Mas, no fim, quando já quase desesperava a espera compensou. O Festival de cinema de Cannes, os filmes, o filme de Sophia Coppola, “Maria Antonieta”, personagem cuja história, muito o ajudou à sua opção pela direita politica. Afinal “ela nada mais era que uma jovem rapariga que gostava de se divertir”. Livros, mais livros, o livro definitivo sobre a história da revolução francesa, "Citizens", que lhe foi “apresentado pelo Vasco Polido Valente, em versão brasileira, escrito por um inglês para dai chegar novamente aos malefícios da esquerda. Ficamos aliás a saber, de viva voz, ali em directo um novo facto que pode mudar toda a nossa percepção da história, desde os seus primórdios ainda “amacacados” até aos dias de hoje. –“O terror começou com a revolução francesa”. Sim, é verdade, só nessa altura foi ele inventado por aqueles revolucionários esquerdistas. Persas, Gengis Kan’s, idades média, inquisições afinal nada mais causaram que alegria, indiferença, ou em muitos poucos casos, um pequeno arrepio na espinha de medo. Nada de mais. Até que, em pleno 1791, ali, em França, os revolucionários de esquerda finalmente inventaram o “Terror”. Há já quem diga que, foram também eles, quem criou as condições para a existência do nosso maior festival de cinema em Portugal, “O Fantasporto”. Assim se faz a cultura do nosso país.
Se há quem chore de alegria porque não haveremos de rir de tristeza. Todas as imagens deste blog são montagens fotográficas e os textos não procuram retratar a verdade, mas sim a visão do autor sobre o que se passa neste jardim à beira mar plantado neste mundo, por todos, tão mal tratado. A pastar desde 01 Jan 2006 ao abrigo da Liberdade de Expressão.
quarta-feira, maio 31, 2006
Paulo Portas, Maria Antonieta e o Terror
Mas, no fim, quando já quase desesperava a espera compensou. O Festival de cinema de Cannes, os filmes, o filme de Sophia Coppola, “Maria Antonieta”, personagem cuja história, muito o ajudou à sua opção pela direita politica. Afinal “ela nada mais era que uma jovem rapariga que gostava de se divertir”. Livros, mais livros, o livro definitivo sobre a história da revolução francesa, "Citizens", que lhe foi “apresentado pelo Vasco Polido Valente, em versão brasileira, escrito por um inglês para dai chegar novamente aos malefícios da esquerda. Ficamos aliás a saber, de viva voz, ali em directo um novo facto que pode mudar toda a nossa percepção da história, desde os seus primórdios ainda “amacacados” até aos dias de hoje. –“O terror começou com a revolução francesa”. Sim, é verdade, só nessa altura foi ele inventado por aqueles revolucionários esquerdistas. Persas, Gengis Kan’s, idades média, inquisições afinal nada mais causaram que alegria, indiferença, ou em muitos poucos casos, um pequeno arrepio na espinha de medo. Nada de mais. Até que, em pleno 1791, ali, em França, os revolucionários de esquerda finalmente inventaram o “Terror”. Há já quem diga que, foram também eles, quem criou as condições para a existência do nosso maior festival de cinema em Portugal, “O Fantasporto”. Assim se faz a cultura do nosso país.
terça-feira, maio 30, 2006
Tantos "Prós" para nenhum "Contra"
Um bom exemplo disso foi este último programa, onde a única diferença nunca esteve no modo de fazer ou na crítica ao que tem sido feito, mas sim na intensidade com que deve ser feito. Do catastrófico Medina Carreira ao mais optimista Silva Lopes, passando por Administradores da Sonae (o Belmiro em pessoa), da Galp, mais uns “yes men” comentando das cadeiras da plateia todos tocavam a mesma música.
Concluindo, o Sócrates até é fixe, embora esteja na altura de dar mais umas fortes machadadas na função pública e na política social, as condições para o fazer são as ideais e claro há que mudar a constituição, grande empecilho da nossa economia. Liberalismo puro e duro com muitos “Prós” e nem um único “Contra”.
O tons mais coloridos foram dados pelo Belmiro quando depreciou e desprezou aquilo a que chamou de comunistas dizendo que nada mais representam que 15% da Assembleia da Republica. Com Cavaco em Belém, Sócrates a dominar o partido Socialista e o governo e uma oposição aflitinha para fazer a mudança, era aproveitar para alterar a constituição, emagrecer a Função Pública e desbaratar o estado social.
