quinta-feira, dezembro 18, 2008

A Arma branca

O voto

Um anónimo deixou esta história na caixa de comentários de um post anterior.

Este país (dos aeroportos, TGV´s, Luso Pontes e contentores, BPN´s e BPP´s, Felgueiras, Torres, Sá Fernandes e Loureiros, magalhães e popós-eléctricos, Casa Pia (poucos dentro e muitos fora), velhinhas e freiras a serem presas por pequenos delitos enquanto os verdadeiros criminosos são mandados para casa, idosos a morrerem de fome em tugúrios a cair enquanto se distribui apartamentos e dinheiro a rodos por traficantes, drogados e por quem nunca quis e não quer trabalhar, Saúde, Justiça e Educação com os maiores orçamentos da Europa com os resultados que todos sabemos, EDP´s com lucros fabulosos mas que o regulador diz que as tarifas deviam aumentar 30%, Galp´s cujos preços sobem com o aumento do crude mas que quando o mesmo desce o regulador afirma que os preços não baixam porque o que interessa é o preço do produto refinado, BdP´s que a única coisa que vigiam são as suas reformas douradas, etc., etc.,) começa a exalar um fedor superior ao que se sentia nos últimos anos do chamado Estado Novo...

Para a queda do anterior regímen dei algum contributo, pequeno certamente, mas era o que estava ao meu alcance.
Agora que sinto que o actual, de tão podre, com um pequeno empurrão pode ser obrigado a regenerar-se, apetecia-me também fazer alguma coisa.
O quê, não sabia, mas, há uns dias ao ler num blog que o autor sonhava em promover um “golpe-de-estado”, só que para além do medo que tinha da ASAE não sabia como, deu-me o alento de que necessitava.
- Golpe-de-estado, logo armas; armas? Armas? Oh diabo, não tenho!
Lembrei-me então de que em tempos muito distantes tinha possuído uma fisga; vai daí, corri para o sótão e comecei e remexer os baús velhos; depois de muito lixo e memórias já esquecidas, voilá, a fisga! Já estava armado!
No entanto a felicidade que me possuiu, cedo de esfumou; soprado o pó, estico as borrachas e, paf!, de ressequidas, partiram! Desilusão, amargura: estava desarmado novamente...
Infeliz, passei dias a tentar encontrar uma solução; pensei, pensei e nada.
(Eu sei que devido à vida desregrada que levo, nada condicente com a via para o admirável mundo novo que está em curso, já muitos neurónios fundiram; tal não é de estranhar dado que eu fumo, delicio-me com um bom cognac, bebo vinho às refeições e barro o pão com manteiga, devoro queijos da Serra, Serpa e Azeitão, adoro presunto de Chaves e bons enchidos alentejanos, prefiro cerveja a bebidas light , bebo água sem sabores e, heresia das heresias, não fumo charros nem me drogo e não arranco de empurrão. Perdoem-me, tentem compreender este pobre decadente, que eu prometo ficar longe dos vossos filhos.)
Mas voltando à vaca fria; armas, onde as encontrar?
Atentos ao meu desespero (ou se calhar para se verem livres de mim) alguns amigos disseram: - “Eh pá, se queres uma arma vai a uma dessas Quintas das Fontes ou Bairros das Boavistas, que é coisa que lá não falta.”
Felicíssimo, agradecido pela ajuda, comecei a planear a incursão; sim, não se vai a um sítio daqueles sem preparação.
Lembrei-me que há uns tempos atrás, algumas figuras de vulto desta praça, por lá tinham feito uma passeata e tinham regressado vivos e com todos os bens, coisa que nem sempre acontece a outros cidadãos, táxis ou até à polícia. Depois de alguma pesquisa encontrei a solução.
Assim, com uma t-shirt branca na qual tinha pintados dizeres como peace, love, somos todos iguais, black is beautiful (pelo sim pelo não acrescentei também gitanes are very good, too), cravo vermelho na mão, sorriso parvo na cara (tipo António Costa) e assobiando o último rap, destemido por fora mas receoso por dentro, para as ditas Quintas eu fui.
Lá chegado, apesar de estar fardado à maneira, cedo pressenti que algo não estava a correr bem; mimoseado com alguns piropos não muito abonatórios da minha pessoa bem assim como de algumas sugestões do uso que gostariam de fazer de algumas aberturas do meu corpo, apercebi-me então que, levado pelo meu entusiasmo, tinha cometido um erro grave: faltava-me o apoio.
As pessoas gradas e importantes, quando visitam aqueles locais, vão às manadas e com um batalhão de repórteres atrás (aliás só lá vão para aparecer nas TVs e debitar coisas que nem eles acreditam).
