Se há quem chore de alegria porque não haveremos de rir de tristeza. Todas as imagens deste blog são montagens fotográficas e os textos não procuram retratar a verdade, mas sim a visão do autor sobre o que se passa neste jardim à beira mar plantado neste mundo, por todos, tão mal tratado. A pastar desde 01 Jan 2006 ao abrigo da Liberdade de Expressão.
terça-feira, novembro 30, 2010
O talhante do nosso futuro
O ministro português das Finanças saiu sem clarificar à imprensa que medidas prometeu em concreto.
Já o comissário Olli Rehn saudou as reformas estruturais em curso em Portugal, adiantando: "Encorajamos as autoridades a intensificar essas reformas" sobretudo no mercado laboral, disse, uma terminologia que vem usando há algum tempo.
in "Económico"
Reune-se o Conselho das finanças da União Europeia e as ordens são de carregar nos trabalhadores e nos que menos têm. Crise, todos estão em crise, mas vê-los todos de fatinho a sorrirense na televisão, ver as grandes empresas e os bancos aumentarem os seus lucros beneficiando da crise que eles próprios criaram, sem lhes ser pedida nenhuma responsabilidade nenhum contributo para ajudar, mostra que quem governa não são os tais homens de fatinho e sorridentes, esses não passam de paus mandados da insaciável ganância dos Senhores do capital mundial. Esta é a Europa onde estamos e este o destino que nos oferecem quem nos governa. É isto que queremos para nosso futuro? Acreditam mesmo que não há um outro futuro possivel melhor que este? Eu não.
segunda-feira, novembro 29, 2010
O coelho do FMI
Passos Coelho admite trabalhar com o FMI e é acusado de "imaturidade política".
domingo, novembro 28, 2010
A mão do Deus Jardim
Aviso aos vencedores, cuidado, não com a mão de Deus, mas com a mão de Jardim. É que ele já fala do dinheiro como se também fosse dele e da Zona Franca. É que há muitos que criticam o socialismo mas têm um muito pessoal em que o que é meu é meu, o que é dos outros é nosso.
Lá vem mais precariedade
Sócrates mexe no mercado laboral para atacar a crise
"in DN"
sábado, novembro 27, 2010
A palhaçada do Orçamento para 2011
Conceito estratégico
Ouvi-o na Quadratura do Circulo fazer mais um brilhante momento de informação quando se prenunciou sobre a Cimeira da Nato. Que tenha elogiado o Novo Conceito Estratégico", que passam a permitir à NATO actuar em qualquer parte do mundo, bombardear e invadir um qualquer país só por razões económicas passa a ser legal. (Sabe-se, interesses económicos de quem), ainda é uma opção que fica na pele de de cada um. Quando resolve falar da Segurança da Cimeira, já não dá uma opinião, diz falsidades. Pode ter lido, pode ter ouvido, mas não viu de certeza o que aconteceu. Acusar, só porque para onde vai a NATO vai a violência, aqueles jovens e outros menos jovens, aquela senhora irlandesa com 83 anos e uma bandeira da paz nas mãos e que insistiu que era ali que queria ir, de serem arruaceiros e violentos é falso. Afirmar que só a acção da policia, obrigando-os a manifestarem-se como gado acossado num redil, sem nunca ter antes, durante ou depois realizado qualquer acto violento, é uma cato de ignorância, e/ou desonestidade, e/ou capacidade intelectual. Eu sei porque estava lá.
sexta-feira, novembro 26, 2010
Ele há trelas e trelas
É verdade que este governo e este PS já andam a ser conduzidos pela trela do PSD, mas entre estes partidos de alterne é irrelevante que está em cada momento em cada ponta da trela. Ambos são como cães que só pensam na forma de abocanharem os nossos direitos. Mais grave é que todos os partidos deste parlamento, da esquerda è direita, estejam a ser conduzidos pela trela europeia da Frau Merkle enquanto o país é devorado pelos mercados.