Só em pequena nota de “Contra”, digo eu que a maioria dos 85% dos deputados a que se refere para aprovar a mudança, quando foram eleitos, não defenderam essas ideias. Não têm por isso a legitimidade democrática para as fazer aprovar, isto se ainda nos queremos considerar uma democracia.
A outra nota de cor veio da parte do ex-socialista Medina Carreira, que apresentou um cenário de fim do mundo, do qual será sempre um dos responsáveis, por, também ele, já ter ocupado o cargo de Ministro das Finanças. Dai, partiu para a afirmação de que nenhum dos partidos do actual espectro político português, ter a capacidade de resolver o problema. Mais grave, foi quando se afirmou capaz, acompanhado de mais 30 pessoas escolhidas, de resolver o problema fora do actual sistema político. Dessa afirmação à ideia de um novo regime ditatorial vai uma distância que não vislumbro. Quando tais afirmações são proferidas em publico, e não são contestadas por nenhum dos presentes, só senti muitos “Prós” e nenhum “Contra”.
Os novos "Sheriff of Nottingham"
Ora ai está mais uma ideia para nos sacar mais uns dinheirinhos do bolso. Infelizmente, tudo o que vejo sair da cabeça destas “sumidades”, só vem no sentido de nos cobrar mais dinheiro.
Uma Europa unida, deveria tentar fazer convergir todos os seus membros para níveis de vida e de desenvolvimento semelhantes e não ser um palco de lutas fratricidas pelo poder. O que vemos são os países mais ricos a não querer suportar as maiores despesas da União, mas a quererem aproveitar as vantagens que a mesma lhe concede.
É talvez a altura de todos se sentarem à mesa e procurar saber se, neste estado de coisas, vale a pena continuar. E as perguntas a fazer são muitas:
Porque não entra a Inglaterra na moeda única?
Que responda quem sabe.
segunda-feira, maio 29, 2006
Para quem gosta de comer
Depois de sermos bem recebidos pela simpatia do dono O Sr. Henrique e das empregadas, temos muito por onde escolher. Ou melhor têm, que eu já sei aquilo a que vou: Empada de coelho bravo. (Um conselho que dou, não acreditem quando vos disserem que uma empada dá para duas pessoas, aquilo é dose individual e para ficar a chorar por mais).
Entradas com Azeitonas, Pimentos assados, Coelho de coentrada, linguiça frita, cenoura aberta de coentrada, queijo e pão.
Para beber há muito por onde escolher numa óptima lista de vinhos. Um “Cartuxa” fica sempre bem com a empadita.
Para adoçar a boca no fim a dificuldade está na escolha: Doce da casa (pinhão com doce de ovos e canela), Toucinho do céu alentejano, Tarte de requeijão, Ensopado de noz, Queijinho do céu, Fidalgos, Viscondes, Tarte de pinhão,…
A acompanhar o café a simpatia da casa com um Licor de bolota ou pedindo uma aguardente caseira.
O momento mais desagradável vem no momento da conta, mas de tão satisfeito que se está, dá para esquecer.
Um último conselho, tentem arranjar um amigo daqueles “Eu só bebo sumol”. Mesmo que seja daqueles um bocado melgas, se tiver carta e carro para conduzir depois daquilo vale a pena.
Mais Laranjas amargas para Cavaco do Jardim da Madeira
Alberto João Jardim pediu ao Presidente da República que obrigue o Governo de José Sócrates a assumir, como compromissos de Estado, as 35 promessas feitas à Madeira pelo do anterior executivo de Durão Barroso, antes das eleições regionais de 2004. "Não ajudámos a eleger o professor Cavaco Silva para ele ver os comboios passar", lembrou ontem o líder madeirense na abertura do XI Congresso Regional do PSD.»
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Até quando vai Cavaco Silva "chupar" esta laranja amarga produzida pelo Jardim da Madeira?
Depois de não dizer nada, após o desrespeito de Alberto João Jardim para com as instituições da Republica, ao assumir que não cumpriria com a lei das incompatibilidades aprovada na Assembleia da Republica afirmando, “Como nós não a vamos aplicar, eu não sei se Portugal continental ou o Estado central ainda têm barcos de guerra para ocupar a ilha”, vê-se agora acusado de “andar a ver comboios passar”.