Eu estava sozinho, nem uma pequenina Kodak apontada para mim, e a ameaça de passarem das palavras aos actos ia crescendo, sem que ninguém levasse em conta o valor das mensagens que eu orgulhosamente ostentava no peito; com o temor quase pânico, comecei a pensar que isto de querer fazer uma revolução tinha os seus perigos!
Quase já acossado, apavorado, corri para um sítio onde a concentração de BMW e Mercedes topo de gama era maior e junta à qual estava um grupo de nativos que me pareceu ser menos perigoso, gritando: - “Meus, mim querer comprar arma!” (não domino muito bem a língua local)
Iniciadas as negociações rapidamente chegámos ao ponto de ajustar a mercadoria que eles podiam disponibilizar (a oferta ia desde mísseis, passando por shot-guns até à singela ponta-e-mola) à minha disponibilidade financeira; na altura, dado que entidades menos bem comportadas têm tido direito a toda a espécie de subsídios, telefonei ao Teixeira dos Santos, mas, não tendo sido bem sucedido (ele disse-me que os pobrezinhos do BPP lhe tinham levado os últimos tostões), acertámos a compra de uma pequena pistola; enfim, rejubilei, o primeiro passo em direcção ao derrube do poder estava dado!
Antes de pedir o salvo-conduto para me poder retirar sem problemas, ao inspeccionar o trabuco que tinha acabado de comprar, constatei que o mesmo não tinha munições: “Oh meus, o que é isto?”
Depois de me explicarem que eu só tinha pedido por uma arma, lá reiniciámos as negociações para que eu pudesse adquirir algumas balas; ao pretender obter pelo menos um carregador cheio, começaram as dificuldades.
Interrogatório cerrado, todos ao mesmo tempo, gritando: “Para que é que queres tanta munição? Quantos são os membros do teu agregado familiar (incluindo a sogra)? Quantos inimigos tens (excluindo os membros do Governo, oposição e toda a classe política)? Queres fazer-nos concorrência?”
Com muito esforço, depois de muito esbracejar para os tentar calar, lá consegui fazer-me ouvir: “Meus, é para dar início a um golpe-de-estado”!
Ao ouvirem tal, o silêncio que se seguiu gelou toda a Quinta e arredores, parecendo que o tempo tinha parado e a terra deixado de rodar; as faces deles empalideceram para rapidamente enrubescerem (na realidade não vi, mas suponho que foi isto que se passou por debaixo da pele); empertigaram-se, fuzilaram-me com os olhos, e o maior deles, qual Adamastor, vociferou: “Ó desgraçado, escória humana, ser abjecto (as palavras não foram bem estas, foi mais para o vernáculo), tu queres destruir este paraíso?”
Eu minguei, encolhi, as cuecas ficaram um bocadinho húmidas; com voz trémula, tentei argumentar, falar dos escândalos, das esperanças desiludidas, bláblá, bláblá, mas quando pronunciei as palavras socialismo e revolução o rugido que se fez ouvir, quase me siderou:
“Ó filho de uma mula sem cabeça (apercebi-me logo que era comigo, não com o inginheiro) então tu não vês que a revolução já está em marcha, que o socialismo está na sua máxima pujança? Olha à volta, burro capado, vês os carros, vês as caixas de multibanco arrombadas, vê as jóias que tenho ao peito, vai ver ao plasmas que tenho em casa, tudo gamado aos ricos para benefício dos pobres; se isto não é socialismo, se isto não é redistribuição da riqueza o que é então?”
Ia abrir a boca para falar, mas atendendo ao desenrolar dos acontecimentos, achei por bem ficar calado; aliás ele nem deixou, agora mais calmo, continuou a arengar:
“Ó filho de um cachorro que até a sarna despreza, és um ignorante que não mereces a classe política que tens! Tu não entendes nada! Porque é que julgas, por exemplo, que se alterou o código penal? Hã, hã, diz lá?”
“Por razões economicist...”, pretendi retorquir...
“Piolho coxo das partes íntimas, nada disso! Incapazes da implantação do socialismo por causa das forças capitalistas do bloqueio (desconfio que este tipo esteve nalgum congresso do PCP ou BE) a nobre classe política decidiu delegar em nós a tarefa da socialização de Portugal! Para que a revolução avance, não podemos ser presos, temos que estar livres! Roubando eles por um lado, nós por outro, somos o garante de uma futura sociedade igualitária sem classes!