O FMI, o Medo e o FIM
FMI aconselha Portugal a pagar menos para despedir.
quinta-feira, novembro 25, 2010
A Greve dos 3 milhões
Quem tem razão? Se calhar nenhum, mas o importante não é o número nem é parar o pais. Importante mesmo é mudar, não só de politicas mas sobretudo de sistema. Acabar com a submissão do poder politico ao poder dos mercados, deixar de dar mais valor ao lucro que às pessoas, deixar de pensar a economia como um fim, mas como uma ferramenta de desenvolvimento. Há todo um país para desenvolver, mãos desempregadas ansiosas por trabalhar, campos abandonados à espera de serem produtivos, um mar imenso à espera de traineiras. Traineiras como aquelas que vi serem cortadas a meio por opção de uma união europeia ao serviço do capitalismo e da ganância dos grandes grupos económicos.
Que mudou esta greve? Pouco, os portugueses já se preparam para substituir no governo um partido de alterne pelo outro, deixando tudo na mesma, esquecendo que não são as pessoas mas as politicas aquilo que os trama.
Valeu a pena fazer greve? Claro que valeu. Valeu porque mostrou que há muitos dispostos a lutar por melhores condições. Valeu porque mostrou que a capacidade de aceitação dos portuguêses a estas políticas está a chegar ao fim. Valeu porque lutar por melhores direitos e condições de vida vale sempre a pena.
Teria valido mesmo muito a pena, se representasse o inicio de uma luta, uma luta que não pode ser de feita só de esporádicos passeios a descer a Avenida da Liberdade ou de greves intermitentes. Como se gritava na manifestação, "greve geral daqui até ao carnaval". Só parando efectivamente este país, não aceitando acabar com a luta sem saír se vencedor. Dificuldades seriam muitas, sacrificios ainda mais, mas isso é o que já nos pedem agora sem haver um horizonte de melhoria e esperança. Que mais terá de fazer este poder para que digamos, Já basta e o assumamos nas nossas mãos?
quarta-feira, novembro 24, 2010
Portugal loves Ireland
terça-feira, novembro 23, 2010
Eu fui a Lisboa abraçar-te
Eu fui a Lisboa abraçar-te
A ordem perturba mais do que a desordem.
Quem quiser ver, a democracia está aí: converteu a política, toda a política, no confronto com a polícia.
A política é hoje tudo aquilo que escapa ao sistema político-partidário. E contra o que escapa ao sistema político-partidário, a mentira da democracia chama a polícia.
Desta vez, não foram apenas os sitiados pelo controlo social e político – exercido pelo Estado em nome da falsa democracia – que sentiram na pele a repressão exercida pelo aparato da polícia-exército: alguns jornalistas, curiosos, transeuntes, imigrantes, ficaram espantados. Um carioca, ao entrar no Rossio às 18h da tarde ficou mudo e gelado: pensou que tinha regressado ao Morro Formiga na favela da Tijuca.
Mas a falsa democracia é por demais previsível: o ataque preventivo começou cedo. Ataque preventivo na rua, em Lisboa, ataque preventivo nos/dos Media com a série policial black block, ataque preventivo nas fronteiras. Assim desvia a falsidade da sua essência, assim limpa a ferocidade do seu Estado-Guerra: cercar o mal, isolar o desordeiro, o violento, o vândalo, os palhaços, os filhos-da-puta.
Mas se o Estado é cada vez mais guerra e cada vez mais previsível, o que dizer do PCP?
O meu avô e o meu pai foram/são comunistas. O meu avô foi preso, torturado, na prisão tentou suicidar-se para não ceder à tortura, para não ceder à violência: quis ceder a vida para não ceder a liberdade. Teve 7 dias em coma, tantos quanto os dias que ficou sob tortura do sono – a mesma tortura, entre tantas outras, que a NATO infligiu e inflige aos prisioneiros de guerra do Afeganistão e Iraque com o beneplácito do Estado português. Ao fim de 7 dias de tortura do sono, num rebate de lucidez, atirou-se a pique e de cabeça do vão das escadas do 4ª andar da prisão de Coimbra.
O meu pai, deu metade da vida pelo “partido”. Acumulou cólera e raiva, cortes nos direitos sociais e degradação da democracia. (A única coisa que ganhou foi, isso sim, o movimento de base e habitacional cooperativo que ajudou a fundar com sucesso). Acumulou mais cólera e raiva do que aquela que eu tenho.