No primeiro caso fomos, todos nós que fomos desrespeitados, mas no segundo é um apontar o dedo directamente à pessoa Cavaco Silva. Irá ele engolir mais esta laranja amarga ou sairá finalmente detrás dos “pobrezinhos” onde tem andado escondido?
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Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17
domingo, maio 28, 2006
Um polvo de mãos invisíveis
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Quem oiça esta sumidade da nossa Comunicação Social e director da SIC Noticias, deve ficar com a impressão que vivemos num país onde tudo corre sobre rodas. Corrupção, não existe, incompetência, nem sabemos o que é. Se há quem se refira a esses temas é porque é um simplório, crente nas absurdas teorias da conspiração.
Infelizmente para mim tenho de me colocar nesse número de “patetas” que acredita no “polvo” que tudo controla. Basta-me assistir à televisão de que é director para “imaginar” silêncios comprados, comentadores tendenciosos ou notícias encapotadas.
O Carrilho é o Carrilho e nem vale a pena dizer mais nada. Tem no entanto razão quando fala da falta de isenção da nossa comunicação social. Basta ver a “defesa da honra” feita pelo Ricardo Costa, na estação de que é director, em que contratou diversos comentadores para atacar um livro mesmo antes de o terem lido. Estranha forma de isenção esta que este Sr. usa na “sua” estação de televisão.
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sábado, maio 27, 2006
Taxas, quem as tem chama-lhes sua.
Claro que as empresas atingidas por esta proposta já saíram a terreiro defendendo que esta lei não se aplica nos seus casos.
A EPAL, diz cobrar uma taxa de disponibilização da água, como se isso não estivesse já incluído no preço da própria água.
Já a EDP diz cobrar, não o aluguer do contador, mas uma taxa de potência contratada que garante ao consumidor a prestação de um serviço de prestação de electricidade de uma determinada potência. Não é esse o seu negócio, fornecer electricidade a quem a paga?
Ângelo Correia, presidente da Lusogás, considera ser esta uma medida grave para as empresas de gás, referindo que a taxa cobrada é um “termo fixo”, servindo o dinheiro cobrado, para fazer face aos investimentos da empresa e garantir ao cliente um limite mínimo de fornecimento de gás. Parece-me que com ou sem taxa é essa a razão da sua existência, ou estarei eu enganado?
Também a PT e outros empresas que disponibilizam telefones fixos ficam sem possibilidade de cobrar o famoso aluguer do telefone.
Não deveria o aluguer da já tristemente famosa “power-box” da TVcabo ser também ela isenta de pagamento, já que é pago o serviço? E os modem da Netcabo?
Esperemos que esta lei seja efectivamente aprovada e que, as “desculpas de mau perdedor” já apresentadas sejam ultrapassadas, e os consumidores possam efectivamente dela beneficiar. Para que isso aconteça são necessárias medidas que garantam que, os valores destas taxas não sejam diluídos no preço do próprio serviço.
sexta-feira, maio 26, 2006
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Na exacta coincidência das suas coordenadas, o KAOS (editor) faz anos.
De baixo da aparência de um caos, na curva dos dias que se vão passando, um febril e amável empenho semeia sonhos e coincide com as mais precisas medições a Terra.
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P.S – Esta coordenada ( WGS como convém ) é a de Belém – homenagem a um epíteto que por aqui vi.
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PARABÉNS
Uma questão pH
Em adolescente adulterei este potencial numa espécie de indicador antecipatório de compatibilidade. Uma espécie de “potenz” que anunciava um acordo perfeito acompanhado de afeição. Uma espécie de química privada que não tinha muita sabedoria mas tinha o máximo de sabor possível. A avaliação do pH antecipava o conhecimento do sal das bocas que estreitam os lábios, fazendo bater o coração mais depressa e anunciando um milagre alquímico que devia acontecer.
Para mim, a “questão do pH” é uma avaliação de sabor sem saber. Quando o pH é compatível o desconhecido é forjado com uma alegria ténue e misteriosa.
Nos Blogs analiso alguns dos comentários através dessa química privada, pH compatível, pH incompatível. Às vezes comento, outras não. Uma questão pH!.
Jorge Matos
quinta-feira, maio 25, 2006
A Sanfona mecanica
O estado só deve manter os seus compromissos sociais com os “pobrezinhos, e todos os outros devem dele ser “libertados” .
Este discurso, feito numa muito mais longa lenga-lenga é repetido, quase textualmente, independentemente do assunto que estiver a ser tratado.
