segunda-feira, dezembro 15, 2008

Ditadores do Betão

O Betão

Uma vez mais a corja que nos governa aposta no betão como forma de ultrapassar a crise em que vivemos. Um problema que existe há décadas e que o betão nunca resolveu. A solução mais fácil e que pretende estabilizar estatísticas mas nada de efectivo resolve. Ganham as empresas que mais contribuem para o orçamento das campanhas eleitorais e perdemos todos nós que vemos a nossa divida ao estrangeiro aumentar.
Porque não se investe esse dinheiro em sectores públicos produtivos que evitem a necessidade de gastarmos tanto em importações? Porque não pode o estado fazer aquilo que os privados não fazem, investir na produção? Assim, continua tudo na mesma e só fogem para a frente até ao dia em que todo este sistema capitalista vai rebentar, condenando-nos há miséria. Não estará na hora de pensarmos em novas soluções?

3 comentários:

  1. Muito bom para publicar Kaos

    Abraço

    http://casegas.blogspot.com/2008/12/feliz-natal-casegas.html

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  2. considero que o Estado deve de uma vez por todas fazer apostas nos sectores mais importantes e deixar que os privados façam o resto.
    a Saúde a educação a justiça a segurança social e a segurança das pessoas são quanto a mim os sectores mais importantes bem como uma rede de transportes que permitam facilitar as deslocações das pessoas.
    o Estado deve ser pequeno mas eficaz, qual o interesse de um Estado gordo, só vejo um, jobs for the boys. Veja-se o que aconteceu com o Ps.

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  3. Kaos, quando me disser claramente que um trolha, um pedreiro ou um engenheiro civil não têm direito a emprego neste país, ficarei mais elucidado.

    Se, por outro lado, se esqueceu inadvertidamente dos empregos destas pessoas, compreendo a sua posição e posso até concordar com alguns dos seus pontos de vista nesta situação. De facto, há algumas empresas que estão a monopolizar as obras em Portugal, como a ME, ou a SC ou a MA, que, no entanto, alimentam centenas de pequenos subempreiteiros, que, por sua vez, empregam centenas de milhar de pessoas. Que também são trabalhadores. Como você ou eu. Além do mais, a esmagadora maioria das verbas gastas nas obras não saem do país, e muitas delas são redistribuídas pelos trabalhadores.

    Sou tão contra obras inúteis como o meu caro amigo. Ainda há algumas necessárias, e algumas estão a arrancar no início do próximo ano. E não consegue imaginar o alívio de algumas empresas transmontanas, que, finalmente, poderão pagar as suas dividas a fornecedores e empregados. Isto, claro, se o Estado pagar a tempo, mas isso é outra conversa, claro.

    Por outro lado, e deparando-me com o que a crise fez a alguns dos estados "anti-obras" da Europa, estou cada vez mais convencido que tem de haver um equilíbrio entre as diversas vertentes do investimento público, mas devemos nos lembrar que a função produtiva é essencialmente de carácter privado, cabendo ao Estado propiciar essa função. Neste desequilíbrio em que nos encontramos, também a função privada tem vistas muito curtas. Demasiado curtas para que possam ser competitivos. Infelizmente.

    Já sei que me pode contrapor com a questão da nacionalização do tecido produtivo, mas continuo a pensar que colocar o Estado a produzir é mais ou menos como colocar o lobo a guardar ovelhas...

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