O PCP é uma linha de comando de controlo da raiva e da cólera?
Nenhuma outra estrutura/movimento político e social no país é um “black block” em potência além do PCP.
Se a voz de comando disse-se: ocupem as fábricas, ponham cadeados nos portões, não deixem sair os camiões, o país parava. O PCP não tem de o fazer, só a ele lhe cabe essa responsabilidade, ou melhor, ao seu comité. Mas para achar a nossa responsabilidade em tudo o que fazemos, temos sempre que confrontar aquilo que realmente fazemos com as possibilidades do que poderíamos fazer e não fazemos. Nessa diferença, podemos achar a nossa irresponsabilidade.
Pergunto – não à voz de comando, aquele que declara à Lusa (Fonte: TVI) que as pessoas que foram impedidas de entrar no protesto «não pediram antecipadamente para fazer parte do corpo principal da manifestação»; ou ainda, citando a reportagem assinada no JN por Catarina Cruz, Carlos Varela e Gina Pereira, “o único caso de maior preocupação deu-se, a meio da tarde, quando um grupo não organizado foi cercado pelo Corpo de Intervenção da PSP, junto ao Marquês de Pombal. A intervenção policial deu-se a pedido dos organizadores da manifestação que perceberam que mais de 100 pessoas iam integrar o protesto. A polícia, fortemente armada, cercou o grupo na cauda do cortejo” –, pergunto a tantos comunistas e simpatizantes do PCP (e já agora aos outros movimentos partidários que a integravam) se têm o direito de impedir que um outro grupo de cidadãos exerça o mesmo direito que eles próprios gozaram no mesmo sítio, à mesma hora?
O que o PCP fez (ou a organização submetida à lógica centralista e autoritária do PCP) foi ilegal, ilegítimo e, sobretudo, um ultraje. E para fazer cumprir uma ilegalidade, chamou a polícia. E ditou-lhes: façam desta forma, cerquem esse grupo de cidadãos, ou seja, exerceu com eficácia o seu poder sobre as autoridades condicionando-as a agir fora da lei. Conseguiu o apartheid. Foi a peça que faltava no puzzle montado pelo circo do poder para legitimar mediaticamente a NATO, a sua cimeira, a sua máquina de guerra.
Foram três as entidades que montaram o circo mediático de legitimação da Cimeira da Nato: as altas-esferas políticas; a Polícia e os seus vários serviços; e os Media de Informação de Massa.
E o circo mediático tinha uma pedra-chave em todo processo de desvio da essência assassina da NATO e limpeza do sangue do seu cadastro criminal: os black block.
15 dias antes, começou-se a armar a tenda: telejornais transformados em séries policiais.
Os black block seriam a pedra-chave para montar o cerco, para apontar o adversário, para legitimar a repressão. Bastaria um carro a arder ou uma montra partida e, passe de mágica, o espectador lá de casa pensaria: de facto, os gajos da NATO até têm razão, estes tipos anti-Nato são uns arruaceiros. E todos os manifestantes passariam a ser arruaceiros e os senhores da Guerra uma espécie de caritas global d’ ajuda ao outro!
Mas desta vez, a tripla entente (Estado-Guerra, polícia e Media) não precisou de polícia infiltrada a partir as montras, para isolar o adversário, para desviar a atenção dos 35 mil mortos civis afegãos, os torturados, o horror, o ódio, o terror espalhado pela NATO. Tinham a voz de comando do PCP: a farsa dos B.B (barbies big-brother), a psicose colectiva instigada na TV por Estado-Guerra, Polícia e Media, passava a ter a sua realidade na manifestação contra a cimeira da Nato.
Nessa lógica, o PCP integrou a lógica do Estado: primeiro, limitou a sua actividade de protesto à legitimidade imposta pelo Estado da falsa democracia, como sempre tem feito (uma greve geral em 22 anos é uma espécie de suicídio assistido pelo capitalismo…), depois impedem um grupo de pessoas de juntar-se a uma só voz contra a Guerra, contra a NATO.
Cerquem esse grupo, cacem-nos, porque a democracia está em perigo!
