sábado, setembro 30, 2006

A carta "Magic(a)" da Corrupção

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Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI

Diplomacia Pacóvia

Li hoje, no blog "Jumento" um belo post, dos muitos que por lá vou encontrando, sobre a visita do Sr. Silva a Espanha. [Link]
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Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO

sexta-feira, setembro 29, 2006

O Gulliver político

"Caso as legislativas se realizassem hoje o PS venceria com 46% dos votos, um ponto percentual acima do seu resultados nas eleições em Fevereiro de 2005 e 16 pontos acima do PSD. A vantagem do PS, para o PSD voltou a aumentar, já que em Julho era de 11 pontos percentuais."
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Por mais que se ponha em bicos de pés, Marques Mendes, não parece convencer os portugueses das suas virtudes (se é que as tem). Nem a conversa dos pactos lhe valeu para aumentar a credibilidade do PSD e, contrariamente ao que muitos diziam, só rendeu dividendos ao Sócrates.
Bem pode dormir descansado, que com esta oposição, nada o impede de ir ocupando cada vez mais espaço político do chamado bloco central. Mesmo a ter de ir fazendo mais buracos no cinto, o povinho, parece acreditar na política deste governo. Saúde, educação, segurança social, contenção salarial e corrupção não parecem afectar este homem que, quase sem falar, parece convencer toda a gente. Se agora é assim, como será mais lá para o fim do mandato quando começara a abrir os cordões à bolsa com as usuais medidas eleitoralistas?
Sem adversários à altura Sócrates reina como um “Gulliver” no meio dos pequenos Liliputianos.
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Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

A Caixa de Pandora de Marques Mendes

Quando olho para o assunto da moda, a nova lei da Segurança Social, não posso deixar de estranhar, tanto o seu “timing” como a sua origem. Voltando um pouco atrás no tempo, temos de nos lembrar da dificuldade que Marques Mendes sentiu de fazer oposição ao governo do Sócrates, enquanto se defendia dos ataques que lhe eram feitos de dentro do seu próprio partido. O facto de o governo estar a executar uma politica que o PSD gostava de ter feito, mas que nunca teve coragem de assumir, de os comentadores oficias do partido estarem mais interessados em preparar os seus próprios futuros políticos do que em o ajudar e de o Sr. Silva também resolver jogar por fora, não lhe deu espaço de manobra. Desesperado, Marques Mendes balança entre as posições populistas de guerrilha local, como aconteceu por exemplo com o caso das maternidades, e o pisar o espaço político do CDS chegando-se mais para a direita.
Foi num destes deslizamentos pelas áreas mais ultra-liberais, que se lembrou de apresentar uma proposta, alternativa à do governo, sobre a segurança social. Não se lembrou, porventura, que essa mesma direita, a que se tinha colado, iria aproveitar a oportunidade para lançar uma enorme campanha mediática em defesa da causa. Sabendo muito bem que a sua proposta é irrealista e que nunca poderia ser implementada sem rebentar com a nossa débil economia, viu-se na obrigação de a continuar a apoiar. Sem números credíveis para explicar como tal proposta podia ser aplicada, esconde-se, sob o barulho mediático gerado por aqueles, que se babam por deitar o dente a esses muitos milhões dos nossos impostos. Marques Mendes abriu a "Caixa de Pandora", libertou monstros que não controla, e agora tudo o que pode fazer é meter-se a ele lá dentro, enquanto espera que o governo lhe resolva o problema, recusando a proposta. O que não pode é evitar o compromisso a que este seu acto o obriga no futuro. Se, o PSD, eventualmente, chegasse um dia ao governo, teria de vir a este passado, recuperar a sua proposta, e ele, Marques Mendes, sabe muito bem que isso não pode ser feito.
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Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping

Está a ficar atrasado Sr. Isaltino

Ex. mo Senhor Encarregado de Educação.

Informamos V. Ex.ª de que as Actividades de Enriquecimento Curricular, prevista nos horários do seu Educando, são da responsabilidade da Câmara Municipal de Oeiras, nomeadamente a contratação de pessoal para as assegurar.

Acontece que até ao momento a maior parte das actividades não têm sido asseguradas. Os Alunos têm ficado na Escola à guarda de professores e funcionários para além do seu horário. Esta situação a continuar, torna-se insustentável pelo que pedimos a melhor compreensão de V. Ex.ª no caso de termos de suspender as referidas Actividades. Se assim acontecer será de imediato comunicado a V. Ex.ª.

A Presidente da Comissão Executiva Provisória.

Sr. Isaltino de Morais, como Presidente da CMO, mas sobretudo como responsável pelo pelouro da Educação, gostaria que nos esclarecesse a todos sobre as razões pelas quais tal situação, acima descrita, acontece.
Aproveito para pedir à Sra. Ministra da Educação, que nos informe do que pensa fazer para acautelar e garantir que situações como esta não aconteçam, neste ou em qualquer outro Concelho deste país.
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Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI

quinta-feira, setembro 28, 2006

Os Envelopes 9, 10, 11, 12, 13, etc...

Sou Europeu, Português, Cidadão de Pleno Direito do séc. XXI.
Hoje, 28 de Setembro de 2006, acordei com a obsessão de querer saber o que contém o "Envelope 9". Mais: acordei com a sensação de querer saber tudo o que está dentro de todos os envelopes, e quero saber o conteúdo de todas as escutas que foram feitas neste país, ou, pelo menos, de uma síntese dos seus temas, intervenientes e implicações.
Não me sinto representado por um bando de cavalheiros, que, sentados numa coisa chamada Assembleia da República, apenas perpetuam o sistema de conluios e mentiras que transformou o meu país numa espécie de Colômbia Lusitana.
Assumo, à Luz da Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Princípio da Separação de Poderes, que os Tribunais do meu país funcionam de acordo com a Lei-do-tem-dias, e não asseguram a igualdade do cidadão perante a Lei. Consoante as luas, forjam culpados, e inocentam criminosos.
Quero ter órgãos de informação social que me digam, quando eles não sabiam que estavam a ser escutados, todos os enredos, tramóias e compadrios que se teceram nas minhas costas. Quero saber quem é de confiança, ou um puro criminoso, daquelas caras que nos governam, e que, diariamente, sou obrigado a suportar.
Quero saber para onde vai o dinheiro dos meus impostos. Exijo que, um a um, todos os indivíduos que não cumprem as leis do meu país e se acham no direito de oprimir os meus concidadãos com o cumprimento das mesmas, sejam arredados de todos os cargos políticos, representativos e de direcção que ocupam.
Quero saber que, com quem, e sobre o quê se falava nas escutas dos Envelopes 9, 10, 11, 12, 13, e por aí adiante.
Quero que haja um grupo de cidadãos que peça o mesmo, e que, se descobrir que o Poder Judicial, em Portugal, está total, ou parcialmente, minado pela Corrupção, tenha o direito e o dever de apelar para a intervenção de Tribunais Europeus, ou Mundiais, isentos.
Quero saber onde vivo, quem me governa, e para onde estou a ser levado.
Porque, parafraseando Almada, eu sei que todas as escutas que haveriam de limpar o "Sistema" já foram feitas, já só falta, agora... limpá-lo.
Muito Bom Dia.
Texto de "Arrebenta" e retirado do blog Braganzzzzza-Mothers
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O Naufrágio

