quarta-feira, maio 31, 2006

Paulo Portas, Maria Antonieta e o Terror

Paulo Portas voltou hoje a conseguir fazer-me rir com o seu "Estado da Arte". Tenho que dizer que ri com vontade, isto depois de quase ter desistido a meio caminho. É que uma hora de Portas é …chato. Aquele sorriso hipócrita, o ar de anjinho, aquele displicente erraram mas eu perdoo, todo aquele destilar de liberalismo, desprezo pela esquerda, afinal tudo aquilo que diz, representa, é.
Mas, no fim, quando já quase desesperava a espera compensou. O Festival de cinema de Cannes, os filmes, o filme de Sophia Coppola, “Maria Antonieta”, personagem cuja história, muito o ajudou à sua opção pela direita politica. Afinal “ela nada mais era que uma jovem rapariga que gostava de se divertir”. Livros, mais livros, o livro definitivo sobre a história da revolução francesa, "Citizens", que lhe foi “apresentado pelo Vasco Polido Valente, em versão brasileira, escrito por um inglês para dai chegar novamente aos malefícios da esquerda. Ficamos aliás a saber, de viva voz, ali em directo um novo facto que pode mudar toda a nossa percepção da história, desde os seus primórdios ainda “amacacados” até aos dias de hoje. –“O terror começou com a revolução francesa”. Sim, é verdade, só nessa altura foi ele inventado por aqueles revolucionários esquerdistas. Persas, Gengis Kan’s, idades média, inquisições afinal nada mais causaram que alegria, indiferença, ou em muitos poucos casos, um pequeno arrepio na espinha de medo. Nada de mais. Até que, em pleno 1791, ali, em França, os revolucionários de esquerda finalmente inventaram o “Terror”. Há já quem diga que, foram também eles, quem criou as condições para a existência do nosso maior festival de cinema em Portugal, “O Fantasporto”. Assim se faz a cultura do nosso país.
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Cromos da Política XVI

Morais "Hulk" Sarmento
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terça-feira, maio 30, 2006

Tantos "Prós" para nenhum "Contra"

Como na vida nem tudo pode ser mau, vamos começar por uma boa noticia. O programa “Prós e Contras”, de Fátima Campos Ferreira, acabou, pelo menos por agora. E, se estou contente com isso, tal não se deve simplesmente ao facto de o considerar um programa de propaganda neo-liberal, mas sobretudo por ser um programa “mentiroso”. O que semanalmente ali se passava, era um “Prós e Prós”, sobretudo quando o assunto era economia, em que sob a capa de divergências, aquilo que se acabava por observar era uma concordância, uma quase uma unanimidade de opiniões. Assim não vale.
Um bom exemplo disso foi este último programa, onde a única diferença nunca esteve no modo de fazer ou na crítica ao que tem sido feito, mas sim na intensidade com que deve ser feito. Do catastrófico Medina Carreira ao mais optimista Silva Lopes, passando por Administradores da Sonae (o Belmiro em pessoa), da Galp, mais uns “yes men” comentando das cadeiras da plateia todos tocavam a mesma música.
Concluindo, o Sócrates até é fixe, embora esteja na altura de dar mais umas fortes machadadas na função pública e na política social, as condições para o fazer são as ideais e claro há que mudar a constituição, grande empecilho da nossa economia. Liberalismo puro e duro com muitos “Prós” e nem um único “Contra”.
O tons mais coloridos foram dados pelo Belmiro quando depreciou e desprezou aquilo a que chamou de comunistas dizendo que nada mais representam que 15% da Assembleia da Republica. Com Cavaco em Belém, Sócrates a dominar o partido Socialista e o governo e uma oposição aflitinha para fazer a mudança, era aproveitar para alterar a constituição, emagrecer a Função Pública e desbaratar o estado social.
Só em pequena nota de “Contra”, digo eu que a maioria dos 85% dos deputados a que se refere para aprovar a mudança, quando foram eleitos, não defenderam essas ideias. Não têm por isso a legitimidade democrática para as fazer aprovar, isto se ainda nos queremos considerar uma democracia.
A outra nota de cor veio da parte do ex-socialista Medina Carreira, que apresentou um cenário de fim do mundo, do qual será sempre um dos responsáveis, por, também ele, já ter ocupado o cargo de Ministro das Finanças. Dai, partiu para a afirmação de que nenhum dos partidos do actual espectro político português, ter a capacidade de resolver o problema. Mais grave, foi quando se afirmou capaz, acompanhado de mais 30 pessoas escolhidas, de resolver o problema fora do actual sistema político. Dessa afirmação à ideia de um novo regime ditatorial vai uma distância que não vislumbro. Quando tais afirmações são proferidas em publico, e não são contestadas por nenhum dos presentes, só senti muitos “Prós” e nenhum “Contra”.
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Os novos "Sheriff of Nottingham"

European Union lawmakers are investigating a proposed tax on emails and mobile phone text messages as a way to fund the 25-member bloc in the future.
A European Parliament working group is reviewing the idea, tabled by Alain Lamassoure, a prominent French MEP and member of the centre-right European People's Party, the assembly's largest group.
Lamassoure, a member of Jacques Chirac's UMP party, is proposing to add a tax of around 1.5 cents on text or SMS messages and a 0.00001 cent levy on every email sent.
"This is peanuts, but given the billions of transactions every day, this could still raise an immense income," he said.
Currently the EU budget is funded through a combination of import duties, value added tax revenues and direct contributions from member states -- the so-called "Gross National Income resource", which is calculated according to wealth. [link]

