domingo, abril 20, 2008

O Canto da Camarada Sereia Rosa

Á Sereia rosa

Ontem andei aqui às voltas a pensar escrever um post sobre a festa de aniversário do PS e do discurso do Engenheiro. Todas as minhas ideias para a imagem me saíram mal, (já me começa a faltar a imaginação para retratar esta gente sempre igual) e também acabava sempre a dizer o que já disse e redisse vezes demais.

A ideia que retive desse discurso foi a de um sorridente Sócrates a dizer que já tinha saudades de ser chamado de “camarada”. Duvido que tenha saudades de tal coisa e, quem só é amigo e solidário consigo próprio, não merece ser tratado dessa forma. O que procurou fazer foi um discurso a olhar para o seu lado esquerdo, para aqueles que o acusam de insensibilidade social e de defender os valores do liberalismo capitalista e que se está bem borrifando para todos nós. O Engenheiro sabe bem que nas próxim, as eleições o maior perigo à sua maioria absoluta não vem da sua direita, com um PSD esfrangalhado e sem conserto e um CDS mais interessado em apanhar umas laranjinhas do quintal do vizinho que em apanhar as rosas socialistas. É à sua esquerda que está o problema, com muita gente farta desta politica de tudo dar a uns e nada a outros. Fartos deste discurso das novas politicas sociais que nada mais são que a institucionalização da pobreza, a aceitação da inevitabilidade de muitos terem de viver ao nível da miséria. Fartos dos discursos prepotentes e de um autoritarismo que não víamos desde os tempos do “Botas” e do Cavaco. Fartos da mentira, do engano e da injustiça social, da perda de direitos e de poder de compra. Fartos dele. As últimas sondagens parecem mostrar isso mesmo e são o BE e o PCP os partidos que parecem ganhar mais força e sobem nas intenções de voto. Espero que, uma vez mais, este nosso povo não se deixe enfeitiçar por este canto da sereia, por mais estas mentiras e aldrabices. Espero que tenham a memória do que tem sido a sua governação e que lhe atirem à cara com um enorme “Não”, nas próximas eleições. Eu, pelo meu lado não me vou cansar de lembrar a todos, seja aqui no blog, no trabalho, nos transportes, nos cafés, nas ruas em todo o lado, daquilo que foi a sua governação. Há que manter viva a memória e não deixar que medidas eleitoralistas façam esquecer o inferno dos últimos anos. É que ter camaradas como o engenheiro, não obrigado.

Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO

5 comentários:

  1. Muito bem!
    Socretinos,sejam eles de que espécie for, apenas conferem ao PS e à democracia um aspecto cinzento e de carreirismo puro.Com gente desta, é o PS, o PSD e quejandos que estão a saque.Daí até aos poleiros do poder, é o umbigo que manda.Fica o país a saque.
    Quase todos os seus mais conhecidos "militantes" já sacaram o que tinham a sacar, dando, também, que o polvo a tanto obriga, muito milhinho a comer aos amigos...
    E o país que se lixe!
    Qualquer destes pretensos "democratas" mais não fez que mamar e dar a mar a quem devem favores.
    A responsabilidade de tudo isto está no voto!
    Pois, basta!
    2 000 000 de reformados vivem com 230 euros por mês.
    É uma vergonha para que, quanto mais não fosse, quem ainda anda a trabalhar fizesse aquilo que tem que fazer:impedir, ao máximo, que nos lares de 3ª idade se servissem almoços e jantares com a s batas do PSD , ou PS, ao peito.
    E,dizem eles, que acreditam na justiça divina.
    Batem, aos Domingos, no peito, na social missa.
    Criminosos.

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  2. Este boneco está tão bom que tem cheiro e parece que é de peixe; as sereias e as ninfas estão constantemente alterar os aromas, ao sabor dos cidadãos anónimos, contribuintes perfeitamente identificados.

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  3. Na ditadura não podíamos falar. Porque era muito perigoso, serem muitos a pensar da mesma maneira. As paredes eram o único local onde as palavras de descontentamento podiam ser escritas, pela calada da noite, por um cidadão anónimo, e mesmo assim muito perigoso.

    Aconteceu a um “subversivo” ser apanhado a meio da sua escrita pela PIDE onde dizia: Salazar pode morrer não faz falta à nação. O “criminoso” apenas implorou para acabar a frase, onde depois de terminada ficava com o seguinte texto: Salazar pode morrer? Não! Faz falta à nação! E assim viu atenuado o seu “crime”.

    Porque era muito perigoso para o regime haver descontentes. Quem falava demais, tinha o destino traçado. Hoje temos os meios e a liberdade par expressar tudo o que nos vai na alma. Mas todos os partidos assim que chegam ao governo já não estão minimamente interessados em nos ouvir!

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  4. Pois, a ditadura mudou para democracia, o BI passou a NIF. As moscas mudam... Vá lá que o Cartão Único não foi implementado. Mas as moscas continuam a rondar, alegres e saltitantes no seu trá-lá-lá, sem nada fazer a não ser comer.

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  5. Sobre o que está a acontecer no "As Vicentinas de Braganza", agradecia que nos visitassem, e se pronunciassem, caso vos interesse o novo dilema/problema

    http://asvicentinasdebraganza.blogspot.com/2008/04/nota-constitucional.html#links

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