sexta-feira, fevereiro 08, 2013

Santificado sejas tu, Franquelim


Este caso do Franquelim Alves ser nomeado Secretário de Estado  quando se sabe, não pelo seu curriculum porque ai foi omitido,  que foi conivente com o Escândalo do BPN, é mais uma nódoa neste governo, mas já são tantas que quase não se notaria não fosse o facto de Ministros que saíram em sua defesa terem mentido com todos os dentes que têm na boca. O Álvaro então é uma tristeza, diz que ele não ocultou informação, que primeiro só a reteve para procurar uma solução e depois a denunciou por uma carta. O problema é que a tal carta nem foi escrita pelo tal de Franquelim. Tudo isto tresanda mas mostra alguma honra entre bandidos, já que mesmo quando um está queimado por actos do seu passado acabam sempre por lhe estender a mão. Quando alguém é diabolizado pelos seus actos alguém aparece e transforma-o num santo e num mártir pela causa. Não sei se é para calarem para que muitas verdades não venham, para a praça pública, se são meros pagamentos de favores ou de negócios apalavrados, ou simplesmente porque são amigos ou pertencem à mesma seita de interesses. Esta gente não tem vergonha nem qualquer pingo de dignidade. Esta gente não serve mas serve-se de uma democracia decadente e controlada para se manter no poder e poder saquear livremente durante quatro anos sem que nada os derrube. É por isso que necessitamos de reinventá-la, fazer uma democracia directa e participativa, uma democracia em que quem vai exercer funções públicas possa ser escrutinados a qualquer momento por todos e cada um de nós e que possa ser destituo dessas funções se os cidadãos considerarem que não está a cumprir devidamente as suas obrigações. Uma democracia em que a opinião de cada um de nós seja escutada e respeitada. Um verdadeira democracia que coloque o poder de decisão nas nossas mãos. Uma democracia em que não vão só mudando as moscas, mas onde se acabe com a merda de vez. 


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