sexta-feira, janeiro 18, 2008

Pontos de vista

 A Puta Engenheira

Recebi este mail com extractos de um debate na AR entre o Louçã e o Engenheiro Sócrates. Transcrevo-o sem mais comentários.

«"Em Portugal, o poder de compra caiu a tal modo que até a classe média está a sentir na pele essa queda".

A propósito, Louçã atacou o Governo com o seguinte argumento:
"Temos a situação tão degradada, com os valores éticos, sociais e morais a ser postos quotidianamente em causa por este Governo, que até universitárias estão a começar a prostituir-se."
A resposta de Sócrates, que é um sujeito impagável e inconfundível, não se fez esperar:
"Em primeiro lugar, este Governo não recebe lições de ética, nem quaisquer outras, de ninguém; em segundo lugar e como é apanágio de V. Ex.ª, que já nos habituou à distorção sistemática da realidade, o que acontece é exactamente o oposto: a situação é tão boa que até as prostitutas já são universitárias."
É caso para exclamar: "Que grande filho duma grandessíssima universitária !"»

Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO

13 comentários:

  1. Kaos,
    Este parece-me muito... arrojada. Será que o "enquanto tal e cidadão" não irá reagir? Mas, não há dúvida que é justificado, tomando em consideração a baixeza da conversa do dito.

    Permita-me que divulgue aqui, na sua caixa, que está a decorrer um passatempo com prémio lá pelo meu sítio. Se não achar bem a "publicidade" pode apagar o comentário. Ok?

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  2. VAMPIROS!

    Caixa Geral de Depósitos - Os Vampiros do Século XXI ou o Socialismo
    Moderno

    A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a enviar aos seus clientes mais
    modestos uma circular que deveria fazer corar de vergonha os
    administradores - principescamente pagos - daquela instituição
    bancária.

    A carta da CGD começa, como mandam as boas regras de marketing, por
    reafirmar o empenho do Banco em oferecer aos seus clientes as melhores
    condições de preço/qualidade em toda a gama de prestação de serviços,
    incluindo no que respeita a despesas de manutenção nas contas à ordem.

    As palavras de circunstância não chegam sequer a suscitar qualquer
    tipo de ilusões, dado que após novo parágrafo sobre racionalização e
    eficiência da gestão de contas, o estimado/a cliente é confrontado com
    a informação de que, para continuar a usufruir da isenção da comissão
    de despesas de manutenção, terá de ter em cada trimestre um saldo
    médio superior a EUR1000, ter crédito de vencimento ou ter aplicações
    financeiras associadas à respectiva conta. Ora sucede que muitas
    contas da CGD, designadamente de pensionistas e reformados, são
    abertas por imposição legal. É o caso de um reformado por invalidez e
    quase septuagenário, que sobrevive com uma pensão de EUR243,45 - que
    para ter direito ao piedoso subsídio diário de EUR 7,57 (sete euros e
    cinquenta e sete cêntimos!) foi forçado a abrir conta na CGD por
    determinação expressa da Segurança Social para receber a reforma.

    Como se compreende, casos como este - e muitos são os portugueses que
    vivem abaixo ou no limiar da pobreza - não podem, de todo, preencher
    os requisitos impostos pela CGD e tão pouco dar-se ao luxo de pagar
    despesas de manutenção de uma conta que foram constrangidos a abrir
    para acolher a sua miséria. O mais escandaloso é que seja justamente
    uma instituição bancária que ano após ano apresenta lucros fabulosos e
    que aposenta os seus administradores, mesmo quando efémeros, com
    «obscenas» pensões(para citar Bagão Félix), a vir exigir a quem mal
    consegue sobreviver que contribua para engordar os seus lautos
    proventos. É sem dúvida uma situação ridícula e vergonhosa, como lhe
    chama o nosso leitor, mas as palavras sabem a pouco quando se trata de
    denunciar tamanha indignidade. Esta é a face brutal do capitalismo
    selvagem que nos servem sob a capa da democracia, em que até a esmola
    paga taxa. Sem respeito pela dignidade humana e sem qualquer resquício
    de decência, com o único objectivo de acumular mais e mais lucros, eis
    os administradores de sucesso.

    Medita e divulga… Mas divulga mesmo por favor

    Cidadania é fazê-lo, é demonstrar esta pouca vergonha que nos atira
    para o miserabilismo social.

    Este tipo de comentário não aparece nos jornais, tv's e rádios....Porque
    será???

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  3. ZedePortugal:
    A minha verdade é para ser dita, se o cidadão não gostar...paciência.
    Quanto ao anúncio, está à vontade que isto aqui é um espaço aberto a todos e a tudo. Vou lá dar um saltinho
    abraço

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  4. anónimo:
    Já em tempos me referi aqui a esse assunto pois é inqualificavel que seja aqueles que mostram ter mais dinheiro a quem são dadas as isenções e aos mais pobres cobra-se taxas. Aqueles vampiros usam o nosso dinheiro para ganharem mais valias e depois ainda nos cobram por terem lá o nosso dinheiro. O mundo abda todo ao contrário e parece que não queremos ver
    abraço

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  5. Kaos, peço desculpa pela impertinência, mas fiquei com a sensação de que alguém duvida das práticas da CGD.

    Por isso, respondo directamnte à Ex.ma Sra Dª Ana Cristina Leonardo, esperando que saiba ler e interpretar a carta que vai complementar o comentário "VAMPIROS!".

