segunda-feira, março 06, 2006

O Dolar e o Petroleo


O Exército da Venezuela começou a treinar táticas não convencionais de combate para repetir uma invasão das tropas norte-americanas. O treinamento, que estaria ocorrendo numa base militar rural nos arredores de Caracas, foi confirmado pelo presidente Hugo Chávez, que acrescentou que os Estados Unidos estão preparando um ataque ao seu país.
Os EUA negam a afirmação de Chávez de que o país planeja tirá-lo do poder para controlar a Venezuela, que é o quinto maior exportador mundial de petróleo, e consideram os rumores sobre guerra levantados pelo líder venezuelano como motivo para intensificar o nacionalismo e conquistar apoio antes das eleições em dezembro.
Contudo, a tensão entre os dois países é grande. Autoridades norte-americanas retratam Hugo Chávez como um socialista revolucionário aliado a Cuba.

Hugo Chavez tem três motivos para temer a invasão e três para poder acreditar que isso não estaje para acontecer para já. A favor da invasão está prioritaeiamente o ter petroleo. Sabendo-e como se sabe da sede que os EUA têm por esse liquido e sobretudo a obseção da familia Bush, quem o possua no seu quintal está sujeito a receber a sua incomoda visita. Se a isso juntarmos o facto de os EUA considerarem como criminosos todos os que se digam, ou sejham por eles considerados como socialistas teremos uma segunda justificação a favor de um ataque ao eixo-do-mal. O outro motivo é geo-estratégico e prende-se com o facto de os EUA não gostarem de ter às suas portas países que não aceitem submeter-se às suas ordens. Se a existencia de Cuba é, há muitos anos, uma espinha atracessada na sua garganta, as actuais tendencias de eleger governos mais “esquerdista” na zona está a deixa-los à beira de uma crise de nervos. Podem por isso, com um ataque, decidir dar um exemplo/aviso aos outros países da America do Sul.
A favor de Hugo Cahvez e contra o ataque estarão o facto de o povo Americano estar fatigado da guerra do Iraque e não desejar ver mais filhos seus metidos em guerras sem fim previsto. O proprio governo Americano não deverá, também ele, com muita vontade de se envolver num novo conflito sem primeiro resolver a alhada em que se meteu no Iraque. O segundo factor prende-se com o Irão, que tem mais petroleo que a Venezuela, e é neste momento a maior prioridade Americana. O terceiro motivo está ligado à dificuldade que os EUA teriam em explicar ao resto do mundo as razões para mais este atentado ao direito internacional.

1 comentário:

  1. Bem... Os EUA já mostraram que o facto de uma intervenção não ter cobertura internacional não ser motivo para os impedir de levar a cabo uma acção militar... Veja-se os casos de Granada e mais recentemente, da Invasão do Iraque...

    Na verdade, os EUA não têm meios militares para desencadear uma operação terrestre da escala necessária para vencer e ocupar a Venezuela. Embora existam projectos para transformar o exército dos EUA numa força capaz de manter duas guerras de alta intensidade em dois locais distintos do Mundo, actualmente ainda não é capaz de o fazer, como admitem as próprias chefias militares americanas...

    Um ataque aéreo é mais plausível, mas isso não derrubaria o regime de Chavez, só iria aumentar o seu apoio popular, incentivando o forte sentido nacionalista venezuelano... Por isso, e enquanto a questão iraquiana não estiver resolvida (e depois dela, a iraniana e norte coreana, que são mais importantes), não é de esperar nenhum ataque americano à Venezuela...

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