Ora ai está mais uma ideia para nos sacar mais uns dinheirinhos do bolso. Infelizmente, tudo o que vejo sair da cabeça destas “sumidades”, só vem no sentido de nos cobrar mais dinheiro.
Agora são as mensagens escritas dos telefones e os e-mails a serem taxados. Para alem das dificuldades técnicas que isto poderá apresentar, (como poderão cobrar um e-mail se este estiver só existir fora do espaço europeu como sejam o Hot mail ou o Gmail, por exemplo), tudo isto não passa de mais um imposto criado para tapar os buracos económicos criados pela sua incompetência.
Estou farto desta economia neo-liberal, que em vez de nos dar uma vida melhor só nos afunda, cada vez mais, em dificuldades. Se só serve para nos fazer ficar pior então porque temos de a aturar?
Uma Europa unida, deveria tentar fazer convergir todos os seus membros para níveis de vida e de desenvolvimento semelhantes e não ser um palco de lutas fratricidas pelo poder. O que vemos são os países mais ricos a não querer suportar as maiores despesas da União, mas a quererem aproveitar as vantagens que a mesma lhe concede.
É talvez a altura de todos se sentarem à mesa e procurar saber se, neste estado de coisas, vale a pena continuar. E as perguntas a fazer são muitas:
Porque não entra a Inglaterra na moeda única?
Até que ponto a intromissão nas políticas económicas dos países membros não lhes cria mais dificuldades ao seu desenvolvimento?
Como fazer para que a Europa fale a uma só voz ao nível internacional?
Como se defende a concorrência sem leis laborais idênticas em todos os países Europeus?
Não está a Europa a perder força todos os dias a nível económico e politico no mundo globalizado?
Deverá a Europa existir se não forem solucionados os problemas que a dividem mais do que a unem?
Que responda quem sabe.
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Cromos da Política XV

Carlos "Denis de menace" Pimenta "O Pimentinha"
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segunda-feira, maio 29, 2006

Para quem gosta de comer

Sr.Henrique, o dono e artista
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Já fui acusado neste meu blog de só dizer mal. Pois resolvi que queria dizer bem de alguma coisa, e surpreendentemente não foi muito difícil escolher. Sabendo que ao fazer isto só me posso estar a prejudicar, já que está cada vez mais difícil arranjar mesa (se não marcar) vou aqui falar de um Restaurante, “A Escola” a meio caminho entre Alcácer do Sal e a Comporta.
Depois de sermos bem recebidos pela simpatia do dono O Sr. Henrique e das empregadas, temos muito por onde escolher. Ou melhor têm, que eu já sei aquilo a que vou: Empada de coelho bravo. (Um conselho que dou, não acreditem quando vos disserem que uma empada dá para duas pessoas, aquilo é dose individual e para ficar a chorar por mais).
Entradas com Azeitonas, Pimentos assados, Coelho de coentrada, linguiça frita, cenoura aberta de coentrada, queijo e pão.
Para beber há muito por onde escolher numa óptima lista de vinhos. Um “Cartuxa” fica sempre bem com a empadita.
Para adoçar a boca no fim a dificuldade está na escolha: Doce da casa (pinhão com doce de ovos e canela), Toucinho do céu alentejano, Tarte de requeijão, Ensopado de noz, Queijinho do céu, Fidalgos, Viscondes, Tarte de pinhão,…
A acompanhar o café a simpatia da casa com um Licor de bolota ou pedindo uma aguardente caseira.
O momento mais desagradável vem no momento da conta, mas de tão satisfeito que se está, dá para esquecer.
Um último conselho, tentem arranjar um amigo daqueles “Eu só bebo sumol”. Mesmo que seja daqueles um bocado melgas, se tiver carta e carro para conduzir depois daquilo vale a pena.
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Contributo para o Echelon: Sayeret Tzanhanim, PARASAR

Mais Laranjas amargas para Cavaco do Jardim da Madeira



Alberto João Jardim pediu ao Presidente da República que obrigue o Governo de José Sócrates a assumir, como compromissos de Estado, as 35 promessas feitas à Madeira pelo do anterior executivo de Durão Barroso, antes das eleições regionais de 2004. "Não ajudámos a eleger o professor Cavaco Silva para ele ver os comboios passar", lembrou ontem o líder madeirense na abertura do XI Congresso Regional do PSD.»
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Até quando vai Cavaco Silva "chupar" esta laranja amarga produzida pelo Jardim da Madeira?
Depois de não dizer nada, após o desrespeito de Alberto João Jardim para com as instituições da Republica, ao assumir que não cumpriria com a lei das incompatibilidades aprovada na Assembleia da Republica afirmando, “Como nós não a vamos aplicar, eu não sei se Portugal continental ou o Estado central ainda têm barcos de guerra para ocupar a ilha”, vê-se agora acusado de “andar a ver comboios passar”.
No primeiro caso fomos, todos nós que fomos desrespeitados, mas no segundo é um apontar o dedo directamente à pessoa Cavaco Silva. Irá ele engolir mais esta laranja amarga ou sairá finalmente detrás dos “pobrezinhos” onde tem andado escondido?
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Cromos da Política XIV

O "Calimero" Manuel Maria Carrilho
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domingo, maio 28, 2006

