domingo, março 22, 2009

Bonnie y Clyde à portuguêsa

bonnie and clyde

Soube-se recentemente que o Armando Vara ganhava anualmente 250 mil euros na Caixa Geral de Depósitos, uma quantia simpática, mas com a sua “transferência” para o BCP duplicou este valor para o meio milhão. O Engenheiro que considera que o assunto que não diz respeito ao estado e não gosta de inveja social, nada tem a dizer sobre o assunto. Também nada terá a dizer certamente de, na EDP, uma empresa que já foi de todos nós e que é de interesse estratégico para o país, haver quem ganhe num dia tanto como a média dos trabalhadores num mês. De que gosta de falar é da crise, da terrível crise que tudo justifica, despedimentos, precariedade, redução de salários e da necessidade de fazermos sacrifícios para elevarmos este país acima dos limites mínimos de sobrevivência. Claro que quanto mais pobres nós somos, maiores são as diferenças sociais com aqueles a quem a crise é uma oportunidade para justificarem todas as arbitrariedades e que de nada abdicam para a resolver. È esta gente que nos governa, esta gente que nos mente, nos engana todos os dias para manter um sistema económico que já mostrou só conduzir à miséria de muitos milhões. Está diagnosticado há muito, pelos próprios capitalistas, que brevemente só haverá trabalho par 20% da população do mundo. Eles sabem e só propõem distribuir umas côdeas que nos permitam a sobrevivência e entretenimento para nos distrair dos problemas (o famoso titsentertainment). E, alegremente lá vamos nós cantando e rindo.

4 comentários:

  1. O português gosta de ser enrabado a sangue frio por isso não se vai passar nada.Ele ainda compra a vaselina para ser fodido pelos politcos.
    Espero que um dia aconteça a estes CABROES o que aconteçeu ao CORRUPTO nino vieira.

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  2. Ele gosta muuuuuuuuuuuito de Lagosta à la Coelhone regada por um brut de origem demarcada de Cascais.Seguido por pato bravo da Malveira.Para sobremasa um abraço fraterno do padrinho (Deus o tenha)

    Beijokas

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  3. "Há muitos, muitos anos, li um livro (Heinlein (?), Bradbury (?)) em que se descrevia uma sociedade do futuro em que uma percentagem mínima da população vivia faustosamente enquanto os restantes, embora com as necessidades mínimas asseguradas, sobreviviam; curiosamente, nessa sociedade, era crime fumar enquanto que o consumo de drogas, ainda que não legalizado, era incentivado com o objectivo de manter as pessoas abúlicas e conformadas.

    Não sou de acreditar em teorias da conspiração (Bilderberg e outras) e, até prova em contrário, continuo a acreditar que as pessoas ao pretenderem o seu bem tentam prejudicar minimamente o próximo.

    No entanto, com o que se está a passar no mundo, algumas dúvidas começam a instalar-se.

    A crise financeira não começou anteontem e rebentou ontem; foi um processo que se iniciou no princípio do século e se desenvolveu ao longo dos últimos anos; o que se estava a passar era do conhecimento geral e os sinais estavam por todos os lados, com denúncias mais ou menos veladas, em toda a informação especializada.

    E o que fizeram todas as entidades mundiais ao longo destes últimos oito anos? Nada!

    Pelo contrário, sinais como o escândalo Enron e outros que se lhe seguiram, a espiral do aumento dos lucros empresariais cujo tecto era o infinito, foram desvalorizados e muitas vezes completamente encobertos.

    Quando o buraco atingiu dimensões tais que não era mais possível ocultá-lo e a crise eclodiu, todos os que governam, superintendem e regulamentam, que têm acesso a informação privilegiada, com as mãos na cabeça, hipócriticamente, exclamaram: “Não sabíamos de nada!”

    Alguém pode acreditar?

    As medidas avulsas que tomaram então, mais do que ressarcir os prejudicados, parecem ir no sentido de beneficiar os prevaricadores.

    E agora, como resultado da crise financeira, estamos com uma coisa muito mais grave, a crise económica, e o futuro que se vislumbra é negro.

    Os efeitos ainda mal se sentem mas o anúncio de falências, o encerramento ou redução de unidades de produção, estão aí; os nomes mais sonantes nesta cascata eram a GM, a Ford, a Chrysler, a Opel, a Renault, hoje foi a BASF e amanhã mais virão; por arrasto, milhares de pequenas e médias empresas em todo o mundo irão encerrar; nos próximos meses, aos já existentes, milhões de desempregados se irão juntar e algumas economias asiáticas, que estavam estruturadas sobre empresas deslocadas e cuja produção era destinada em grande parte aos mercados europeu e norte-americano, vão entrar em colapso.

    Com o avanço tecnológica das últimas décadas, era evidente que muitos postos de trabalho na indústria, só eram mantidos porque o preço político a pagar pela sua extinção era muito elevado.

    Ora esta crise, consequência da financeira que era previsível e que ninguém fez nada para a evitar, vem justificar o que parecia irrealizável sem graves perturbações: despedimentos em massa e posterior reestruturação industrial.

    Provavelmente, num futuro não tão longínquo aos encerramentos de agora, irão suceder-se a abertura de novas unidades de produção montadas sobre plataformas tecnológicas avançadas e cujas necessidades de mão-de-obra serão limitadas a meia dúzia de técnicos altamente qualificados.

    Devaneio meu ou, talvez, a justificação da cegueira, surdez e afonia dos decisores mundiais."

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    Hoje, temo que a conclusão com que finalizei o escrito, esteja completamente errada.

    Começa-se a falar de taxas de desemprego a nível mundial na ordem dos 30% a 40%; alguns admitem mesmo que se possa chegar aos 50%, 60%.

    Um Estado, a Islândia, já faliu; outros podem estar na calha; a falência, ou graves dificuldades económicas, implicará que o pagamento dos vencimentos dos funcionários públicos, pensões e prestações sociais, deixe de ser honrada total ou parcialmente.

    Também já muitos analistas avançam a hipótese de que com o avançar da crise (acreditem, isto ainda é só o início) que os PIGS (Portugal, Itália, Grécia e Espanha) venham a ser empurrados para fora da União Europeia

    A maior parte da população desempregada, funcionários públicos e pensionistas sem os seus rendimentos, levará certamente à eclosão de graves distúrbios que a polícia certamente não terá capacidade de conter; então o exército sairá à rua e o caos estará instalado...

    Aí, teremos a sociedade descrita no tal livro que eu li há mais de 40 anos... Uns poucos, muito poucos, donos do mundo, vivendo num fausto e abundância inimagináveis; o resto da população sobrevivendo dos restos que lhe serão atirados do alto dos castelos dourados...

    Pesadelo meu? Mesmo não sendo crente rezo para que seja apenas isso...

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  4. Post DEPLORÁVEL. Uma coisa é ironizar, outra é OFENDER.
    Um pouco de RESPEITO pelo casal Bonnie & Clyde é o mínimo que se exige!

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