Hoje, por exemplo, a defesa destas ideias, foi feita ao afirmar que, esta devia ser a estratégia do pequeno Mendes, para dar credibilidade ao PSD. Foi isto, mas podiam estar a falar de um qualquer outro assunto, que o Pacheco havia de encontrar uma forma de papaguear o discurso.
Aquilo não é comentar, é ligar a sanfona.
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FEIRA DO LIVRO
O livro é o mais assombroso instrumento ao serviço das ideias. O livro expande a memória a imaginação e o sonho. Folha a folha as palavras respiram em ideias para além do concreto.
As folhas dos livros amarelecem, mas a mente floresce.
Jorge Matos
quarta-feira, maio 24, 2006
DIETAS DE VERÃO
Não seria mau que os beneficiários do poder económico, eles sim, perdessem alguma gordura e contribuíssem para o desenvolvimento da actividade industrial do país, para o aumento da riqueza disponível e para a superação de uma economia dependente, quase só, do comércio e dos serviços.
A ideia de que a superação do atraso se resolve com o emagrecimento do Estado faz-me lembrar a ideia de felicidade que subjaz aos anúncios das dietas de verão e à sua vacuidade científica.
Jorge Matos
Marcelo. O vendedor da banha-da-cobra
Falta uma nova “cultura cívica”, sobretudo na criação de uma nova economia, num país em que “nem a direita (conservadora-bonapartista ou com preocupações sociais), nem a esquerda (estatista, intervencionista e dirigista), são liberais”. Uma das reformas que faltam é, de resto, “a adequação da justiça a uma economia de mercado”.
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Confirma-se, de facto, a tendência para o professorado no nosso Marcelo. Eu não sabia, que o objectivo de “criar uma economia liberal”, tinha sido decidido em simultâneo com a descolonização ou a democratização. Já estou a ver, dia 25 de Abril de 1974, Posto de Comando do MFA e o Otelo, a dizer: Camaradas, vamos acabar com a injusta guerra colonial, transformar Portugal numa democracia popular e criar uma economia liberal.
Viver e aprender.
Define depois a “direita” como “conservadora-bonapartista ou com preocupações sociais”. Fico aqui a pensar em que grupo o devo “encaixar”. E o Portas, e o outro, aquele gajo do BCP. Tenho de repensar todas as minhas “definições “ da direita portuguesa.
Nem esta direita é liberal, assim como também não o é a nossa “esquerda” que se pode definir como, estatista, intervencionista e dirigista. Convinha alguém avisar o Sócrates disso.
Conclui depois, afirmando a necessidade da “adequação da justiça à economia de mercado”. Adequá-la para quê? Neste momento quem tem dinheiro já não a pode comprar? Pensava que sim?
Pena que a Natália Correia já não possa escrever mais poemas para o seu Cancioneiro Joco- Marcelino. Seria, nesta altura uma obra com vários volumes.
Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping
terça-feira, maio 23, 2006
Não estudam, pá,.... depois pá,...não estudam,...pá
“Estou conhecedor da posição da Comissão Europeia sobre essa proposta”. “Perante esse tipo só tenho um comentário a fazer: acho que os políticos devem primeiro estudar antes de fazerem qualquer proposta”.
José Sócrates, comentando a proposta de Marques Mendes, apresentada no congresso, de que o governo deveria solicitar à Comissão Europeia dinheiro para poder “pagar o despedimento” dos funcionários públicos.
Para além do manguito que a Comissão Europeia fez à proposta, felizmente, há aqui outro problema que me escapa. Que os privados usem este tipo de estratégia para reduzir pessoal, entende-se, ficam sem o chato do trabalhador e o estado que depois o sustente. Mas terá ele lógica quando usada pelo estado? O estado livra-se do trabalhador pagando-lhe para ele se ir embora. Pronto já está. Só que logo esse Funcionário Público lhe entra pela porta dentro, informando-o que agora está desempregado. Perde-se um trabalhador activo que contribuía com os seus impostos para a segurança social, e ganha-se um desempregado que passa só a consumir dos impostos de outros. Aumenta-se o desemprego, o buraco da segurança social, os problemas sociais e a miséria no país. Isto não parece fazer muito sentido, pois não. É a chamada lógica do batata. Do não, dos, porque depois aparecem muitas cabeças pensantes a falar do défice, da produtividade, da crise, dos gráficos, dos outros, deles, dos privados, dos conselhos de administração, das Opas, das bolsas, do peso do estado, das privatizações, do raio que os parta.
