Ano de eleições é ano do Paulinho fazer o roteiro de todas as festas e romarias do país. Faz bem, bebe uns copos, come umas bifanas e uns doces típicos e está num ambiente onde o discurso fácil e populista passa muito bem. O crime, sem colarinho branco, que é necessário prender rapidamente, os imigrantes a quem é necessário fechar a porta e as pensões de miséria que é necessário aumentar. Para isso propõe mesmo retirar dinheiro do Rendimento Mínimo para aumentar as pensões mais baixas. «Vou deslocar uma parte do que está no Rendimento Mínimo. Prefiro apoiar quem trabalhou toda a vida do que quem às vezes abusa do Rendimento Mínimo, porque não quer trabalhar, mas quer viver à custa do contribuinte».
Haverá certamente abusos no rendimento mínimo, mas também não o há nas pensões de quem ganha reformas de milhões ao fim de meia dúzia de anos de trabalho? Não há quem não receba uma reforma, mas muitas? Não seria mais justo e mais correcto ir aí buscar dinheiro para financiar o aumento das pensões mais baixas? Pessoalmente, como sou daqueles que ainda tem emprego, prefiro ver aumentar as pensões imaginando que um dia deixarei de ser um contribuinte para ser um beneficiário da segurança social. Mas, o que pensarão aqueles que perderam o seu local de trabalho, a quem não dão trabalho por já não serem jovens e vêm terminar o tempo a que tiveram direito a subsídio de desemprego? Como vive essa gente a quem a sociedade descartou e condenou á miséria? Vão ter de esperar até terem 65 anos para terem direito a uma pensão? Um estado tem de ser responsável perante os seus cidadãos e cumprir o seu dever de cuidar daqueles para quem a vida foi madrasta. Todos nós, aqueles que têm a sorte de ter rendimentos, contribuímos para esse estado possuir os meios para o fazer e por isso temos de exigir que o cumpram. Não é retirando a quem necessita para dar a outros que também necessitam que se resolve o problema, mas retirando a quem tem muito mais do que necessita e gastando melhor os dinheiros públicos.
Haverá certamente abusos no rendimento mínimo, mas também não o há nas pensões de quem ganha reformas de milhões ao fim de meia dúzia de anos de trabalho? Não há quem não receba uma reforma, mas muitas? Não seria mais justo e mais correcto ir aí buscar dinheiro para financiar o aumento das pensões mais baixas? Pessoalmente, como sou daqueles que ainda tem emprego, prefiro ver aumentar as pensões imaginando que um dia deixarei de ser um contribuinte para ser um beneficiário da segurança social. Mas, o que pensarão aqueles que perderam o seu local de trabalho, a quem não dão trabalho por já não serem jovens e vêm terminar o tempo a que tiveram direito a subsídio de desemprego? Como vive essa gente a quem a sociedade descartou e condenou á miséria? Vão ter de esperar até terem 65 anos para terem direito a uma pensão? Um estado tem de ser responsável perante os seus cidadãos e cumprir o seu dever de cuidar daqueles para quem a vida foi madrasta. Todos nós, aqueles que têm a sorte de ter rendimentos, contribuímos para esse estado possuir os meios para o fazer e por isso temos de exigir que o cumpram. Não é retirando a quem necessita para dar a outros que também necessitam que se resolve o problema, mas retirando a quem tem muito mais do que necessita e gastando melhor os dinheiros públicos.