Um polvo de mãos invisíveis

«O livro foi bem editado, a meio caminho entre os quatrocentos anos do Quixote e o centenário da morte de Freud. É uma homenagem perfeita a dois marcos da nossa história e da nossa cultura. Espero que o Prós e Contras de segunda-feira tenha servido, pelo menos, para que as pessoas tenham percebido a que tipo de cruzada é que estamos a assistir. O discurso de Manuel Maria Carrilho está, neste momento, ao nível de algumas pessoas que são entrevistadas na Rua Augusta para o 'vox-pop' televisivo ou radiofónico: uma ou duas ideias gerais, suspeitas de corrupção e incompetência gerais, tudo controlado por um "polvo" de mãos (ou tentáculos) invisíveis.»
Ricardo Costa in Diário Económico
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Quem oiça esta sumidade da nossa Comunicação Social e director da SIC Noticias, deve ficar com a impressão que vivemos num país onde tudo corre sobre rodas. Corrupção, não existe, incompetência, nem sabemos o que é. Se há quem se refira a esses temas é porque é um simplório, crente nas absurdas teorias da conspiração.
Infelizmente para mim tenho de me colocar nesse número de “patetas” que acredita no “polvo” que tudo controla. Basta-me assistir à televisão de que é director para “imaginar” silêncios comprados, comentadores tendenciosos ou notícias encapotadas.
O Carrilho é o Carrilho e nem vale a pena dizer mais nada. Tem no entanto razão quando fala da falta de isenção da nossa comunicação social. Basta ver a “defesa da honra” feita pelo Ricardo Costa, na estação de que é director, em que contratou diversos comentadores para atacar um livro mesmo antes de o terem lido. Estranha forma de isenção esta que este Sr. usa na “sua” estação de televisão.
Uma coisa, no entanto, é certa, sentiram a picada e todo este “rabear” em torno de um livro, pouco interessante, nada mais é que consciência pesada. Afinal, sabem muito bem como fazem a informação que impingem aos portugueses.
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Contributo para o Echelon: Sayeret Tzanhanim, PARASAR

Cromos da Política XIII

Mário "Garfield" Soares
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Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI

sábado, maio 27, 2006

Taxas, quem as tem chama-lhes sua.

O PS apresentou um projecto-lei em que propõe o fim das taxas de aluguer dos contadores domésticos. Medida mais que justa, já que o contador nada mais é que um instrumento de medição do próprio serviço e pertencente à empresa e não ao consumidor.
Claro que as empresas atingidas por esta proposta já saíram a terreiro defendendo que esta lei não se aplica nos seus casos.
A EPAL, diz cobrar uma taxa de disponibilização da água, como se isso não estivesse já incluído no preço da própria água.
Já a EDP diz cobrar, não o aluguer do contador, mas uma taxa de potência contratada que garante ao consumidor a prestação de um serviço de prestação de electricidade de uma determinada potência. Não é esse o seu negócio, fornecer electricidade a quem a paga?
Ângelo Correia, presidente da Lusogás, considera ser esta uma medida grave para as empresas de gás, referindo que a taxa cobrada é um “termo fixo”, servindo o dinheiro cobrado, para fazer face aos investimentos da empresa e garantir ao cliente um limite mínimo de fornecimento de gás. Parece-me que com ou sem taxa é essa a razão da sua existência, ou estarei eu enganado?
Também a PT e outros empresas que disponibilizam telefones fixos ficam sem possibilidade de cobrar o famoso aluguer do telefone.
Não deveria o aluguer da já tristemente famosa “power-box” da TVcabo ser também ela isenta de pagamento, já que é pago o serviço? E os modem da Netcabo?
Esperemos que esta lei seja efectivamente aprovada e que, as “desculpas de mau perdedor” já apresentadas sejam ultrapassadas, e os consumidores possam efectivamente dela beneficiar. Para que isso aconteça são necessárias medidas que garantam que, os valores destas taxas não sejam diluídos no preço do próprio serviço.
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Cromos da Política XII

"Topo Gigio" Nobre Guedes
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sexta-feira, maio 26, 2006

N38º41.8488W009º12.2070
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Na exacta coincidência das suas coordenadas, o KAOS (editor) faz anos.
De baixo da aparência de um caos, na curva dos dias que se vão passando, um febril e amável empenho semeia sonhos e coincide com as mais precisas medições a Terra.
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P.S – Esta coordenada ( WGS como convém ) é a de Belém – homenagem a um epíteto que por aqui vi.
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PARABÉNS
Jorge Matos

Uma questão pH

O pH “potencial hidrogeniónico” é um indicador de acidez, neutralidade, ou alcalinidade de um meio qualquer. Vem do alemão “potenz” e significa poder de concentração.

Em adolescente adulterei este potencial numa espécie de indicador antecipatório de compatibilidade. Uma espécie de “potenz” que anunciava um acordo perfeito acompanhado de afeição. Uma espécie de química privada que não tinha muita sabedoria mas tinha o máximo de sabor possível. A avaliação do pH antecipava o conhecimento do sal das bocas que estreitam os lábios, fazendo bater o coração mais depressa e anunciando um milagre alquímico que devia acontecer.

Para mim, a “questão do pH” é uma avaliação de sabor sem saber. Quando o pH é compatível o desconhecido é forjado com uma alegria ténue e misteriosa.

Nos Blogs analiso alguns dos comentários através dessa química privada, pH compatível, pH incompatível. Às vezes comento, outras não. Uma questão pH!.
Jorge Matos
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Contribuição para o Echelon: THAAD, package

quinta-feira, maio 25, 2006

Cromos da Política XI

The Pinguim Ribeiro e Castro
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Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI

A Sanfona mecanica

Muito sinceramente já estou cansado de ouvir o Pacheco Pereira. O homem parece uma grafonola mecânica sempre a dizer a mesma coisa.
O estado só deve manter os seus compromissos sociais com os “pobrezinhos, e todos os outros devem dele ser “libertados” .
Este discurso, feito numa muito mais longa lenga-lenga é repetido, quase textualmente, independentemente do assunto que estiver a ser tratado.
Hoje, por exemplo, a defesa destas ideias, foi feita ao afirmar que, esta devia ser a estratégia do pequeno Mendes, para dar credibilidade ao PSD. Foi isto, mas podiam estar a falar de um qualquer outro assunto, que o Pacheco havia de encontrar uma forma de papaguear o discurso.
Aquilo não é comentar, é ligar a sanfona.