A economia pode ter um milhão de complexas variáveis e ser algo só ao alcance de alguns iluminados, pobres de nós tão simploriamente mortais, mas a coisa tem de, no final, apresentar resultados com lógica. As coisas têm de ter lógica, fazer sentido e isso até nós percebemos. Por isso desconfiamos, para mais vendo os lindos resultados que os seus “cantos de sereia” têm conseguido produzir.
segunda-feira, maio 22, 2006
Os silêncios de ouro
Quando estas afirmações foram proferidas eu mostrei o interesse de saber o que iriam dizer Marques Mendes e também, Sr. Silva lá de Belém. Até ao momento, tudo o que consegui ouvir foi um longo silêncio.
O do Sr. Silva parece demonstrar quão enganosa foi a sua campanha eleitoral, em que afirmava que tudo ia fazer e acontecer. Já aí, muitos colocaram em causa as suas promessas, por não serem competências do Presidente da Republica, o que se confirma. Mais, nem naquelas funções que lhe estão atribuídas, como garante da soberania nacional, parece querer ter o papel interveniente que prometeu. Estas declarações do Sr. Jardim são uma clara afronta e desafio ao poder do estado, por ele representado e, passado todo este tempo, não vemos uma atitude dura para colocar o Sr. Jardim na ordem. Pode-se dizer que também os outros Presidentes que o antecederam o não fizeram, mas esses tinham sido eleitos pela esquerda, o que poderia iniciar uma crise partidária. Cavaco, que prometeu a diferença, nem essa desculpa tem.
Já o pequeno Mendes, não falando do assunto, acabou por mostrar a sua posição ao propor, João Jardim, para a presidência do Conselho Nacional do Partido. Um “Ámen” a uma afirmação claramente provocatória para a soberania do estado. Também o Mendes tropeça no seu próprio discurso, já que desde sempre se posicionou como moralizador da politica. Afinal, mais uma demonstração da sua pequenez como líder que tudo tem de aceitar.
Perante os silêncios da anterior deixo aqui uma outra pergunta. Será que não há um único jornalista ou comentador político, daqueles que por ai pululam na nossa comunicação social, que estranhe estes silêncios e cumplicidades? Deveremos nós estranhar esses novos silêncios e transforma-los em novas cumplicidades? Que responda quem sabe ou quem disso tenha obrigação.
Cromos da Política VII
domingo, maio 21, 2006
Souto Moura: Envelope pariu uma bufa
Crime é denunciar irregularidades praticadas em processos e não cometer essas irregularidades. Em Fevereiro perguntei aqui neste blog se o Procurador-geral da Republica era burro ou desonesto. Infelizmente parece que a resposta é a que pior serve a nossa justiça.
Escreveu-se torto por linhas do Direito que como se sabe nada tem a ver com a justiça.
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sábado, maio 20, 2006
SINESTESIAS
Desde então uma transposição-identificação amplificou o objecto numa abstracção, como impressão sensível – as cerejas são ideias.
Jorge Matos
Le temps des cerises
Quand nous en serons au temps des cerises,
Et gai rossignol et merle moqueur
Seront tous en fête.
Les belles auront la folie en tête
Et les amoureux du soleil au coeur.
Quand nous en serons au temps des cerises,
Sifflera bien mieux le merle moqueur.
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Mais il est bien court, le temps des cerises,
Où l'on s'en va deux cueillir en rêvant
Des pendants d'oreilles.
Cerises d'amour aux robes pareilles
Tombant sous la feuille en gouttes de sang.
Mais il est bien court le temps des cerises,
Pendants de corail qu'on cueille en rêvant.
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Quand vous en serez au temps des cerises,
Si vous avez peur des chagrins d'amour
Evitez les belles.
Moi qui ne crains pas les peines cruelles,
Je ne vivrai pas sans souffrir un jour.
Quand vous en serez au temps des cerises,
Vous aurez aussi des chagrins d'amour.
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J'aimerai toujours le temps des cerises:
C'est de ce temps-là que je garde au coeur
Une plaie ouverte,
Et dame Fortune, en m'étant offerte,
Ne saurait jamais calmer ma douleur.
J'aimerai toujours le temps des cerises
Et le souvenir que je garde au coeur.