Hoje, na Assembleia da Republica durante o debate sobre a segurança social ouviu-se:
"Verdadeiramente é uma proposta Titanic, a do PSD, porque em primeiro lugar isto significa afundar o barco e pôr em causa o equilíbrio da Segurança Social. Mas é a proposta Titanic por uma outra razão, é que não se trata apenas de afundar o barco, trata-se também de que os únicos que se salvam são os da primeira classe."
José Sócrates
“Eu entendo-o. Tem um congresso à porta, alguma esquerda à perna [José Sócrates] e por isso está refém.
Marques Mendes
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Marques Mendes diz entender o Sócrates, mas eu é que não entendo o Marques Mendes. A primeira questão que coloco é sobre a razão porque andam todos, começando por ele próprio, a insistir que o governo aceite a sua proposta para a segurança social desistindo da sua. Que obrigação tem o Sócrates de fazer isso? O PS ganhou as últimas eleições com maioria absoluta e o PSD perdeu ficando-se pelos 30%. É ao PS que compete decidir qual o caminho que deseja seguir e não ao líder da oposição. Ou será que o tem de aceitar só porque o Sr. Silva resolveu balbuciar que gostava de ver mais um acordo, numa estranha leitura daquilo que deve ser a democracia, sobretudo quando nem ele nem os governos PSD alguma vez fizeram? Não me parece.
A segunda questão é um pouco diferente, mas mostra qual a ideia que Marques Mendes tem de democracia e sobre o uso da mentira como forma de manter o poder. Porque raio haveria o Sócrates de estar refém do congresso do PS? O partido não é dele e a sua obrigação é transportar para o governo as ideias que são aprovadas por esse partido. Se as suas ideias fossem diferentes daquelas que propõe, só teria que as apresentar e esperar pelo veredicto do congresso. Não tem que defender nenhuma posição diferente daquela que realmente tem, não há realmente necessidade de mentir ao seu próprio partido. Afinal, Sócrates tem feito uma política muito mais liberal e de direita que o PSD alguma vez fez e o Partido que se chama socialista nada tem dito.

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Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

quarta-feira, setembro 27, 2006

O azar de ter o Aznar a ablar

Hoje tenho a alegria de poder dizer que um novo amigo aceitou colaborar, sempre que lhe seja possivel, com alguns textos neste blog. Apelida-se de "Vivi" e aqui está a sua promeira contribuição.
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Na 2ª feira à noite, no canal1 da TV, no programa prós e prós ( mais conhecido por prós e contras), esteve presente o anão siflítico José Aznar. Esta personagem, que ficou conhecida mundialmente por causa de uma fotografia nos Açores e de umas mentiras que disse em Espanha, falou em fluente espanhol para uma audiência embasbacada, audiência esta, constituída pela mais fina nata do creme dos vampiros financeiros em Portugal.
O Aznar apresentou-se com ar de férias e com alguma pose de patamar superior, mas observei um ponto a seu favor. Um ponto que considero importante como exemplo de conduta, moral e também ética.
Às tantas a fátinha, que esteve ao seu melhor nível (não sei se viram a maneira como ela tratou o administrador da Lactogal) pergunta ao Aznar como ele que ele via o governo do Zapatero, o que é que achava das políticas, se faria igual, quais a criticas etc.etc. O Aznar sorriu, não respondeu logo porque não sabia bem o que dizer, e perante a insistência da fátinha disse que não tinha vindo ali para dizer mal do governo do seu país nem de Zapatero.A fátinha esperava algum sangue, mas pôs o rabito entre as pernas.
Esta história não pretende dizer que Aznar noutras cicunstâncias não o faria o contrário, mas é um episódio que mostra algo raro, entre nós portugueses.Mostra uma conduta que tem algum cuidado em não dar mau aspecto no país estrangeiro. Nós adoramos dizer mal seja de quem for e na frente de quem for. Dizemos mal só por exercício, só para ser do contra, só porque sim.
Embora bastante diferente para comparações, ontem, no estádio da luz, uma parte do público, de cada vez que o Cristiano tocava na bola, assobiava com força. Neste caso foi como se esse público estivesse a dizer mal de um seu conterrâneo, na sua terra e à frente de estrangeiros...
Um texto de Vivi

Uma aventura a não perder

Vai ser editado no próximo dia 30 o livro “Goor, A crónica de Feaglar I” de Pedro Ventura. Tanto o livro como ao autor podem não lhes dizer nada, mas basta saber que o Pedro Ventura é o nosso amigo Sá Morais, para que se torne desde já um livro de leitura obrigatória. Para quem não o conheça, basta passar pelo seu blog, IdeiasFixas, para facilmente se aperceber das suas qualidades e virtudes. Gente boa, o meu amigo Sá Morais, e que merece todo o sucesso que estou certo vai ter. Para ele as melhores felicidades.

Pesadelo de uma noite de Outono

Esta noite fui assolado por um pesadelo horrível que me fez acordar sobressaltado. Não sei se por influência da gravidez da Princesa espanhola, ou de ter ouvido o Sr. Silva a falar Espanholez, sonhei que a Maria estava grávida e que ia nascer um Cavaquinho. Chiça.
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terça-feira, setembro 26, 2006

A Johnson Controls e o CDS/PP

A multinacional norte-americana Johnson Controls, anunciou que pretende fechar duas fábricas em Portugal (Nelas e Portalegre por excesso de produção), mandando para o desemprego quase 900 trabalhadores. Uma má notícia que infelizmente já não surpreende ninguém pois têm sido vários os casos de deslocalizações nos últimos anos. Uma desgraça que se tem abatido sobre milhares de famílias, não só em Portugal, e que tornam as regiões onde estão inseridas ainda mais pobres.
O CDS/PP já veio anunciar que, caso o encerramento se concretize, pretendem que o Ministro da Economia, Manuel Pinho, se desloque à Assembleia da Republica para dar explicações. Se bem que o PS e o governo tenham responsabilidades nestes acontecimentos, por terem aceitado seguir as politicas neo-liberais que assolaram a nossa sociedade, parece-me que os últimos a poderem falar são exactamente os partidos que defendem, como modelo, estas mesmas politicas. Afinal são eles que lutam pelo alargamento desta globalização capitalista e para que todo o poder seja entregue à iniciativa privada. Podem vir dizer que isto só acontece por Portugal não oferecer as melhores condições às empresas e que há outros países mais atractivos. Defendem, por isso, que a lei do trabalho deve facilitar ainda mais os despedimentos, que a saúde, Segurança Social e ensino devem ser privatizados, que devemos baixar o IRC, ter contenção salarial, trabalhar mais e abdicar de direitos.
Devo ser realmente muito burro, porque não vejo razões para seguir este caminho, em que tudo o que nos propões é viver pior do que aquilo que já vivemos. Dizem que são consequências da globalização e do neo-liberalismo, mas são eles próprios a defender esse modelo como aquele que devemos seguir. Dizem que não temos alternativa, mas são eles próprios que tentam impedir que ela seja encontrada. Dizem que querem que os portugueses tenham melhores condições de vida, mas mostram um caminho em que todos teremos de abdicar daquelas que possuimos. Eles dizem muita coisa, mas eu só lhes digo uma: vão à merda.
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Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI

Cavacos em Espanha

Olé

O Senhor das moscas

Hoje, aconteceu algo de demasiado estranho para que eu não esteja ainda meio confuso. Ao chegar a casa, num olhar de relance para a televisão, vi o nosso Sr. Silva ao lado do Rei de Espanha, e acreditem ou não eram dezenas as moscas que pousavam ou voavam à volta deles. Fiquei, como se compreende, sem saber muito bem se teria visto bem, pelo que procurei confirmar em noticiários posteriores. Até ao momento, ainda não me foi possível fazê-lo, mas uma outra imagem que vi mais tarde, mostrou a existência de moscas na zona, pelo que penso não ter sido vítima de nenhuma alucinação.
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Aquela imagem do Cavaco rodeado de moscas fez-me lembrar imediatamente o livro “Lord of the Flies “ de William Golding e das "Moscas" de Sartre. Daí até aos ditos “vai-te encher de moscas”, “mudam-se as moscas, mas a merda é a mesma”, “quando abre a boca ou entra mosca ou sai asneira”, ou ainda “Estás com a mosca ou cheira-te a palha?”. Todas elas, mostravam ter potencial para definir, tanto a situação como a personagem, mas, como ainda não tenho a certeza se realmente vi aquela imagem ou se foi o meu inconsciente que a criou e transferiu para o consciente, resolvi ficar por aqui. Agora, que na minha cabeça vi um Cavaco cheio de moscas, lá isso vi e, se o Rei de Espanha nunca mais convidar o Sr. Silva para lá ir já saberei a razão. Todo aquele mosquedo à sua volta deve tê-lo feito ficar com a mosca.
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segunda-feira, setembro 25, 2006