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FEIRA DO LIVRO


"A mente que se abre para uma nova ideia jamais volta ao seu tamanho natural."
Albert Einstein
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O livro é o mais assombroso instrumento ao serviço das ideias. O livro expande a memória a imaginação e o sonho. Folha a folha as palavras respiram em ideias para além do concreto.
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As folhas dos livros amarelecem, mas a mente floresce.
Jorge Matos
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Cromos da Política X

The Wicked Witch Manuela Ferreira Leite
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quarta-feira, maio 24, 2006

DIETAS DE VERÃO

A exigência de emagrecer o Estado, corresponde à lógica de investimento e de negócio dos nossos empresários - o lucro fácil, mais comércio e mais serviços. Eles são incapazes de produzir um alfinete de forma competitiva, mas têm um insaciável apetite pela entrada no comércio dos bens que ainda permanecem nas mãos do Estado. Não investem na produção de um penso, mas desejam o negócio da gestão da saúde. Não se interessam pela produção de uma caneta, mas desejam a privatização e o comércio da educação. Pagam os piores salários da Europa, mas afirmam gerir melhor as reformas. Emagrecer o Estado é colocá-lo ao seu dispor e esta é a única oportunidade de negócio que são capazes de encarar.
Não seria mau que os beneficiários do poder económico, eles sim, perdessem alguma gordura e contribuíssem para o desenvolvimento da actividade industrial do país, para o aumento da riqueza disponível e para a superação de uma economia dependente, quase só, do comércio e dos serviços.
A ideia de que a superação do atraso se resolve com o emagrecimento do Estado faz-me lembrar a ideia de felicidade que subjaz aos anúncios das dietas de verão e à sua vacuidade científica.
Jorge Matos
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Marcelo. O vendedor da banha-da-cobra

Segundo afirmou nas Novas Conferencias do Casino, Marcelo Rebelo de Sousa é optimista em relação aos quatro desafios que Portugal resolveu em simultâneo: descolonizar, democratizar, integrar-se na Europa e criar uma economia liberal.
Falta uma nova “cultura cívica”, sobretudo na criação de uma nova economia, num país em que “nem a direita (conservadora-bonapartista ou com preocupações sociais), nem a esquerda (estatista, intervencionista e dirigista), são liberais”. Uma das reformas que faltam é, de resto, “a adequação da justiça a uma economia de mercado”.
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Confirma-se, de facto, a tendência para o professorado no nosso Marcelo. Eu não sabia, que o objectivo de “criar uma economia liberal”, tinha sido decidido em simultâneo com a descolonização ou a democratização. Já estou a ver, dia 25 de Abril de 1974, Posto de Comando do MFA e o Otelo, a dizer: Camaradas, vamos acabar com a injusta guerra colonial, transformar Portugal numa democracia popular e criar uma economia liberal.
Viver e aprender.
Define depois a “direita” como “conservadora-bonapartista ou com preocupações sociais”. Fico aqui a pensar em que grupo o devo “encaixar”. E o Portas, e o outro, aquele gajo do BCP. Tenho de repensar todas as minhas “definições “ da direita portuguesa.
Nem esta direita é liberal, assim como também não o é a nossa “esquerda” que se pode definir como, estatista, intervencionista e dirigista. Convinha alguém avisar o Sócrates disso.
Conclui depois, afirmando a necessidade da “adequação da justiça à economia de mercado”. Adequá-la para quê? Neste momento quem tem dinheiro já não a pode comprar? Pensava que sim?
Pena que a Natália Correia já não possa escrever mais poemas para o seu Cancioneiro Joco- Marcelino. Seria, nesta altura uma obra com vários volumes.
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Cromos da Política IX

Proença "Satã" Carvalho
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terça-feira, maio 23, 2006

Não estudam, pá,.... depois pá,...não estudam,...pá

Adaptado da obra LABAN de Max Magnus Norman
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“Estou conhecedor da posição da Comissão Europeia sobre essa proposta”. “Perante esse tipo só tenho um comentário a fazer: acho que os políticos devem primeiro estudar antes de fazerem qualquer proposta”.
José Sócrates, comentando a proposta de Marques Mendes, apresentada no congresso, de que o governo deveria solicitar à Comissão Europeia dinheiro para poder “pagar o despedimento” dos funcionários públicos.

Para além do manguito que a Comissão Europeia fez à proposta, felizmente, há aqui outro problema que me escapa. Que os privados usem este tipo de estratégia para reduzir pessoal, entende-se, ficam sem o chato do trabalhador e o estado que depois o sustente. Mas terá ele lógica quando usada pelo estado? O estado livra-se do trabalhador pagando-lhe para ele se ir embora. Pronto já está. Só que logo esse Funcionário Público lhe entra pela porta dentro, informando-o que agora está desempregado. Perde-se um trabalhador activo que contribuía com os seus impostos para a segurança social, e ganha-se um desempregado que passa só a consumir dos impostos de outros. Aumenta-se o desemprego, o buraco da segurança social, os problemas sociais e a miséria no país. Isto não parece fazer muito sentido, pois não. É a chamada lógica do batata. Do não, dos, porque depois aparecem muitas cabeças pensantes a falar do défice, da produtividade, da crise, dos gráficos, dos outros, deles, dos privados, dos conselhos de administração, das Opas, das bolsas, do peso do estado, das privatizações, do raio que os parta.
A economia pode ter um milhão de complexas variáveis e ser algo só ao alcance de alguns iluminados, pobres de nós tão simploriamente mortais, mas a coisa tem de, no final, apresentar resultados com lógica. As coisas têm de ter lógica, fazer sentido e isso até nós percebemos. Por isso desconfiamos, para mais vendo os lindos resultados que os seus “cantos de sereia” têm conseguido produzir.
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Cromos da Política VIII

Doctor Valentin "Octopus" Loureiro
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segunda-feira, maio 22, 2006