Parecendo-me que as águas estavam mais calmas, menos encolhido, mais húmido, baixinho, atrevi-me: “Mas eles não redistribuem; eles comem tudo e não sobra nada.”
“O quê?”, gritou o matulão... mas ficando logo de seguida pensativo.
“Agora vou ter que pensar sobre isso; dá cá a pistola e desaparece daqui, rato de esgoto com hemorróidas (era comigo, não com Jaime Gama).”
Sem dinheiro, sem pistola, com as cuecas em estado lastimoso, apressei-me a obedecer.
Chegado a casa, olhando-me ao espelho, disse para os meus botões (que por acaso era um fecho eclair): “Falhado, como queres iniciar um golpe-de-estado se nem uma arma consegues adquirir”; juro, algumas lágrimas debitei.
Depois das necessárias abluções, retemperadas as forças, sentei-me em frente ao LCD (é menos tentador para os agentes da socialização do que o plasma) para pensar; como para pensar preciso de estímulos inteligentes, liguei nas novelas da TVI (o canal 2 ou os Contemporâneos também me ajudam).
A palavra armas não me saía da cabeça; como conseguir uma... Num dos intervalos das novelas, ao correr canais, deparo-me com um programa a preto e branco no qual um gadelhudo cabeludo, fardado à militar bêbado, exclamava: o voto é a arma do povo!
Qual Arquimedes, mesmo não estando no banho, gritei: Eureka!
Aqui estava o que me faltava para poder levar os meus desígnios em frente: O VOTO!
O voto... mas se o voto é uma arma, como é que a mesma funciona? A minha cabeça fervilha, as orelhas já fumegam, os dentes já me doem de tanto ranger... Como é que aquilo é uma arma?
Não sendo praticante há mais de duas dezenas de anos, a recordação que eu tenho do Voto, é que o mesmo é um pedacinho de papel com uns bonequinhos e quadradinhos impressos no qual é suposto pormos uma cruzinha e depois enterrá-lo numa urna; como não me lembrava de nenhuma guerra, intentona ou agressão com utilização de votos, fui fazer pesquisas nas enciclopédias e até na net ; nada! Virei-me então para aqueles amigos que não falham uma votação e pedi-lhe que esclarecessem!
Eles lá tentaram, mas eu não percebi nada; contaram-me eles que ao votar em determinada força politica em detrimentos de outras, estavam a apoiar quem mais prometia ajudá-los sendo assim o voto como que uma arma, pois que atirava os oponentes para uma espécie de limbo.
Confuso, perguntei: “assim sendo, e tendo os portugueses disparado o voto em todas as direcções por mais de 34 anos como é que estamos todos pior de vida com excepção das classes ditas dirigentes e parasitas que os gravitam?”
Como ninguém me respondeu, lá voltei eu para o meu sofá e telenovelas; triste, acabrunhado, pois que aquilo que eu pensava pudesse ser a minha última tábua de salvação, mesmo que fosse uma arma parecia disparar na direcção errada.
Milhares de horas depois, muitas lágrimas vertidas assistindo aos dramalhões, insidiosamente, uma ideia começou a germinar; durante as minhas recentes pesquisas sobre o voto reparei que os partidos em que poucas pessoas votavam tinham tendência para desaparecer e com eles os políticos que lá se acolhiam; algumas vezes, para sobreviverem iam pedir asilo a outros mais votados; logo, esperto, cabecinha pensadora, concluí:
Político alimenta-se de voto! E político privado de voto fenece e já não tem força para comer mais nada!
Aleluia, os sinos já repicam, tinha a arma que me faltava: a abstenção ou o voto em branco!
Estou convicto que com uma abstenção elevada e/ou um número significativo de votos em branco alguém vai mandar parar o baile e exigir que as cartas sejam dadas de novo; eu sei, já os estou a ouvir, é uma acção perigosa para a democracia (há maior perigo do que o estado a que ela chegou? Até a vergonha já se perdeu)!
Alternativa? Olho, procuro, e só vejo as mesmas caras, com os mesmos vícios e desprezo pelo chamado povo; certamente há, mas as barrigas inchadas, as ancas mais gordas e os cada vez mais recheados sacos das benesses e contas bancárias não deixam ninguém chegar à frente.
Então porque não iniciar uma campanha, junto dos amigos e conhecidos, apelando à abstenção ou voto em branco?
A ser bem sucedida talvez algumas fendas se abram e gente honesta e com vontade de servir, e não de se servir, possa aparecer.
Se nós, vítimas do voto nada fizermos, nada vai mudar!

