sexta-feira, janeiro 18, 2008

Casamento por Conveniência

 Casamento por conveniência

Ainda hoje voltei a ver o Luís Filipe Menezes a dar uma entrevista na televisão. Por mais que tente demonstrar a sua discordância das políticas socretinas a realidade mostra que vivem num alegre compadrio. Se à recente confissão pública de que a partilha dos mais importantes cargos de nomeação do estado, estão já está há muito tempo combinada, é disso prova. Também o são os acordos em que ambos os parecem querem silenciar os partidos políticos mais pequenos. Primeiro com a ridícula exigência de os obrigarem a provar que possuem pelo menos cinco mil militantes e agora com a criação de uma nova lei eleitoral autárquica com que pretendem retirar todos os outros, que não eles, dos executivos municipais. Este desdém pelos partidos mais pequenos é mostrado sempre que o Engenheiro vai à Assembleia da Republica e a resposta que encontra para muitas perguntas incómodas é o menosprezar a sua importância, desrespeitando assim as regras democráticas e todos aqueles que votaram nesses partidos. Pelos vistos, estes senhores não conhecem a diferença entre legitimidade democrática, que possuem por terem ganho as eleições, e a prepotência de remeter ao silêncio quem não pense e pactue com eles. Tirar esta escumalha das cadeiras do poder é urgente em defesa das nossas liberdades e dos nossos direitos democráticos.

Contributo para o Echelon: 15kg, DUVDEVAN

5 comentários:

  1. E como convencer o eleitorado de que o quadro político português não se deve nem nunca se deveria ter confinado a estas duas forças políticas que têm partilhado o poder.
    Como é possível em 33 anos de democracia ainda não terem entendido isso. Ou será que a maior parte dos eleitores votantes são os mesmos que antes serviam de suporte eleitoral da ditadura. Inclino-me mais para esta hipótese. Um abraço

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  2. Ainda vai levar umas gerações de renovações até que isso seja uma realidade, penso eu.
    Mas não podemos ficar no silêncio e esse é o mérito do teu trabalho.
    Beijos

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  3. A mim não me faz espécie nenhuma que a Lei Eleitoral Autárquica fosse alterada, por exemplo, no sentido de votarmos para as Assembleia Municipal e Assembleia de Freguesia, e dessas sair o governo do concelho/freguesia; à semelhança do que acontece no governo da Nação.

    Seria mais simples de entender.

    Mas, para tal, seria evidente e claro que os poderes das Assembleias Locais teriam de ser muitissímo ampliados na fiscalização e na eventual obrigatoriedade de aprovação de certas medidas governativas.

    Como está, e na prática na Moita (exemplo que conheço), a Assembleia Municipal é uma fantochada sem nenhum nexo ou real poder e os Vereadores da Oposição (4 em 9) não têm pelouros, não têm poder, não mandam nada, e a maior parte das suas exigências nem são respondidas por força da lei vigente... chega-se ao rídiculo que se pode vêr neste artigo aqui, em que o vereador do PSD (oposição, video 2) pede ao público que faça as perguntas por ele já que legalmente o Executivo CDU não lhe é obrigado a responder mas é obrigado a responder aos cidadãos eleitores.

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  4. Não podia estar mais de acordo contigo.É preciso não esquecer que podem ser pequenos, mas houve quem tivesse votado neles. Mas, respeito é coisa que este PM não sabe o que é.
    Beijinhos

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  5. assistir a entrevistas de Luís Filipe Menezes só pode fazer mal à saúde et pour cause... (venho a ler o blog de cima para baixo)

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