    Como não tenho possibilidade de mostrar aqui a carta, dei-me ao trabalho de a seguir reproduzir uma que recebi, omitindo apenas os dados que me identificam. Também a formatação não corresponderá ao original, por via das limitações que a escrita na caixa de comentários impõe, mas esse é um detalhe sem qualquer importância (os algarismos entre parênteses remetem para as notas de rodapé apresentadas no final). Aliás, se a Senhora ler com atenção a carta que abaixo se trancreve, verá que não precisa de acreditar: faça o que a carta recomenda, indo a uma Agência da Caixa ou telefonando para o número lá indicado.

    Aí vai:

    "
    Caixa Geral de Depósitos

    Ex.mo/aSenhor/a
    ………………..
    ……………….

    Despesas de nutenção
    de contas à ordem
    Conta à ordem nº …………..
    Lisboa, 27 de Dezembro de 2007

    Estimado/aCliente,
    A Caixa Geral de Depósitos disponibiliza-lhe um conjunto de soluções que lhe permitem optimizar a gestão da sua conta à ordem e, assim, ficar isento do pagamento de despesas de manutenção:

    • Conta Caixaordenado: conta que permite, a quem recebe o ordenado ou pensão(1) na Caixa, antecipar receitas(2) em qualquer dia do mês e usufruir de isenção da comissão de despesas de manutenção;
    • Soluções Caixa Poupança & Investimento: diversos tipos de depósitos, fundos e seguros financeiros, que permitem rentabilizar as suas poupanças constituindo uma carteira de investimento com o perfil desejado em termos de segurança, rendibilidade, liquidez e prazo, e beneficiar de isenção de despesas de manutenção, desde que a conta à ordem tenha aplicações associadas e um dos titulares tenha património financeiro(3) com saldo médio trimestral igual ou superior a € 2.500:

    Estão também isentas as contas que apresentem um os seguintes requisitos:
    • Caixacrescer e Caixajovem, para jovens até aos 25 anos;~
    • De alunos universitários com cartão Caixaautomática Universidade/Politécnico:
    • De Serviços Mínimos Bancários;
    • Todas as que tenham saldo médio trimestral superior a € 1.500.

    No 3º trimestre de 2007, a conta em referência não apresentou nenhum dos requisitos de isenção, pelo que seria elegível para cobrança a partir do próximo trimestre. Todavia a sua conta poderá continuar a usufruir de isenção de comissão de despesas de manutenção desde que preencha, durante o trimestre em curso, um dos requisitos acima definidos.

    A comissão de despesas de manutenção é cobrada trimestralmente e o seu valor é de € 5 para saldos entre € 1.000 e € 1.500 (inclusive), de € 7 para saldos entre € 500 e € 1.000 (inclusive) e de € 13 para saldos inferiores a € 500, conforme publicitado em toda a rede de Agências da Caixa nos termos do Aviso n.º1/95 do Banco de Portugal, sendo os preços praticados pela Caixa os mais baixos do mercado.

    Para mais informações não deixe de contactar a sua Agência ou ligar 707 24 24 24.
    Com melhores cumprimentos,

    Direcção de Marketing
    Assintura ilegível

    ---------
    (1) Ou outro rendimento de natureza periódica com periodicidade igual ou superior a 2 vezes por trimestre.

    (2) Até ao montante do descoberto autorizado.

    (3) O conceito de património financeiro engloba depósitos a prazo ou de poupança, produtos estruturados, fundos, obrigações emitidas pela Caixa e seguros de capitalizção.
    "
    _________________________
    PS - Já agora, Ex.ma Sra Dª Ana Cristina Leonardo ponha-se no lugar do quase septuagenário, que sobrevive com uma pensão de € 243,45!

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  6. Estive a ter o meu comentário das 6:37 e desgraçadamente vejo que tem muitos lapsos, mas creio que nenhum dificulta a leitura e, muito menos, deforma minimamente o sentido do conteúdo.
    De qualquer modo, as minhas desculpas.
    Anónimo

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  7. Mau caro Kaos. O Chico Louçã relativamente às universitárias que se prostituem anda um pouco desactualizado pois já há várias décadas que tal acontece mas as razões que as levam a optar por tal devem-se ao facto de gostaram de possuir bens que não lhes podem ser proporcionados pelos seus encarregados de educação através da respectiva mesada.

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  8. A carta é mesmo essa, recebi uma igual.

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  9. Caro Kaos;

    Em relação às universitárias estudantes subscrevo o amigo 'Contradições'.

    Em relação à 'grandessíssima', ponha grandessíssima nisso! (mas a culpa não é de imputar à progenitora!) :)

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  10. Kos , não dá para comentar! O homem é um cretino LOL LOL
    Beijos

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  11. era mesmo muito bom que a vida fosse assim tão simples, que tudo fosse tao linear!

    acho ingénuo acreditar-se que as prostitutas universitárias tiveram apenas um motivo que as levou a optar por essa "vida"! e mais ingénuo ainda pensar-se que se consegue convencer alguém disso! acredito que haverá casos em que se verifica apenas o desejo de comprar aquilo que os pais não podem dar! mas muitos serão também os casos em que a necessidade "obriga"! não quero dizer com isto que concorde com a prostituição, mas nota-se que a educação é cada vez mais um privilégio de quem tem DINHEIRO e isso não podem negar! e infelizmente o dinheiro não está do lado da maioria!

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  12. Kaos. Não conheço a fiabilidade da fonte que te contou da troca de argumentos entre o Louçã e o Sócrates. Mas esta estória conheço-a há muito. É uma anedota sobre a maneira como o Fidel Castro reagiu qando alguém lhe contou que o povo em Cuba vive tão mal que até as licenciadas, para subreviverem, tinham que se prostituir.
    JFrade

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