E cercados que estávamos, passámos a ser o adversário, o arruaceiro, o vândalo, o criminoso que vem na TV. Nem uma pedra atirámos. O que o PCP e a polícia-exército fizeram foi fazer-me sentir, num par de horas, um palestino.
Num par de horas, a violência do cerco policial, converteu-nos em palestinos e palestinas (sem querer dramatizar, é apenas uma imagem, pois sei bem a diferença que vai entro um cerco num par de horas e um cerco total durante 3 gerações…). Nem sequer uma pedra atirámos. (Nem sequer aquelas garrafas d’água que se esborracharam no Vital Moreira… talvez tivessem sido anarcas com credencial!!!!!!!!!).
Entre pacifistas, libertários, membros da PAGAN, anarquistas e outros tantos seres como eu sem serem “istas” de nada, ali estiveram demonstrando a sua não-violência num momento inusitado de demonstração da violência do Estado e de clara violação de dois direitos fundamentais, o direito à manifestação em qualquer espaço público sem prévia autorização e o direito à livre circulação no espaço público do território nacional (não nos esqueçamos que ao longo do percurso foi-nos sucessivamente negado o acesso livre ao território que a voz de comando determinou que não podíamos pisar). À nossa volta, acabava a falsa democracia… mas quando a (falsa) democracia chega tão longe…
Sitiados, com polícias que nos ladeavam enfileirados a um metro ou dois de distância uns dos outros, já não tínhamos mais nada senão o corpo. Caçados os direitos, era a sobrevivência do corpo. A liberdade de ser corpo. Nada mais. Não atirámos uma pedra.
Por isso, no fim, quando te abracei, sei que abracei outro corpo, tão vivo quanto o meu, só violência de lágrimas. Mais nada.
Temos de voltar a fazer amor com a liberdade ou a democracia deixará de existir.
Pelo estado de ruína da cidadania, pela crescente militarização da polícia, pelo estado de ódio e controlo social, os nossos filhos (aqueles que continuem a afirmar a liberdade com a vida) caminharão já não escoltados de cada lado por um polícia, mas por tanques de guerra. Então, seremos cada vez mais palestinos e palestinas, cada vez mais cercados, e o nosso corpo, para viver, vai ter de explodir.
Júlio do Carmo Gomes
Mais duas breves notas:
Ainda os finlandeses impedidos de entrar na fronteira portuguesa. Num dia da vida deles, cada um desses homens, disse: o meu corpo não será uma arma. Nenhum Estado me obrigará a pegar numa arma. O meu corpo não tirará a vida a outro corpo. Objectores de consciência, pacifistas entranhados, vinham juntar-se aos activistas que em Lisboa condenaram outro tipo de homens: aqueles que, num dia da vida deles, não tendo coragem para matar com o seu próprio corpo, mandaram outro corpo puxar o gatilho. O que espanta não é a arbitrariedade da polícia, o abuso da autoridade, a sua insuficiência. Mas a normalização da violação de um direito fundamental. Já alguém apresentou uma queixa contra o Estado português no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem?
Na acção de desobediência civil não-violenta levada a cabo na manhã de sábado o ambiente de protesto e mesmo a actuação policial acabou por correr sem ânimos exaltados, com relevo para a calma dos activistas e para a descoordenação da polícia (por exemplo, não conseguiram evitar um acidente de duas viaturas, sem qualquer gravidade, não tinham carrinhas suficientes para os detidos, e, numa cidade sitiada por polícias, só passado 25 minutos passaram a ser em número igual aos dos activistas…). Em todo o tempo em que estive lá a observar, como testemunha e prestando o meu apoio aos activistas, só vi uma pessoa exaltada: Paulo Moura, jornalista do Público. Indignado comigo pelo facto de eu não ter conseguido, pelo desenrolar das circunstâncias, cumprir com o que com ele tinha combinado: ler o comunicado dos activistas uma única vez diante de todos os jornalistas presentes. Não foi possível. Não estava lá como profissional de conferências de imprensa… Exaltado, para espanto também das outras duas pessoas que assistiam aos seus amuos devido à sua árdua tarefa de jornalista violentado nos seus direitos humanos pelo conferencista de serviço, o espanto atingiu o clímax com o comentário do ofendido: “Vocês são iguais aos gajos lá de baixo da Cimeira”. Mesmo ficando na dúvida se apenas se referia aos adidos de imprensa dos senhores da guerra, respondi-lhe: “Nenhum de nós tem as mãos manchadas de sangue”. O profissional acalmou-se, respirou fundo, recompôs-se da figura: “Só tenho uma pergunta: quantos foram detidos?”. Ora, para isso, tem a polícia.
