O cómico do luís Filipe Menezes, veio colocar uma cenoura à frente do Pinto Balsemão ao afirmar que se for Primeiro-ministro (vêm porque é que eu digo que ele é um cómico), acaba com publicidade na RTP. Nessa entrevista na SIC a compensação à RTP pelo fim da publicidade pagava-se com uns quilómetros de auto-estradas, já na de hoje, não havia necessidade de pagar nem com uns metros de estrada municipal. Duvido muito que o Balsemão se deixe seduzir por esta miragem, não por não lhe ser apetitosa, mas por ser miragem. Mesmo assim o Gaiato já vai em duas entrevistas na SIC e mais uma não sei em que canal, ou seja três entrevistas em televisões numa só semana. Para quem se queixava de o Socretino ter dado uma não é mau. Ou melhor, é mau para ele, Menezes, que sempre que fala perde votos e faz aparecer sempre mais um correligionário do seu partido a desancá-lo. Como todos sabemos que o Balsemão até se baba por publicidade, quem não se lembra do ultimato do BES de lhe retirar toda a sua publicidade dos seus órgãos de informação se continuasse a dar noticias dos escândalos e a mostrar que era sempre o BES o banco por detrás das trafulhices, e de como agora basta abrir o Expresso para ver diversos anúncios ao banco de página inteira. Todos sabem que a melhor forma de o conquistar é com a cenoura da publicidade, mas brevemente deveremos poder tirar todas as dúvidas. Quando for a realização de mais uma reunião dos Bilderberg logo veremos quem convida o Balsemão para estar presente. Em 2007 quem esteve por lá foi o Lider Parlamentar do PS, Augusto Santos Silva.
PS: Quem desejar aqui fica um decomentário EndGame de Alex Jones (link gentilmente enviado pelo amigo Fly do Blog " O Marafado) sobre os sinistro Bilderberg.
Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17
Se há quem chore de alegria porque não haveremos de rir de tristeza. Todas as imagens deste blog são montagens fotográficas e os textos não procuram retratar a verdade, mas sim a visão do autor sobre o que se passa neste jardim à beira mar plantado neste mundo, por todos, tão mal tratado. A pastar desde 01 Jan 2006 ao abrigo da Liberdade de Expressão.
sexta-feira, fevereiro 29, 2008
A cenoura
Grande Europa
«O Parlamento Europeu está a ser abalado por um escândalo que envolve pagamentos fictícios, fugas à segurança social e transferências ilegais para partidos políticos.
Segundo uma auditoria de 2006, foram gastos 140 milhões de euros em operações indevidas, um documento que alguns eurodeputados não querem ver publicado. »
in Tsf
«O porta-voz dos eurodeputados socialistas portugueses, Paulo Casaca, já lamentou a denúncia feito pelo eurodeputado britânico: "Aquilo que fez o meu colega britânico, que veio para imprensa dizer que há colegas seus que deveriam ir para a prisão, armando-se em investigador, procurador e juiz" é "lamentável", ainda mais porque faz acusações sem dar oportunidade aos acusados de se defenderem, fazendo uma "justiça popular instantânea"».
in Tsf
Pois é, e isto parece que origem numa auditoria que investigou as contas de 160 eurodeputados tirados à sorte. Se pensarmos que são mais de 700 e se mantiver a média a coisa vai muito para cima dos 500 milhões. Curioso que este parlamento necessite de dois meses para estudar a auditoria para só depois decidir se deve ou não ser aberto um inquérito. Até lá nós, aqueles que eles dizem representar, não devemos saber de que aldrabices são aquelas gentes acusadas. Já a minha avó me dizia que quem não deve não teme, pelo que esta vontade de secretismo não deixa de ser estranha, ou talvez não. Lá como cá, parece que o monstro burocrático está instalado para atirar para labirintos infinitos aquilo que se quer silenciado. Será que fomos nós que lhes transmitimos o vírus da impunidade ou é doença que sempre reinou na bela Europa?
Há muito que não me revejo nas políticas e nas posições deste governo e mesmo deste Estado que é Portugal, mas nasci cá, é a minha terra, onde está a minha língua, a minha história e a minha gente pelo que não posso desistir dela, mas à Europa não devo nada porque nunca lhe pedi nada. Não tenho de aturar a sua autoridade, as suas directrizes nem o seu capitalismo. Se esta é a Europa que têm para partilhar então não a quero. Basta ver que uma União em que nomeia o Durão Barroso como Marioneta de Presidente da Comissão Europeia, diz tudo.
Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping
Quem se mete com certos "Playboys", leva
Ana Gomes publicou no blog "Causa Nossa" um texto sobre a promiscuidade entre um certo PS e Paulo Portas. Sem querer defender o Jaime Silva que me parece ser tão mau Ministro da Agricultura como o é das pescas, é importante mostrar que há muita coisa escondida debaixo do tapete. A fortuita passagem por esquadra de bairro e quem se mete com o Paulo Portas (e com o PS do Jorge Coelho), leva, mostra bem de que PS estamos a falar.
«Olha, olha! Uma espécie rara: um ministro de um Governo PS sem medo de denunciar de forma contundente a impunidade - política e criminal - de que há muito tempo, escandalosamente, vem beneficiando o Dr. Paulo Portas!
