terça-feira, janeiro 03, 2012

Pingo doce nunca mais


A família Soares dos Santos que detém a Jerónimo Martins, dona da marca Pingo Doce, passaram a ser controlados indirectamente, através de uma sociedade com sede na Holanda. A operação deverá estar relacionada com o agravamento da tributação fiscal. Em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo informa que «no passado dia 30 de Dezembro de 2011 a sociedade Francisco Manuel dos Santos SGPS vendeu à sociedade Francisco Manuel dos Santos B.V. (subsidiária), que comprou àquela, 353.260.814 ações da sociedade aberta Jerónimo Martins SGPS»

Francisco Manuel dos Santos vendeu a Francisco Manuel dos Santos para o Francisco Manuel dos Santos deixar de pagar impostos em Portugal para os pagar na Holanda. Tinha aqui uma boa oportunidade para descarregar o meu desprezo por este tipo de gente e das politicas e políticos que os servem, num tempo em que pedem tantos sacrifícios e só nos prometem uma pobreza imensa. Mas, as causas de indignação são tantas, em tantas situações e por tantas razões que esta é só mais uma. Prefiro afirmar que não mais consumirei nada no Pingo Doce. Já o evitava, mas a partir de hoje, Nada. Esta gente só sofre quando lhes mexem na carteira porque coração não têm.

14 comentários:

  1. Caro KAOS

    Em primeiro lugar deixe-me esclarecer que estou de acordo com o que disse, mas ............
    Sempre o mas !!!!!!!
    Tambem não compras nada no :

    - JUMBO ( É ESPANHOL )
    - CONTINENTE ( DO BELMIRO E ESTÁ NA HOLANDA TAMBEM )
    - ELECLERC ( FRANCES )

    Só por curiosidade, ondes faz compras ??????
    Estas palavras foram só para demonstrar que este rumo já é tomado há muito tempo, e não só pelos grandes.

    Sugiro que leias:

    http://ramirolopesandrade.blogspot.com/2012/01/fuga-de-empresas-para-holanda-e.html

    É um texto muito interessante, já tem 6 anos, mas é tão actual como se tivesse sido escrito hoje.

    Um abraço.

    Ramiro Lopes Andrade

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  2. Anónimo3/1/12 15:12

    O problema, é que as nossa elites, (advogados, economistas, engenheiros e etc...) sempre trabalharam para se encherem e o país a produzir.
    Vinho e cortiça !
    De resto, importamos de tudo....até vidros ! PORRA !!

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  3. Anónimo3/1/12 15:34

    Ramiro não há nada como as quase extintas mercearias de bairro, pequenas empresas familiares com bastantes produtos caseiros...

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  4. Existem várias hipóteses, eis algumas:
    Mercearia do bairro
    Intermaché, pelo menos o dono é português e não tem precários.
    Pluri-COOP (onde me abasteço)
    Mercado Municipal - tem de tudo e português

    Basta fazermos um esforço e deixar de ser comodistas.

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  5. Empresários à Portuguesa, pois claro. Investigação é zero (Doutores para quê? Vamos é vender fruta importada!), precariedade e fuga aos impostos à grande (e à Holandesa), encosto ao Estado quando é preciso (o grande empresário nacional não soube viver de outra maneira nestes 150 anos de capitalismo Português; pior capitalista do mundo ocidental) e fuga com a "valise d'argent" daqui para fora, com os serviços de centrais de corrupção, perdão, grandes sociedades de "advogados".

    E ainda há quem apoie este escroque do Pingo Doce; nem sequer me refiro ao Sr. António Barreto, empregado honorário do Pingo Doce, mas sim aos "ilustres" anónimos que comentam nos artigos dos sites dos jornais.

    País de cornos mansos.

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  6. Vergonhoso! Os pobres que paguem a crise que são mais!

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  7. Mário M3/1/12 22:25

    Mais do que boicotar o Pingo Doce, é importante apoiar uma proposta como esta para impedir que isto passa impune!
    Mais uma a demonstrar que os partidos NÃO são todos iguais!

    http://economia.publico.pt/noticia/pcp-quer-alterar-lei-para-impedir-deslocalizacoes-como-a-do-jeronimo-martins--1527447

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  8. Eu estou de acordo com a saída da Jerónimo Martins.

    Pode ser rico e qual é o problema? Fez por isso e dá trabalho a meio país e é cercado por impostos e mais impostos. Não se pode ter uma visão simplista. Para continuar a dar emprego e a trabalhar sem prejuízo é preciso fazer algumas manobras (legais) como esta. Falar é fácil, fazer é que é pior e este é o grande problema deste povo. Criticar sem conhecimentos nenhuns ou primários sobre o que falam.