Ainda hoje li no blog “O Libertário” a frase de Errico Malatesta “Foi o sufrágio universal que fez com que um certo socialismo encontrasse a oportunidade de se situar no terreno parlamentar e de se corromper e de se aburguesar”.
Eu já votei em Branco mais que uma vez, numa tentativa de fazer o voto de protesto que deslocar-me à secção de voto e votar branco devia representar. Surpresa minha, esse voto de protesto é anunciado como “Brancos e nulos”. É misturado com aqueles que se enganaram, que não acertaram com a cruz no quadrado. Que fazer então com o meu voto? Só ir colocá-lo na urna nada resolve. Assim, só me resta uma solução, ir procurar e juntar-me a outros que passem pelo mesmo que eu. Procurar outros a quem a exposição diária à televisão ainda não tirou a lucidez de pelo menos questionar o que nos é impingido pela comunicação social, a voz de todos os poderes. Se não vemos nenhuma alternativa temos de a ir procurar. Ainda há gente honesta por aí e, teimosa suficiente, para assim se manter. Quem sabe um dia a anarquia seja, não um meio para atingir um fim, mas o próprio fim a atingir.

16 comentários:

  1. Gosto de assumir a responsabilidade dos meus actos; daí estar a identificar-me como autor do texto que teve a bondade de publicar.
    Para clarificar a idéia também tenho uma fotomontagem, só que não sei como a fazer chegar às suas mãos.

    Com os meus limitados meios estou a tentar promover a abstenção, ou pelo menos, o voto em branco. Acredito ser o único meio de se poder derrotar a podridão instalada.

    Não querem ajudar-me?

    Zé Muacho

    zelux@netvisao.pt

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  2. Pois é...
    Leiam o "Ensaio sobre a lucidez" do Saramago...
    Quem sabe não será premonitório...
    Não sei se estará previsto na constituição (mas também se o estiver, os políticos encarregam-se de "voltar o bico ao prego" facilmente...basta ver o que aconteceu ao "NÃO" Irlândes)mas vamos imaginar que um dia havia 70% de votos em branco, ou 80%, ou mesmo 90%...o que será que aconteceria?...Esconderiam eles o resultado?...

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  3. Falo algo semelhante no meu blogue.
    Será que poderíamos formar um partido novo?

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  4. Zé Muacho:
    Ainda bem que vieste assinar o teu conto pois ele merece um autor. Quanto à imagem podes sempre enviar a dita para o mail do blog wehavekaosinthegarden@gmail.com
    Quanto ao voto a utilizar no próximo ano ainda estou em duvida. Há três eleições e por isso três possibilidades diferentes de mostrar o nosso descontentamento. Penso que o voto em branco ou a abstenção ficariam melhor nas Europeias. Nas legislativas tenho duvidas
    Um abraço

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  5. João Soares,

    Um novo partido não adianta.

    Mesmo que tivessemos dinheiro (muito) não adiantaria. Jogar no terreno deles com as regras deles... não é viável.

    Nasceram ultimamente 3 novos partidos; já ouviu falar deles?

    Campanhas eleitorais ganham-se nos jornais e, principalmente, nas televisões; como bem sabe, aquilo é um coio de prostitutos... se não tiver nada para lhe dar eles nada lhe darão.