O ministro Jaime Silva tem o meu apoio e aplauso. Mas vai precisar de muito mais do que isso. É que no PS há gente com velhas e enraizada cumplicidades com o Dr. Paulo Portas, como se percebeu no derrube da direcção Ferro Rodrigues/Paulo Pedroso. Como se percebe nas escutas do processo Portucale - que agora o novo Código de Processo Penal, muito oportunamente, impede a imprensa de transcrever. Gente que quando vê Paulo Portas em apuros, seja no tribunal da Moderna, nas investigações do Portucale, ou de fortuita passagem por alguma esquadra de bairro, sempre dá um jeito, discreto, de lhe estender a mão.
Para não falar de quem assistiu, impávido, sem mexer um dedo, à gestão ruinosa de Paulo Portas no Ministério da Defesa, deitando-nos abaixo os aviões A400-M, levando-nos ao fundo nos submarinos e arranjando-nos um inferno às ordens de Rumsfeld - que hoje persiste no esforço de encobrimento dos "voos da tortura". E de quem, com altas responsabilidades estatais, hoje guarda silêncio e nada faz diante das notícias do frenético fotocopianço das horas da despedida de Paulo Portas pelo Restelo, em despudorada violação das mais elementares normas de segurança do Estado.
Ministro Jaime Silva, olhe que quem se mete com o Dr. Paulo Portas, tal como com um certo PS, leva. Costuma levar. Mais tarde ou mais cedo. Eu, se fosse a si, começava a cuidar da retaguarda.»
Contributo para o Echelon: 15kg, DUVDEVAN
quinta-feira, fevereiro 28, 2008
Cromos - Tan.Tan e Milu
Só porque Milu é nome de Ministra e porque me apeteceu.
Os amores de um Socretino mas não só
«José Sócrates, que falava no encerramento das jornadas parlamentares do PS, que decorreram na Guarda, aproveitou para deixar alguns elogios aos professores, nomeadamente a "vitória" dos docentes em levar mais alunos para o ensino básico e secundário. "Pela primeira vez nos últimos dez anos, temos mais alunos no ensino básico e secundário", "esta foi talvez a maior vitória da escola pública e dos professores que conseguiram atrair pessoas para as escolas". "Apesar da controvérsia, estes são os números e devem-se ao esforço dos professores e da escola pública", sublinhou. Além disso, continuou o primeiro-ministro, "nos últimos anos registou-se uma redução do insucesso escolar, também devido ao esforço dos professores e das escolas. »
in “RTP”
Afinal o Sócrates gosta imenso dos professores e nós não sabíamos. Quem se lembra de como esta Ministra arrastou pela lama os professores, deve pensar que o Engenheiro andou tão distraído que nem viu o que a Sinistra disse e fez com aquela que considero ser uma das mais nobres profissões que existe, (posso dizer isto porque não sou professor nem tenho familiares que o sejam). Afinal o Engenheiro adora os professores e admira-os imenso. Claro que neste país somos um povo muito maldoso e que estamos sempre a pensar que todos nos querem enganar. Já estou a ver toda a gente a pensar que ele não está a falar do fundo do coração, a dizer que este não é um amor sincero. Muitas vozes maldosas vão dizer que só esteve uma hora a falar de educação e a passar a mão pelo pelo dos professores, porque anda preocupado com o volume de manifestações e protestos que estão a ocorrer um pouco por todo o país. Muitos vão dizer que ele teme que, após a vitória dos protestos contra o Correia de Campos no caso das Urgências, uma nova vitória dos protestos dos professores possa mostrar ao povinho que vale a pena lutarmos por aquilo que consideramos ser justo, que têm força suficiente para vergar governos, mesmo que à sua frente esteja um Engenheiro arrogante, teimoso e que não olha a meios nem a hipocrisias para impor as suas ideias. Muitos vão descobrir que afinal não vivem num mundo de inevitabilidades, que afinal o nosso fado é só uma música e não um destino traçado. Acreditar que é possível lutar por um futuro melhor. Mesmo assim lanço aqui um desafio ao Engenheiro, se quer que acreditemos nele, demita a Sinistra Ministra e pare as reformas que está a fazer, até ouvir os professores. Todos queremos um ensino melhor, então oiçam-se todos para que a escola pública possa ser um local de educação e não uma fábrica de mão-de-obra barata.
PS: Quem sabe não devemos começar por exigir já um referendo ao Tratado Europeu?
Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI
Gaiato, O revolucionário
«Luís Filipe Menezes defendeu hoje, após um encontro com a Fenprof, a suspensão da avaliação dos professores, considerando "uma questão nuclear" que o sistema proposto pelo Ministério da Educação seja corrigido para que fique "fora da tutela governativa".
Luís Filipe Menezes alerta que "se fosse por diante" o sistema de avaliação projectado pelo Executivo "milhares de portugueses que hoje são livres passariam a depender de uma forma determinante da vontade dos governantes de circunstância".»
in "Publico"
Todos sabemos que estas medidas que estão a ser tomadas por esta Ministra são a ruína do sistema de ensino e vão hipotecar o futuro de muitas gerações deste país, todos temos de nos congratular todos os apoios que surjam neste combate, mas todos temos de ter cuidado que essas ajudas não se venham a ser mais prejudiciais que úteis e este pode ser um desses casos.