    Apesar disto continuará a pagar alguns impostos (altíssimos para a produtividade e rentabilidade que este país permite) aqui por isso não percebo porquê tanto alarido.

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  9. Anónimo4/1/12 03:16

    Estou quase a chorar...
    coitadinho do "Sr." !

    Dar empregos ...dá!
    Que paga miseravelmente...PAGA.

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  10. Paga o normal do país para as funções e qualificações. Querem 1500€ para estar na caixa do supermercado? Ou 2000€ para arranjar peixe? E como é que se pagava esse ordenado? Há receita para isso? A carga fiscal permite? A concorrência permite? Deves ser daqueles que não sai de casa por 600€ e prefere ganhar 200€ sem fazer nada.

    Abre uma empresa e depois vais ver o que é ser "rico".

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  11. Anónimo4/1/12 12:15

    http://informacaoincorrecta.blogspot.com/2012/01/o-patriotismo-de-treta.html

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  12. Continuem a defendê-los, continuem, caros cornos mansos, como o Pedrinho (Passos Coelho?). Bem se vê que não trabalham em nenhuma empresa do grupo Jerónimo Martins.
    Dão emprego, e então? Como cornos mansos e cobardes intelectuais que são, vão logo para o lúmpen: as peixeiras e pessoal que enche as prateleiras. Sabem quanto paga o dito grupo a quem tenha qualificações a nível de ensino superior? Não? Ide descobrir, que terão uma (des)agradável surpresa.
    Os coitadinhos não podem pagar impostos, que dão emprego, mas a populaça dos pequenos negócios já pode?

    Incongruentes e imbecis, eis estes defensores dos proxenetas legalizados, quer na política, quer na "economia".

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  13. Anónimo4/1/12 21:42

    Em primeiro lugar, não nos podemos esquecer de que os impostos cá são elevadíssimos para suportar o monstro da despesa dum Estado falido e ineficiente. O Estado sorve 50% da riqueza, não nos esqueçamos disto!

    Não aplaudo nem condeno a opção da JM. Sendo legal, por que não fazê-lo? Eu também o faria, se pudesse. Ou terão de ser os donos da JM mais nacionalistas que os Governos que venderam a "soberania" de Portugal?! Os ingénuos talvez acreditem nisso...

    Há o outro lado da moeda: talvez assim não tenham de fechar supermercados, baixar ordenados e/ou despedir pessoal. Baixem o IRC e reformulem a justiça e as leis do trabalho para atrair investimento, não para o afastar. Quem está mal é o Estado, não são os investidores nem os empregadores de iniciativa privada. Sem eles, o flagelo do desemprego seria muito maior, como é óbvio.

    Sendo legal uma operação deste tipo, é claro que a "culpa" em relação à operação é culpa dos políticos (dos portugueses e dos políticos da União Europeia) pois são eles quem aprovam as leis que permitem este mesmo tipo de operações.

    Repetindo-me, é de salientar que, não obstante a parte "ética" (que os políticos seguramente não a têm desde os anos 70 quando começaram a escalavrar o Estado (mais a partir da década de 90), tal como a História, a Economia e a Estatística o comprovam), é a iniciativa privada que gera riqueza. Se não criarmos condições de investimento produtivo, a riqueza some-se e vai-se embora para outras terras. Os "ricos" não têm obrigação de sustentar "de jure" os pobres nem o Estado incompetente, se encontrarem melhores condições noutro País ou noutra forma de aplicar a sua riqueza. Ou, caso contrário, fazemos como fez o J. Estaline na URSS: deportar os proprietários para a Sibéria (foram uns bons milhões exterminados) e viver numa economia de direcção central. Bem, viu-se o resultado dessa política e o estado em que a economia desses países ficou em comparação com os de livre-iniciativa. É preciso entender isto.

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  14. Anónimo7/1/12 03:46

    Caro JVR, o nosso país está cheio de primários mal educados e ordinários como você mas já que não percebe nada de gestão de empresas deixo-lhe aqui a resposta do presidente em quem (oh blasfémia!) acredito:

    http://sicnoticias.sapo.pt/economia/article1198667.ece

    Financiamento. Sabe o que é? Uma necessidade de qualquer empresa.

    Eu tenho um negócio microscópico e sofro do mesmo. Pago os mesmos impostos da JM na devida proporção. Lá porque vai para a Holanda não deixa de pagar impostos. Seria preferível falir como os bancos e o estado?

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