sexta-feira, março 28, 2008

O Esticar da saúde

Esticar o dinheiro

«O presidente da Associação de Médicos de Carreira Hospitalar denunciou a existência de médicos que estão a ser dispensados por causa de razões económico-financeiras, o que está a ter efeitos nas listas de espera dos hospitais portugueses.
Carlos Costa Almeida explicou que, em certos hospitais, estão a ser suprimidas consultas de algumas especialidades, que fazem com que os doentes sejam transferidos por outros estabelecimentos. “Com atitudes destas, é evidente que se criam problemas inclusivamente na lista de espera porque se se fechar as consultas em dois ou três hospitais de patologia que fica mais cara e forem mandados todos para outro hospital que não fechou a consulta é evidente que a lista de espera vai aumentar muito nesse hospital” esclareceu.
Este cirurgião do Centro Hospitalar de Coimbra acrescentou ainda que o grande problema dos hospitais EPE “é a desagregação do tecido hospitalar em dezenas de empresas cada uma gerida de sua maneira e conforme cada um entende”.
Mas frisou Carlos Costa Almeida, o objectivo destes hospitais é “apresentar melhores resultados económico-financeiros, mesmo que seja à custa dos doentes, de não tratar os doentes”.»
In “TSF

Tudo o que eu pudesse dizer já o disse o Presidente da Associação de Médicos de Carreira Hospitalar. Quem se lixa é quem necessita dos serviços, mas quando da saúde dos cidadãos se procura fazer negócio que mais poderíamos esperar.

Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping

5 comentários:

  1. Respondo, agora, a Bivolta que disse, num comentário ao post anterior:

    "Enquanto outros se amofinam contra as antigas eugénicas mas cedem às às modernas, sem as conotarem ideológicamente."

    Este post revela a forma moderna de se implementar uma medida eugénica.

    E que nome se dá a quem implementa políticas deste jaez?

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  2. Passo a passo, devagarinho mas com perseverança, está este governo a trabalhar para favorecer as Clínicas Privadas já existentes e as muitas mais que já estão na forja. Adivinho até os grandes grupos económicos, quais máfias, a discutirem e a retalharem o País em zonas onde cada um exercerá o seu negócio.
    Depois, os pobres continuarão nas já existentes listas de espera; os remediados que ousarem recorrer a estes serviços terão de vender anéis e dedos para os pagar; os ricos continuarão tão bem como agora.
    Estamos a falar de Cuidados Secundários de Saúde. Mas nos Cuidados Primários de Saúde, serviço que até há cerca de 2 anos era prestado exclusivamente pelos Centros de Saúde, se se não fizer o governo recuar, o escândalo ainda será maior (porque falamos de serviços primários). Por que julgam o governo inventou as Unidades de Saúde Familiar [USF] e insiste na criação de mais? Por que pressiona os médicos de Saúde Geral e Familiar que não aderiram à ideia das USF a fazê-lo. Por que será que são anunciados nos media incentivos aos médicos e enfermeiros das USF?
    Cada USF é formada por um conjunto de médicos, enfermeiros, auxiliares e outros eventuais profissionais que contratualizam com o Estado a prestação de cuidados primários de saúde (vulgo consultas, visitas domiciliárias a doentes acamados, pensos, etc) a um dado número de “utentes” contra o pagamento de determinada verba. As USF são, assim, unidades autónomas que facilmente podem ser privatizadas.
    Não pretendo neste comentário esgotar este tema, antes pelo contrário, alertar os mais desatentos para que sobre ele se debrucem.
    JFrade

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  3. Um País com tantos habitantes como Madrid ou Paris, está a saque!

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  4. Meu caro Kaos o Serviço Nacional de Saúde (SNS)como sabe nunca foi um poço de virtudes ou seja funcionou sempre mal e nos últimos anos degradou-se significativamente. Os Centros de Saúde deixaram há muito de ter capacidade de resposta para servir as populações locais porque os utentes que dispõe de médico de família são os únicos a deles beneficiar dado que existem muitos outros utentes que apenas têm o cartão porque trataram dele mas não têm médico de família. Resta aos que não dispõem de médico de família recorrer quando necessitam às urgências do Hospital da área a que pertencem e ali depois de várias horas se seca são aconselhados a marcarem consultas da especialidade para resolverem o problema de saúde que os aflige e normalmente só conseguem essa consulta vários meses depois da sua marcação. Se o problema é grave não lhes resta outra alternativa que não seja recorrerem a um médico particular
    porque afinal o sistema está montado mas não o foi por nenhum Ministro da Saúde mas sim pelos próprios profissionais de saúde que desculpando-se sempre com a falta de capacidade de resposta no atendimento dos doentes os obrigam
    a ter de recorrer a consultas particulares. O maior elefante branco do O.E. chama-se Ministério da Saúde. Eu pessoalmente não sei e se calhar o caro amigo também não quando é que custa tratar no SNS um doente porquanto um grande número de portugueses já não é tratado há largo tempo pelo SNS visto que dispõem de seguros de saúde que os canaliza para os Hospitais e Clínicas privadas para resolverem os seus problemas, já que antes não o conseguiam. Ouvi há dias não sei se com que fundamento a notícia de que o governo encarava a possibilidade de extinguir o subsistema de saúde dos funcionários públicos a ADSE e proporcionar aos mesmos seguros de saúde. Não tenho por experiência própria a mínima dúvida de que os funcionários públicos se efectivamente o Governo lhes proporcionar seguros de saúde passarão a ser melhor assistidos do que através do seu subsistema
    a ADSE. As minhas desculpas pela extensão do comentário.
    Um abraço
    Raul

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  5. E o poema que todos esperamos?

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