Para uns a crise está aí, Portugal é uma economia aberta e não pode escapar ao destino a que a crise internacional o condena. Os representantes do grande capital, falam do apocalipse que aí vem, com o fim do empregos e até já propõem comer todos os fundos da EU, já de uma só vez. Apontam o dedo da culpa à política económica que defendem e de onde sempre foram os grandes”mamões”. A solução que vêm é, não arredar caminho, não a busca de soluções diferentes e de novos modelos, mas o avançar ainda mais pelo mesmo caminho. Lembro-me de ter lido há vários anos que, a gloriosa América, já não sei se eram 80 ou 90 por cento dos americanos, mas eram muitos os que já não tinham qualquer possibilidade de pagar os seus créditos no tempo de vida útil que lhes restava. Se isto já me parece ser economicamente impensável, a solução que foi encontrada é surrealista. Concedem-se mais créditos a essa gente para que possam ir pagando o que já não tinham dinheiro para pagar. É a fuga para a frente, o atirar o problema para depois.
Já as vozes oficiais, no governo e no Banco de Portugal preferem tapar os olhos, fingindo não ver e fazer o discurso do “está tudo bem”, “não se preocupem”. Estes podem falar assim porque se a coisa começar a ficar demasiado negra podem sempre ir-se embora e embarcar para um tacho europeu ou para um qualquer conselho de administração numa daquelas empresas a quem a crise só traz lucros.
Para a grande maioria esta história da crise não é novidade e já a sentem há muito tempo. O aumento do desemprego, da perda de direitos, do poder de compra, da miséria e da fome são uma realidade que conhecem bem no seu dia a dia.
Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17
Se há quem chore de alegria porque não haveremos de rir de tristeza. Todas as imagens deste blog são montagens fotográficas e os textos não procuram retratar a verdade, mas sim a visão do autor sobre o que se passa neste jardim à beira mar plantado neste mundo, por todos, tão mal tratado. A pastar desde 01 Jan 2006 ao abrigo da Liberdade de Expressão.
sexta-feira, abril 18, 2008
Barrigas de fome
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Quando o governo Sócrates começou subitamente com a fúria de fazer cumprir o pagamento de impostos a qualquer preço, nem que ilegalmente como nalguns casos, houve bastante gente, como há sempre, que achou que era uma medida honesta.
ResponderEliminarPara onde acham que depois vai o dinheiro? Porque é que acham que há sempre "deslizes financeiros inesperados" quando o Estado paga a privados?
Amigo e camarada Kaos, desculpa de voltar sempre ao mesmo quando abordas estas situações.
ResponderEliminarQuem são os culpados das crises? o capitalismo vs governos neo-liberais de cariz fascizoide
Os que não têm culpa nenhuma? os assalariados
Enquanto o poder não for entregue/conquistado pelo povo as crises irão continuar eternamente.
Abraço
Com toda a razão...tudo muito preocupante !!
ResponderEliminarFerroadas:
ResponderEliminarAmbos sabemos que estas crises não existem e que só servem para justificar a pobreza que criam. Enquanto não acabarmos com o capitalismo a pobreza e a miséria não vai acabar.
Um abraço
parece que a crise está aí e pelos vistos para durar, eu não acreditava
ResponderEliminarmas ao ler este artigo aqui: http://dn.sapo.pt/2008/04/18/dnbolsa/banca_deve_56_pib_exterior.html
fiquei mais esclarecido da real bronca e o enorme pantanal em que o país está metido.
http://dn.sapo.pt/2008/04/18/dnbolsa/banca_deve_56_pib_exterior.html
ResponderEliminarrepeti o link porque em cima não estava completo
http://dn.sapo.pt/2008/04/18/dnbolsa/
ResponderEliminarbanca_deve_56_pib_exterior.html
:-)
Para além de tudo o que se disse, note-se que o artigo confirma as vantagens que as alterações feitas aos certificados de aforro trouxeram para os bancos.
ResponderEliminarMais uma vez a banca é beneficiada em detrimento do povo.