domingo, setembro 11, 2011

A dança do Paulo Macedo


O ministro da Saúde garantiu hoje que não há qualquer decisão no sentido de deixar de comparticipar medicamentos anti-concepcionais nem sobre a reestruturação do Ministério da Saúde.

Ainda me lembro das ideias que o Passos Coelho defendia quando foi eleito lider do PSD e que depois contradisse quando o criticaram e das propostas que anunciava para o programa de governo e que depois desapareciam perante a contestação que provocavam. Já nessa altura não havia uma ideia clara nem um rumo para aquilo que dizia querer fazer.
Agora que é governo também aquilo que escreveu no programa de governo é história passada e acaba a fazer tudoi aquilo que criticava. Por isso não estranho que até o Paulo Macedo, que levou estes meses a estudar como reduzir os custos do Serviço Nacional de Saúde não consiga sequer defender durante mais de 24 horas as soluções que apresentou. O que ontem eram decisões e poupanças quantificadas passam rapidamente a opções em estudo quando as críticas sobem de tom. É verdade que as medidas anunciadas eram parvas e mostravam uma desumanidade sem sentido, mas o nem terem argumentos para as defenderem mostra impreparação e desleixo.
Este é um governo sem ideias, sem soluções e que navega à vista com uma única preocupação; o défice. As pessoas, a economia, a educação, a saúde, a cultura ou tudo o resto com que um governo se deve preocupar é deixado para trás. Um governo como o Primeiro -ministro que o lidera, subserviente e sem ideias nem estratégia. Pior não podia ser.

1 comentário:

  1. Paulo Dança?


    Ó Mõe quele surde bê...

    ó filhe quele surdo ê cegue

    ó mõe quele surde achunchou-me nomi

    ó filhe quele surde ê mude

    ó mõe acoma a pírula

    Olhe que não olhe que não

    podia ser muito peor

    podia ser sókras

    ou louçã

    ou 50% de desemprego

    Como dizia o anónimo do IPO
    as listas são longas e os favores compram-se
    e mesmo nos transplantes

    selecciona-se os que vão morrer

    era como aquele médico que veio defender a morte dos hemodialisados acima dos 90

    um drogado com as veias desfeitas por 20 anos de consumo dura 5 a 10 anos na hemodiálise
    e contamina 10 ou 20 tipos com hepatite e HIV 1 e 2

    é moral matar um toxicodependente de 35 ou 38 para aumentar a sobrevida de velhotes dos 50 ao 90?

    e de gajas com 30?
    ou de um bébé de 2 anos com poucas chances de se safar

    os custos do serviço são salários e horas extraordinárias e prémios

    e nisso pode-se tocar pouco
    ou o pessoal entra em greve

    e têm fundos pra ficar de greve um ano

    o resto é em serviços equipamentos e medicamentos

    e nos anti-tumorais e anti-virais

    um estado que deve mil milhões aos fornecedores (quase todos lá de fora) não tem capacidade negocial

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