Aproveitando os conhecimentos do “funcionário camuflado” sobre o que se passa na CML, pusemos-lhe a seguinte questão:
Já agora gostava de saber, se souber e for possível, a razão pela qual o construtor João Bernardino Gomes, entretanto falecido, no concurso público para o empreendimento da feira popular ofereceu o preço mais alto e foi preterido. Mas sobretudo a razão porque acatou a razão pacificamente sem reclamar.
Aqui está a sua resposta que muito lhe agradecemos.
Ninguém sabe com certeza científica. Mas como ninguém é propriamente estúpido, o que por aqui constou na altura é o que lhe posso dizer. E, até agora, continuamos a pensar o mesmo.
A questão é muito vasta. E tem vários passos intermédios. Nós, nas autarquias chamamos a isto «cambão»: conluio para obter um resultado aparentemente de forma legal mas com acordos irregulares por trás.
Eis alguns passos deste intrincado negócio:
Santana negoceia a troca de parte dos terrenos da então Feira Popular pelo Parque Mayer com a Bragaparques que entretanto comprara o recinto.
Parece que depois se formou outra empresa para gerir este investimento – a tal Parque Mayer, Investimentos Imobiliários (Parque Mayer), S.A.
Será esta que vai aparecer na tal hasta pública – mas já detendo uma parte dos terrenos ao lado dos tais que estavam nessa altura em hasta pública.
O direito de preferência está consignado no normativo que regulamenta o decurso da hasta pública – e foi contestado por alguns eleitos, mas sem sucesso.
Segue-se a hasta pública.
Três factos esquisitos, neste processo nesse dia: dois concorrentes desistem antes de mais nada; um concorrente (João Bernardino Gomes) é objecto da tal preferência; a P. Mayer fica outra vez dona do bolo.
Cheira a esturro ou não: em alguns minutos dois desistem, um deixa que outro exerça a preferência e nem um euro a mais quer oferecer?
Que diabo.
Não lhes parece estranhíssimo?
Não devia o Ministério Público ver isto tudo à lupa, se soubesse o que procurar?
Ou estava tudo previsto nos bastidores ou nós somos todos estúpidos.
(O «cambão» tem sempre por trás outras contrapartidas em negócios próximos: quem cede, nunca perde. Ou melhor: perde neste, ganha no seguinte).
Mais fácil do que o Sudoku!
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Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17
Se há quem chore de alegria porque não haveremos de rir de tristeza. Todas as imagens deste blog são montagens fotográficas e os textos não procuram retratar a verdade, mas sim a visão do autor sobre o que se passa neste jardim à beira mar plantado neste mundo, por todos, tão mal tratado. A pastar desde 01 Jan 2006 ao abrigo da Liberdade de Expressão.
quarta-feira, agosto 23, 2006
"A estratégia da aranha" - O "CAMBÃO"
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bem iso é mesmo uma treta!!!!Brasil...Estranhissímo é sem dúvida como é que não podemos fazer nada contra isso!!!É tudo tão bem feito,,,os que perdem agora e ganham depois...é uma cambada...qual Sudoku?Tenho vontade mesmo de de manda-los todos tomar no c.....
ResponderEliminarClaudinha:
ResponderEliminarAté me apetecia dizer que para alem das telenovelas tambem tinhamos importado a corrupção do Brasil. Mas, não o posso fazer porque ela já por cá existe desde sempre e provavelmente fomos nós quem a exportou para lá nos tempos do D.Pedro V (ou primeiro, podes escolher).
Luikki:
Nem sei se andam a investigar. Pelos vistos estas negociatas são tão comuns que até já teem um nome: Cambão. Triste, mas parece ser a nossa realidade