Provavelmente a maioria dos que me visitam e vão ler este post já nasceram depois do 25 de Abril de 1974. Isso nada tem de especial e é só uma consequência da inexorável passagem do tempo, mas isso talvez faça com que muitos não entendam porque outros tanto falam dele com tanto carinho e um sentimento tão forte. Eu que o vivi gostava de o poder transmitir mas isso é uma tarefa impossível para mim que não tenho nem a arte nem o engenho para tal tarefa. Só posso dizer que representam um dos dias em que nos sentimos mais felizes nas nossas vidas. Em que realmente acreditámos que a liberdade existia, que um mundo diferente era possível, em que as coisas não tinham de ser sempre como sempre tinham sido. Cada dia era um dia em que o amanhã era sempre desconhecido e novo, cheio de possibilidades e de esperanças. Foi o dia em que todo um povo cantou, não porque os outros cantavam, mas porque tinha vontade de cantar.
Hoje isso pouco ou nada vale e só alguns o ainda o revivem assim nas suas memórias, hoje temos um Cavaco em Belém, um aldrabão em São Bento, um deslumbrado pelo poder na Lapa e o FMI na Praça do Comércio. Hoje a juventude já se foi e ficou a impossibilidade de voltar a acreditar em alguém ou nalguma coisa. Resta a esperança que algo possa mudar, que algo possa melhorar, embora o caminho que percorremos não ser esse, e a certeza que nunca deixarei de acreditar na liberdade. Este mundo pode não estar preparada para ela, mas acredito que um dia alguém ainda a poderá desfrutar em toda o seu esplendor. Eu só lhe senti o cheiro durante algum tempo e nunca mais a esqueci.
Hoje isso pouco ou nada vale e só alguns o ainda o revivem assim nas suas memórias, hoje temos um Cavaco em Belém, um aldrabão em São Bento, um deslumbrado pelo poder na Lapa e o FMI na Praça do Comércio. Hoje a juventude já se foi e ficou a impossibilidade de voltar a acreditar em alguém ou nalguma coisa. Resta a esperança que algo possa mudar, que algo possa melhorar, embora o caminho que percorremos não ser esse, e a certeza que nunca deixarei de acreditar na liberdade. Este mundo pode não estar preparada para ela, mas acredito que um dia alguém ainda a poderá desfrutar em toda o seu esplendor. Eu só lhe senti o cheiro durante algum tempo e nunca mais a esqueci.
horribile
ResponderEliminarprimeiro o tango será dançado de tanga
2º não se sabe ainda quem vai usar o chapéu e quem fica com a rosa nos dentes
3º esqueci-me
http://challenge.pai.pt/Couple/Detail?participantId=6843
ResponderEliminarPor favor ajudem a consumar esta relação
e esquecia-me Grandola sem acento
ResponderEliminarparece mais Grandela
Rêve Louções...
Não sei é se 37 anos depois, estamos a necessitar de ouvirmos outra vez a "Grândola" e o "Depois do Adeus" como senha de alguma coisa. Porque o tango decerteza que vai desafinar o país todo....
ResponderEliminar...é justamente esse enorme espaço que de repente se abria...
ResponderEliminar:)
Tu que viveste antes do 25 de Abril podes sempre explicar à juventude que nessa altura tudo era diferente. Havia prostituição, mas pouca e sem a rede de importação de escravas do Leste e do Brasil, sem ruas pejadas de miúdas drogadas a venderem o corpo, havia droga, mas não se vendia heroína a céu aberto e à vista de todos, havia corrupção, mas não generalizada a todos os sectores do estado e das empresas, havia menos desemprego, menos criminalidade, praticamente não havia assaltos violentos, havia guerra na Guiné e escaramuças em Moçambique e Angola, mas com um número de mortos muito inferior ao verificado depois 1974, esses mesmos povos eram explorados pelos Portugueses mas não tanto como agora em que os seus dirigentes corruptos servem os interesses económicos dos países que na altura se opunham ao “colonialismo”, havia censura mas não existia pornografia, blogs mal escritos nem injúrias impunes, não havia inflação, havia respeito pela lei e pelos professores, havia educação, não havia engenheiros, doutores e arquitectos analfabetos, havia mercearias de rua e não hiper-mercados de Belmiros prepotentes, não havia cidades de construção clandestina, havia agricultura e pescas, havia ópera, teatro e poesia na televisão nacional e não telenovelas e big brothers, havia Português e não acordo ortográfico, havia dinheiro nos cofres e um escudo forte, e haviam muito mais coisas que agora não interessam, pois o que realmente importa é que agora estamos na merda graças a esses patetas que fizeram o 25 de Abril. Está na altura de os correr daqui para fora.
ResponderEliminarOH PÁ SE REPARARES BEM NÃO SÃO OS PATETAS QUE FIZERAM O 25 DE ABRIL QUE ESTÃO NO GOVERNO PORQUE OS PATETAS FORAM CHAMADOS DE COMUNAS E POSTOS DE PARTE POIS A PALAVRA COMUNA É UMA PALAVRA HORROROSA ESPECIALMENTE DAQUELES PAÍSES QUE TÊM PALAVRAS COMO TROIKA ETC QUE OS ANTI COMUNAS GOSTAM DE USAR MAS COMO DIZIA DAQUELES PAÍSES ONDE HÁ MUITOS DR E ENGENHEIROS FORMADOS E NÃO PORQUE OS PAIS O SÃO OU PORQUE TÊM FAX EM CASA.
ResponderEliminarVou falar mais baixo.
Quanto ao respeito que havia era mais do tipo: "HAVIA MEDO" porque quem tem bom carater continua a ter respeito e se não houvesse o 25ABRIL haveriam de haver agora Belmiros e etc pois o CAPITALISMO entra por todo o lado!
Em relação ao resto até dou razão
????!!!!!!!!!!!!!????????????!!!!!!!!!
ResponderEliminarEsqueceram-se de dizer que havia fascismo, repressão, detenções arbitrárias, PIDE, presos sem julgamento só por terem dito que tinham fome, tipos que torturavam o seu semelhante a troco de um prato de lentilhas, etc.
Não, não podemos branquear o fascismo, a ditadura, o ódio e a desconfiança entre portugueses.
Fascismo não, fascismo nunca mais.