Boa viagem Dona Constança

Quem parece que vai dar o salto é, o gnomo do PS, António Vitorino. O homem que nos últimos anos simbolizou a competência e foi dado como provável candidato a todos os lugares, mas que nunca aceitou assumir a responsabilidade de nenhum deles, vai aceitar ir trabalhar para o estrangeiro, deixando José Sócrates a saltar de alegria. Embora, por aquilo que lhe tenho ouvido como comentador de televisão, as suas ideias não me tenha impressionado pela positiva, só lhe posso desejar boa viagem.
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Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

O Paraíso de Bin Laden

Andava eu todo convencido que só os Estados Unidos podiam pedir meças aos nossos políticos sobre quem era mais mentiroso. Afinal parece que há mais países que não querem ficar para trás, como a França o provou com a notícia da morte de Bin Laden. Publicada num pequeno jornal regional, e tendo como fonte um documento da secreta francesa, lançou a confusão. Imediatamente apareceu, perante as câmaras da televisão, o Presidente Francês a explicar que já tinha pedido um inquérito rigoroso, sobre como foi possível ter acontecido aquela fuga de informação dos serviços secretos. Logo de seguida, ouvimos a notícia de que o Governo francês nega saber algo sobre essa possível morte para hoje a vir negar, afirmando que, tanto quanto sabia, estava vivo.
Se tal informação não existia, e por isso não teria havido nenhuma fuga de informação, porque foi pedido um inquérito a essa mesma fuga?
Uma vez mais Bin Laden é morto, para ressuscitar nas notícias de um qualquer atentado no dia seguinte. Quantas vezes mais o irão matar antes de ele ir ter com as virgens que o aguardam no paraíso?
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O regresso do Super-Cherne laranja

Segundo o Jornal Expresso, o nosso Cherne, prepara já o seu futuro regresso à política portuguesa. Uma boa notícia para os outros europeus e uma má para nós. Pensando já que poderá não conseguir a reeleição, embora tenha, até ao momento, cumprido na perfeição o papel de mono que lhe atribuiram, ou seja, o de não atrapalhar as decisões dos mais poderosos. Com o fim do seu mandato marcado para 2009, a sua melhor perspectiva será a de concorrer às presidenciais de 2014 como candidato da direita. O pior é que vão ser muitos cães a um osso, e o Marcelo Rebelo de Sousa, que já confessou essa vontade, não lhe vai dar descanso. Sem sabermos o que vai acontecer, uma coisa é certa, vamos voltar a ter de aturar aquela triste personagem.
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domingo, setembro 24, 2006

Um adeus em auto-flagelação

Publicado anteriormente nos Braganzzzza Mothers
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O Pixote português

Neste filme, Marquês Mendes faz um esforço tremendo para mudar a forma como é visto pelos eleitores. Contrata uma empresa para tentar fazer o milagre de lhe melhorar a imagem, mas de “gandá nóia” nunca vai conseguir passar. Depois de mais de um ano em que ninguém lhe liga nenhuma, suplica ao Presidente que peça à Sócratina para lhe fazer o favor de assinar o pacto para a justiça com ele. Mendes encheu o peito de satisfação e pensou lá para os seus botões: gandá vitória. Esquece que, a longo prazo, a Sócretina usará este facto para mostrar que, mesmo com maioria absoluta, ouvia e falava com a oposição. Mas, isso é mais para o fim do filme, e quando se falou de pactos para a segurança social, Marquês Mendes, queria mais do mesmo. A Sócretina, puta velha, deu-lhe sopa sabendo muito bem que a proposta do Marquês era totalmente inviável e só colocaria o país num buraco ainda maior. Claro que os neo-liberais do grande capital, deram imediatamente ordem para que os seus “sabujos” saíssem em defesa da proposta. É vergonhosa a forma como foi dado tempo de antena aos seus defensores, nas rádios, televisões e jornais. Afinal, essa gente está-se bem nas trintas para esse país e para os seus habitantes, só pensando no lucro e no poder. Facto que pode ser comprovado pelos milhares de trabalhadores que despedem, sem dó nem piedade, em nome de mais uns euros nas suas carteiras.
Sem mais ideias, o Marquês Mendes, nada mais consegue fazer que criticar todas as medidas, sejam elas o encerramento de maternidades, escolas, ou a tentativa de disciplinar os gastos das regiões e autarquias por um lado, para por outro, exigir a redução de despesas.
Desesperado, vem “exigir” que o novo Procurador-geral da Republica seja escolhido também por ele. A Sócretina mandou-o ler a Constituição, escolhe, mas lá tem a simpatia de lhe telefonar para o informar do nome. O Presidente agradece-lhe a boa educação e nomeia o homem.
Daí até ao fim, mesmo com os jornais e televisões a puxar por ele, tudo o que consegue fazer é pôr-se em bicos dos pés para tentar ser visto. São lindas aquelas imagens em que se vê o Presidente com o emplastro a espreitar de um lado e o Marquês do outro enquanto a Maria lhe dá com a mala na cabeça. Acaba por ser corrido do seu cargo depois de mais uma vitória da Sócretina nas eleições. O filme termina com o seu desaparecimento para nunca mais ser visto.
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Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

sábado, setembro 23, 2006

His Master's Voice

O tempo de antena dado à reunião do grupo Compromisso Portugal nas televisões, rádios e jornais deste país mostra bem quem manda na sua politica editorial. Foi um lindo momento de demonstração de obediência ao dono.
Post publicado anteriormente nos Braganzzza Mothers
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Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping

O suicídio de Souto Moura

"O Procurador-geral da República (PGR), Souto Moura, a poucas semanas de abandonar o cargo, nomeou na terça-feira, uma funcionária da Direcção-geral dos Serviços Prisionais, para o cargo de Secretário-geral adjunta da Procuradoria-geral da República...
Este cargo estava vago há mais de 15 anos na Procuradoria-geral da República. De tal forma que nem Cunha Rodrigues nem Souto Moura tiveram a necessidade de efectuar uma nomeação para o cargo. Souto Moura não quis fazer comentários sobre esta nomeação no final do seu mandato."
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Tinha pensado em esquecer de vez e nunca mais falar de Souto Moura. Hoje, ao ver o rato, no último dia permitido para a acusação, que foi parido do Processo do Envelope 9, mesmo que a conclusão tenha sido a de acusar dois jornalistas do 24 Horas, deixando de fora a verdadeira questão de se saber quem tinha pedido e guardado a lista de telefonemas de pessoas, que nada tinham a ver com o processo Casa Pia, apesar de o PS ter impedido o Procurador de ira à Assembleia da Republica explicar-se eu nada ia dizer. Ele ia-se embora, para não mais nos aparecer à frente. Só que a noticia transcrita acima fez com que não me fosse possível não a divulgar. Será que já não lhe bastava sair sob o olhar critica dos portugueses, rebaixado, incompetente, triste. Tinha de dar o “toque de Merdas” ao nomear, ou amiga ou um “submarino” no gabinete do seu sucessor. Perigosa patética figura este Souto Moura.
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Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI

sexta-feira, setembro 22, 2006

Um vírus hospitalar

Um documento do Ministério da Saúde revela que os hospitais portugueses gastaram 55,2 milhões de euros em medicamentos para os quais não foi possível identificar nas contas das despesas quais os laboratórios envolvidos.
O ministro da Saúde, Correia de Campos, desvalorizou a questão, considerando que "os valores estão todos contabilizados".
In”Correio da manha”
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Eu gostava de acreditar no Ministro, mas com toda a suspeição e corrupção que por ai anda no ar, e que tem afectado os portugueses mais que a gripe das aves, tenho de estranhar. Depois de vir propor taxas moderadoras para os internamentos e cirurgias, vemos milhões de euros pagos sem se saber a quem. Assim, é fácil compreender que o Serviço Nacional de Saúde gaste cada vez mais e as Finanças não consigam cobrar os impostos devidos por não saber a quem. Isto, se os milhões foram mesmo pagos a laboratórios e não entraram directamente nas contas de alguém.
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Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO

TABELA PERIÓDICA - 2



Das moléculas, à combinação dos signos linguísticos e das emoções.