PS:Proponho uma nova sigla para os laranjinhas. PSD-ML (Partido Social Democrata - Marxista Leninistas
Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17
quarta-feira, fevereiro 27, 2008
Há porrada no beco
Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping
Alternativas precisam-se
Este homem deu uma entrevista à SIC. Impossível definir qual dos momentos ou qual das afirmações que fez se pode evidenciar. Não por não haver nenhuma, mas por ser uma tal sequência que é impossível decidir. Cheguei a ter pena do personagem, da sua inabilidade, da sua incapacidade para esclarecer as contradições e os zig-zags das suas politicas e afirmações. A arrogância do líder parlamentar do PS, Augusto Santos Silva, quando nos chantageou com: ou aceitação das “reformas” que andam a fazer ou então condenam-nos a sermos entregues nas mãos do Luís Filipe Menezes e do “seu” PSD.
Já agora aproveito para realçar a necessidade de pensarmos que alternativa temos nós para isto e quais teremos quando chegar ao momento das eleições? A condenação, a denuncia e a contestação não podem parar, mas também é importante saber para onde vamos. Do mesmo feito por outros ou algo completamente diferente? Neste caso, o quê? Ideias e uma discussão sobre o assunto seria útil. A blogosfera pode ajudar essa discussão.
Contributo para o Echelon: 15kg, DUVDEVAN
Engenharia sanitária
Como acontece com alguma frequência, há momentos em que me sinto cansado e farto de tudo isto. Já nem sinto vontade de falar e muito menos de escrever. Nestes momentos só me apetece fazer os “bonecos” desta gente que, em nome do nosso bem-estar e de um futuro melhor, nos vai lixando e atolando cada vez mais no pântano dos Bilderberg. Aqui fica a minha visão da “cagada” que considero que o dito Engenheiro Sanitário ou de sanitários, não sei bem, tem feito. Quem desejar escrever sobre o assunto que o faça, os comentários estão sempre abertos.
Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO
terça-feira, fevereiro 26, 2008
Este país não é para velhos
Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI
A paixão da educação
Não vi, nem ouvi com atenção a Ministra a debitar as velhas máximas os sucessos do seu reinado na educação, nem as suas justificações falaciosas sobre o ensino, gestão escolar ou sobre a avaliação dos “professorzecos”, (forma como trata os dignos profissionais a quem confiamos os nossos filhos, quando fala com os deputados do seu partido). Não há paciência. Mesmo assim ainda fui ouvindo uma ou outra afirmação, sons difusos de um amanhã hipotecado nas mãos desta ministra. Não posso por isso reproduzir o diálogo na precisão, mas em resposta a uma professora, por sinal loira mas nem por isso menos inteligente, que afirmava a necessidade de qualificações para se ser professor e de, para Ministro da Educação poder ir qualquer um, mesmo que não tivesse qualquer prática educativa. A resposta da Ministra foi elucidativa, “Não me diga que também tem de ser loira?” Se estivesse na sala de aulas esta era daquelas vezes em que levantava a mão porque sabia a resposta. Não é necessário ser loira, mas é necessário ser inteligente, honesto e consciente para entender que, o que está a fazer à educação deste país é um mal que infelizmente terá repercussões demasiado duradoiras e que vão hipotecar a esperança desta e das próximas gerações durante muitos e muitos anos. Essa é a minha convicção, não como professor que não sou, mas como pai preocupado com o futuro dos meus filhos.
Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17
Um Governo Económico para a Europa
Já tinha este post escrito há já alguns dias, mas só hoje surgiu a oportunidade de o publicar. Mais vale tarde que nunca.
Estava eu aqui muito descansadinho sem fazer mal a ninguém, quando de repente dou comigo a ouvir o Oliveira Martins, Presidente do Tribunal de Contas, a defender um Governo Económico para a Europa. Governo Económico, que seria isso? Ele explicou, um governo em que a economia fosse Deus e nada se faria sem ter como objectivo o lucro económico. Este governo económico sobrepor-se-ia às próprias finanças e a garantia que isso não representaria uma escalada na inflação estava em que toda a politica económica de cada governo deveria ser investir todo o seu dinheiro na economia e reduzir ao mínimo os gastos com as administrações publicas. Só me pergunto se um governo, europeu, nacional, regional, local, seja ele qual for, não deverá ser por principio um governo de cidadãos? Um governo cujo principal objectivo sejam os cidadãos, as pessoas, o seu bem-estar e a resolução dos seus problemas? Cada dia mais estou farto destes teóricos, destes servos dos Bilderberg, desta gente para quem o lucro de um euro vale mais que as pessoas, o planeta, a decência ou a justiça. Só saber que há quem pense assim deixa-me arrepiado e triste.
Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping
segunda-feira, fevereiro 25, 2008
À bomba
"Se querem que eu saia, terão de tirar-me à bomba."
Luís Filipe Meneses
Contributo para o Echelon: 15kg, DUVDEVAN
Vamos todos mudar esta merda
«Os professores voltaram ontem a sair à rua em protesto com as políticas de Maria de Lurdes Rodrigues. No Porto, na Praça General Humberto Delgado, estiveram cerca de 400 professores que, empunhando lenços brancos, pediram a demissão da ministra da Educação. "Chega de humilhação, com esta ministra não", foi a palavra de ordem mais ouvida. A manifestação foi convocada por sms, e-mails e blogues. Nenhuma estrutura sindical esteve oficialmente ligada ao protesto, que surgiu de forma espontânea. Por isso, a PSP identificou alguns dos professores que participaram na manifestação, o que gerou descontentamento junto dos manifestantes. Fonte da PSP do Porto explicou que "o procedimento foi normal". Como não foi pedida autorização ao governo civil, os agentes "identificaram pessoas que seriam os organizadores" para fazer um relatório a enviar ao Governo Civil. "Tudo normal, sem quaisquer incidentes", disse a fonte.»
Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO
Uma questão de opções
No meu post “A Educação e o futuro” que coloquei ontem, falei dos nossos filhos e daquilo em que os estaremos a transformar ao fechá-los numa escola durante 11 horas por dia sob o olhar de vigilantes e de câmaras big-brotherianas. Defendi que a sociedade deveria permitir aos pais que acompanhassem o crescimento e a educação dos seus filhos para que eles possam crescer como homens saudáveis e livres. Um dos comentários, de um anónimo para variar, rezava assim:
Anónimo disse...
Pois. E já agora um emprego ao pé da porta, que, por sua vez tem de ser ao pé da escola.
Sim, não se vê como, de outro modo, conseguiria ir pôr, como no regime actual, uma criança à escola para começar as aulas às 8.20h e estar à porta quando sai quase todos os dias às 13.15h.
Pois é caro anónimo, temos aqui um problema, a questão do “sol na eira e chuva no nabal”. Como referi no post, esta medida resolve os problemas dos pais e dos patrões, mas será que também resolve o das crianças? Para um pai essa devia ser a primeira pergunta e a mais importante de todas. Também para um estado de gente humana e decente essa devia ser a principal prioridade; as crianças.
Compreendo que há uma incompatibilidade entre esta sociedade do capitalismo global e os valores do humanismo e da existência de uma vida natural de todos nós. Compreendo isso e é também por isso que a tenho de questionar. Serão mais importantes os valores da economia, da produtividade, da competitividade ou as pessoas? Será que ter uma nova televisão de alta definição para colocar na casa de banho, o telemóvel com GPS e televisão, o carro com DVD individuais para cada passageiro, o poder ir às Caraíbas, à Tailândia ou ao Brasil nas férias é mais importante que a saúde mental dos nossos filhos? Não estará esta sociedade a seguir por um caminho antinatural, uma via da desumanização do homem? Será este o caminho que desejamos? Eu digo ao anónimo que não é o que eu quero para mim e para os meus filhos. Prefiro ter tempo para lhes falar da vida do avô, para lhes mostrar as estrelas no céu, onde as luzes do modernismo e do sucesso ainda o permitem, para lhes falar dos velhos filósofos e do valor do pensamento, da história e das consequências da loucura de alguns, das guerras e das lutas pela liberdade, de como muitas vezes os valores se devem sobrepor ao materialismo. Se esta sociedade não nos permite a sua defesa, então é a sociedade que está errada e é esta sociedade que devemos mudar. Aceitar o mal como algo inevitável é a negação do futuro e da própria espécie humana.
Proponho ao anónimo que leia livros como o “
Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LH
domingo, fevereiro 24, 2008
História de uma imagem
Nas minhas deambulações pela blogosfera em busca de imagens que possam ilustrar uma qualquer ideia, surgem sempre algumas que têm autonomia própria. São elas que se insinuam perante mim pedindo para que eu as modifique. Muitas estão esquecidas em pastas onde aguardam a seu redescoberta ou recordação. Outras querem ser feitas logo no momento, mas não dizem como. Esta, por exemplo queria ser alguma coisa sem ser nada. A Sócretina tinha lugar marcado, o Sr. Silva também rapidamente ganhou o seu lugar. Que outros poderes aqui caberiam? As finanças, que nos apertam o cinto, a força e a Justiça que mantêm a tranquilidade ao sistema vigiando e controlando aqueles que o contestam, a economia que se transformou, não num meio para atingir um fim, mas no própria meta a atingir e finalmente a Comunicação social que adormece todos aqueles que tinham, e têm, todas as razões para lutar contra tudo isto. Afinal há imagem que acabam por se construir a si próprias.
Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI
Reflexões de um reflexo
“Basta olhar à nossa volta para reconhecer quem pelo contrário se distingue pelo tremendismo, pela desorientação, pelo ziguezague e pelo descrédito. Que não hesita em faltar à palavra dada”
Sabem quem disse isto?
Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17
A Educação e o futuro
A semana passada foi com algum horror que tomei conhecimento da intenção de alterar os horários dos alunos do 1º, 2º e 3º ciclos, de forma a que passem a entrar na escola às 8.30h da manhã para saírem às 19.30h. São 11 horas de escola por dia o que dá uma coisa como 55 horas semanais de aulas.
Quando coloquei aqui um post sobre o assunto, pareceu mais importante discutir-se se a posição expressa pelo sindicato, (não sei qual deles), era aquela que os professores defendiam, do que as funestas consequências da medida governamental.