O defensor do Castelo
O FMI é uma mentira que só se tornará realidade se nós o deixarmos acontecer. O FMI é o "black-bloc" da economia, é o medo que querem implantar para melhor calar os protestos. Já muitos foram enganado muitas vezes, (como agora aconteceu de novo com a violência durante a cimeira da NATO). Vão aceitar ser de novo?
segunda-feira, novembro 22, 2010
O céu não pode esperar
Ainda bem que nos veio esclarecer, não fôssemos nós acreditar que ele pudesse não estar bom da cabeça quando disse que: "Podem haver alguns casos em que se justifique o uso do preservativo, quando, por exemplo, uma prostituta utiliza um profilático. Isso pode ser o primeiro passo em direcção a uma moralização, um primeiro ato de responsabilidade, consciente de que nem tudo é permitido e não se pode fazer tudo o que quer". Não é que fosse um grande avanço na incipiente capacidade mental da Igreja sobre a utilização do preservativo, mas temos que nos lembrar que o Papa é o representante de Deus na Terra, os dois devem conferenciar com frequência, e o seu trabalho é o de arranjar almas para entregar no céu. O seu negócio não é salvar vidas, mas sim salvar almas. Claro que há outros há que acreditam no Pai Natal.
A ostentação da força contra a força da paz
De todas estas fantasias o que resultou? Nada para além de uma despesa "milhãonária".
Black-bloques não se viram, violência não houve, na manifestação trataram-se como animais jovens e idosos (ia lá uma fantástica senhora irlandesa de 83 anos com uma bandeira da paz), gente a quem apelidaram de anarquistas como se isso fosse crime ou pecado. Gente que desceu a Avenida, cercada por 3 polícias, fortemente armados, para cada manifestante (como afirmou o chefe da Unidade Especial). Ao som dos tambores dos Ritmos de Resistência, uns jovens simpáticos e bem dispostos, os poucos problemas que podiam ter acontecido deveram-se exactamente à megalómana ostentação de força e à forma como trataram como animais enjaulados gente que se manifestava civicamente e que em momento nenhum praticou ou mostrou querer praticar actos violentos. Foi para mim um prazer, uma satisfação e uma honra estar nesse grupo junto com essa gente.
domingo, novembro 21, 2010
O anjo protector...dos acionistas
sábado, novembro 20, 2010
O Porteiro da NATO
Já não há contos de fadas, mas antes grandes ....
sexta-feira, novembro 19, 2010
Um dia negro em Lisboa
A virgem ofendida
O professor Luís Sousa, especialista em corrupção, tem sido uma das vozes mais críticas a estas alterações, considerando que são "um retrocesso" e uma "vigarice legislativa".
Olha, olha, temos uma virgem ofendida no Parlamento. Oh, Sr. Ricardo, claro que há pessoas mais honestas que outras. Pode é colocar a questão de se saber em que lugar na escala de e honestidade o colocamos e aí as histórias que têm acompanhado no passado não o ajudam muito. E, pelos vistos a lei que agora querem aprovar a meias com o PSD também não.
quinta-feira, novembro 18, 2010
NATO - Senhores da guerra e do medo
Inicialmente, o inspector-adjunto Rui Melro informou a advogada da PAGAN que a entrada de Lucas estava dependente de uma informação da embaixada alemã; porém, acabou por ser forçado a embarcar num avião de volta a Paris, de onde viera.
Se a posse de programas da Contra-Cimeira, evento que vem sendo anunciado há meses, que foi enviado à comunicação social e amplamente distribuído aos portugueses prejudica a segurança nacional, deverá então estar a ser preparada a prisão de todos os detentores desse programa?