    A única possibilidade é a criação de um movimento de cidadãos utilizando a Net como meio de divulgação e acção.

    Eu estou a tentar!

    Junte-se a mim, vamos-nos a eles!

    Zé Muacho

    zelux@netvisao.pt

    P.S. não pretendo ser dirigente, político ou rico.Só quero pessoas honestas à frente do meu país!

    P.S. 2 - Qual é o seu blogue?

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  6. Organizações de base, do Povo, com o Povo e para o Povo, sem mandantes, controleiros, chefes, ou pesedo-chefes. O Homem só poderá atingir a liberdade plena quando se capacitar que não necessita de amarras, de liders, quando se capacitar da sua força.

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  7. Caro Kaos,

    Foi o próprio Errico Malatesta que formulou essa ideia de que a anarquia não devia distinguir os meios dos fins. A intenção é que não se façam compromissos e cedências que depois se tornem impossíveis de resolver. O caso mais flagrante seria a concepção marxista da ditadura do proletariado como um meio para atingir um fim glorioso, o comunismo. No final de contas o que se está a fazer é uma ditadura e não o comunismo que fica para as calendas gregas.

    O voto nos representantes políticos, na classe política, é também um compromisso que fazemos para atingir um fim, o da boa governação dos nossos interesses. Para isso, encarregamos uma classe de profissionais do discurso retórico, das jogadas de bastidores, das cedências a interesses manhosos, de nos governar, na esperança que desta vez não seja muito mau. É um jogo viciado que só pode ser resolvido com o quebrar do ciclo eleitoral e a dissolução do poder por todos sem excepção.

    abç,
    mescalero

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  8. Só gostaria de saber como ficariam os políticos se ninguém fosse votar. Quem iria ocupar o "poder" (palavra que me arrepia, poder, poderosos, ditadura, ditador(es)). Alguém já alguma vez falou com o seu "representante" na AR? eu nem sei quem é.
    Só o Povo é soberano, não necessita de representantes.

    Eu voto BRANCO

    #ferroadas

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  9. Se há algo que me irrita profundamente, é a voz do povo que repete que os políticos são todos o mesmo, mas depois votam todos nos mesmos.
    Não tendo grandes ilusões gostaria de ver o que aconteceria de existisse uma maioria na assembleia do PC e BE. Tenho ainda algumas ilusões, de apesar de não concordar com muitas das posições destes partidos ainda é onde vejo gente mais honesta e competente pelo menos no que permite a natureza humana.

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  10. É só ir mudando as caras. Fica para quem tiver mais jeito.

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  11. Gente honesta onde???
    Deixem-se de sonhos.

    Aquilo é tudo farinha do mesmo saco!

    Já viram algum desses honestos denunciar a roubalheira,a manipulação da justiça,os jogos de interesses nos orgãos de poder?

    Algum deles fez campanha contra as mordomias com que se banqueteiam gastando o dinheiro do povo,algum desses partidos ignora que saem leis de encomenda como a que serviu para evitar a condenação dos pedófilos da Csa Pia?
    Algum desses partidos meteu algum processo crime contra maus dirigentes políticos e autarcas que empobrecem a nação e enriquecem com os amigos e familiares?

    Enquanto a troco da propaganda e da mentira houver quem os encavalite nas costas do povo,eles nunca deixarão que este sistema corrupto seja alterado.

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  12. Nos últimos 20 anos votei nas ultimas eleições apenas. Quanto ao resto, acho que os não votantes, os brancos ou os nulos para esta gente nada significa. Agora vamos usar um pouco a ilusão. E que tal a criação do partido "VOTO em BRANCO" (PVB) ? Seria giro um partido sem programa, mas defendendo a seriedade, a ética o gerir bem os dinheiros comuns e que a única coisa que faria era aglutinar todos os votos de protesto e ser o fiscalizador da democracia. Se tivesse maioria, dava ao 2º partido mais votado a oportunidade de formar governo, mas que poderia ser dissolvido logo que o PVB quisesse. Assim o voto em branco seria um voto útil e considerado.