Durante esta semana coloquei esta questão a diversos colegas e amigos meus e a resposta mais frequente também teve pouco a ver com os nossos filhos e muito mais com a resolução dos seus problemas pessoais. Quase todos concordavam com a medida. Assim não têm de encontrar (e pagar) um OTL para colocar as crianças, estão melhor na escola do que na rua ou sozinhos
Está tudo errado e é grave que nós pais aceitemos isso pacificamente. A solução que nos oferecem para o problema é errada e perigosa. Temos de colocar as crianças como o eixo principal da solução e não a produtividade e a competitividade das empresas, como está a ser feito. Sei que o Clube de Bilderberg defende que seja o Estado a tratar da educação das crianças e a sua separação da instituição familira, mas isso não torna obrigatório que lhes façamos a vontade. Quem tem filhos em idade escolar deveria poder estar à porta da escola à hora da sua saída. A lei deveria dar-lhes esse direito e nós devíamos exigi-lo, afinal é dos nossos filhos e do seu futuro que estamos a falar.
Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping
sábado, fevereiro 23, 2008
POR VIA AÉREA
O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje não haver razões para suspeitar que tenha ocorrido em Portugal um caso idêntico ao britânico sobre voos da CIA com transporte de prisioneiros suspeitos de terrorismo, porque «isso seria lamentável». «Esperamos que a situação que se registou no Reino Unido não tenha acontecido em Portugal, porque isso seria absolutamente lamentável», declarou. Segundo José Sócrates, ao contrário do que aconteceu agora com o Reino Unido, o Governo português «nunca foi informado nem tem conhecimento de qualquer voo com passageiros que tenha aterrado em Portugal e que não tivesse cumprido as normas portuguesas».
In “Diário Digital”
Contributo para o Echelon: 15kg, DUVDEVAN
Um mal-estar difuso
Ontem o grupo de reflexão “Sedes” publicou um documento bastante interessante. “Sente-se hoje na sociedade portuguesa um mal-estar difuso, que alastra e mina a confiança essencial à coesão nacional”. Neste diagnóstico do estado, a justiça, a corrupção, a desonestidade e a partidarização, quer do público como do privado, são mostrados como os grandes responsáveis pelo estado das coisas. Depois de ler todo o documento não pude deixar de reconhecer que, quer os sintomas quer as causas, são coincidentes com a estratégia, há muito preconizada pelo Clube de Bilderberg. Se olharmos para os objectivos e o tipo de sociedade escravizante e repressiva que defendem não podemos deixar de ficar preocupados com o caminho que seguimos.
Questionado sobre o conteúdo deste documento, Cavaco Silva deu a seguinte receita: “Convido os portugueses a trabalhar para vencer as dificuldades”.
Se é esta a solução que tem para nos dar para os problemas levantados no documento da “Sedes”, agradeço ao Sr. Silva o conselho, mas trabalhar já é aquilo que a maioria dos portugueses fazem, sem verem isso representar uma melhoria nas suas condições de vida nem uma maior esperança no futuro. Esta só pode existir se tivermos a coragem de corremos com os “vendilhões do templo” e assumirmos o futuro nas nossas mãos.
Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO
Sobe sobe balão sobe
in "Correio da manhã"
Não vou ser hipócrita e dizer que acreditava na política económica do Teixeira dos Santos porque não seria verdade mas, lá bem no fundo, há sempre aquela esperança de que o desastre que se pressente estar sempre eminente, possa desaparecer como por milagre. Agora que ouvi o ministro já não posso ter qualquer dúvida que o seu balãozinho vai rebentar como uma castanha. Não vivemos numa república, mas sim num arraial e não há Santos, quer se chamem João, António ou Teixeira que nos salve.
Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LH
sexta-feira, fevereiro 22, 2008
Persona
«Aconteceu na Suécia. Poucos dias após a tomada de posse, em Outubro de 2006, o primeiro-ministro de centro-direita Fredrik Reinfeldt foi obrigado a substituir duas ministras do seu governo na sequência de pequenos "escândalos" relatados pela imprensa. Maria Borelius, com a pasta do Comércio Externo, saiu passados oito dias e Marie Cecilia Chilò só durou mais dois dias como ministra da Cultura.
Quais foram, afinal, os pecados que levaram a este desfecho precoce e radical? Tinham, anos antes, contratado e pago a empregadas para tomar conta das suas crianças em casa sem fazerem os descontos obrigatórios para a Segurança Social, como vieram a admitir. Sobre Borelius havia uma segunda acusação: há 15 anos que não pagava a taxa de televisão.»
in [Público ] Inicio do editorial do Público (de Paulo Ferreira)
Faço aqui um desafio a quem aqui veio ler isto. Que tentem imaginar como nos verá um Sueco, o que lhe passará pela cabeça quando olha para a política em Portugal.
Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17
O Lavatório de Pilatos
«O presidente do PSD, Luís Filipe Menezes, demarcou hoje a sua liderança da ilegalidade financeira cometida em 2001, quando Durão Barroso estava à frente do partido, que resultou agora numa coima de 35 mil euros. "Independentemente de o PSD ser só um, este meu PSD não tem nada a ver com isso", declarou Luís Filipe Menezes que pediu à comunicação social que divulgasse esta declaração, escusando-se a falar mais sobre o assunto.»
Claro que não tem. Quem poderia pensar uma coisa dessas? Claro que o seu nr.2 (ou será o nr.1), Santana Lopes, também era o nr. 2 do Durão Barroso nessa altura, claro que os por ai andam agora são os mesmos que andavam na altura, mas isso não quer dizer nada. Ou será que quer?
