Felizmente acabou o congresso do PSD, e já podemos ouvir outras notícias nas televisões e rádios. Acabou como todos sabiam que ia acabar ficando o arraial adiado para a eleição do líder. Com a linha de partida à vista os candidatos preparam já a campanha eleitoral dentro do partido. Três anos na oposição é muito tempo para qualquer líder, mas quem pode arriscar não aparecer agora sabendo que o inquilino de Belém é Cavaco Silva. Se com este governo a economia melhorar, ou as sondagens não piorarem, Cavaco nada mais poderá fazer que tentar retirar para si parte dos louros. Se tal não acontecer a possibilidade de eleições legislativas dentro de um ano e meio, dois anos, no máximo para não se colidir com o calendário eleitoral, é um cenário muito plausível. Marques Mendes foi esperto ao marcar o confronto para já. Colocou assim, o principal candidato que nunca o foi e também não o é, formalmente, D. Sebastião que veio de Londres, numa situação incomoda. A liderança já, correndo o risco de gastar o “glamour” em três anos de oposição, ou guardar-se, até à eleição seguinte, podendo não estar no lugar certo na altura certa. Claro que a sua mentora, Manuela Ferreira Leite, é unha com carne com Cavaco Silva e por isso é um dado importante para toda esta história. Pessoalmente, estou convencido que não vai avançar, o que para Sócrates é quase um seguro de vida de que chegará ao fim desta legislatura, ficando assim com boas hipóteses de reeleição. (A duvida que se mantêm é se Cavaco poderá arriscar este cenário, que lhe condicionaria toda a estratégia desta legislatura). Por tudo isto esta deverá ser uma eleição menor. Muita guerra, muito conflito, muita declaração e muita promessa. Como reconheceu Nuno Morais Sarmento, existirão condicionamentos aos militantes nas concelhias e distritais do partido onde serão vigiados pelos dirigentes locais. Agora é hora de cobrar os tachos em crédito e “vender” muitos mais, mas no formato de “pré-pagamento”. (Cuidado que quem paga adiantado é muitas vezes mal servido). Animem-se, …é a hora do Tacho.
Está na hora de quem desejar um tachito numa camara ou numa empresa municipal apresentar a sua proposta.
ResponderEliminarO caciquismo ganha novo folgo. O conceito de tacho também
ResponderEliminarAbriu a época da caça ao tacho.
ResponderEliminarOs partidos eram pensados como um espaço ideológico de debater a melhor forma de organizar a sociedade e acreditávamos que a democracia era o regime que fazia dos cidadãos protagonistas da construção de um mundo mais justo. Tudo isto foi desaparecendo por uma imensa vaga de utilitarismo pragmatista que retirou o homem do centro do mundo e cavou o descrédito das instituições e dos seus líderes. E este vazio é tão profundo que nos tolhe o desafio de pensarmos criticamente esta desilusão. Mas sem a crítica da desilusão não é possível reinventar um novo paradigma que dê esperança ao nosso Futuro. E isso é urgente.
ResponderEliminarJBM
Apoiado JMB
ResponderEliminarSó não compreendo como é que o utilitarismo pragmatista retirou o homem do centro do mundo, se ele nunca lá esteve. Foi precisamente pela falta de respostas que os partidos nunca conseguiram dar ao povo que o pragmatismo, o utilitarismo ou o economicismo apareceram em cena, tentando arranjar soluções viáveis para os problemas que se punham. Mal comparado, é o problema entre os feiticeiros (oriundos de uma religião) e os médicos. Como os feiticeiros passaram a ser incompetentes porque não acabavam com as dores, então tem que aparecer um cientista (médico).
ResponderEliminarCumprimentos
Também já o capitalismo uma vez se mostrou incapaz de resolver os problemas, e esse pragamatismo, utilitarismo ou economicimo de que falas já demonstra a sua incapacidade para dar as tais respostas ao povo de que falas. Basta ver o desemprego, tanto de jovens como de mais idosos, e a miséria e a fome a aumentarem de dia para dia. A resposta neo-capaitalista que tu , pelos vistos, defendes, só vai fazer ricos mais ricos e aumentar a pobreza. Lá se vai a classe média para o galheta. Se olhares para a história já deves ter reparado que os regimes e os sistemas são ciclicos devido exactamente à incapacidade desses sistemas darem as respostas necessárias. O capitalismo anda eufórico e de dia para dia mais selvagem, mas como com tudo o dia do seu ocaso vai chegar. Só falta saber quando e como.
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