Mais um acto de arbitrariedade policial levado a cabo por agentes desenquadrados?
Ou uma acção devidamente coordenada pelo governo?
Uma forma de dar sinais de intolerância e de actuação repressiva quando a crise social não para de se agravar e quando está eminente uma greve geral?
Acção de continuidade das tentativas de criminalização da PAGAN e dos seus amigos estrangeiros anti-guerra e anti-NATO, a que temos vindo a assistir nas últimas semanas?
Aproveito para convidar, em nome da PAGAN, todos a estarem presentes na Contra-Cimeira, já nesta 6ªfeira dia 19 no Liceu Camões a partir das 10 horas. Ali falaremos de paz e de como a alcançar enquanto no Parque das Nações os Senhores da Guerra vão exaltar a morte e a destruição. (Programa completo da Contra-cimeira pode ser consultado "AQUI"
Se amas a paz, APARECE que todos juntos não somos muitos para acabar com a guerra.
Palavras a mais
quarta-feira, novembro 17, 2010
Roda Teixeira, roda
O Ministro vai ao mercado
O ministro Teixeira dos Santos realçou ainda que a dívida pública portuguesa tem procura suficiente e que “Portugal vai continuar a ir ao mercado". Parece que já o estou a ouvir a apregoar em Wall Street: "Olha a linda Dívida Pública fresquinha. Olha a dívida Portuguesa acabadinha de chegar. Comprem que está barata. Olha a Dívida Pública."
Até quando nos vão continuar a fiar?
terça-feira, novembro 16, 2010
Estado d'Alma
O Ministro Luis Amado justificou as suas palavras na entrevista que deu ao Jornal Expresso por um "estado d'alma". Talvez tenha sido isso ou simplesmente está a colocar-se a jeito para subir mais uns degraus na carreira.
Os Ministros dos Negócios Estrangeiros são normalmente os menos sofrem com o desgaste do governo e sabendo que este está preso por um fio, nada melhor que vir dar um ar de responsabilidade e oferecer-se para o supremo sacrificio de ser remodelado. O povinho adora estes mártires modernos, e eles adoram as luzes da ribalta politica. Realmente, um "estado d'alma"
Uma espécie de Tiririca à portuguesa
Se o Brasil teve um "Tiririca" nas eleições porque não podemos nós ter mais um palhaço.
segunda-feira, novembro 15, 2010
A canção do péquesinho
Que só dizes disparates, disparates, disparates
E tanta asneira, tanta asneira, tanta asneira
Que para dizer tanta asneira, não te faltam os tomates
Mas tu não sabes, tu não sabes, tu não sabes
Que isso de dar um péquesinho, já é um costume antigo
Oh quem te disse, quem te disse, quem te disse
Que lá por dares um péquesinho tinhas de governar comigo
Oh chega cá - não vou
Tu és tão linda - pois sou
Dá-me um péquesinho - não dou
Interesseira, convencida, ignorante
Foragida, sua burra
És o líder mais palerma
Camelóide que eu já vi
Mas porque raio é que tu queres
Um governosinho só para ti
Ora dá cá um e a seguir dá outro
Depois dá mais um que só dois é pouco
Ah eu gosto tanto e é tão docinho
E no entretanto dá mais um péquesinho
O cartão vermelho à liberdade
Vamos todos aproveitar esta cimeira para, nas ruas, afirmarmos o nosso descontentamento e dizermos a esta gente que não as queremos no nosso país. Fora com os Senhores da guerra.
domingo, novembro 14, 2010
A querida Europa já não é tão querida
De bobo a rei sem coroa?
sábado, novembro 13, 2010
Harakiri Portugal
Somos mesmo um país de heróis, este assume o ónus da responsabilidade de gente como o Sócrates, o Teixeira dos Santos, o Augusto Santos Silva e toda aquela catrefada de gente que se governa enquanto desgoverna este país. Todos sabem que não é ele o primeiro e principal responsável pelo estado a que esta terra chegou, embora culpas também não lhe falte, e que a sua demissão não traria nenhuma alteração ou melhoria. Aliás não entendo como um governo PS/PSD, mesmo com o discurso catrastófico dos mercados e do FMI, viesse a melhorar seja o que for. Por mim pode ir que falta não faz muita para não dizer nenhuma. Pode é aproveitar e levar todo o resto da canalha com ele.