Os silêncios de ouro

Alberto João Jardim e a lei das incompatibilidades aprovada na Assembleia da Republica: “Como nós não a vamos aplicar, eu não sei se Portugal continental ou o Estado central ainda têm barcos de guerra para ocupar a ilha"

Quando estas afirmações foram proferidas eu mostrei o interesse de saber o que iriam dizer Marques Mendes e também, Sr. Silva lá de Belém. Até ao momento, tudo o que consegui ouvir foi um longo silêncio.
O do Sr. Silva parece demonstrar quão enganosa foi a sua campanha eleitoral, em que afirmava que tudo ia fazer e acontecer. Já aí, muitos colocaram em causa as suas promessas, por não serem competências do Presidente da Republica, o que se confirma. Mais, nem naquelas funções que lhe estão atribuídas, como garante da soberania nacional, parece querer ter o papel interveniente que prometeu. Estas declarações do Sr. Jardim são uma clara afronta e desafio ao poder do estado, por ele representado e, passado todo este tempo, não vemos uma atitude dura para colocar o Sr. Jardim na ordem. Pode-se dizer que também os outros Presidentes que o antecederam o não fizeram, mas esses tinham sido eleitos pela esquerda, o que poderia iniciar uma crise partidária. Cavaco, que prometeu a diferença, nem essa desculpa tem.
Já o pequeno Mendes, não falando do assunto, acabou por mostrar a sua posição ao propor, João Jardim, para a presidência do Conselho Nacional do Partido. Um “Ámen” a uma afirmação claramente provocatória para a soberania do estado. Também o Mendes tropeça no seu próprio discurso, já que desde sempre se posicionou como moralizador da politica. Afinal, mais uma demonstração da sua pequenez como líder que tudo tem de aceitar.
Perante os silêncios da anterior deixo aqui uma outra pergunta. Será que não há um único jornalista ou comentador político, daqueles que por ai pululam na nossa comunicação social, que estranhe estes silêncios e cumplicidades? Deveremos nós estranhar esses novos silêncios e transforma-los em novas cumplicidades? Que responda quem sabe ou quem disso tenha obrigação.
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Cromos da Política VII

Francisco "Buzz Lightyear" Louçã
"To infinity ... and beyond!"
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domingo, maio 21, 2006

Souto Moura: Envelope pariu uma bufa

Aberto o processo do envelope 9 e de lá nada mais saiu que o mau cheiro de uma bufa. Algo que qualquer labrego investigaria, e facilmente explicaria em meia dúzia de dias, demorou meses num parto que afinal mostrou nada mais ser que um aborto. O ministério público iliba-se a si próprio, afinal quem parte e reparte e não fica com a melhor parte ou é tolo ou não tem arte, safa a PT por prescrição e aponta o dedo a quem nada mais fez que revelar a ilegalidade.
Crime é denunciar irregularidades praticadas em processos e não cometer essas irregularidades. Em Fevereiro perguntei aqui neste blog se o Procurador-geral da Republica era burro ou desonesto. Infelizmente parece que a resposta é a que pior serve a nossa justiça.
Escreveu-se torto por linhas do Direito que como se sabe nada tem a ver com a justiça.
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Cromos da Política VI

O "Super Rato" António Vitorino
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sábado, maio 20, 2006

SINESTESIAS

Gosto de cerejas desde pequeno. Mais tarde aprendi que " o tempo das cerejas" serviu de hino à Comuna de Paris (1871).
Desde então uma transposição-identificação amplificou o objecto numa abstracção, como impressão sensível – as cerejas são ideias.
Jorge Matos

Le temps des cerises
Quand nous en serons au temps des cerises,

Et gai rossignol et merle moqueur
Seront tous en fête.
Les belles auront la folie en tête
Et les amoureux du soleil au coeur.
Quand nous en serons au temps des cerises,
Sifflera bien mieux le merle moqueur.
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Mais il est bien court, le temps des cerises,
Où l'on s'en va deux cueillir en rêvant
Des pendants d'oreilles.
Cerises d'amour aux robes pareilles
Tombant sous la feuille en gouttes de sang.
Mais il est bien court le temps des cerises,
Pendants de corail qu'on cueille en rêvant.
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Quand vous en serez au temps des cerises,
Si vous avez peur des chagrins d'amour
Evitez les belles.
Moi qui ne crains pas les peines cruelles,

Je ne vivrai pas sans souffrir un jour.
Quand vous en serez au temps des cerises,
Vous aurez aussi des chagrins d'amour.
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J'aimerai toujours le temps des cerises:
C'est de ce temps-là que je garde au coeur
Une plaie ouverte,
Et dame Fortune, en m'étant offerte,
Ne saurait jamais calmer ma douleur.
J'aimerai toujours le temps des cerises
Et le souvenir que je garde au coeur.
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Jean Batiste Clément (1831-1903)
Dedicada a uma maqueira da Comuna de Paris (Louise)
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Tu és mau. Não tu é que és mau


Mário Crespo "entrevistou Manuel Maria Carrilho no jornal da SIC notícias. Uma Sopeira jornalística enxertada em peixeira ofendida vs. um Carapau de corrida filosofando desculpas e rancores. Um triste espectáculo de jornalismo de isenção contra um sorriso enjoativamente hipócrita.
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SIC Notícias: Mais um auto golo na credibilidade?

