sábado, dezembro 29, 2007

Barriga de aluguer

 Barriga de aluguer

Ouvi há pouco numa televisão perto de mim, um pouco da entrevista que vai ser publicada amanhã num jornal, ao Pacheco Pereira e ao António Barreto, que definiu o papel de Portugal no Tratado Europeu como o de uma “barriga de aluguer”. Sendo a Alemanha, talvez a nação mais beneficiada com este tratado, não poderia ser ela a parir tal monstro, sem que pudesse deixar de ser acusada de estar a agir em causa própria. Era por isso necessário arranjar quem não tivesse nada a ganhar com o tratado, se possível alguém que até fosse dos mais prejudicados pela sua aplicação, alguém tão cagão, tão emproado que aceitasse fazer o papel de mãe, mesmo não o sendo. Para sorte alemã, vinha já aí Portugal, um país que parecia ter sido feito de encomenda. Durante a sua presidência da união, a Merkel, gozou, gerou o bicho e depois foi só transferi-lo para a barriga da Socretina, que só tinha de a ver crescer durante seis meses, e depois evacuá-la em Dezembro numa cimeira em Lisboa. Podemos por isso dizer que este tratado não tem um pai propriamente dito, tem um S. José, meio corno, meio cherne, um espírito Santo, que desta vez em vez de uma pomba aparece sob a forma de uma águia alemã e uma Virgem, que de virgem não tem nada. O Governo forneceu a Vaca e o Burro, o Banco de Portugal, o pastor e, a este povo fica bem o papel de cordeirinhos. Os Reis Magos, esses vieram de longe, seguiram a brilhante estrela de Bilderberg e chegaram só na hora do nascimento. Porreiro pá.

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Eu vejo a coisa deforma um pouco diferente:

    Os International Bankers deram o menino. A Europa deu a Nossa Senhora e Portugal deu o São José. Os burrinhos somos todos nós.

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  3. Somos todos uns anjinhos
    que vamos ganhar o céu
    talvez o dos passarinhos
    sem direito a mausoléu

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