E, a maior diferença é que agora é o Menezes o líder do partido, um homem com a capacidade de dizer hoje o contrário do que disse ontem e do que dirá amanhã. Um homem que entende a política como uma coutada de dois partidos de alterne e de negociatas de bastidores na divisão dos cargos nas administrações publicas. Um homem que já mostrou andar completamente à deriva e que corre um sério risco de vir a ser considerado como o pior líder de sempre do PSD, coisa que não é fácil num partido que teve lideres como o Marques Mendes ou o Santana Lopes.
Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping
O tirar da máscra
«O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros confirmou, esta quinta-feira, que a CIA utilizou o território britânico de Diego Garcia, no Oceano Índico, para transferir secretamente dois suspeitos de terrorismo. Gordon Brown já disse que se trata de uma revelação “muito grave”. "Os EUA disseram que lamentam o ocorrido. Nós compartilhamos o sentimento de decepção de que todo o mundo pode ter por estes fatos", disse o primeiro-ministro.
Em Junho de 2007, um inquérito da polícia britânica tinha concluído que a CIA não tinha utilizado aeroportos britânicos para “transportar suspeitos para locais de tortura em outros países”.»
Neste momento colocam-se duas alternativas, ou os EUA nada disseram a Portugal sobre a utilização do território português para fazer passar os voos com prisioneiros ilegais, ou o governo do Durão Barroso sabia de tudo e só andam a tentar fugir com o rabo à seringa. A condecoração que os EUA ofereceram a Paulo Portas é como um dedo apontado à sua responsabilidade, colaboração e culpa. O PS também deve ter sido informado daquilo que se passava e dado o seu “amen”, pois só assim se justifica esta paranóia em teimosamente negar a evidência. Ando farto de mentiras e de mentirosos.
Contributo para o Echelon: 15kg, DUVDEVAN
quinta-feira, fevereiro 21, 2008
A Galinha Socretina
A votação seguiu-se a um debate ao qual alguns deputados "eurocépticos" britânicos compareceram "mascarados" de galinhas (em inglês "chicken", também sinónimo de cobarde), para desse modo criticar o que classificam como o "medo" dos governos europeus em realizar referendos ao Tratado, que substitui o projecto fracassado de Constituição Europeia (inviabilizado após resultados negativos em consultas populares na França e Holanda, em 2005).»
In “RTP”
Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO
Zona J
Lisboa, 20 Fev (Lusa) - O presidente do PSD, Luís Filipe Menezes, visitou hoje a Zona J de Chelas, em Lisboa, para mostrar o que considera ser o país real três anos depois de José Sócrates ter ganho as legislativas.
In “RTP”
"Os senhores vereadores do PSD têm que vir ver isto e depois suscitar questões. É isso que têm que fazer", comentou Luís Filipe Menezes para a comitiva que o acompanhava, que não incluía nenhum vereador de Lisboa.
In “RTP”
Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI
3 Anos de Socretinos
Quando comecei a escrever este texto tinha a ideia de fazer uma lista com aquilo que fez de bom e mau durante este tempo. Para colocar no lado do bom só a demissão do gato-pingado Correia de Campos e da inconcebível Isabel Pires de Lima. Pelo contrário a lista do lado do mau é tão grande que desisti.
Ainda vamos ter mais um ano e meio de Socretinos, agora em versão light até às eleições. Sei que as alternativas são tão más ou ainda piores, mas devíamos aproveitar este tempo na busca de uma solução, ou então vamos acabar a sofrer mais do mesmo. Aceitam-se sugestões.
Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17
quarta-feira, fevereiro 20, 2008
Sem crédito
Na base desta decisão está o facto de o TC considerar que o plano de saneamento financeiro apresentado “peca por defeito, sendo mais aproximado de um plano de intenções do que, verdadeiramente, de um documento financeiro perspectivado para mostrar, com segurança e confiança, os objectivos propostos”, pode ler-se no acórdão. António Costa desabafou que “foi mais fácil contrair dívidas do que pagá-las”.
Quando olho para a Câmara de Lisboa vejo um serviço do estado, pelo que me custa a entender que tenha de ser feito um empréstimo á banca para pagar as dívidas. O estado tem de ser responsável pelas dívidas de todas as partes que o constituem, sejam elas câmaras, tribunais, escolas públicas ou outro qualquer serviço público. A forma como depois internamente tratariam do assunto, como seriam responsabilizados aqueles que não cumprissem as regras, isso é outro assunto. Aí, deveriam haver normas que o regulassem, regras a serem cumpridas e punições para quem o merecesse. Não podem, porque não é justo, serem aqueles que prestam serviços ao estado a acabar por pagar o preço da má gestão de quem está no poder.
Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping
Desleixo ou corrupção activa?
in "Diário Digital"
Mais um, uma vez mais a fazer-se de Pilatos. Muito gosta esta gente de passar as culpas para os outros. Não teve culpa no caso da guerra do Iraque, no caso dos casinos, no caso Somague,
Contributo para o Echelon: 15kg, DUVDEVAN
O Camelo
In “Correio da manhã”
Talvez esteja na altura de revermos muitas das idéias feitas sobre o que são e o que pensam os povos árabes. Pelos vistos gostam mais dos seus animais que muitos de nós dos filhos, netos ou sobrinhos. Basta ver que pouparam o camelo de ser "acariciado" pelo Sr. Silva enquanto por cá muitos levam criancinhas para serem beijadas por ele. Quando verei alguém por cá a dizer-lhe: "Não, não toque na criança".
Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO
terça-feira, fevereiro 19, 2008
Eu nego, tu negas ele nega
Ontem abri a página da TSF e encontrei lá esta sequência de notícias.
CASINO LISBOA
Durão nega conhecer favorecimentos no seu executivo
- CASINO Santana nega ter beneficiado Estoril Sol
- CASINO LISBOA Telmo Correia nega ter favorecido a Estoril-Sol
- CASINO LISBOA Estoril Sol esclarece negócio
A Entrevista do Engenheiro
Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17
Um banho de políticos
Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, Francisco Nunes Correia, essa figura cinzenta que nunca ninguém vê porque nada parece fazer, hoje lá teve de falar das cheias. Como está na moda, fez como Pilatos e lavou as mãos das responsabilidades e atirou-as para as câmaras municipais. Por seu lado o Vice-presidente da Câmara de Lisboa resolveu fazer o mesmo, lavar as mãos das culpas e atirou-as para os anteriores Presidentes da autarquia. Como cada vez mais acontece em Portugal, a culpa é de todos e a culpa não é de ninguém. É só consequência do nosso fado de sermos portugueses.
Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping
segunda-feira, fevereiro 18, 2008
Os passeios do Cavaco
Sempre que o nosso Sr. Silva parte em viagem pelo exotismo deste mundo, gosto de deixar aqui uma imagem que assinale a ocasião. Desta vez foi a Jordânia, numa viajem atribulada, com uma aterragem de emergência e uma visita surpresa aos soldados portugueses no sul do Líbano. Como muitos o gostam de transformar num herói português, um D. Sebastião do século XXI, embora para mim seja mais um político medíocre e a quem deveriam ser apontadas as responsabilidades e de muitos dos males estruturais de que sofre a sociedade portuguesa actua lamente, aqui o deixo no papel de Indiana Jones às portas do Templo de Petra. Não acredito que vá descobrir o Cálice Sagrado nem acabe por contribuir para ajudar a encerrar a Arca de Pandora, da corrupção, do compadrio, do grande capital, dos Bancos todos poderosos e das negociatas milionárias, que ajudou a abrir em Portugal.
Contributo para o Echelon: 15kg, DUVDEVAN
Santana, o artista
Santana Lopes garantiu ontem ao País que quem negociou o acordo com a Estoril-Sol para um casino em Lisboa foi o Governo de Durão Barroso e apontou o nome de José Luís Arnaut como um dos interlocutores do processo. “O dr. José Luís Arnaut sabia”
Apesar de tudo, o ex-primeiro-ministro elogiou o processo. “Fizeram um bom acordo para Lisboa e Portugal.” Mais à frente, defendeu que a Lei do Jogo aprovada pelo seu Executivo, em Dezembro de 2004, e promulgada pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio, “não tem efeitos retroactivos”. Segundo adiantou, a lei em causa dizia que os casinos “continuam a ser propriedade do Estado se o decreto-lei que os autoriza assim o determinar”.
Por fim, Santana questionou-se: “Acham que íamos dar um casino a quem não tem sítio para guardar o dinheiro? [...] Não tenho pena deles”, afirmou Santana Lopes, reiterando que a lei que aprovou “é geral e abstracta”.
in “Correio da Manhã”
Fantástica a semelhança de argumentos e palavras utilizados quer pelo Santana, quer pela carta da Estoril-Sol. A coisa é abstracta e passa bem na confusão porque tudo fica na mesma, com a excepção do Casino Lisboa que passa do Estado para as mãos privadas.
Mesmo defendendo o Decreto-lei o Santaninha não deixa de lavar as mãos e passar a responsabilidade para o governo do Durão Barroso e para o Arnaut, não vá o diabo tece-las.
PS: Não vi, mas ouvi dizer que o Santana repetiu a saída de virgem ofendida a meio da entrevista na Sic Notícias quando lhe fizeram perguntas que não gostou. Só que desta vez razão foi mais simples, não ter respostas para as perguntas.
Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO
O que valem as notícias?
«Paulo Teixeira Pinto dizia por estes dias, de forma lapidar, que os portugueses falam hoje muito do que não sabem e discutem coisas que não interessam nada. De facto, somos capazes de passar horas e horas a discutir o diploma de engenheiro que Sócrates tirou ou não tirou. Mas temos pouca paciência, por exemplo, para ouvir falar da natalidade. Somos capazes de levar tardes inteiras no Parlamento a debater o problema dos aviões da CIA que terão ou não sobrevoado território português. Mas ainda não fizemos um debate a sério sobre o ensino. Ocupamos serões em casa e nas estações de televisão a discutir uma frase sobre o ‘caso Maddie’ que o director da PJ deixou cair numa entrevista. Mas não dedicamos uma hora seguida a debater o problema do primeiro emprego. Divertimo-nos a parodiar os projectos de engenharia que terão sido indevidamente ou não assinados por Sócrates há 20 anos. Mas temos pouco interesse em falar do despovoamento. Discute-se com calor a eventual passagem do edifício do Casino Lisboa para a Estoril-Sol daqui a 20 anos. Mas a ninguém ocorre falar da solidão urbana. Andamos entretidos num jogo de ilusão em que todos os dias é necessário criar factos políticos e escândalos forçados para alimentar o monstro mediático; e depois, sobre estes factos e estes escândalos, construímos enredos, exigimos a demissão de ministros e outros responsáveis políticos, quando não do Governo inteiro. Numa ditadura, isto resolvia-se facilmente. Em democracia exige tempo e nervos de aço. Uma coisa é certa: discutir as casas que Sócrates projectou ou os aviões da CIA pode ser muito divertido – mas não nos levará a lado nenhum.» José António Saraiva no “Sol”
O JAS vem concordar e dizer-nos que sabermos se o Primeiro-ministro, para além de não ter estética também não tem ética é um caso menor. Sermos governados por quem subiu na vida com aldrabices, compadrios e mentiras não tem a menor importância. Também o sermos cúmplices em crimes contra o direito internacional, contra os direitos humanos, ao silenciarmos as responsabilidades nos voos da Cia é irrelevante. Os casos de corrupção são pormenores a que não devemos dar grande atenção. Devemos deixar que ladrões ocupem cargos públicos e deles retirem benefícios tanto para si como para os amigos. O jeito que o silencio sobre estes assuntos davam a muita gente.