A SIC Noticias noticiou hoje de manhã que Carlos Queiroz tinha rubricado um acordo, num hotel da capital, um contrato de dois anos como treinador do Benfica. Esta notícia viria a ser desmentida pouco tempo depois por alguém ligado à direcção do clube.
Alguém está evidentemente a mentir.
Se for o Benfica, só lhes fica mal e mostra a razão de quem considera de pouca confiança a palavra dos dirigentes desportivos e, a palavra não mais é que a expressão daquilo que realmente somos.No caso de se vier a confirmar a falsidade dessa notícia, então é muito mais grave para a SIC e para todos nós. Seria incompreensível que uma estação de televisão noticiasse um acontecimento factual, para depois o mesmo ser desmentido logo de seguida. Como poderíamos nós, dai para a frente, confiar nas notícias que nos são dadas? Justificará, mentir ou transmitir uma informação não confirmada, para se ser o primeiro, correndo o risco de perder a credibilidade? Mal seria para a Comunicação Social, espelho do estado do nosso país.
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Cromos da Política V

O Hobbit Marques Mendes
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sexta-feira, maio 19, 2006

FALEM MAL, MAS FALEM DE MIM

Atordoados pelo marketing em torno do filme, a informação que falou do Festival, falou sobre 'O Codigo Da Vinci' e sobre os protestos que incitou. Pouco espaço foi dedicado ao restante do evento, cuja programação vai da política ao sexo, passando pelos trabalhos mais recentes de Pedro Almodovar e Sofia Coppola, entre outros.
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Proscrito moralmente pela Igreja Católica e criticado ferozmente por religiosos praticantes, a adaptação no cinema do best-seller homónimo de Dan Brown, gira em torno da clássica pintura de Leonardo da Vinci, A Última Ceia, em que Jesus Cristo está sentado com os apóstolos para uma refeição. A tese defendida pelo livro/filme é que a pessoa sentada à direita de Jesus não é apóstolo João, é Maria Madalena. E ela não seria a famosa prostituta que há séculos os cristãos acreditam que seja. Seria a esposa de Jesus, esperando um filho dele, segredo que a Igreja Católica teria escondido por 2 mil anos. Na teia de mistérios e conspirações, os protagonistas descobrem que há outros segredos em códigos e mensagem cifradas, contidas nas obras de Da Vinci – a começar pelo enigmático sorriso da Monalisa. Entre as principais polémicas, temos a procura do Santo Graal, também conhecido como Cálice Sagrado, que não seria o famoso cálice da refeição – seria, sim, a linhagem de Jesus Cristo (os descendentes) que a Igreja supostamente escondeu durante todo esse tempo. Na apresentação do filme, no festival, quando o simbologista Robert Langdon (Tom Hanks) diz à criptóloga Sophie Neveu (Audrey Tautou), no fim de uma ofegante cavalgada por Paris, Londres e Escócia atrás de números, códigos e do Santo Graal provavelmente ela é a última de uma linhagem que descende de Jesus Cristo, a sala não aguentou mais e cedeu: gargalhadas.
Houve gargalhadas no Festival de Cinema de Cannes, mas há quem preveja que será bem recebido
Falem mal, mas falem de mim, parece constituir a máxima do marketing aplicada ao Código da Vinci. As estatísticas confirmarão este paradoxo!
Jorge Matos
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Contribuição para o Echelon: psyops, infiltration

Marque Mendes não sabe nadar, iôôh

Para Correia de Campos, “O país precisa de uma oposição, não de um bodyborder (surfista) navegante ao sabor da onda, mas facilmente por ela tombável quando lhe falta a serenidade e o rumo!
“O caso do encerramento de alguns blocos de partos prova as fragilidades de Marques Mendes confrontado no próprio partido com vozes dissonantes, como Luís Filipe Menezes e Manuela Ferreira Leite”. ”O Dr. Marques Mendes não se deu conta de que o incêndio que deixou atear é maior do que os meios de que dispõe para o combater. As populações estimuladas artificialmente não lhe perdoarão a frustração futura”.
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Ainda nem foi o congresso e Marques Mendes, qual Titanic, afunda-se, afunda-se. Será que alguém lhe vai mandar uma bóia de salvação ou vão olhar para o outro lado dizendo: Não é nada comigo, não é nada comigo.
Oh! Mendes, gand’a nóia.
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Contribuição para o Echelon: psyops, infiltration

A queda do Império Americano

O presidente do Equador, Alfredo Palacio, enviou militares para ocupar as instalações da companhia de petróleo norte-americana, Occidental Petroleum (Oxy).O ministro da Defesa, Oswaldo Jarrin, afirmou que os soldados iriam garantir a segurança das instalações enquanto elas são transferidas para o controle estatal
Em represália, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, suspendeu as negociações para um tratado de livre comércio com o Equador. Neena Moorjani, porta-voz da Casa Branca, disse que o governo americano estava "decepcionado"

A dança continua na América Latina. Cuba, Venezuela, Bolívia e agora o Equador, sem falar de outros tantos países onde os candidatos da esquerda têm vindo a ganhar eleições. A cada dia que passa, os EUA olham para baixo e vêm mais gente para colocarem no “eixo-do-mal”. Pela primeira vez na história começam a ver o “inimigo” mesmo ali ao lado das suas fronteiras, resultado da política que sempre adoptaram para aquela região.
Durante muitos anos, ai promoveram golpes de estado, apoiaram ditadores e apadrinharam a existência de uma cultura de miséria para aqueles povos enquanto exploravam os seus recursos naturais.
George Bush está cada vez mais apertado na sua politica, com as guerras do Afeganistão e Iraque a consumirem-lhe recursos militares e popularidade interna, o Irão e a Coreia do Norte a baterem o pé e a avançarem no Nuclear, a Rússia e a China a vetarem-lhe as resoluções na ONU e agora com o crescendo da animosidade na América Latina. Estaremos a chegar ao fim do sonho do Império Americano?
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Contribuição para o Echelon: psyops, infiltration

Cromos da Política IV

Zé "Batman" Sócrates
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Contribuição para o Echelon: THAAD, package

quinta-feira, maio 18, 2006

João Jardim Mais uma pérola para o rosário

Alberto João Jardim e a lei das incompatibilidades hoje aprovada na Assembleia da Republica:
“Como nós não a vamos aplicar, eu não sei se Portugal continental ou o Estado central ainda têm barcos de guerra para ocupar a ilha"

