quarta-feira, dezembro 15, 2010

Uma Wikileak à portuguesa


Carlos Santos Ferreira reforça que a notícia do El País é "falsa, é falaciosa, é mentira". Santos Ferreira diz que nestas alturas “é preciso mais coragem para ficar do que para ir embora”.
As informações são reveladas pelo "El País", citando a correspondência diplomática entre a Embaixada dos Estados Unidos em Lisboa e a secretaria de Estado norte-americana, divulgada pela Wikileaks.
No âmbito da estratégia de entrada no mercado iranianiano, o presidente do BCP, Carlos Santos Ferreira, é citado várias vezes. "Tentou conciliar interesses tão contraditórios como fazer negócio com o Irão sem que isso afectasse a excelente relação de Portugal com os Estados Unidos. Para isso, propôs fazer trabalhos de espionagem para os Estados Unidos: a troco de entrar no Irão, o BCP ofereceria a Washington informação sobre as actividades financeiras da República Islâmica". Santos Ferreira estaria na disposição de ceder "ao governo dos estados Unidos o controlo sobre as contas iranianas no millennium BCP".
A noticia também informa que "a operação seria do conhecimento do primeiro-ministro, José Sócrates, e de membros do seu governo".

Vejam lá os sacanas do Wikileaks que logo se foram lembrar de inventar um telegrama em que é tudo mentira e logo sobre Portugal, a banca, o governo e ainda por cima com o Irãio, inimigo público nº2, entre a Coreia do Norte e a Venezuela, metido na história. Mesmo assim, se tivesse conta no BCP ia lá tirá-la, que pelos vistos não são muito impremiaveis a "vender" informações sobre contas. Depois, se é preciso mais coragem para ficar que para se ir embora, e não me parece que o que andamos a fazer seja um concurso para saber quem é o mais bravo dos bravos, não se esteja a sacrificar. Nós entendemos.
Quem também parece não saber nada sobre isto é o governo, mas daí também não se esperava uma resposta diferente. Já tem muita prática como se vê pelos voos de aviões da CIA.

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