.
De igual forma, e em simultâneo, foram adulterados outros conceitos, entre os quais, o de “pagão”: de simples referência ao habitante do campo ou aldeão – a origem da palavra aldeia é pagus – passou a designar não-cristão ou homem sem religião. Isto porque a imposição da nova crença, com os seus dogmas e práticas, não deixou de encontrar uma forte resistência por parte das populações rurais muito arraigadas ao culto da fertilidade que, a partir de então, passou a designar-se por paganismo, uma autêntica heresia.
A concepção e implementação de um tipo de religião formal e oficial – uma religião de Estado – deu origem a uma nomenclatura com um sentido pejorativo para os seus dissidentes, os hereges. Eram reprovados e, muitas vezes, condenados à morte por se afastarem dos ensinamentos da religião oficial e apoiarem doutrinas que lhe eram contrárias, precisamente porque essas doutrinas constituíam uma séria ameaça ao poder instituído.
a homossexualidade nao e pecado mas o gay e
ResponderEliminarnao paecebo
Realmente nunca pensei discutir aqui o assunto da religião de uma forma profunda pois isso seria impossível. Este é um blog de opiniões, (a minha e a dos que aqui me visitam)e não penso que aqui venhamos a descobrir verdades universais. Uma coisa é certa, em nome da Igreja foram já cometidos demasiados crimes e infelizmente as religiões continuam a matar e a descriminar um pouco por todo o lado. (Só a proibição do uso do preservativo que tem acelerado a disseminação e morte pela Sida é um simples exemplo). Os homossexuais é só mais uma pedra na muralha da parvoíce que esta igreja nos presenteia regularmente.
ResponderEliminarO problema é exactamente essa mesma palavra: "regularmente". Pensa, como eu, que esta coisa tem mesmo uma agenda escondida?
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