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Jean Batiste Clément (1831-1903)
Dedicada a uma maqueira da Comuna de Paris (Louise)
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Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO
Tu és mau. Não tu é que és mau
Mário Crespo "entrevistou Manuel Maria Carrilho no jornal da SIC notícias. Uma Sopeira jornalística enxertada em peixeira ofendida vs. um Carapau de corrida filosofando desculpas e rancores. Um triste espectáculo de jornalismo de isenção contra um sorriso enjoativamente hipócrita.
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Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO
SIC Notícias: Mais um auto golo na credibilidade?
Alguém está evidentemente a mentir.
Se for o Benfica, só lhes fica mal e mostra a razão de quem considera de pouca confiança a palavra dos dirigentes desportivos e, a palavra não mais é que a expressão daquilo que realmente somos.No caso de se vier a confirmar a falsidade dessa notícia, então é muito mais grave para a SIC e para todos nós. Seria incompreensível que uma estação de televisão noticiasse um acontecimento factual, para depois o mesmo ser desmentido logo de seguida. Como poderíamos nós, dai para a frente, confiar nas notícias que nos são dadas? Justificará, mentir ou transmitir uma informação não confirmada, para se ser o primeiro, correndo o risco de perder a credibilidade? Mal seria para a Comunicação Social, espelho do estado do nosso país..
sexta-feira, maio 19, 2006
FALEM MAL, MAS FALEM DE MIM
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Proscrito moralmente pela Igreja Católica e criticado ferozmente por religiosos praticantes, a adaptação no cinema do best-seller homónimo de Dan Brown, gira em torno da clássica pintura de Leonardo da Vinci, A Última Ceia, em que Jesus Cristo está sentado com os apóstolos para uma refeição. A tese defendida pelo livro/filme é que a pessoa sentada à direita de Jesus não é apóstolo João, é Maria Madalena. E ela não seria a famosa prostituta que há séculos os cristãos acreditam que seja. Seria a esposa de Jesus, esperando um filho dele, segredo que a Igreja Católica teria escondido por 2 mil anos. Na teia de mistérios e conspirações, os protagonistas descobrem que há outros segredos em códigos e mensagem cifradas, contidas nas obras de Da Vinci – a começar pelo enigmático sorriso da Monalisa. Entre as principais polémicas, temos a procura do Santo Graal, também conhecido como Cálice Sagrado, que não seria o famoso cálice da refeição – seria, sim, a linhagem de Jesus Cristo (os descendentes) que a Igreja supostamente escondeu durante todo esse tempo. Na apresentação do filme, no festival, quando o simbologista Robert Langdon (Tom Hanks) diz à criptóloga Sophie Neveu (Audrey Tautou), no fim de uma ofegante cavalgada por Paris, Londres e Escócia atrás de números, códigos e do Santo Graal provavelmente ela é a última de uma linhagem que descende de Jesus Cristo, a sala não aguentou mais e cedeu: gargalhadas.
Houve gargalhadas no Festival de Cinema de Cannes, mas há quem preveja que será bem recebido
Falem mal, mas falem de mim, parece constituir a máxima do marketing aplicada ao Código da Vinci. As estatísticas confirmarão este paradoxo!
Jorge Matos
Marque Mendes não sabe nadar, iôôh
“O caso do encerramento de alguns blocos de partos prova as fragilidades de Marques Mendes confrontado no próprio partido com vozes dissonantes, como Luís Filipe Menezes e Manuela Ferreira Leite”. ”O Dr. Marques Mendes não se deu conta de que o incêndio que deixou atear é maior do que os meios de que dispõe para o combater. As populações estimuladas artificialmente não lhe perdoarão a frustração futura”.
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Ainda nem foi o congresso e Marques Mendes, qual Titanic, afunda-se, afunda-se. Será que alguém lhe vai mandar uma bóia de salvação ou vão olhar para o outro lado dizendo: Não é nada comigo, não é nada comigo.
Oh! Mendes, gand’a nóia.
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A queda do Império Americano
Em represália, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, suspendeu as negociações para um tratado de livre comércio com o Equador. Neena Moorjani, porta-voz da Casa Branca, disse que o governo americano estava "decepcionado"
A dança continua na América Latina. Cuba, Venezuela, Bolívia e agora o Equador, sem falar de outros tantos países onde os candidatos da esquerda têm vindo a ganhar eleições. A cada dia que passa, os EUA olham para baixo e vêm mais gente para colocarem no “eixo-do-mal”. Pela primeira vez na história começam a ver o “inimigo” mesmo ali ao lado das suas fronteiras, resultado da política que sempre adoptaram para aquela região.