Amarcord
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NaCl
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Encontrei uma preta

que estava a chorar
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.
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Recolhi a lágrima

com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.
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Olhai-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.
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Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usada
sem casos que tais.
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Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:
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nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.
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António Gedeão- Lágrima de preta

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Conheço o sal da tua pele seca
Depois que o estio se volveu inverno
De carne repousada em suor nocturno.
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Conheço o sal do leite que bebemos
Quando das bocas se estreitavam lábios
E o coração no sexo palpitava.
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Conheço o sal dos teus cabelos negros
Os louros ou cinzentos que se enrolam
Neste dormir de brilhos azulados.
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Conheço o sal que resta em minhas mãos
Como nas praias o perfume fica
Quando a maré desceu e se retrai.
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Conheço o sal da tua boca, o sal
Da tua língua, o sal de teus mamilos,
E o da cintura se encurvando de ancas.
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A todo o sal conheço que é só teu,
Ou é de mim em ti, ou é de ti em mim,
Um cristalino pó de amantes enlaçados.

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Jorge de Sena – Conheço o Sal …

Compromisso Portugal, NÃO OBRIGADO

Assumimos a condição de revolucionários. Vale a pena sermos revolucionários»
António Carrapatoso
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Hoje, durante todo o dia tivemos a prova de como os donos da Comunicação social controlam as notícias que nos entram pela casa dentro. Fomos bombardeados pelas propostas de um grupo de gente que se chama a si próprio, Compromisso Portugal, cuja opinião não é mais válida que a de um qualquer de nós. Ninguém lhes encomendou o sermão nem foram sufragados em nenhumas eleições pelo povo português. Não passam de uns “Zé Ninguéns” que têm em comum o nó da gravata, serem empresários, serem responsáveis por milhares de despedimentos, pelos baixos salários com que vivemos, por tudo fazerem para fugir ao pagamento dos seus impostos, andarem a “mamar” no estado há muito tempo e mesmo assim ainda desejarem comer o pouco que resta e, claro, serem donos da informação em Portugal.
Quanto às conclusões a que chegaram nem vale a pena falar muito. Acabar com a lei do trabalho, como se a actual já não lhes tenha permitido mandar milhares de famílias para a miséria, fazer o mesmo a duzentos mil funcionários públicos, pura e simplesmente, mandando-os para a rua. Claro que não deixaram de também mostrar os seus dentes de vampiros sobre os nossos descontos para a segurança social, para a saúde e para a educação.
Resumindo, o que estes senhores defendem é um recuo civilizacional e um regresso à barbárie e à lei do mais forte. Para eles o meu desprezo.
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Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

quinta-feira, setembro 21, 2006

TABELA PERIÓDICA

Não sou um leitor de poesia arejado, mas gosto de associar poemas a imagens, mesmo no caso em que o apelo da comunicação é linear, não envolvendo grandes efeitos estéticos ou signos linguísticos.
Ontem, fi-lo noutro blog e procurei questionar a essência duma leitura fruída com prazer mas, aparentemente dissonante.
Veio-me à memória o meu primeiro amor. Tinha na contracapa de todos os cadernos o poema Dez réis de esperança.
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Se não fosse esta certeza
que nem sei de onde me vem,
não comia, nem bebia,
nem falava com ninguém.
Acocorava-me a um canto,
no mais escuro que houvesse,
punha os joelhos á boca
e viesse o que viesse.
Não fossem os olhos grandes
do ingénuo adolescente,
a chuva das penas brancas
a cair impertinente,
aquele incógnito rosto,
pintado em tons de aguarela,
que sonha no frio encosto
da vidraça da janela
,não fosse a imensa piedade
dos homens que não cresceram,
que ouviram, viram, ouviram,
viram, e não perceberam,
essas máscaras selectas,
antologia do espanto,
flores sem caule, flutuando
no pranto do desencanto,
se não fosse a fome e a sede
dessa humanidade exangue,
roía as unhas e os dedos
até os fazer em sangue.
António Gedeão
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Guardei o sorriso, as conversas de alpendre, abraços em relvados verdes de esperança e algumas contorções de êxtase.
Pensei perceber, de alguma forma, o sentido deste culto associativo.
O seu rosto perdeu-se na profusão dos dias. Lembrei-me da vida como originária de uma combinação de moléculas, da tabela periódica (facto estranho!), da combinação das emoções ao longo da vida, das coisas que se perdem e da complexificação dos sentimentos e dos signos.

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NOUTROS LUGARES
Não é que ser possível ser feliz acabe,
quando se aprende a sê-lo com bem pouco.
Ou que não mais saibamos repetir o gesto
que mais prazer nos dá, ou que daria
a outrem um prazer irresistível. Não:
o tempo nos afina e nos apura:
faríamos o gesto com infinda ciência.
Não é que passem as pessoas, quando
o nosso pouco é feito da passagem delas.
Nem é tanto que ao jovem seja dado
o que a mais velhos se recusa. Não.
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É que os lugares acabam. Ou ainda antes
de serem destruídos, as pessoas somem
e não mais voltam onde parecia
que elas ou outras voltariam sempre
por toda a eternidade. Mas não voltam,
desviadas por razões ou por razão nenhuma.
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É que as maneiras, modos, circunstâncias
mudam. Desertas ficam praias que brilhavam
não de água ou sol mas solta juventude.
As ruas rasgam casas onde leitos
já frios e lavados não rangiam mais.
E portas encostadas só se abrem sobre
a treva que nenhuma sombra aquece.
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O modo como tínhamos ou víamos,
em que com tempo o gesto sempre o mesmo
faríamos com ciência refinada e sábia
(o mesmo gesto que seria útil,
se o modo e a circunstância permitissem),
tornou-se sem sentido e sem lugar.
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Aonde e como? Aonde e como? Quando?
Em que praias, que ruas, casas e quais leitos,
a que horas do dia ou da noite não sei.
Apenas sei que as circunstâncias mudam
e que os lugares acabam. E que a gente
não volta ou não repete, e sem razão, o que
só por acaso era a razão dos outros.
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Se do que vi ou tive uma saudade sinto,
feita de raiva e do vazio gélido,
não é saudade, não. Mas muito apenas
o horror de não saber como se sabe agora
o mesmo que aprendi. E a solidão
de tudo ser igual doutra maneira.
E o medo de que a vida seja isto:
um hábito quebrado que se não reata,
senão noutros lugares que não conheço
Jorge de Sena
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AMARCORD

A Razão da Fé

Sartre afirmou que a fé, é a “Atitude de consciência que disfarça, para si mesma, a verdade; mentir a si mesmo”. Já Pacheco Pereira afirma que “ A fé não é contraditória com a razão”.
Eu, na minha opinião, parece-me que o Pacheco anda com mais fé que razão, ou então com razões mais de interesses que de crenças. Como perguntou Port-Royal “O que existe de menos razoável que tomar o nosso interesse como motivo para crer em alguma coisa?” Não é Pacheco?
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Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping

CRISE DE IMAGEM

A era de BUSH provocou um desgaste na imagem global dos Estados Unidos. A produção cultural, a investigação científica, as universidades e as marcas americanas não escaparam à erosão provocada por um exercício do poder conservador, belicista e apatetado.
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A mesma administração já o reconhece, mas tem uma solução. Não mudar um ponto na trajectória política, mas contratar publicitários de renome para retocar a imagem dos Estados Unidos. Por cá já tinha o Portas, e de borla!
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Keith Reinhard o publicitário de renome, sob os auspícios da administração Bush, fundou uma associação para combater o anti americanismo: “Business for Diplomatic Action”. Esta associação recebeu um milionário subsídio da Pepsi para que o publicitário torne cada visitante dos EUA um seu embaixador.
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Não seria mais fácil engarrafar o Bush?
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AMARCORD

quarta-feira, setembro 20, 2006

O Thriller da Segurança Social

Nos últimos tempos, muito se tem falado da reforma da Segurança Social. O governo Socretina vai fazer aprovar uma série de novas regras, que nos vai fazer trabalhar durante mais tempo e baixar as reformas, baseado na necessidade de manter a sua sustentabilidade.
A Segurança Social é desde sempre uma actividade muito cobiçada pelos grandes grupos económicos e que tudo têm feito no sentido de lhe ferrar os dentes. A solução que tem sido seguida, não só cá mas na maioria dos países que já tinham atingido a ideia civilizacional de solidariedade, tem sido a de promover a sua falência.
Sem saber muito bem como combater o governo, Marques Mendes, lançou, no Congresso do PSD e posteriormente na Assembleia da Republica, a atoarda, de criar um sistema em que parte dos nossos descontos fosse capitalizada em sistemas privados. O homem tinha que dizer alguma coisa e saiu-lhe isto. Na altura foi por todos muito criticado, por se saber impossível financiar os custos que isso acarretaria para o Orçamento do Estado, sobretudo numa ocasião em que é necessário cumprir com os critérios de convergência da União Europeia. Claro que os “gulosos” da banca e seguros até se babaram perante tal perspectiva e começaram uma campanha de apoio à ideia. Da insustentabilidade do sistema actual a longo prazo, até ao apelo da liberdade individual tudo tem servido de argumento para defender a privatização dos nossos descontos. Coma a ajuda da nova moda dos “Pactos”, ai estão eles a mostrar como o governo é mau ao não aceitar fazer um sobre o assunto com o PSD, mesmo que para isso, tendo a maioria absoluta, tivesse de se submeter às ideias de um partido que teve menos de 30% dos votos e é oposição. No mínimo uma ideia patética.
No entanto nada tem servido para os desmotivar e não há dia em que não surja um qualquer senhor a defender as virtudes do novo sistema e a procurar mostrar formas de pagar os seus custos. Da criação de mais divida pública, que nós iríamos, inevitavelmente ter pagar com mais impostos, até à mudança da constituição de forma a permitir que o dinheiro das privatizações seja utilizado para esse fim, tudo lhes parecem boas ideias. Indiferentes aos problemas que essa proposta viria a criar ao país, razão pela qual os partidos mais à direita também nunca a terem assumido quando foram governo, os grandes grupos económicos, lançaram os seus órgãos de informação, jornais, rádios, televisões e os seus comentadores de serviço, na defesa do chamado sistema de capitalização. Ainda hoje, Ferraz da Costa com o seu Compromisso Portugal, veio vender a ideia que, nesse novo sistema, as pensões iriam aumentar em 20%. Vale tudo para abocanhar os muitos milhões que estão em jogo.
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Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI

Porque ontem foi uma quase quinta-feira

Andamos nós aqui na nossa vida, sem tempo para ler ou ouvir todas as notícias, e acabamos surpreendidos. Não fazia a mínima ideia que o Sócrates vai em viagem para um lado e o Sr. Silva para outro, e que por isso tinham antecipado o seu encontro semanal para ontem, terça-feira. Segundo parece, aproveitaram para divulgar o nome do próximo Procurador-geral da Republica, um tal de Pinto Monteiro. Não o conheço, mas tem desde já uma vantagem; quer dizer que o Souto Moura se vai embora. Aleluia.
Mas, isso são assuntos de somenos importância e o que mais interessa é que esta antecipação impediu-nos de enviar os nossos espiões para o local. Conseguimos, mesmo assim uma fotografia do seu piquenique nos jardins do Palácio, mas não o que por lá foi dito ou qual a “fruta” que comeram. Só podemos especular que desfolharam rosas, espremeram laranjas e trincaram maças. O que também não podemos confirmar é a existência de um plano secreto, com o uso de duplos, espiões, serviços secretos, …. e eu sei lá que mais, para nos convencer que vão viagens separadas quando é um encontro secreto que está a ser preparado. Nós aqui no WehaveKaosInThe Garden recusamo-nos a acreditar em tal facto, mas prometemos ficar atentos.
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terça-feira, setembro 19, 2006

DUELO NA POEIRA

Um lugar ao Sol disputado por dois irmãos. A relação de amor e ódio explorada pelo espectro transversal do semanário, enuncia implicitamente um duelo trágico e emocionante – um duelo ao Sol. Isso vende! Contudo, neste caso, a sensaboria para todos os gostos, que o jornal parece encerrar na sua linha editorial, deixa prever monólogos narcísicos e entediantes.O duelo anunciado, com objectivos de marketing oportunista, parece resumir-se a um duelo na poeira à imagem de westerns rafeiros.
Amarcord.
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Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

Uma Maria Antonieta à Portuguesa

Continuo sem saber quais os conhecimentos e capacidades de Paulo Portas para falar sobre arte. O seu programa “O estado da arte” e agora a responsabilidade de comentador de Literatura e cinema, no novo Sol, até hoje não me responderam a essa questão. Depois de há alguns meses o ter visto falar sobre Maria Antonieta, venho agora reencontrar o mesmo assunto, abordado da mesma maneira, logo no primeiro raio do “Sol”. Para estreia, merecia lago de mais original.
Pelo menos neste artigo não voltou a afirmar que o terror na história se iniciou com a Revolução Francesa como da primeira vez que nos contou esta história. Bastou-lhe o ridículo de o ter dito uma vez.
O que se mantêm imutável é o seu “ódio” à ideia de esquerda e o seu nojo pelo “povo”, grande culpado de muitos dos males da História.
“…onde terminam as hordas em tumulto e as multidões em marcha. Terminam invariavelmente, em novas tiranias e maiores terrores. Qualquer bom liberal – qualquer bom conservador – é um céptico sobre revoluções: deve evitá-las se puder, preveni-las se souber, contê-las se outro remédio não houver. Eu sou tão pouco revolucionário que nem sequer aprecio contra-revoluções.”
Compreende-se que esta seja a sua visão sobre revolução. É que um “povo” só se revolta quando as suas condições de vida e de liberdade atingiram pontos em que é impossível aguentar mais. Não explica as formas como devem os bons (os liberais e os conservadores) evitar, prevenir ou conter esse aborrecimento chamado revolução. Poderão e deverão utilizar a censura, a prisão, a tortura e até a morte para as evitar?
Já agora gostaria que ele também nos elucidasse sobre o seu pensamento sobre “Golpes de Estado” como aconteceu no Chile e em tantos outros países do mundo.
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PS: Só uma nota de rodapé para dizer que, mesmo com gente como o Paulo Portas, podemos sempre aprender alguma coisa. Neste caso, foi de que Maria Antonieta, para além de inteligente q.b. era também ecológica. Realmente uma afirmação de nos fazer perder a cabeça. A Maria Antonieta que o diga.
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segunda-feira, setembro 18, 2006

Marques Mendes e a dança dos Pactos

Este fim-de-semana reuniu-se, mais uma vez, o Conselho Nacional do PSD. Como não podia deixar de ser, nada de positivo de lá saiu e, tudo aquilo só teve como objectivo o ganhar mais alguns minutos de tempo de antena nas televisões para falar do tema da moda; os “Pactos”.
O que o Marques Mendes não contava é que Helena Lopes da Costa viesse pedir um pacto de democracia interna no PSD. Segundo alguns militantes, que não alinham com as ideias do líder, a democracia interna no partido não anda bem. Há a recusa de aceitar novos militantes que sejam propostos por quem não o apoie, a criação de regras que tornam mais complicada a participação e votação em eleições interna, perseguições a elementos de outras sensibilidades, indiferença sobre as opiniões das comissões politicas de secções e, segundo parece, manipulação nas eleições distritais.
Para quem perdeu as eleições e anda a berrar por pactos com um governo de maioria absoluta, vai ser muito difícil explicar a recusa em assinar um em nome da democracia e transparência democrática dentro do seu próprio partido.
Pelos vistos a moda dos pactos veio para ficar e Marques Mendes vai ter que dançar muito mais dentro do seu partido que na Assembleia da Republica. Ai, provavelmente só vai ter é de rabear.
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Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI

A história do menino da mamã

Andava o menino Marques Mendes, sozinho e sem que ninguém o ouvisse. Nem mesmo os meninos da sua rua gostavam muito de brincar com ele, e se o faziam, era por ser o dono da bola. Pesarosa a mamã Cavaco, por ser da sua família, lá foi pedir ao menino Sócrates para lhe fazer o favor de brincar um bocadinho com ele. Embora sem grande vontade lá acedeu a brincar com à “justiça”com o pequenote. O menino Mendes sonhou então em vir a ser o chefe do bando e, o pior foi que ele achou que agora já era muito importante, e começou a querer obrigar os outros meninos a brincar também à Segurança Social. Irritado o menino Sócrates disse-lhe: -Não, vai-te embora que cada um de nós tem uma maneira diferente de brincar à Segurança Social. Não podemos brincar juntos.
Teimoso e também um pouco lerdo de pensamento, o menino Mendes continuou a pedir e a insistir na sua brincadeira como se não tivesse ouvido. Agora, choramingas como é, já deve estar neste momento, de novo, sentado ao colo da mamã Cavaco, a fazer beicinho e a dizer: -O menino Sócrates é mau para mim. Por favor bate nele.
Um pequeno e fugaz sorriso trespassou, como uma sombra, os lábios da matrona.
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domingo, setembro 17, 2006

As minhas observações do Sol

Saíu o primeiro número do "Sol"
no WehaveKaosInTheGarden.
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sábado, setembro 16, 2006

Yuppi..Também já sou Yankee

Depois de ler o “diário” que Marcelo Rebelo de Sousa agora publica no novo semanário, “Sol”, tudo o que encontrei foi um vazio cheio de nada.
Digno de nota só a sua afirmação: “Cinco anos depois, sinto-me mais nova-iorquino e americano do que nunca”. Eu, que desde sempre me considerei lisboeta e português só entendo a sua posição, por também ele, pertencer aqueles que vêm os EUA o sol do mundo. Talvez merecesse um estudo este facto de aqueles que são considerados os nossos comentadores oficiais, sejam aqueles que mais facilmente se deixaram hipnotizar pela propaganda americana, e ainda hoje não conseguem olhar para os seus actos sem sentirem uma enorme necessidade de os justificar, mesmo quando estes não têm uma explicação lógica possível. Sendo comentadores deveriam ser gente de espírito mais aberto e analítico, mas infelizmente é aquilo que se vê.
Ouvir Mário Soares a falar do 11 de Setembro é patético…” afirmou. Pois ouvi-lo a si é bem mais triste e ridículo, digo eu.
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Um Papa dos Diabos

Perante uma plateia de académicos, intelectuais e teólogos, o Papa Bento XVI citou uma frase do diálogo entre um imperador bizantino do século catorze e um erudito muçulmano persa. Ao citar o imperador, Ratzinger leu: "Mostra-me o que Maomé trouxe de novo. Tu não encontras senão coisas diabólicas e desumanas, como a ordem para difundir a fé através da espada".
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Eu que não acredito em Deuses nem em Profetas até me podia estar nas tintas para o que diz aquela coisa feia a que chamam de Papa. O pior, é que aquilo que ele faz não é só vomitar verborreia pela boca fora, mas sim lançar gasolina sobre a enorme fogueira em que ardem as relações do Islamismo com o mundo dito ocidental. Ao fazê-lo, só dificulta o diálogo inter-civilizacional e apoia claramente a nova estratégia de negar a possibilidade de co-habitação entre civilizações. Infelizmente, nada disto parece ser obra do acaso, e já no início desta semana ouvimos o nosso conhecido Pacheco Pereira defender esta mesma teoria. A defesa deste “It can only be one” pressupõe uma luta mortal em que só o mais forte poderá sobreviver.
Que os Pachecos e os Bushes deste mundo defendam tais posições, é algo que não nos deve espantar, agora que o Papa, tido como o representante do Deus na Terra e que devia protagonizar a paz e o amor entre os homens as defenda, só o transforma num demoníaco monstro. Não havia necessidade.

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sexta-feira, setembro 15, 2006

Haverá por ai um mundo para os nossos filhos?

Não podia deixar de responder ao desafio do amigo Sá Morais para relembrar a questão ambiental, num momento em que, as consciências estão mais receptivas e o desastre cada dia mais perto.
Como já aqui tenho afirmado repetidamente o homem está a destruir o único mundo que tem para viver. Com a nossa ganância estamos a acabar com os recursos naturais e a descartar as suas consequências para debaixo do tapete. O comentário, “Uma Verdade Inconveniente” agora em exibição, do ex-candidato à casa branca Al Gore, vai certamente fazer falar muito do aquecimento global e deixar muita gente mais preocupada.
Não quero ser pessimista, mas prevejo que essa preocupação se vai esgotar passado muito pouco tempo e ninguém vai mexer uma palha para alterar nada. Com o nosso, “amanhã logo se verá”, “já vou estar morto nessa altura” ou “alguém vai encontrar uma solução” vamos adiar aquilo que a nossa consciência sabe que deveríamos fazer. Claro que alguns, poucos, ainda vão querer mudar alguma coisa e vão passar a separar o lixo ou a mudar as lâmpadas para umas de baixo consumo. Agora, fazer aquilo que realmente é necessário, ninguém está disposto. Nem o sacrifício de deixar o carro em casa irá ser feito sob a capa de uma qualquer desculpa.
O que realmente era urgente fazer, passa por uma mudança total nas nossas mentalidades e modo de vida. Teríamos de abandonar definitivamente o consumismo e a preservar aquilo que temos. Isto mexeria com todas as ideias económicas neo-liberais existentes, e exigiria políticas de não-produtividade. Teríamos de produzir menos bens não essenciais e garantir uma produção mais limpa dos essenciais. Exigiria uma política mais “socialista” em que esses bens teriam de ser facultados a todos e os não essenciais exigirem maiores sacrifícios para os poderem possuir. Todos poderíamos ter televisão, mas o andar a trocá-la simplesmente porque saiu um novo modelo deveria ser difícil. Esta facilidade de comprar tudo, do crédito fácil, está a obrigar a gastar os recursos que o mundo não tem.
No fim, todos iríamos ser mais felizes, sem passarmos todo o tempo na ânsia de possuirmos e de sofrermos com as consequentes frustrações que isso causa. O aceitarmos ser felizes com aquilo que temos, fazer projectos a longo prazo, só iria aumentar o prazer de possuir um novo computador ou outro qualquer objecto de desejo.
A pergunta que tenho de fazer é se os “Senhores do mundo”, os grandes capitalistas, que só vivem para o lucro, alguma vez aceitariam isto? E nós, simples mortais, estaremos dispostos a abdicar dos nossos luxos?
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Em nome do "amigo" americano

"O secretário de Estado da Defesa Nacional admitiu hoje que a transferência de 120 militares portugueses no Afeganistão para Kandahar, no sul do país, já estava planeada "há muito tempo" e que envolve riscos. João Mira Gomes disse que "a missão não é nada de anormal" e que o governo está consciente dos riscos.Também o Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas, almirante Mendes Cabeçadas, garantiu hoje que a missão dos militares em Kandahar, não é "mais arriscada" para as forças portuguesas. "
in"DianaFM"
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Pelos vistos Portugal continua a pôr-se em bicos dos pés para ganhar alguma visibilidade a nível internacional. Pena é que para isso usem os nossos soldados e o nosso dinheiro em guerras criadas pela cabeça do Bush. Com as forças mais intervencionistas a recusarem mandar mais forças para o atoleiro em que se transformou o Afeganistão, lá vai o Zé soldado Português meter-se ao barulho. Com o aumento da actividade Talibã, uma produção de ópio que não para de aumentar, uma vez mais se parece poder concluir que estas ocupações de países acabam sempre por rebentar nas mãos dos invasores.
Quero ver os discursos de dor e os elogios patrióticos que se vão ouvir quando os primeiros soldados voltarem dentro de sacos de plástico.
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Uma verdade incomodativa