Orçamento Parte II
sexta-feira, novembro 12, 2010
Ele há tangos para todos os gostos
A violência da mentira
Para contestar essa cimeira surgiram em Portugal duas plataformas diferentes, a "Paz Sim, NATO Não", ligada ao PCP e a PAGAN, "Plataforma anti-Guerra, anti-NATO", composta por indivíduos e sem quaisquer ligações partidárias. Tendo participado na criação da PAGAN e da sua filosofia, anti-guerra e não violenta, cedo contactámos a outra Plataforma para tentarmos coordenar trabalho e procurar a cooperação na luta que era comum. Em vão, a nossa colaboração foi recusada e foi-nos dito que era cada um por si. Sabendo da maior experiência e de meios para fazer mobilizações ficou decidido que a Plataforma "Paz sim, NATO Não" organizaria uma manifestação na qual participaria a PAGAN que por seu lado organizaria uma Contra-cimeira em cooperação com outras organizações Internacionais integrantes do movimento "No to War, no to NATO".
Com a aproximação da data e de em Lisboa irem estar o Obama e outros lideres mundiais, os média começaram a lançar a ideia que a cidade ia ficar a ferro e fogo, com policia de um lado e os black-block, do outros grupos violentos do outro. Rapidamente venderam esta ideia, com informações sobre a segurança esperada e a violência que estava a ser preparada. O cenário estava lançado.
Estranhamente, e não sei por acção de quem, (e se suspeito não quero dizer), algumas noticias dos jornais começaram a ligar a PAGAN ao elementos mais violentos. Mesmo estando há muito dito e escrito nas bases da fundação da plataforma a sua natureza não violenta e não havendo um único caso de violência que possa ser atribuído ou associado à PAGAN, essa ideia começou a ser "vendida" pelos média. Cedo protestámos com alguns órgãos de informação por notícias incorrectas e cheias de "veneno", exigindo o direito de resposta que nunca nos foi concedido. Infelizmente é assim funciona a informação em Portugal sempre ao serviço de interesses partidários, económicos e políticos.
A cereja em cima do bolo veio quando um elemento da outra plataforma veio dizer na RR que "já tinha proibido a PAGAN de participar na manifestação" de dia 20. Honestamente não sei se vai ou não vai haver violência em Lisboa durante a Cimeira da NATO, se a acontecer essa violência vai ser obra de Black-blocks, da policia ou de outro qualquer grupo, o que sei é que não serão aqueles que se juntaram na PAGAN que a irão incentivar ou realizar. Vamos promover a Contra-cimeira nos dia 19, 20 e 21 e vamos participar na manifestação com o direito que nos dá sermos cidadãos deste país. Outros podem dizer que são contra a NATO por interesses politico e partidários mas a PAGAN é contra por convicção. Não somos certamente os vilões da história mas também não somos os seus policias. Pelos vistos há outros que não se importam de o ser.
quinta-feira, novembro 11, 2010
Presos pelos tomates
Hoje, que já estamos com a corda no pescoço, transformaram-se em mercados e não hesitam a em puxá-la a seu gosto. Hoje, a UE ainda tem 17.4 mil milhões disponíveis para nos dar só que nós nem para fazer empréstimos temos dinheiro. Os juros sobem, sobem, e estamos impotentes para evitar a bancarrota. Aquela Europa solidária que nos acolheu no seu ceio é a mesma que agora empresta dinheiro aos Bancos a 1% de juros para esses bancos nos poderem comprar a divida soberana a um juro de 7%. Estamos como o tóxico-dependente que já não passar sem a nossa doze regular e há muito vendeu todos os anéis. Que falta que nos fazem agora aquelas traineiras que vi cortar a meio.
O Lagar do Marmelo
Por este andar ainda vamos ver o Engenheiro a inaugurar um urinol público com a Ministra da Cultura ou um chafariz com a da Educação.
