quarta-feira, agosto 29, 2007

A guerra da noite

Luís Filipe Menezes desafiou o ministro da Administração Interna a explicar, no Parlamento, que meios tem a polícia para enfrentar as «máfias do crime organizado». «Ontem, houve o quarto homicídio violento no prazo de poucas semanas no Porto. Estamos a transformarmo-nos numa espécie de Chicago dos anos 30».
In TSF

Na peugada do pequeno Mendes também este navega à vista nas críticas ao governo dos Sócretinos. Culpar o governo pelas 4 mortes na noite do Porto é mais um tiro para o ar. A culpa é bem mais profunda e ele faz parte do sistema que a permite. Se existe uma guerra no sub mundo e entre seguranças privados, isso só é possível porque também a segurança e a existência de armas é permitida fora das forças policiais. Estas deveriam ser as únicas forças com direito a garantir a segurança dos cidadãos e não forças privadas ao serviço de quem paga mais. Todos nos lembramos bem das dezenas de problemas que acontecem com os “portas” das discotecas, com o uso da força bruta e que muitas vezes terminam com a morte de alguém. É normal que um sub mundo de, tráfego de drogas, armas, e carne humana possa atingir estes extremos. Existem os meios, as razões e negócios de muitos milhões para proteger. Não se trata, como disse o Menezes, de um Chicago dos anos 30, mas de verdadeiras máfias “à Italiana”, do colocar em prática a ideia de que o “negócio” tudo legitima e tudo permite. Afinal, se nos estamos a tornar no “bordel” da Europa, é natural que a guerra pelo seu controlo aconteça e, convêm lembrar que não estamos a falar de tascas ou casas de alterne ranhosas, mas de “industriais da noite” e onde podemos encontrar Porches e Ferraris estacionados à porta. Gente fina é outra coisa.

Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO

2 comentários:

  1. industriais da noite ou industriais da política: a grande corja!

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  2. e-ko:
    São gente que se conhece e se dá bem, afinal ambos dizem querer o nosso bem
    bjs

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