Durante muitos anos, ai promoveram golpes de estado, apoiaram ditadores e apadrinharam a existência de uma cultura de miséria para aqueles povos enquanto exploravam os seus recursos naturais.
George Bush está cada vez mais apertado na sua politica, com as guerras do Afeganistão e Iraque a consumirem-lhe recursos militares e popularidade interna, o Irão e a Coreia do Norte a baterem o pé e a avançarem no Nuclear, a Rússia e a China a vetarem-lhe as resoluções na ONU e agora com o crescendo da animosidade na América Latina. Estaremos a chegar ao fim do sonho do Império Americano?
quinta-feira, maio 18, 2006
João Jardim Mais uma pérola para o rosário
“Como nós não a vamos aplicar, eu não sei se Portugal continental ou o Estado central ainda têm barcos de guerra para ocupar a ilha"
O grande interesse agora está, não na jardinarice que o nosso Alberto disse, mas sim no que vão dizer Marques Mendes primeiro e Cavaco Silva depois. Cá fico à espera.
Um puzzle para Marques Mendes
Como já referi há algum tempo atrás, o grupo interno que melhor se posiciona para essa tomada do poder é o liderado pela dupla Manuela Ferreira Leite / António Borges, sob os bons auspícios da, sempre presente, sombra cavaquista.
Na sua ânsia de oposição Marques Mendes grita contra o governo por tudo e por nada, numa demonstração de alguma desorientação populista. Atentos, os seus carrascos surgem a terreiro, apoiando medidas do governo, por ele criticadas, procurando dar assim um sinal de ponderação e responsabilidade, como aconteceu no caso do encerramento das maternidades. Uma guerra de guerrilha, executada com tiros certeiros que deixam o pequeno líder com as calças na mão. Ou abre uma guerra interna, confrontando os seus adversários e aceitando as consequências ou cala e consente. De uma forma ou de outra não se lhe prevê um futuro muito auspicioso.
quarta-feira, maio 17, 2006
PISA
When immigrant students succed – a comparative revue of performance and engagement. O estudo é focalizado em 12 territórios com larga expressão de imigração. (in Canhoto)
O estudo demonstra, claramente, que o sucesso escolar dos estudantes imigrantes (mesmo os de segunda geração) é menor do que os estudantes nativos. Contudo, o diferencial depende do sistema escolar dos diferentes países.
No Canadá, Austrália e Nova Zelândia o diferencial é nulo enquanto noutros países é enorme. Os estudantes imigrantes dos mesmos países de origem têm níveis de sucesso diferentes em diferentes países de acolhimento, “immigrant students whose families have come from Turkey tend to perform poorly in many countries. But they do significantly worse in Germany than they do in Switzerland”.
A política de combate à exclusão e as estratégias escolares de inclusão fazem a diferença e são o motor da integração plena.
Jorge Matos
Contributo para o Echelon: SIGDASYS, white noise
“Tudo vai acabar em pizza”
Em Portugal, a expressão não é usada. No Brasil esta expressão ganhou forma devido a particularidades da colónia italiana existente no Brasil. As frequentes desavenças e futricas histriónicas dos italianos acabavam ao lado da unanimidade culinária - a pizza, ficando tudo esquecido.
A expressão foi reutilizada durante o CPI do Collor e recentemente na CPI do Mensalão, tornando-se expressão popular.
Quando o Brasil vive uma crise política que envolve as suas instituições, os brasileiros temem que tudo acabará em pizza, ou seja, não dará em nada. A expressão faz hoje parte do imaginário popular brasileiro e ilustra a impunidade que rodeia os problemas institucionais. A sua utilização encerra uma crítica e um desejo de justiça mas também, uma representação pessimista anestesiante de acção transformadora.
Como reacção a essa anestesia, construída à sombra de falsas consensualidades, surge no Brasil o movimento “ Diga não à pizza”.
Em Portugal, apesar das coisas não serem muito diferentes, o termo não existe.
Em Portugal, tudo fica em águas de bacalhau. Diga não ao bacalhau!
Jorge Matos
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Don Quijote de la Moura carrega sobre os novos moinhos eólicos
Ora ai está uma das áreas onde o grande capital não se importa de investir na produção; a energia. Foi “oferecida” pelo estado aos privados, que avidamente se agarraram à mina de ouro. Basta pensar que a EDP apresentou no ano de 2005 um lucro recorde de 1.071 milhões de euros, e para o ano já foi anunciado que o aumento da energia eléctrica para os consumidores privados, todos nós, será de 4,5% (“Se bem me lembro”, como dizia o Nemésio).