Pelo menos foi bom para o tal de Serrano que, tirando o CDS que adora bater em Ministros da Agricultura, coisa que já há muito não existe em Portugal, já ninguém se lembrava quem era nem como se chamava.
quarta-feira, novembro 10, 2010
Palavra de escuteiro
Quando o corte foi à dívida soberana do país não os vi tão preocupados, mas também é verdade que eles são puros e dedicados como escuteiros enquanto o estado é uma vaca gorda....e eles gostam tanto de mamar.
O redemoinho dos mercados
terça-feira, novembro 09, 2010
Artistas portugueses
"O DIAP de Aveiro abriu um novo inquérito-crime para apurar o que aconteceu a 500 mil eurosArmando Vara entregou em 2008 e 2009 a Conceição Leal, actual administradora do Banif, ex-administradora da PT e antiga número dois da RTP, durante a presidência de João Carlos Silva.
Segundo a notícia avançada hoje pelo jornal Expresso, em causa está um possível crime de branqueamento e fraude fiscal, pelo facto de Conceição Leal ter transferido, na sequência dos movimentos bancários de Vara para a sua conta, através de quatro cheques, uma quantia equivalente para uma empresa detida por uma offshore sedeada no Panamá."
A defesa do Castelo
segunda-feira, novembro 08, 2010
Hu Jintao para ti também
"O presidente do AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo, Basílio Horta, admitiu hoje que a compra da dívida pública portuguesa dá à China poder político e económico sobre Portugal."
Será que termos sido nomeados para membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas poderá ter influenciado o Hu Jintao. Que juros económicos e de soberania iremos pagar? E quantas mais lojas de chineses?
Nos tempos que correm...
Chama-se "Agora é que conta", passa na TVI" e é apresentado por Fátima Lopes. O programa começa com dezenas de pessoas a agitar uns papéis. Os papéis são contas por pagar. Reparações em casa, prestações do carro, contas da electricidade ou de telefone. A maioria dos concorrentes parece ter, por o que diz, muito pouca folga financeira. E a simpática Fátima, sempre pronta a ajudar em troca de umas figuras mais ou menos patéticas para o País poder acompanhar, presta-se a pagar duzentos ou trezentos euros de dívida. "Nos tempos que correm", como diz a apresentadora - e "os tempos que correm" quer sempre dizer crise - , a coisa sabe bem. No entretenimento televisivo, o grotesco é quase sempre transvestido de boas intenções.
Os concorrentes prestam-se a dar comida à boca a familiares enquanto a cadeira onde estão sentados agita, rebolam no chão dentro de espumas enormes ou tentam apanhar bolas de ping-pong no ar. Apesar da indigência absoluta do programa, nada disto é novo. O que é realmente novo são as contas por pagar transformadas num concurso "divertido".
Ao ver aquela triste imagem e a forma como as televisões conseguem transformar a tristeza em entretenimento, não consigo deixar de sentir que esta é a "beleza" do Capitalismo: tudo se vende, até as pequenas desgraças quotidianas de quem não consegue comprar o que se vende.
Houve um tempo em que gente corajosa se juntava para lutar por uma vida melhor e combater quem os queria na miséria. E ainda há muitos que não desistiram. Mas a televisão conseguiu de uma forma extraordinariamente eficaz o que o séculos de repressão nem sonharam: pôr a maioria a entreter-se com a sua própria desgraça. E o canal ainda ganha uns cobres com isso. Diz-se que esta caixa mudou o Mundo. Sim: consegue pôr tudo a render. Até as consequências da maior crise em muitas décadas.
Entretanto a apresentadora recebe 40.000€ por mês. Foi este o valor da transferência da SIC para a TVI. Uma proposta irrecusável segundo palavras da própria.
domingo, novembro 07, 2010
Este acaba preso de certeza
Em contrapartida teria o prazer de, um dia, o ver despenteado, de robe e chinelos, algemado e a descer as escadas de sua casa acompanhado de dois policias com a cara desfocada na televisão.
Mais a sério, estes políticos deveriam ter mais cuidado com aquilo que propõem, não vá um dia o povo exigir que cumpram aquilo que prometeram.