O pobre do Miguel Relvas anda de quarentena e não pode aparecer em público não vá alguém mandá-lo estudar. A solução passou por mandar o moço de pago a preço de ouro, António Borges, fazer o frete de falar da nova Parceria Público Privada para a RTP e resolveu fazer uma viagem até Timor. Teve foi a pouca sorte que a sua fama de licenciado em equivalências já deu a volta ao mundo e quando lá chegou já tinha uma faixa afixada na parede do Hotel a dizer-lhe, "vai estudar Relvas". Mas o homem é multifacetado e não deixou de ganhar créditos para mais duas licenciaturas quando voltar a Portugal, uma de Piloto pelas horas de voo e uma outra em Poesia por ter afirmado que "porque aquilo que nos une a todos é a língua e a língua é o petróleo desta relação, é o que nos dá força, é o combustível desta relação e nós temos de continuar nesse caminho". Amanhã já vou falar com o meu depósito de gasolina e se não surtir efeito quem sabe lá coloque os Lusíadas que fica mais barato que ir à bomba.
Se há quem chore de alegria porque não haveremos de rir de tristeza. Todas as imagens deste blog são montagens fotográficas e os textos não procuram retratar a verdade, mas sim a visão do autor sobre o que se passa neste jardim à beira mar plantado neste mundo, por todos, tão mal tratado. A pastar desde 01 Jan 2006 ao abrigo da Liberdade de Expressão.
sexta-feira, agosto 31, 2012
Relvas foi a Timor
O pobre do Miguel Relvas anda de quarentena e não pode aparecer em público não vá alguém mandá-lo estudar. A solução passou por mandar o moço de pago a preço de ouro, António Borges, fazer o frete de falar da nova Parceria Público Privada para a RTP e resolveu fazer uma viagem até Timor. Teve foi a pouca sorte que a sua fama de licenciado em equivalências já deu a volta ao mundo e quando lá chegou já tinha uma faixa afixada na parede do Hotel a dizer-lhe, "vai estudar Relvas". Mas o homem é multifacetado e não deixou de ganhar créditos para mais duas licenciaturas quando voltar a Portugal, uma de Piloto pelas horas de voo e uma outra em Poesia por ter afirmado que "porque aquilo que nos une a todos é a língua e a língua é o petróleo desta relação, é o que nos dá força, é o combustível desta relação e nós temos de continuar nesse caminho". Amanhã já vou falar com o meu depósito de gasolina e se não surtir efeito quem sabe lá coloque os Lusíadas que fica mais barato que ir à bomba.
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Falar com o depósito de gasolina - só o Kaos me faria rir a esta altura. Obrigada!
ResponderEliminarKAOS, CADA VEZ MELHOR!
ResponderEliminarEste colonizador de merda quer a todo o custo (custe o que custar) manter-se no poder, uma vez desaparecendo outra vez aparecendo sem nada dizer!
Como sabe que as "broncas" se vão esquecendo, infelizmente, vai conseguir seguir o seu caminho de destruição da coisa pública sem que ninguém o impeça!
E NÓS, O POVO ANÓNIMO DESTE TRISTE PAÍS CONTINUAMOS A DEIXAR ATÉ À DERROTA FINAL!
Não consigo perceber a sua obcessão na defesa da chulice das RTPs... Tem lá familiares e amigos empregados? Quanto tempo é que perde por dia a ver aquela trampa, e quanto tempo é que perde por dia com o blog? Desde o tempo da outra senhora que a RTP sempre foi um serviço de lobotomia colectiva e, conforme já alguém lhe referiu num comentário, está obsoleta e no limite não faz falta nenhuma! Pior do que dizer um disparate é insistir na defesa do disparate, e neste assunto o Kaos está a revelar tiques de político: nunca se engana e raramente tem dúvidas.
ResponderEliminarO Sr,Anónimo, tá visto que é a favor da tentativa de entrega da RTP a uns amigos de oportunidade e contriboy para os determinismos indeterminados do senhor relvas e dos seus comparsas...
ResponderEliminarSó por puro preconceito ideológico pode afirmar-se que um privado não conseguirá prestar um serviço público de televisão.
ResponderEliminarQualquer discussão sobre viabilidade da privatização da RTP tem sempre duas questões a montante: o que é o serviço público de televisão, razão da existência daquela empresa na esfera do Estado? Pode ser prestado por uma empresa privada?
Se lermos o contrato de concessão assinado entre o Estado e a RTP, constatamos que a empresa tem de assegurar, entre outros exemplos, “uma programação de referência”, “que procure a valorização cultural e educacional dos cidadãos”, nomeadamente do público jovem e infantil, a “promoção da cultura e da língua portuguesa, através da emissão de programas de carácter cultural” ou ainda de apoios à produção de filmes em regime de co-produção. A RTP tem também de emitir programas destinados aos portugueses residentes fora de Portugal e aos nacionais de países de língua portuguesa.
Se falarmos apenas nos programas transmitidos pela RTP 1 e 2, o “Cuidado com a Língua”, dedicada à língua portuguesa, a série de ficção “Conta-me como foi” ou os documentários “Portugueses no Mundo” e os de José Hermano Saraiva são bons exemplos do que deve ser um serviço público de qualidade. Não há nenhuma razão lógica para dizer que um concessionário privado não possa produzir programas semelhantes a estes. Todos aqueles programas, e muitos outros, são produzidos por empresas privadas por encomenda da RTP.
Outra questão passa pela impossibilidade legal de uma das hipóteses em cima da mesa do governo: a concessão. Na realidade, a RTP é uma concessionária do serviço público de televisão, sendo ela mesma uma empresa de direito privado. O contrato foi assinado em 2003 pelo governo de Durão Barroso, tendo sido renovado em 2008 pelo governo de José Sócrates. Nada nos seus estatutos ou na lei, impedem que o seu objecto social seja assegurado por privados.
Os defensores da tese da empresa pública alegam ainda que a RTP é um exemplo de gestão empresarial, pois deu lucro nos dois últimos exercícios. Este, definitivamente, é um dos mitos que marcam este debate. É bom referir que a RTP não é o melhor exemplo histórico de controlo de despesa, razão pela qual tinha uma dívida de 1,1 mil milhões de euros em 2003. Os resultados positivos da empresa só foram possíveis depois do Estado reduzir de forma muito significativa a dívida bancária da empresa para cerca de 171 milhões de euros. Isto é, só a eliminação dos custos relacionados com o serviço da dívida permitiu apresentar resultados líquidos positivos
Dito isto, a RTP não pode ser concessionada porquê? Se outros serviços públicos, como a distribuição da água ou os transportes públicos e vias de comunicação, podem ser assegurados por privados, porque razão o serviço público de televisão não pode? Pode e deve. Só por puro preconceito ideológico pode afirmar-se o contrário, sendo certo que os detractores da hipótese da concessão caiem numa contradição insanável: defendem que a televisão tem de ser pública, mas esquecem-se que, na hipótese da concessão, a propriedade mantém-se sempre no Estado.