sexta-feira, março 14, 2008

A luz ao fundo do tunel

Luz ao fundo do tunel

O difícil caminho em direcção à luz

Por considerar que diz coisas importantes e matar vários coelhos de uma só cajadada vou trazer para a página da frente um comentário ao post “Hipnotismo sindical” que aqui publiquei ontem e onde o amigo (as minhas desculpas pelo abuso) jcosta disse...

«Tenho uma dúvida que, sendo circunstancial, me parece metódica. Explico. Em tempos, relativamente recentes, A. Barreto, esse mesmo, o velho sociólogo da velha lei que se lhe colou ao apelido, escreveu no "Público" [6 de Janeiro] uma frase enigmática: "Não sei se Sócrates é fascista. Não me parece, mas, sinceramente, não sei". O Corolário de tal desconfiança, diz o António, prende-se com "decisões que limitam injustificadamente a liberdade dos indivíduos" e ainda a constatação do facto de que "A vigilância sobre os cidadãos é colossal e reforça-se".
Filomena Mónica, do mesmo clube e com mais variações, numa entrevista ao DE, [12 de Março], para lá da dúvida barretiana, afirma dois em um: Alternativa a este Governo só há uma: “Emigrar”; Sócrates limitar-se-á a remendos, a fim de tentar apaziguar alguns professores, mas nada disto resolverá o problema de base, até porque ele próprio não faz a mínima ideia do que seja aprender ou ensinar: basta olhar a universidade que frequentou.
Vale a pena, uma vez por outra escutar à porta desta gente e perceber o desencanto que lhe percorre a casa. Se para eles o diagnóstico é uma doença sem remédio, para nós, a rua insubmissa e livre tem que ser, cada vez mais, o antídoto para esta espécie de normalidade do mal.
Conforme estão as coisas, Mário Nogueira não pode calar-se com um prato de lentilhas, mas basta olhar a sofreguidão de alguns comentadores pelo sangue dos professores para evitar ser o elefante na loja de porcelanas. Este conflito precisa de pinças; está muita coisa em jogo: ECD; Estatuto do Aluno; Ensino Artístico; Ensino Especial; Avaliação com o supremo conflito de interesses entre avaliadores e avaliados, que concorrem para os mesmos lugares, com quotas; a gestão democrática, a defesa da Escola Pública de qualidade, enfim um enorme conjunto de dossiês que é preciso gerir com parcimónia. Isso não significa que não estejamos atentos e prontos para denunciar o mínimo deslize. Também não gostei da metáfora da luz e do túnel que-afinal-não-tinha-luz! São muitos dias e horas de cansaço, enquanto os socretinos contam com exércitos de assessores, pagos pelo erário público, para à mínima nos descartarem. Estaremos vigilantes.»

Luz ao fundo do tunel

A luz ao fundo do túnel

Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO

8 comentários:

  1. Belo post!

    Muito bom post, caro Kaos!

    Será socretino fascista? Não o afirmarei, mas tenho dúvida. Este socretino não sabe o que é aprender nem ensinar, como há-de ele entender esra escola, os professores?

    Ai, quem assim diz é inteligente, por força. E está em causa muita coisa, é verdade, incluso a reforma, os salários vsersus tempo e qualidade di lavoro, de trabalho, e a mesma restauração dignificante da carreira docente.

    Não desprezem os sindicatos, amigos, ou ainda vamos dar, sozinhos, ao meio da arena, fácil.

    ResponderEliminar
  2. Não desprezar os sindicatos é fundamental, estes minimizam as Torres de Babel e as Arcas de Noé.

    ResponderEliminar
  3. Novo tipo de Avaliação à "la carte" e propaganda da pseudo-autonomia das escolas são os novos trunfos do ME. Inaceitável, mas os sindicatos andam aflitos para não perder a face, afinal se a luta dos prof's os ultrapassar mais vale embrulhar a trouxa e dar lugar a outros professores pois alguns já não se lembram bem das dificuldades... e esperamos que a luz que viram não seja só uma vontade de ficar... a luta é dura e nas dificuldades se vê que aguenta...

    ResponderEliminar
  4. Não será apenas Avaliação à "la carte" mas também Avaliação "Common Assessment Framework".

    ResponderEliminar
  5. Ninguém conseguirá negociar com mentecaptos - a saber, ministra e secretários de estado - as razões de cem mil professores!
    Pode dizer-se sempre: dizer isto e aquilo, exigir aqueloutro, prometer lutas destas e doutras mas a verdade é que a multidão está numa encruzilhada! Aí chegados, ou há revolução ou há pouco mais que nada!
    O meu adversário não são os sindicatos nem o Mário Nogueira, o meu adversário é o governo e é Sócrates!
    Um abraço de Lourdes - haja Fé!

    ResponderEliminar
  6. Avaliação à "la carte " Avaliação "Common Assessment Framework".
    Os negócios não param, é sempre a abrir e duplicados, digo, carimbados, sem vergonha de serem duplicados, carimbados, os negócios não param...

    ResponderEliminar
  7. Agora também querem proibir piercings e tatuagens em certas partes do corpo dos menores de 18 anos. Querem substituir-se aos pais?

    Abraço.

    ResponderEliminar
  8. os pseudo-professores sindicalistas deviam era dar umas aulinhas, se calhar deixavam de ter medo por não terem por onde ser avalizados...

    TOCA A TRABALHAR, MALANDROS!!!

    ResponderEliminar

Powered By Blogger