O grande interesse agora está, não na jardinarice que o nosso Alberto disse, mas sim no que vão dizer Marques Mendes primeiro e Cavaco Silva depois. Cá fico à espera.
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Contributo para o Echelon: SIGDASYS, white noise

Retratos de trabalho num Palácio em Belém

Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping

Um puzzle para Marques Mendes

A minha consideração pelo Marques Mendes como politico está ao nível da sua altura; baixa. Mas, há momentos em que chego a ter pena dele, eterno número dois do partido e sempre fiel ao seu líder. Agora que finalmente tinha chegado a sua vez, vê um governo PS a aguentar-se nas sondagens e o seu próprio partido a fazer-lhe a cama para 2008.
Como já referi há algum tempo atrás, o grupo interno que melhor se posiciona para essa tomada do poder é o liderado pela dupla Manuela Ferreira Leite / António Borges, sob os bons auspícios da, sempre presente, sombra cavaquista.
Na sua ânsia de oposição Marques Mendes grita contra o governo por tudo e por nada, numa demonstração de alguma desorientação populista. Atentos, os seus carrascos surgem a terreiro, apoiando medidas do governo, por ele criticadas, procurando dar assim um sinal de ponderação e responsabilidade, como aconteceu no caso do encerramento das maternidades. Uma guerra de guerrilha, executada com tiros certeiros que deixam o pequeno líder com as calças na mão. Ou abre uma guerra interna, confrontando os seus adversários e aceitando as consequências ou cala e consente. De uma forma ou de outra não se lhe prevê um futuro muito auspicioso.
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Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

Cromos da Política III

Pedro Silva "Robin" Pereira
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Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping

quarta-feira, maio 17, 2006

PISA


Rui Pena Pires (Canhoto) comenta, de forma interessante, resultados retirados do estudo PISA da OCDE
When immigrant students succed –
a comparative revue of performance and engagement. O estudo é focalizado em 12 territórios com larga expressão de imigração. (in Canhoto)
O estudo demonstra, claramente, que o sucesso escolar dos estudantes imigrantes (mesmo os de segunda geração) é menor do que os estudantes nativos. Contudo, o diferencial depende do sistema escolar dos diferentes países.
No Canadá, Austrália e Nova Zelândia o diferencial é nulo enquanto noutros países é enorme. Os estudantes imigrantes dos mesmos países de origem têm níveis de sucesso diferentes em diferentes países de acolhimento,
“immigrant students whose families have come from Turkey tend to perform poorly in many countries. But they do significantly worse in Germany than they do in Switzerland”.

A política de combate à exclusão e as estratégias escolares de inclusão fazem a diferença e são o motor da integração plena.
Jorge Matos
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Contributo para o Echelon: SIGDASYS, white noise

“Tudo vai acabar em pizza”


Marco Aurélio Ribeiro (BOATEMÁTICA – Brasil), refere-se ontem à saturação que o lugar comum, utilizado no Brasil “ Tudo vai acabar em pizza”, lhe provoca. Esconjura a banalização do termo cozinhando uma verdadeira pizza.

Em Portugal, a expressão não é usada. No Brasil esta expressão ganhou forma devido a particularidades da colónia italiana existente no Brasil. As frequentes desavenças e futricas histriónicas dos italianos acabavam ao lado da unanimidade culinária - a pizza, ficando tudo esquecido.
A expressão foi reutilizada durante o CPI do Collor e recentemente na CPI do Mensalão, tornando-se expressão popular.
Quando o Brasil vive uma crise política que envolve as suas instituições, os brasileiros temem que tudo acabará em pizza, ou seja, não dará em nada. A expressão faz hoje parte do imaginário popular brasileiro e ilustra a impunidade que rodeia os problemas institucionais. A sua utilização encerra uma crítica e um desejo de justiça mas também, uma representação pessimista anestesiante de acção transformadora.
Como reacção a essa anestesia, construída à sombra de falsas consensualidades, surge no Brasil o movimento “ Diga não à pizza”.

Em Portugal, apesar das coisas não serem muito diferentes, o termo não existe.
Em Portugal, tudo fica em águas de bacalhau. Diga não ao bacalhau!
Jorge Matos
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Contributo para o Echelon: Sayeret Tzanhanim, PARASAR

Don Quijote de la Moura carrega sobre os novos moinhos eólicos

Já há algum tempo que não via a cara do Pina Moura nos ecrãs da televisão. Veio “pressionar” o governo com uma apresentação do seu projecto que concorre ao concurso público para adjudicações no sector das energias renováveis (pelo menos foi o ângulo pelo qual a SIC noticias tentou pegar no assunto).
Embora o resultado desse concurso só deva ser conhecido daqui a dois meses, ficámos já a saber que vão criar 500 empregos directos e 200 indirectos. Uma sessão de charme para povinho ver, que o governo está careca de saber esses e outros números dos projectos apresentados (é por isso que não acredito muito na “virgindade e pureza” da comunicação social).
Ora ai está uma das áreas onde o grande capital não se importa de investir na produção; a energia. Foi “oferecida” pelo estado aos privados, que avidamente se agarraram à mina de ouro. Basta pensar que a EDP apresentou no ano de 2005 um lucro recorde de 1.071 milhões de euros, e para o ano já foi anunciado que o aumento da energia eléctrica para os consumidores privados, todos nós, será de 4,5% (“Se bem me lembro”, como dizia o Nemésio).
Reli agora aquilo que escrevi e deparei-me com a seguinte pergunta: mas afinal o que há aqui de anormal que justifique que esteja para aqui a escrever isto? Aparentemente, nada, tirando talvez o facto de a empresa ter lucros tão fabulosos e nós pagarmos a electricidade mais cara da Europa.
De pergunta em pergunta lá me perguntei de novo: mas porque razão não ficou o estado, tão carente de dinheiro, com o controlo da energia e dos lucros que gera? Eventualmente poderíamos, nós consumidores, ser beneficiados caso o governo abdicasse de algum lucro em troca de electricidade mais barata e ganhava o estado receitas. Sim, que aquele “chavão neo-liberal” de que a concorrência gera preços mais baixos não pode ser tão levianamente generalizado. Veja-se o caso dos combustíveis, da electricidade e espero que nunca se venha a ver o caso da água (estão-lhe com uma fome e são muitos cães a um osso).
Mas, se calhar devemos todos agradecer ao Primeiro-ministro, não só a este a todos os outros e também a todos os ministros por nos permitirem chegar a 2006, em crise é verdade, mas a podermos ouvir o Pina Moura anunciar que se o deixarmos ganhar nos oferece 500 novos empregos. Já ganhámos o dia.

