O outdoor de hoje é o do Bloco de Esquerda. Parece tudo tão fácil e que basta votar no BE para termos uma melhor Europa, um melhor Portugal e quem sabe mesmo uma melhor galáxia ou mesmo um melhor universo. Basta que lhes reservemos umas cadeiras nos parlamentos locais e estamos todos melhor. Falta explicar como pensa o BE conviver com as directrizes Europeias e o seu Neo-liberalismo se um dia tivesse a efectiva responsabilidade da governação. Como pode aplicar as suas politicas sem romper com esta União Europeia. Ou será que acreditam que também vão determinar as politicas de Bruxelas?
Em nenhum sítio, em nenhum manifesto, em nenhuma intervenção o Bloco diz ou insinua que "basta votar no BE" para termos TUDO melhor. Essa afirmação é a negação de tudo o que o BE diz e defende. O BE apela ao não conformismo, à mobilização popular, à luta dos povos, se pretendem lutar por e defender direitos. Pela sua parte, o BE, nas instâncias onde está representado, compromete-se, apenas, a ser um prolongamento das lutas e aspirações dos trabalhadores e dos povos, enfim, que sofrem, passam dificuldades. Não lhe faltam propostas, ousadia, coragem. Pode o Kaos não concordar com a intervenção do BE, as suas ideias, mas de toda a justiça reconhecer que se há coisa que o BE não pede é que lhe "reservem as cadeiras dos parlamentares" ...e agora podemos ficar todos descansados que assim "estamos todos melhor". Bem pelo contrário, a luta nos parlamentos não é indissociável da luta mais geral, de uma participação activa e exigente da cidadania. Pensar que não se pode "conviver com as directivas europeias e o seu neoliberalismo" é uma forma de resignação, de demissão, de não acreditar que os povos, em cada país, podem mudar governos, derrotar governos, alterar políticas e à escala europeia, derrotar tratados, directivas bolkestein, horários de trabalho de 65 horas, restrições ao uso da internet. O combate político entre as políticas capitalistas e políticas sociais, nunca vai acabar. O que é mal não é a Europa, a globalização. O que é mal é esta Europa e esta globalização. O confronto entre uma Europa Social e de justiça económica, para harmonizar direitos, criar empregos, garantir uma segurança social para todos, impor serviços públicos ao serviço do bem comum, assegurar a mobilidade dos imigrantes, a cooperação e o apoio aos países do terceiro mundo, enfim, esbater as diferenças e as desigualdades, no acesso à educação, cultura, saúde, ao entretenimento, é um direito de todos é um direito universal, é uma luta de todos os dias, em Portugal, na Europa, no Mundo. Romper com a União Europeia por causa das políticas dos directórios? Não! Lutar, contra elas. Assumindo que na União Europeia também é possível e tem sido, conseguir grandes conquistas, não apenas pensando em Portugal mas também noutros países que souberam, melhor que nós, aproveitar, melhor os recursos postos à disposição. Ficar de fora é uma manifestação egoísta, nacionalista (há quem prefira chamar-lhe patriota), derrotista. Em Portugal, do 25 de Abril para cá, as políticas foram as que conhecemos e nem por isso deixamos de pensar (eu penso assim, pelo menos), como seria, se não houvesse uma oposição. Uma boa oposição.
ResponderEliminarO miguelito quer é ir fumar umas brocas para bruxelas, enquanto bebe uns conhaques, debica uns chocolates belgas, e come uma tosta com caviar... a rir-se que nem um leão dos papalvos que lhe deram o tacho!
ResponderEliminarFernando:
ResponderEliminarrespeito o BE como o faço oaço com o PCP pi todos os que dizem defender os direitos dos mais fracos. Não acredito é que se possa alterar o sistema por dentro com festinhas. O não conviver com as directivas Europeias e o não ficar satisfeito porque a lei que nos querem impor não ficou tão mal como era proposto, embora tenha ficado pior do que já estava não me satisfaz e não é certamente resignação. Há que romper, há que exigir a mudança e não ir lutando enquanto esperamos, esperançadamente que as coisas mudem. È por isso que defendo a ruptura com a UE e a criação de uma nova união, constituida por nações livres e soberanas. Não procuro o isolamento nem o patriotismo, mas sim a liberdade de decodirmos os nossos destinos. Não pactuo com o neo-liberalismo e por isso exijo a mudança do paradigma. Estou farto de reformismos e acredito que só com a revolução das ideias e dos valores podemos vencer.
Deixem-se de ninharias e tratem do que é importante. Por exemplo, o Quique sai ou não?
ResponderEliminarBolas, Amigo Kaos...
ResponderEliminarPensei que fosse um anúncio sobre UNIÕES DE FACTO ou...
CASAMENTOS GAY...