Desafiada para discernir sobre o Ambiente, só me vinha à cabeça a ideia de que o Mundo está de facto com Mau Ambiente. Não há tragédia sem consciência e por isso, ao nos apercebermos que o mundo se encontra ameaçado – mais ameaçado do que o nosso ministro do Ambiente podia conceber antes de ver o documentário Un Inconvenient Truth (!) – ao tomarmos também nós todos consciência de que o processo pode já ter entrado numa vertiginosa e incontrolável marcha para que a catástrofe ambiental se globalize, eis que o problema passa a ocupar um lugar de destaque na rentrée. Com a aproximação da estreia do filme-documentário de Al Gore, já os jornais e mesmo alguns canais televisivos apresentavam temas relacionados; mesmo os mais recentes filmes para crianças apontam no sentido do desejo de uma mudança do modo de vida com preocupações ambientalistas; a própria publicidade procura hoje vender uma imagem em que se apregoa um estilo de vida preocupado com as gerações futuras, coisa que até agora poucos pareciam se lembrar; supermercados que ainda não o faziam surgem com campanhas de reutilização de sacos plásticos, anunciando a sua venda para poupar o ambiente.
Se ainda há pouco tivemos a moda dos SPA’s, dos produtos biológicos, das medicinas alternativas, dos yogas e tai chi’s, não estaremos agora perante uma nova moda – a das causas ambientais –, que, tal como todas as modas transporta consigo o estigma do efémero e do superficial? Será que as pessoas vão de facto adquirir consciência e a tragédia ganhar a sua verdadeira dimensão a tempo de o desencadear de catástrofes sucessivas ser evitado?
Como em relação a quase todos os temas graves com que nos defrontamos, mesmo ganhando consciência, o indivíduo pouco pode fazer por si só para mudar o estado de coisas. Esse pouco é, no entanto, a parte que nos cabe enquanto seres conscientes, porque não há nada pior do que ter consciência de um erro e insistir em cometê-lo. Podemos com efeito fazer a nossa parte para danificar o menos possível o ambiente, reciclar, poupar recursos naturais, adequar o nosso modo de vida a um menor consumismo; podemos em suma tornarmo-nos mais responsáveis no dia-a-dia; mas isso irá exigir um esforço grande de vontade da nossa parte e duvido que a maior parte das pessoas, habituadas a consumir desenfreadamente e a esbanjar, esteja realmente disposta a fazê-lo.
Entretanto as catástrofes naturais vão aumentando e se multiplicando, excedendo todas as expectativas dos cientistas, que já admitem que se nada for feito imediatamente o processo será irreversível, imprevisível e incontrolável. Mas já alguém viu a comunidade científica mundial vir para os meios de comunicação dizer a toda a gente quais os verdadeiros riscos e quais as verdadeiras consequências a que o planeta estará sujeito caso não se inverta o processo? Já alguém viu a comunidade científica a bater o pé aos dirigentes que se entretêm em negociar as emissões de gases poluentes, fazendo de Quioto um leilão e não um compromisso?
E, no entanto, aquilo que parece hoje utópico – reformular os recursos energéticos mundiais, substituindo-os por energias renováveis, e que todos dizem ser uma mudança insustentável para o actual sistema económico global, poderia converter-se, pelo contrário, na salvação não só do planeta mas, muito provavelmente, também da economia mundial. Um novo mundo de investimentos se abriria com a adequação do mundo actual às novas formas de energia que, embora a princípio fossem dispendiosas, se poderiam tornar depois compensatórias. O que os poderes actuais instalados não podem conceber é que isso levaria anos, talvez mesmo várias décadas, e o lucro é algo que se pretende imediato. Desde que o Homem se libertou do dogma e se apercebeu de que Deus não existe, de que não há outra vida para além desta onde será compensado, passou a só se importar com a SUA vida, virando-se para o próprio ego, perdendo a sua visão de Humanidade e tornando-se num ser ávido, egoísta, sem instinto de conservação nem respeito pela descedência. Se ele vai morrer, por que há-de o planeta se salvar para os vindouros?

quinta-feira, setembro 14, 2006

A corrupção vence e sagra-se campeã de Portugal

"O processo do ‘Apito Dourado’ deverá ser anulado em tudo o que respeita a alegados casos de corrupção no futebol, uma vez que a lei que pune tais práticas é de todo inconstitucional, segundo apurou o Correio da Manhã junto de vários juristas. Mas a ‘prova dos nove’ é um parecer de Gomes Canotilho, que fundamenta a inconstitucionalidade orgânica. Isto é, a autorização legislativa da Assembleia da República não fixou o alcance e sentido da lei, pelo que o Governo não podia assim legislar. Logo, o crime de corrupção desportiva é inexistente por não ter previsão na lei."
in"Correio da manhã"
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A justiça sofre mais uma humilhante derrota frente à equipa da corrupção desportiva. Há quem diga que a culpa é do juiz da partida, mas outros há que afirmam, ter sido a própria justiça que jogou de forma a perder, facilitando a vida à equipa contrária. É que ninguém acredita que todos aqueles autogolos tenham sido obra de um simples acaso.
PS: Aconselho todos aqueles dirigentes, que desejam "roubar, aldrabar ou corromper" que o façam agora, já que pelos vistos não existe nenhuma lei que os possa punir.
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Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

Porque hoje é quinta-feira

Afinal o Sr. Silva, com aquele arzinho de Santo Beato, saiu-nos um bom malandreco. Já há muito que se falava das famosas visitas de Sócrates a Belém às quintas-feiras, mas o que não se sabia é que pela porta das traseiras também Marques Mendes aparecia por lá. Afinal, por detrás daquelas grossas portas e pesados cortinados muito mais se passava do que simples amorosos encontros.
Ai pobre Maria, o que te estava destinado logo agora que tinhas uma casa, tão bem situada, grande e bonita para limpar. Logo agora que está a ficar velho é que lhe havia de dar para isto, desabafou para o homem que lá tinha ido tirar medidas a umas varandas que ela deseja fechar.
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Menage à trois

Uns coices retirados de "O Jumento" sobre a DGCI
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O poder tentacular e secreto da Opus Dei combinada com os recursos financeiros do maior banco privado leva-nos a defender que é tempo de dizer que não é admissível que a maior instituição do Estado esteja sob o controlo de alguém da Opus Dei e de um empregado do BCP, e é ainda menos aceitável que o poder do Millennium dentro do fisco vá muito mais além daquele que resulta da designação de um director-geral e que com isso tenha conseguido poupar muitos milhões de euros. A Deus o que é de Deus e a César o que é de César.
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É inaceitável que enquanto existem investigações sobre a banca, tendo o Millennium sido referenciada nessas investigações como a comunicação social deu conta, sabendo-se que o Millennium recorreu a truques (e sabe Deus que mais) para obter reembolsos ou evitar o pagamento de impostos e que à frente da DGCI esteja alguém “emprestado” pelo próprio Millennium.
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O texto completo aqui: "O Jumento"
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Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI

quarta-feira, setembro 13, 2006

Estranhos Socialistas

«O Avarento» (Moliere, siglo XVII)
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Quando comecei a olhar para os Partidos Socialistas que por aí existem e para as politicas por eles apregoadas tenho de concluir que "a bota não bate com a perdigota". É verdade que o primeiro a "meter o Socialismo na gaveta" foi o Mário Soares, mas decidi fazer uma série de imagens sobre "Estranhos Socialistas". Aqui fica o primeiro cabendo essa honra ao nosso muito bem pago Presidente do Banco de Portugal, Vitor Constâncio.
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terça-feira, setembro 12, 2006

