terça-feira, fevereiro 14, 2006

A "guerra das caricaturas"


Foi publicado no site “Iran Cartoon” a primeira caricatura que foi enviada por um australiano, Michael Leunig. A agência France Press cita Leunig que afirma ter feito a caricatura “por solidariedade com o mundo muçulmano e para exercer o seu direito à liberdade de expressão”.
Não concordei com a necessidade da publicação das caricaturas de Maomé e o mesmo se passa com as que começaram agora a ser editadas sobre o holocausto. Não porque isso me importe muito e nem lhes acho assim muita graça, mas sim pelos motivos que levaram à sua publicação. A razão de quem faz estas caricaturas deveria ser a de critica social ou denúncia de algo que se considere errado e não simplesmente a provocação gratuita. Esta ideia de esticar a corda só para ver quando vai quebrar não me parece ter qualquer utilidade, antes pelo contrário acaba por criar o conflito e o perigo de vermos a nossa liberdade de expressão limitada (nem que seja por uma auto-censura ou por medo).
O editor do Hamshahri, Farid Mortazawi, diz que os judeus podem estar descansados porque concurso não pretende insultar a comunidade judia nem pôr em causa o Holocausto. O nosso objectivo é avaliar os limites da liberdade de expressão”.
Este sim é o grande perigo.

3 comentários:

  1. Com esta publicação os iranianos cometem um curioso, fácil mas flagrante erro... Se pmuçulmanos podem cometer o erro de insultarem propositadamente outras religiões (e não é certo que essa fosse a intenção original do cartoonista dinamarquês), então não se colocam exactamente no mesmo pé?

    Com que Moral podem criticar os outros, se fazem exactamente o mesmo, mas com um sinal oposto?

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  2. É bom relembrar que originalmente as caricaturas publicadas na Dinamarca, por um jornal de direita, tinham a intenção de ver até que ponto aguentava a comunidade muçulmana que ai vivia. Não foi uma publicação inicente.

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  3. Alguem sabe onde é a embaixada do Irão. Estou com vontade de atirar uma pedras.

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