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  13. Amigos ,

    Voto em branco ? para quê ? acham que uma abstenção de 70 % ou 80 % ou até mesmo mais preocupa estes mamões ? deixem-se de ilusões, vai haver sempre quem vote nem que sejam eles próprios !

    Nas últimas eleições ocorridas em Portugal (as regionais dos Açores) a abstenção ganhou com 53% … e depois alguém ouviu falar nisso ?

    Abstenções e votos em branco é o que os mamões do PS e PSD querem !!! pois isso é garantiam que ficam lá mais uns tempos com votos dos idiotas e ignorantes (tal como aconteceu nas regionais dos Açores) !

    A arma da democracia não é o voto em branco pois esse deixa tudo na mesma. A arma da democracia é a eleição de gente que nunca foi poder e que nunca governou e que não é mais nem menos que os mamões do costume. Só penalizando os mamões é que eles compreenderão que têm que governar e não governar-se. Não faltam pequenos partidos e ou partidos “sem assento” nos quais se possam votar ! Sequem os partidos e politicas de alterne PS e PSD , façam rolar cabeças , obriguem-nos a levantar-se das cadeiras da assembleia de 3 em 3 anos que vão ver se isto melhora ou não melhora !

    Novos partidos ? Sim sr. muito bem visto, mas com novos rostos !

    Partido do voto em branco ou dos abstencionistas ? Boa ideia

    Golpe de estado ? Essa seria a melhor das soluções !

    Votar em branco ? que me desculpem mas isso é uma ingenuidade !

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  14. Manuel Costa,

    Escolher outros partidos também não é solução. Tem havido alternância entre o PS e o PSD e nenhum deles melhorou por causa disso.

    A tendência é sempre para "parecer" melhor, e então os partidos apostam em campanhas de propaganda elaboradíssimas com estratégias de comunicação que nem nos passam pela cabeça mas que são eficazes e passam a mensagem.

    Não os subestimemos. A capacidade para se autocorromperem é infinita.

    mescalero

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  15. O PVB(Partido do Voto em Branco) teria deputados que apenas teriam de zelar pelo cumprimento dos programas dos partidos. Por exemplo: Quando o Inginheiro veio dizer que ia baixar impostos e os subiu, seria logo corrido do Governo pela maioria do PVB. Quando dissesse que criava 150.000 postos de trabalho, os deputados do PVB fariam uma interpelação ao Governo para especificar objectivos anuais de criação de empregos. Avaliações chilenas, o PVB iria ver no programa se estava indicada no programa do PS isso. Caso não estivesse seria imediatamente chumbada. O voto no PVB seria um voto na fiscalização do sistema. Tal como agora não contaria para formar Governo mas o Povo teria um instrumento para fiscalizar efectivamente a democracia e acabar com os compadrios e corrupção. Alguém que avance que tem 1 voto de imediato !

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  16. Votar em branco é uma opção sim. Porque os votos nos partidos são contados apartir de TODOS os votos validamente expressos. O problema é que as TV's NUNCA destacam, ou simplesmente informam dos valores de brancos e nulos. Brancos e nulos que devem ser devidamente separados.
    A abstenção, também pode ser uma forma de protesto, mas é muito mais difícil quantificá-la em termos de comportamento consciente.
    Outra coisa que é necessário denunciar é o facto de estarmos a ser governados por uma maioria que foi eleita e que representa 25% dos portugueses.A votação obtida pelo PS foi de 2588312 de votos nas últimas legislativas. (consultar site da CNE).E isto com "apenas" 35% de abstenção. Se a abstenção for maior ou se de repente houvesse um número anormal de votos em branco, estaria na minha opinião, o caminho aberto para contestar a LEGITIMIDADE destes governos mas sobretudo do próprio sistema deste regime.
    Mas para isso é realmente necessário que se cheguem a números mais ridículos ainda. Como por exemplo termos um governo apoiado por uma maioria eleita por 15% da população ou algo semelhante.
    Naturamente que é de esperar, que por parte dos partidos se minimize imediatamente uma situação como essa e se tente transmitir a ideia de que tudo está bem e não há alternativa.
    Lembro finalmente o que foi a vergonha das eleições intercalares em Lisboa. A abstenção foi superior a 60%, no entanto todos estarão lembrados da festa feita pela candidatura de António Costa....

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