Justiça Nostra

Hoje ficámos informados que afinal a Corrupção ficou de fora do "Pacto para a Justiça". PS e PSD fizeram bem em não legislar em causa própria. Imaginem como se sentiriam quando fossem eles próprios a ser apanhados na rede que tinham estendido. Resumindo, concordam em quase tudo o que tenha a ver com a justiça, desde o número de tribunais a fechar até às penas a aplicar a quem roube uma maçã num supermercado. Quanto à corrupção a coisa fia mais fino, e ninguém está disposto a patrocinar a sua própria condenação. É que, muitas vezes é mais difícil ser-se sério do que parecê-lo.
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Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

Poucos Prós, Muitos Contras

Hoje ouvi o “Prós e Contras” com um debate, sobre o 11 de Setembro, com Pacheco Pereira vs Mário Soares.
O Pacheco Pereira passou toda a noite a falar do racional. O racional que é, a posição Bushiana de transformar a luta contra o terrorismo numa guerra, da irresponsabilidade Europeia, com excepção do Blair, de o olharem somente como terrorismo e da irracionalidade de todo o mundo Islamita. Para ele, no 11 de Setembro começou uma guerra, diferente das outras guerras e que por isso o direito internacional e até a própria Convenção de Genebra deixaram de fazer sentido. O que Pacheco Pereira ali protagonizou, foram todos aqueles que vêm a impossibilidade de convivência entre culturas e civilizações diferentes. Uma espécie de racismo global. Se as outras civilizações não aceitarem ser igual às nossas, pela sua incompatibilidade, a solução só pode passar pelo seu fim forçado a ferro e pelo fogo. Como se encontram do lado do aparentemente mais forte, pelo armamento e tecnologia de guerra que possui, defendem que essa força deve ser utilizada, para se sentirem mais seguros sob esse escudo bélico. Esquecem é que quem muitas vezes os “Davides” vencem os “Golias” e depois é que é um ai ai que eles são maus. Anda “Pacheco”.
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segunda-feira, setembro 11, 2006

Todo um ano sem o 11 de Setembro

Como pelos vistos todos os órgãos de informação, desde os jornais às televisões, sem esquecer os blogs que por ai há, parecem só falar do atentado às Torres Gémeas, resolvi falar aqui de todos os outros dias do ano menos do 11 de Setembro e dos cerca de 3 mil mortos do criminoso ataque terrorista. Se as 24 horas de um dia não estão a ser suficientes para passar todos os filmes, documentários, entrevistas e comentadores que têm algo a vender sobre esse facto e das suas consequências, quanto teria de durar um dia para haver tempo, se a mesma atenção fosse dada à realidade de, diariamente morrem 16 mil crianças de fome ou por causas a ela devida (uma em cada 5 segundos). Se os demónios do terrorismo me preocupam, não só pelas suas consequências, mas também pela liberdade e direitos que me têm tirado, mais me preocupam os outros, os demónios deste mundo que permitem que ele esteja no estado em que está e que a tais crianças morram a cada 5 segundos. Estranha forma a nossa para estabelecer valores e definir as suas prioridades, ou melhor desonesta forma esta de nos venderem opções e opiniões. É por isso que não vou falar hoje do 11 de Setembro.
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Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI

domingo, setembro 10, 2006

Há mama que chega para todos

Depois de ver Sócrates e Marques Mendes, juntos e em sorridente aperto de mão, não pude deixar de me lembrar do “Principio de Peter”. Como sabem, este princípio defende que, somos promovidos quando nos mostramos competentes nas tarefas que desempenhamos, e deixamos de o ser na altura em que deixamos de o mostrar. Ou seja atingimos o nosso nível de incompetência. Assim, a maioria dos lugares são ocupados por pessoas incompetentes.
Marques Mendes, sempre se mostrou um politico minimamente capaz, enquanto foi o eterno numero dois do PSD. Ao ser eleito secretário-geral e líder da oposição atingiu o seu nível de incompetência.
Preocupado, não com a oposição feita ao governo, mas aquela que dentro do PSD ameaçava Marques Mendes, tornando plausível a sua possível substituição, Sócrates, estendeu-lhe a mão, resolvendo assim dois problemas:
Cala a oposição mostrando um largo consenso e um espírito de diálogo, apesar de ter uma maioria absoluta, e dá, a Marques Mendes, o conforto de ser de novo o número dois. Se isto continua assim, o Sócrates ainda faz uma remodelação ao governo, não por dores no fundo das costas de um qualquer ministro, mas para fazer do Marques Mendes Ministro de estado. Tudo isto em alegre Cavaqueira, fazendo lembrar o velho unanimismo da Assembleia Nacional.

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Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO

O Padrinho de Belém

Embora a contra gosto andava a direita a mostrar a sua desilusão para com o reinado de Don Cavacone. Bastou, no entanto, a notícia do acordo secreto entre as famílias PS e PSD no sector da justiça para que todos vissem nele o obreiro do futuro. Agora, acreditam que este terá sido o primeiro de uma série de acordos, por ele patrocinados, e que colocarão as famílias de novo no topo. Afinal, business is business, e isso é o mais importante. Os outros, esses que se lixem.
PS - Os outros somos, evidentemente , todos nós que não aceitamos viver debaixo deste compadrio e corrupção e ainda aqueles que se deixam embalar na conversa fiada de Senhores pagos a peso de oiro para nos adormecer.
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Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

sábado, setembro 09, 2006

Olé! O Tango da tanga

Hoje o PSD e o PS assinaram um pacto secreto sobre a reforma da Justiça. Se isto, só por si já representa ama certa falta de transparência destes dois partidos para com o Parlamento, o pedido público de José Sócrates para que os outros partidos se associem, também eles, a este pacto, é ofensiva. Ao propor que outros assinem em branco aquilo que foi cozinhado em segredo e sem para isso terem sido consultados ou acrescentado qualquer tempero, é hipocrisia pura e simples, que mais não dá que uma enorme vontade de lhe atirar com a panela à cara. Se quer ser parvo, está no seu direito, agora que nos queira fazer a nós é que não pode ser.
Foram eleitos nesta democracia de treta, andam a lixar-nos a vida ao som das trombetas do défice e da crise enquanto proclamam a recuperação e o futuro. Isto ainda eu vou tendo de engolir, embora com a dificuldade criada pela corrupção, impunidade, perda de direitos, do poder de compra e até mesmo de alguma liberdade. Chega de “tretas”, de mentiras, de falsos sorrisos. Perfilo que tirem essas mascaras e mostrem a vossa verdadeira aparência, por mais repulsiva que seja. Seria pelo menos mais honesto.
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Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping

Os pactos ou a história da Carochinha

sexta-feira, setembro 08, 2006

Justiça, quem a tem chama-lhe sua

Soube-se que o PSD e o Governo, patrocinados pelo Cavaco, (o PS pelos vistos também só hoje foi informado), chegaram a um acordo, até agora secreto, sobre a justiça em Portugal. Tanto o PSD como o Governo cantam vitória e afirmam ter conseguido colocar lá todas as suas ideias. Isto nada tem de estranho, visto que, ambos os partidos são quase fotocopias um do outro. Estranho é um Presidente da Republica andar a patrocinar encontros secretos e pactos de regime entre duas forças politicas, deixando o parlamento e todo o resto do país de fora. Estranho é tudo estar a ser decidido em secretos conluios, sobretudo na justiça, área em que tanto se tem falado de ineficácia e incapacidade para condenar os grandes e os poderosos. Isto por a justiça poder ser o “Calcanhar de Aquiles” de muito político, se, agindo com competência e celeridade, conseguisse correr deste país e da sua politica com todos os corruptos que a conspurcam e tranformam este país na vergonha em que se encontra. Se a isto juntarmos o controlo governamental sobre as investigações policiais, pela nomeação de gente de confiança, o muito falado, e quem sabe já acordado também, nome para novo Procurador-geral, fica assim tudo bem encaminhado para a criação de um muro que nos tape a vista de tudo o que se passa.
Poderemos nós portugueses continuar a confiar na justiça neste país?
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Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI
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