Reli agora aquilo que escrevi e deparei-me com a seguinte pergunta: mas afinal o que há aqui de anormal que justifique que esteja para aqui a escrever isto? Aparentemente, nada, tirando talvez o facto de a empresa ter lucros tão fabulosos e nós pagarmos a electricidade mais cara da Europa.
De pergunta em pergunta lá me perguntei de novo: mas porque razão não ficou o estado, tão carente de dinheiro, com o controlo da energia e dos lucros que gera? Eventualmente poderíamos, nós consumidores, ser beneficiados caso o governo abdicasse de algum lucro em troca de electricidade mais barata e ganhava o estado receitas. Sim, que aquele “chavão neo-liberal” de que a concorrência gera preços mais baixos não pode ser tão levianamente generalizado. Veja-se o caso dos combustíveis, da electricidade e espero que nunca se venha a ver o caso da água (estão-lhe com uma fome e são muitos cães a um osso).
Mas, se calhar devemos todos agradecer ao Primeiro-ministro, não só a este a todos os outros e também a todos os ministros por nos permitirem chegar a 2006, em crise é verdade, mas a podermos ouvir o Pina Moura anunciar que se o deixarmos ganhar nos oferece 500 novos empregos. Já ganhámos o dia.
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terça-feira, maio 16, 2006
A fortuna de Fidel Castro: Verdade ou propaganda?
"Lanço o desafio, em primeiro lugar ao presidente (dos EUA, George W. Bush), à CIA, aos 33 organismos de serviços secretos dos EUA, aos milhares de bancos que há no mundo, para ver se me conseguem calar agora", disse o comandante.
"Isto é ridículo, não tenho herdeiros, para que quero dinheiro se vou fazer 80 anos (...) são estúpidos?!", concluiu.
A revista norte-americana Forbes publicou recentemente que Fidel Castro é o sétimo governante mais rico do mundo, com uma fortuna calculada em 900 milhões de dólares.
Quem fala verdade e quem mente? Como não sei não posso dar uma resposta. Fiquei surpreso com a notícia da fortuna, por ser algo que eu não esperava. Agora com o desafio do Fidel a batata quente da verdade está nas mãos da revista, que ou prova o que disse ou perde toda a sua credibilidade.
BRASIL: Polícias e Ladrões
O PCC (Primeiro Comando da Capital) surgiu provavelmente na década de 90, no Centro de Reabilitação Penitenciária de Taubaté, local para onde eram transferidos presos indisciplinados que matavam nas prisões ou que lideravam rebeliões.
A recente onda de ataques é um indicador de uma forma de organização superior de uma facção criminosa que adquiriu técnicas à imagem dos movimentos de guerrilha e ampliou os negócios à imagem do liberalismo económico. .
O PCC prepara-se para atingir um novo estadio: a intervenção suportada num modelo importado dos partidos políticos. O Primeiro Comando da Capital (PCC) quer eleger em Outubro um deputado federal e outro estadual para defender seus interesses no Poder Legislativo. A facção tem meios financeiros invejáveis para investir na campanha.
O PCC amplia incessantemente os seus negócios à imagem da actividade bancária (empresta dinheiro para quadrilhas e cobra com juros ). Nas prisões, a facção conta com pelo menos 130 mil homens, além de um exército de 10 mil “soldados” nas ruas.e 390 mil familiares (o suficiente para eleger parlamentares).
O PCC, de génese criminosa, utiliza os mecanismos de controlo do poder das sociedades capitalistas actuais. A própria degenerescência de valores dessa organização social não lhes torna difícil a aprendizagem . O lucro e a criminalidade confundem-se cada vez mais.
Jorge Matos
Manuel Pinho: O garimpeiro de serviço
segunda-feira, maio 15, 2006
O PESO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A Função Pública é objecto da mais sistemática, minuciosa e profunda actividade político-legislativa de desmantelamento e esvaziamento. O peso da administração pública é vendido como uma verdade científica.
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Os grandes meios de comunicação manipulam informação e fabricam verdades nacionais de acordo com os seus interesses, negligenciando os ranking estatísticos que em matérias mais inócuas gostam de anunciar.
Jorge Matos