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Contributo para o Echelon: SIGDASYS, white noise

Cromos da Política II

The Wonder Woman TV Show
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Contribuição para o Echelon: THAAD, package

terça-feira, maio 16, 2006

Noticias da selecção

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

A fortuna de Fidel Castro: Verdade ou propaganda?

O presidente cubano, Fidel Castro, afirmou na segunda-feira à noite que abandona o poder se alguém conseguir provar que tem uma fortuna pessoal, como diz a revista Forbes.
"Lanço o desafio, em primeiro lugar ao presidente (dos EUA, George W. Bush), à CIA, aos 33 organismos de serviços secretos dos EUA, aos milhares de bancos que há no mundo, para ver se me conseguem calar agora", disse o comandante.
"Isto é ridículo, não tenho herdeiros, para que quero dinheiro se vou fazer 80 anos (...) são estúpidos?!", concluiu.
A revista norte-americana Forbes publicou recentemente que Fidel Castro é o sétimo governante mais rico do mundo, com uma fortuna calculada em 900 milhões de dólares.
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Quem fala verdade e quem mente? Como não sei não posso dar uma resposta. Fiquei surpreso com a notícia da fortuna, por ser algo que eu não esperava. Agora com o desafio do Fidel a batata quente da verdade está nas mãos da revista, que ou prova o que disse ou perde toda a sua credibilidade.
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Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

BRASIL: Polícias e Ladrões

As organizações criminosas no Brasil não são recentes, ganharam força a partir de 64 quando bandidos comuns e presos políticos eram colocados juntos. Os presos eram alfabetizados e aprendiam sobre seus direitos com os presos políticos e em troca davam-lhes protecção. Aprenderam também técnicas de guerrilhas e outras coisas muito úteis ao mundo do crime.
O PCC (Primeiro Comando da Capital) surgiu provavelmente na década de 90, no Centro de Reabilitação Penitenciária de Taubaté, local para onde eram transferidos presos indisciplinados que matavam nas prisões ou que lideravam rebeliões.
A recente onda de ataques é um indicador de uma forma de organização superior de uma facção criminosa que adquiriu técnicas à imagem dos movimentos de guerrilha e ampliou os negócios à imagem do liberalismo económico. .
O PCC prepara-se para atingir um novo estadio: a intervenção suportada num modelo importado dos partidos políticos. O Primeiro Comando da Capital (PCC) quer eleger em Outubro um deputado federal e outro estadual para defender seus interesses no Poder Legislativo. A facção tem meios financeiros invejáveis para investir na campanha.
O PCC amplia incessantemente os seus negócios à imagem da actividade bancária (empresta dinheiro para quadrilhas e cobra com juros ). Nas prisões, a facção conta com pelo menos 130 mil homens, além de um exército de 10 mil “soldados” nas ruas.e 390 mil familiares (o suficiente para eleger parlamentares).
O PCC, de génese criminosa, utiliza os mecanismos de controlo do poder das sociedades capitalistas actuais. A própria degenerescência de valores dessa organização social não lhes torna difícil a aprendizagem . O lucro e a criminalidade confundem-se cada vez mais.
Jorge Matos
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Contributo para o Echelon: Sayeret Tzanhanim, PARASAR

Manuel Pinho: O garimpeiro de serviço

Manuel Pinho lá vai "garimpando" em busca de investidores privados. Tem conseguido encontrar algumas "minas", falta é saber se a sua exploração, compensará o custo das comparticipações estatais e incentivos fiscais oferecidos. No caso da refinaria parece que não, esperando nós que os interesses do estado sejam sempre os primeiros a ser salvaguardados. Esperemos que quem vier futuramente a "cavar" todos estes negócios não venha a encontrar os interesses do país subalternizados aos interesses privados. Afinal como se costuma dizer, a esperança é sempre a ultima a morrer.
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Contributo para o Echelon: Sayeret Tzanhanim, PARASAR

Cromos da Política I

Lone "Freitas" Ranger
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Contribuição para o Echelon: THAAD, package

segunda-feira, maio 15, 2006

O PESO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


A Função Pública é objecto da mais sistemática, minuciosa e profunda actividade político-legislativa de desmantelamento e esvaziamento. O peso da administração pública é vendido como uma verdade científica.
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Os grandes meios de comunicação manipulam informação e fabricam verdades nacionais de acordo com os seus interesses, negligenciando os ranking estatísticos que em matérias mais inócuas gostam de anunciar.
Jorge Matos
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Nota: Normalmente procura-se omitir o facto de Médicos, Professores, Forças de Segurança e outras actividades imprescindíveis para os serviços básicos de apoio à população integrarem o número dos Funcionários Públicos.
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Contributo para o Echelon: SIGDASYS, white noise
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