Claro que o aumento da natalidade, o ensino, a desertificação do interior e muitos outros assuntos são importantíssimos e só são falados em cinzentos debates perdidos nas horas mortas das televisões, mas aí a culpa de uma comunicação social onde contam mais as audiências que os problemas do país. Seja como for, esses são problemas que o estado não coloca como prioridades, nunca nenhum colocou, pelo que quanto maior for o silencio melhor. Basta ver que cada medida que tomam sobre estes assuntos só os agrava, como aconteceu com as urgências.
Aproveito para dizer ao senhor JAS que ele é director de um jornal, que faz a capa da sua última edição com um caso de corrupção de um autarca na Figueira da Foz. Acabei de desfolhar o jornal e só encontro escândalos e notícias sensacionalistas e nenhum artigo a discutir os assuntos que diz serem tão importantes. Porque não começa o seu jornal a dar o exemplo?
Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI
As inquietações de Luis Filipe Menezes
In “RTP”
É o que acontece quando o líder do PSD tenta pensar, fica muito confuso. Pior mesmo é depois quando fala e nos delicia as conclusões desses pensamentos. Porque será que há tantos inquéritos sobre gente que participou no governo dos Santana Lopes? Não será porque aquilo foi um regabofe em que era ver quem comia a melhor fatia do bolo? Então os elementos do CDS foram uma coisa linda. O Gaiato Menezes “confia muito na Justiça portuguesa”, certamente muito mais que os próprios portugueses que compreendem perfeitamente porque não está essa gente toda na barra do tribunal. Não estão acusados porque neste país, as leis, os buracos nas leis, as investigações, os constantes erros processuais, os intermináveis julgamentos, tudo isto contribui para que a culpa morra sempre solteira. Já alguma vez se viu um politico ser acusado e condenado por trafulhices num governo?
O Engenheiro afirma estar a ser perseguido por um jornal, o Gaiato, pelos visto, por tudo e por todos.
Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17
domingo, fevereiro 17, 2008
Uma questão interessante
Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping
Independência do Kosovo
Contributo para o Echelon: 15kg, DUVDEVAN
Cortina de Fumo
Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO
sábado, fevereiro 16, 2008
Porreiro pá
«Três juristas e os dois directores dos departamentos Administrativo e de Planeamento e Urbanismo da Câmara da Guarda estão encarregados de averiguar a legalidade das situações relatadas na polémica dos projectos de engenharia assinados pelo actual primeiro-ministro, na década de 1980, cuja autoria não seria, alegadamente, de José Sócrates. A criação desta comissão de inquérito foi proposta, ontem, ao Executivo pelo presidente da Autarquia com o argumento da "defesa da verdade". Joaquim Valente (PS) considera que a notícia do jornal "Público" contém "inverdades e é caluniosa nalguns considerandos". O antigo colega de Sócrates no Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, também visado na investigação do diário sublinhou "Queremos esclarecer tudo, porque, neste momento, há pessoas que estão a ser acusadas infundadamente na praça pública".»
In “JN”
Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI
Batota
«Em Agosto de
Não fico espantado com a notícia. Pelo lado dos casinos todos ouvimos o Assis Ferreira afirmar em directo na televisão, na presença de uma sala cheia e na cara do fundamentalista Director Geral da Saúde que não ia cumprir a lei do tabaco e que não tinha medo de ninguém. Pelos vistos está habituado a fazer as suas próprias leis da forma que mais lhes convenha. Se falarmos do Governo do Santana Lopes, então nada mais natural, sobretudo quando falamos de ministros da área CDS. Cada tiro cada melro, cada cavadela sua minhoca parece ser o resultados dos meses que passaram sentados nos ministérios. Sob a capa da honestidade, da rectidão, da eficiência, da bondade, dos convictos discursos do Paulo Porta, está uma lama fétida de corrupção, compadrios e negociatas. Fica o recorde, ainda não foi homologado e publicado pelo Livro Guinness dos Recordes, do Partido que, com menos pastas e tempo, conseguiu fazer mais aldrabices, num governo.
Um pouco mais a sério, se propor a redacção para o texto de uma lei para benefício próprio, tendo a lata de explicar as razões pelas quais ninguém vai descobrir as verdadeiras intenção dela, de como o golpe as dissimula na perfeição, não é prova suficiente para condenar alguém por trafico de influencias, o que será?
Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17